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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

CONHECIMENTO CIENTÍFICO REDUZ OS IMPACTOS DA SECA SOBRE AGRICULTURA NO SEMIÁRIDO


Com equipamentos modernos, Cemaden desenvolve Sistema de Previsão de Riscos de Colapso de Safras. Terceiro desastre natural em ocorrência no Brasil, a seca atinge os 9 estados do Nordeste, além do norte de MG e do ES.

Por Ascom do MCTIC

A ciência pode minimizar os impactos da seca na agricultura do semiárido, formada por pequenos produtores.

Crédito: MDA

Conhecer mais para perder menos. Esse é o desafio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) no acompanhamento da seca no semiárido brasileiro, uma área que abrange 11 estados na qual vivem 22 milhões de pessoas. O esforço é para ampliar o conhecimento científico e minimizar os impactos da seca, classificada como o terceiro desastre natural em ocorrência no Brasil, ficando atrás das inundações e dos deslizamentos. Para isso, o Cemaden, que é ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, deve concluir nos próximos meses o Sistema de Previsão de Riscos de Colapso de Safras no Semiárido Brasileiro, um conjunto de ações que envolvem modernas plataformas de coleta de dados agrometeorológicos.

"O Nordeste tem a singularidade das plantações dos pequenos produtores. Ele pode até vender parte da produção nas feiras dos pequenos centros urbanos, mas as plantações são, principalmente, voltadas para as famílias", explica a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá.

Ela lembra que, para esses produtores, a ciência e a tecnologia podem fazer a diferença para reduzir as perdas econômicas provocadas pela estiagem. Em 2012, por exemplo, o Nordeste teve a pior seca dos últimos 30 anos, que provocou a perda de quatro milhões de animais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A seca é um desastre natural que não está diretamente relacionado a vítimas fatais, porém, atinge o maior número de pessoas, causando perdas econômicas relacionadas às atividades agropastoris", acrescenta a pesquisadora Ana Paula Cunha, também do Cemaden.

Monitoramento
O acompanhamento agroclimático do semiárido é feito pelos pesquisadores do Cemaden desde 2014. A instalação de 650 equipamentos permitiu a formação de uma rede de monitoramento. São 550 plataformas para medir a quantidade de chuva e de água no solo a uma profundidade de até 20 centímetros. Mais 100 estações agrometeorológicas coletam dados sobre radiação solar, temperatura e umidade do solo. Todas essas variáveis são importantes para melhorar a produtividade das lavouras. Com esses equipamentos, os pesquisadores conseguem refinar as previsões para minimizar o risco de quebra de safra.

Inicialmente, os pesquisadores acompanhavam as culturas de milho, arroz, sorgo, feijão e mandioca, mas o trabalho está sendo ampliado para as plantações de café, batata, frutas e hortaliças.

"De que adianta colocar a semente na terra se não haverá chuva para brotar? Também não adianta semear se vai chover demais", diz Regina.

Por isso, é fundamental desenvolver um sistema de previsão que ofereça aos agricultores as condições para definir o início do cultivo, o armazenamento da produção e as formas de irrigação.

AgriSupport
O sistema de previsão também conta com a participação dos próprios agricultores. Por meio de um aplicativo para celular, desenvolvido em parceria com o International Institute for Applied Systems Analysis (Iiasa), da Áustria, os produtores podem enviar informações sobre o plantio das culturas diretamente para o Cemaden. Os dados ajudam a aprimorar as políticas públicas. A versão final do AgriSupport será lançada em breve, e uma parceria com instituições estaduais deve ampliar o alcance do produto.

"A ideia é fazer um acompanhamento mais próximo ao agricultor. Além dos dados de precipitações, queremos saber as condições de onde ele está instalado. Se ele tem acesso à água por meio de poços ou açudes, por exemplo, se tem acesso à irrigação e o panorama das áreas de pastagem. Queremos saber onde está a seca e quem está sendo mais impactado por ela", detalha Ana Paula Cunha.

Previsão
O mais recente Relatório da Seca no Semiárido Brasileiro e Impactos, que o Cemaden produz mensalmente, indica o agravamento da seca com alto risco para cerca de 90 municípios da região. Segundo o documento, divulgado na última terça-feira (6), as chuvas de setembro a novembro devem se tornar mais escassas na Zona da Mata de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Há poucas chances de reversão do quadro crítico nos municípios afetados pela seca.

De acordo com o Cemaden, o período chuvoso, entre abril e julho, apresentou um déficit pluviométrico, agravado no mês de agosto, com acumulados de chuva inferiores a 60 milímetros nos municípios da maior parte do Nordeste.

"A intensidade dos impactos da seca atinge as atividades agrícolas e as pastagens. A situação de seca intensificou-se, principalmente, na parte leste da região semiárida, atingindo os municípios do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco", destaca o coordenador-geral do Cemaden, Marcelo Seluchi, que é meteorologista.

Segundo a pesquisadora Ana Paula Cunha, o ano hidrológico no semiárido começa agora, entre os meses de outubro e novembro. "A expectativa é saber se o volume de chuvas vai ser baixo novamente. O que nós buscamos levantar é quanto de chuva é preciso para recuperar o bioma e as áreas de pastagens."

Fonte: MCTIC



FONTE: http://www.suassuna.net.br/2017/02/cientifico-reduz-os-impactos-da-seca.html

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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PARQUE CULTURAL O REI DO BAIÃO: UMA DÉCADA CULTIVANDO A AUTÊNTICA CULTURA NORDESTINA

Por José Romero Araújo Cardoso

Cultivar raízes significa expressão máxima de identidade com a formação cultural que denota as bases imateriais de construção coletiva de um povo no realce ao reconhecimento, pilares da ênfase regionalista que precisam dia após dia ser cimentados para que gerações futuras não percam o rumo quanto à permanência e vigência de valores e costumes que caracterizam a altivez de uma raça e que determinam o próprio significado de nação como fundamento de um povo forte e determinado em permanecer ligado a elos coesos que agregam o reconhecimento em fazer parte de coletividades marcadas por ideais comuns bem definidos e alicerçados.
          
A presença e a importância do legado Gonzagueano na mentalidade da gente nordestina perfaz um dos mais importantes elos culturais que assegura a continuidade e permanência da idéia acerca de pertencer a uma região, requisito indispensável para a efetivação do reconhecimento e plena aceitação da afetividade que devem direcionar as bases da nordestinidade enquanto expressão cultural regionalista.
          
Luiz Gonzaga do Nascimento (13 de dezembro de 1912, Exu, Pernambuco – 2 de agosto de 1989, Recife, Pernambuco) conseguiu de forma sui generis, através de seu talento artístico-musical, amalgamar, na mente dos nordestinos, amor extraordinário às coisas, valores, costumes, fatos corriqueiros do cotidiano da região, etc., os quais caracterizam de forma monumental originalidades referentes ao Nordeste Brasileiro.
          
Em torno da fenomenal construção cultural cuidadosamente trabalhada pelo eterno Rei do Baião, surgiram ao longo dos tempos apreciadores e discípulos da fantástica e sublime manifestação de amor ao torrão natal que o saudoso e inesquecível sanfoneiro do riacho da Brígida enfatizou em suas canções maravilhosas, a maioria retratando o nordeste sofrido com o drama das secas e descaso das quase inflexíveis estruturas de poder.
          
Asa Branca, gravada em 1947, fruto magistral surgido da parceira com o advogado cearense Humberto Teixeira (5 de janeiro de 1915, Iguatu, Ceará – 3 de outubro de 1979, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro), e Vozes das Secas, lançada com coragem e estardalhaço em 1953, composta pelo velho Lua em conjunto com José Dantas de Sousa Filho ( 27 de fevereiro de 1921, Carnaíba, Pernambuco – 11 de março de 1962, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro), o célebre Zé Dantas, médico pernambucano que se tornou um dos principais colaboradores de Luiz Gonzaga em sua missão de erguer o nordeste a patamares culturais superiores, sintetizam magistralmente através de seus acordes, melodias e harmonias agruras e tormentas que historicamente afligem a gente nordestina.
          
Encantado com a arte do grande nordestino, Chico Cardoso inspirou-se na experiência pioneira realizada pelo próprio Luiz Gonzaga em Exu, estruturando em sertões adustos localizados na zona rural do município paraibano de São João do Rio do Peixe espaço dedicado àquele que conseguiu imortalizar a cultura nordestina em sua expressão máxima.
          
Há dez anos, em 2007, surgiu o Parque Cultural O Rei do Baião, cujo trabalho em prol da valorização da autenticidade regional torna-se louvável e expressivo a cada ano que passa, pois constitui lócus magnífico onde o reconhecimento nordestino se faz presente em cada metro quadrado.
          
Intercalando-se com a proposta de homenagear Luiz Gonzaga, sua arte e sua influência na música regional nordestina, encontra-se presente tributo merecido a destacadas personalidades do mundo cultural, sobretudo paraibano, cujas influências no âmbito político verificaram-se de forma proeminente, ressaltando a afinidade de Chico Cardoso com a instigante arte de administrar o processo de organização do espaço.  
          
O universo conspirou em favor do grande jornalista e animador cultural a ponto de existir nas imediações do Parque Cultural que estruturou comunidade rural denominada Cacimba Nova.
          
A Fazenda Cacimba Nova, localizada nos Cariris Velhos, território marcado profundamente pela figura do grande poeta paraibano José Marcolino (28 de junho de 1930, Sumé, Paraíba – 20 de setembro de 1987, Carnaíba, Pernambuco), intitula uma das mais belas canções compostas pelo saudoso menestrel em parceira com Luiz Gonzaga, denominando ainda o lugar de origem de Luiz Pereira de Sousa, o famoso Luiz do Triângulo, corajoso combatente de Princesa, a serviço do Coronel José Pereira (4 de dezembro de 1884, Princesa, Parahyba – 13 de novembro de 1949, Recife, Pernambuco), quando da verdadeira guerra civil ocorrida no Estado da Parahyba em 1930.
          
Comandante de um dos destacamentos enviados por Zé Pereira em 28 de fevereiro de 1930 para libertar a família Dantas Villar, aprisionada pelo Tenente Ascendino Feitosa e sua tropa na então Vila do Teixeira, Luiz do Triângulo recebeu título de nobreza na literatura armorial de Ariano Suassuna (16 de junho de 1927, Parahyba, Parahyba – 23 de julho de 2014, Recife, Pernambuco), em célebre trabalho literário intitulado Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.
          
Valorizando a cultura regional, Chico Cardoso e equipe instituíram concursos que se tornaram concorridíssimos, os quais abrangem de cordel a festival de sanfoneiros, interpretando a arte magistral do eterno Rei do Baião, sem falar de incentivo à produção textual através de crônicas e cartas, cujo enfoque tem sido dado ao universo gonzagueano.
          
Consciente de que para preservar tem que cultivar em grau exponencial, a direção do Parque Cultural O Rei do Baião tem fomentado de forma lógica e incondicional ênfase à relação direta entre a originalidade nordestina e as manifestações culturais destacadas nos eventos anuais que são realizados com a finalidade de assinalar a importância da identidade cultural regional através da inspiração no legado do Rei do Baião.
          
Contribuir para que o verdadeiro reconhecimento nordestino não seja destruído pelas exigências da pós-modernidade marcada pelo advento fantástico da era assinalada pela revolução técnico-científico-informacional que exige dilapidação e desorganização de culturas originais, um dos fundamentos da globalização, tornou-se um dos motivos de existência do Parque Cultural O Rei do Baião, principalmente quando crise de valores atinge de forma avassaladora todos os quadrantes da nave espacial conhecida como planeta Terra.      

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

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A PRAÇA, A CATEDRAL, AS VELHAS AMENDOEIRAS

*Rangel Alves da Costa

No início desta semana ao entardecer, em cima da calçada da Catedral Metropolitana de Aracaju, eu observava a pujança das velhas amendoeiras ao redor. O templo cristão fica ao centro de uma praça tomada de grandes árvores, sobressaindo-se as amendoeiras com suas folhas vistosas e belas.

Observando aquelas frondosas árvores, com cada uma contando com mais de cem anos ali enraizadas, logo me veio à mente o quanto suas copas, suas folhagens e sombreados, foram testemunhando ao longo de tantos anos. Tudo passando, tudo se transformando ou simplesmente desaparecendo, e elas ali ainda tão imponentes.

A Praça Olímpio Campos, local onde tais árvores se assentam, é uma das mais antigas da capital sergipana. Antiga e relegada ao esquecimento, como se as praças necessitassem apenas de árvores centenárias e canteiros cortando os seus percursos. Por que os arvoredos não precisam de constantes reparos, então também descuidam das gramas e de outras árvores menores. Não há mais bancos, os córregos secaram e os caminhos internos se tornaram perigosos demais.

Noutros idos, quando ainda era cuidadosamente preservada e constantemente embelezada, ainda era possível encontrar resquícios de fontes, pequenos córregos, canteiros floridos e até um pequeno jardim zoológico. As famílias por ali passeavam, os namorados se encontravam, era até um deleite espiritual estar lentamente caminhando pelas suas diversas opções, principalmente ao redor da pequena ponte e seu silêncio entrecortado por um ou outro canto passarinheiro.

Nas festas de final de ano, principalmente na época natalina, a praça se transformava numa verdadeira festa. Parques de diversões eram instalados, o Carrossel do Tobias chegava como verdadeiro encantamento, barracas vendiam de tudo, doceiros e pipoqueiros ofereciam aos visitantes desde maçãs do amor a coloridos e cativantes algodões doces. Cachorro quente, pipoca colorida, churros e tudo o mais. Uma diversão segura, acolhedora e barata a todas as famílias e seus pequenos brincalhões.


Hoje a praça não dispõe de um banco sequer debaixo das sombras. Os pombos ainda são muitos defronte a catedral e arredores, mas não se pode mais sentar ao entardecer para observar seus rasantes, seus encontros catando restos pelo chão e seus voos de partida. Não há como sentar para a leitura de um livro, para um instante de silêncio e meditação, para uma palavra amorosa com alguém querido. Apenas os vazios tomados por estranhezas, por pessoas que passam sem tempo de apreciar o que ainda resta.

Mas não resta muito. Lar de árvores centenárias, desde longe são avistadas com suas copas e folhagens derramadas sobre as tristezas do presente. Murmurando velhas canções ao sabor do vento, ali repousam antigas, talvez já cansadas, esperando as estações para mudarem seus semblantes, cores e formas. Os canteiros abaixo estão sempre tomados de suas folhas caídas na ventania, mas é no outono que os tapetes se alastram com seus ocres, vernizes, marrons e acinzentados.

Uma paisagem tão bela como melancólica. As folhas grandes vão caindo e se deitam umas sobre outras, como velhos escritos que vão se acumulando pelas salas de um poeta triste. Talvez não sejam apenas folhas mortas, outonais, mas verdadeiras páginas que se desprenderem dos galhos e trazem consigo memórias escritas de outros tempos, de uma nostalgia guardada em lenços molhados. As folhas das amendoeiras caindo como livros abertos e que desejam leituras. Ler o passado através da recordação.

De vez em quando faço do entardecer um reencontro com aquelas velhas amendoeiras. A cada passo e a cada olhar é como se estivesse diante de um livro antigo, cujas folhas amareladas vão contando histórias de outros tempos. Ali, debaixo daqueles sombreados, ao farfalhar da ventania, os testemunhos tantos de um tempo muito mais humano e singelo, na região central de uma capital que ainda possuía face, coração e interioranos. Hoje também testemunha as transformações, os novos dias, mas sem aquele olhar gracioso que antigamente se estendia sobre o bucolismo apaixonante.

Tudo parece de outro tempo por ali, no seio da praça. A velha catedral ainda mais envelhecida pela falta de reparos, o sino agora mais lento e enrouquecido por falta de manutenção, as paredes velhas das coisas velhas. Depois das quatro da tarde, ao chamado da missa de dali a meia hora, o badalar distante e tão pertinho. As velhas beatas que chegam, os velhos cantos que são logo ouvidos, a necessária fé de um povo. Um pouco mais ao lado, o vendedor de livros novos e usados com sua banca estendida no chão. Núbia Marques, Stendhal, Dom Luciano Cabral Duarte, Antônio Saracura, Richard Bach, Antônio Carlos Viana, os filósofos gregos, tudo ali.

A missa não é antiga por que padre Manoel Barbosa possui moderna pregação, mas ao redor tudo parecendo adormecido. A chama da vela que nunca se apaga, aquele olhar tristonho e sofrido de um Cristo pregado na cruz. Mãos que se juntam em oração, joelhos que se dobram, esperanças que renascem. E depois da missa a voz do que a praça e suas árvores tanto repetem. Palavras somente ouvidas por alguns corações.

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
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O BODE CHEIROSO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 17 de fevereiro de 2017 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.637

 Já disse o poeta e repentista Sebastião da Silva:

“Carneiro do meu sertão
Quando sua orelha esquenta
Dá tacada em baraúna
Que a casca fica cinzenta
Sentindo o gosto de sangue
Descendo no pau da venta”.

Desde menino que ouço no Sertão: “um carneiro pode matar um boi de repente. Basta agitar-se e partir com uma cabeçada na barriga do touro para a vítima estrebuchar”. Na verdade, dão a esse perigoso ataque o nome de “marrada”. O carneiro mostra ser mais perigoso, eficiente e arisco do que o bode. Mas a marrada de um ou de outro pode fazer grandes estragos no ser humano que vai desde a fratura de ossos até o óbito instantâneo.

Seria cômico se não tivesse sido trágico a teoria da Polícia Militar sobre a morte do cidadão de Pariconha ─ município situado na zona serrana do Alto Sertão alagoano.

José de Souza, um agricultor de 79 anos, foi encontrado morto na sua propriedade no povoado Corredores. O corpo com alguns ferimentos e rastros de sangue, levou a polícia a desconfiar que o idoso tivesse sido morto por um bode. O corpo foi levado para o IML de Arapiraca, informaram os policiais.

Bode. Imagem divulgação.

A notícia é muito simples, mas inusitada. Não é todo dia que um bode mata uma pessoa. E se foi um bode mesmo que derrubou o agricultor o que foi que houve antes? Bem, se somente estavam ali os dois, o homem e o bode, não é fácil saber. Defunto não fala e  bode bodeja.

Os apresentadores de TVs confundem sempre burro com jumento e bode com carneiro. A falta de informação é cruel. Chamar um carneiro de bode é uma afronta. Tira-se um símbolo cristão, coloca-se a marca do diabo. E se o bode representa o que não presta, deve ter vindo mesmo da farta invenção do homem, porque a buchada é mais valiosa do que a do concorrente.

Ê cabra velho, vamos navegar nesse sertão medonho e queimado, pois, quando um cantador rural o elogia o outro citadino responde:

“Cala-te com teu sertão
Teu sertão é monturo
A água do teu sertão
É mijo de bode, puro”.

Dizer o que, camarada? É mais um fim de semana para se conversar miolo de pote.


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MORREU SOLITÁRIO O HOMEM QUE LAMPIÃO MAIS TEMIA.

Texto Marco Túlio

Manoel de Souza Neto nasceu no dia 01 de novembro de 1901, num lugar denominado Ema no município de Floresta dos Navios. Não tendo estudado no período de infância em virtude da falta de professores no Sertão, dedicou-se ao trabalho agrícola. Era destemido, demonstrando desde cedo tendências para a vida militar. Apreciava com muita curiosidade o movimento de tropas e cangaceiros na região, transformando-se mais tarde num justiceiro, que combatia impiedosamente os cangaceiros que assolavam os sertões nordestinos.

Durante toda a adolescência conservou-se um rapaz igual aos outros sertanejos, cuidando da agricultura, do gado e comovendo-se com a paisagem e o pôr-do-sol. Um dia, no entanto após uma caminhada a pé pelo município de Rio Branco, consegui uma passagem para vir ao Recife, onde com a ajuda de Antônio Boiadeiro, ingressou na Força Pública.

Inicialmente foi destacado para servir em Santo Amaro, bairro conhecido na época, pelos altos índices de criminalidade e onde prestou relevantes serviços.

No dia 24 de janeiro de 1925 foi mandado para Vila Bela atualmente Serra Talhada/PE, a fim de participar da Força Volante naquele município para dar combate ao cangaço.

OS PRIMEIROS COMBATES

Dias após ter chegado à Vila Bela o então Soldado Manoel Neto comandado pelo Pedro Cavalcanti foi a cidade de Triunfo/PE, onde Lampião e seu bando havia cercado a Fazenda de Clementino de Sá. Destacando-se no combate. Manoel Neto foi elogiado por seu superior e considerado o Soldado mais corajoso da Volante. Nessa batalha Lampião foi obrigado a fugir, sendo perseguido até a fronteira da Paraíba, de onde a Volante teve de regressar, pois o governo paraibano não permitiu que os Soldados pernambucanos entrassem em seu território, o fato que contribuía para Lampião se reorganizasse e voltasse a atacar.

Em 10 de novembro de 1925 na localidade Cachoeira, distrito de São Caetano, ocorreu outro combate contra Lampião. Na ocasião morreram ou fugiram da luta o Sargento José Leal e o seu auxiliar direto José Terto. Manoel Neto assumiu então o comando da Volante, conseguindo uma vitória surpreendente contra Lampião que passou a se interessar pela valentia do “macaco” que conseguira lhe infligir tão grande derrota. Em função da façanha, Manoel Neto foi promovido ao posto de Anspeçada, isto é, intermediário entre Soldado e Cabo.

OUTRAS BRAVURAS

A partir desse episódio, Manoel Neto passou a ser o terrível perseguidor de Lampião, sempre lhe mandando recados, desafiando-o para que lutassem de homem para homem numa batalha para por fim aos crimes no Sertão.

No tiroteio da Fazenda Favela, localizada no município de Floresta, Manoel Neto foi emboscado pelo bando de Lampião, ficando gravemente ferido, com duas pernas quebradas. Segundo contam, sempre ia a frente de seus comandados, alegando que como comandante cabia a ele receber ou disparar o primeiro tiro.

Certa ocasião, foi chamado pelo Tenente João Bezerra da Policia Militar de Alagoas, para arquitetarem o plano da morte de Lampião por envenenamento. (Fato que carece de maiores esclarecimentos).

Manoel Neto mostrou-se imediatamente contrário àquele tipo de assassinato. Dizendo para o Tenente:

- Lampião é meu inimigo pessoal e ele também me considera assim. Se eu puder pegá-lo no ponto do meu Mosquetão, acabarei com ele. Porém não o matarei envenenando a água que beba, pois Lampião sabe que o rastejo e nunca envenenou a água que eu bebo, mesmo lhe perseguindo.

Certa vez no município de Triunfo, vários bandoleiros que habitavam uma serra, resistiram a ação da Policia Militar. Sem condições de subirem a montanha, os Soldados eram duramente repelidos à tiros de rifles. Ao tomar conhecimento do fato, o Capitão Manoel Neto, fazendo acompanhar de oito Soldados subiu a serra e aproveitando o silêncio da noite, foi invadindo casa por casa. Ao amanhecer todos estavam amarrados e desmoralizados.

Texto: Marco Túlio
Transcrito por: Geraldo Antônio de Souza Júnior
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INTERESSE DE TODOS OS BRASILEIROS

ATO E AUDIÊNCIA PÚBLICA EM NATAL (20/02)

Informamos que na próxima segunda-feira (20) será realizado em Natal um ato político e uma audiência pública para tratar do projeto de reforma da previdência (PEC 287).  O ato será realizado na Praça 7 de Setembro e terá início às 9h30, a audiência acontece na mesma hora no auditório da Assembleia Legislativa do RN (ALERN)


A ADUERN faz parte da coordenação da atividade, que é fruto da unidade entre diversos sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais.

A ADUERN vai disponibilizar transporte e alimentação para os professores e professoras que queiram participar da manifestação. A saída da ADUERN será na segunda-feira às 5h da manhã e o retorno após o final da audiência. Pedimos que os interessados confirmem sua participação junto à secretaria do sindicato (via email ou telefone) até amanhã (17) às 12h.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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HOJE À NOITE, NO ICC EM CRATO... LANÇAMENTO DE LIVRO..!


Hoje à noite, no ICC em Crato....LANÇAMENTO DE LIVRO..!

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LAMPIÃO DE FERRO PURO

Por: Adauto Pacheco

O cabra já era duro de carne e osso! Imagine, de ferro...!
Obra do artista cearense Luciano de Andrade.

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OS MESTRES ORIENTADORES


Exatamente no dia 24 de dezembro de 2007 foi criado o Parque Cultural O Rei do Baião, com a implantação da Galeria “Azulão Santiago”.

A partir daquele momento a felicidade reinou naquele pedaço de terra sertaneja, que sob a orientação de uma diretoria e os olhares de Luiz Gonzaga, iniciou a implantação de obras em homenagem ao Rei do Baião e seus seguidores, visitadas pelos inúmeros fãs e reverenciadas por todos.

A Gruta das Saudades feita de pedras pelo trabalho dos campesinos da comunidade, obra-prima do trabalho humano, a capela de São Severino dos Ramos, padroeiro do Parque, a Quadra Antônio Alcino, o Palco Abel Medeiros, Ala dos Julgadores, Jardim da Meditação, Riacho do Grotão, Espaço da Missa do Vaqueiro, Muro das Saudades, Sala dos Jornalistas, Salão dos Escritores Amigos do Caldeirão Político, Casa de Seu Januário, Sala Dominguinhos, Sala em homenagem a Lampião, dentre outras, são setores importantes daquela instituição de cultura.

Para que tudo exista e funcione, é necessário o apoio de grupos amigos e admiradores de Luiz Gonzaga, que participem ativamente dessa obra cultural, atualmente uma das maiores do Nordeste.

A diretoria inicia nesta data uma homenagem especial a todos os colaboradores da obra, desde sua fundação em 2007.

JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO


Professor, residente em Mossoró-RN, nascido em terras paraibanas, a colaboração de Romero tem sido importantíssima para o desenvolvimento do Parque. É um participante ativo como colunista do site do Caldeirão Político.

Anualmente, ele participa do tradicional Festival de Músicas Gonzagueanas (FESMUZA), como um incentivador da obra implantada na Fazenda São Francisco.

É considerado um dos mais atuantes apoiadores da festa. Escreve constantemente na defesa e desenvolvimento dessa história iniciada no Exu-PE, e preservada com força em São João do Rio do Peixe-PB.

Romero será integrado também como membro da Comissão Central de orientação para o FESMUZA e outras festividades, como legítimo representante das terras mossoroenses.

Essa Comissão será permanente, a partir da sua posse, em agosto deste ano de 2017, para que a movimentação do Parque tenha sempre a comunicação entre dirigentes e colaboradores.

O professor José Romero é o primeiro a ser convidado. A partir de hoje, os demais membros serão oficialmente convocados, podendo aceitar ou não o chamado, no entanto tomarão conhecimento da confiança e estima de que o Parque Cultural confia e acredita na sua história e personalidade íntegra.

Ainda neste ano, Romero iniciará a participação direta como membro da Comissão Julgadora do festival, que será realizado em 20 de agosto.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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C O N V O C A Ç Ã O ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA 21/02/16


ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
C O N V O C A Ç Ã O

A Diretoria da Associação dos Docentes da UERN – ADUERN/Seção Sindical do ANDES/SN, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os professores da UERN para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará na Área de Lazer Prof. FRANCISCO MORAIS FILHO, no dia 21 de fevereiro de 2017, terça-feira, em primeira convocação, com 20% do número de sindicalizados, às 14:30 horas, em segunda convocação com 10% do número de sindicalizados, às 14:45 horas, ou, em terceira e última convocação, com qualquer quorum, às 15:00 horas, oportunidade em que serão apreciados os seguintes pontos de pauta:

1.     CAMPANHA SALARIAL;
2.     REPASSE DA AUDIÊNCIA DA FRENTE PARLAMENTAR COM O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA;
3.     REPASSE DA AUDIÊNCIA COM A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO.
4.     AUTONOMIA FINANCEIRA DA UERN

    Mossoró (RN), 17 de fevereiro de 2017

Prof. Lemuel Rodrigues da Silva
Presidente

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ESTAMOS COM PROBLEMAS NAS POSTAGENS!

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EQUIPE DE REPORTAGEM VISITA CAVERNA QUE SERVIA COMO ESCONDERIJO DE LAMPIÃO E SEU BANDO NO CEARÁ


"O nosso http://blogdomendesemendes.blogspot.com não afirma que é mentira, mas também não quer dizer que é verdade este acontecimento registrado. 

Eu nunca ouvi falar que Maria Bonita e Lampião, "juntos", estiveram no Ceará. O leitor é quem dirá sim ou não!". 

De acordo com moradores, na caverna, existia um quarto secreto para o casal Lampião e Maria Bonita.

Por TV Jangadeiro
Categories: em Gente na TV
14 de fevereiro de 2017

Conheça a caverna onde Lampião e seu bando morava (FOTO: Reprodução TV Jangadeiro).


Depois de mais ou menos 20 minutos de caminhada desviando de obstáculos e matos, a equipe de reportagem do Gente na TV, Jangadeiro/SBT, chegou a uma caverna onde, segundo os moradores de Alcântaras, no Ceará, Lampião e seu bando se escondiam. O local guarda histórias e muito mistério.

Com muita dificuldade, a equipe chegou a um local reservado na caverna que, segundo o guia, era o quarto do casal Lampião e Maria Bonita. É um verdadeiro paraíso natural.

Veja todos os detalhes dessa história no vídeo da Gente na TV, da TV Jangadeiro/SBT:

Clique no link abaixo e assista ao vídeo:

http://tribunadoceara.uol.com.br/videos/gente-na-tv/equipe-de-reportagem-visita-caverna-que-servia-como-esconderijo-de-lampiao-e-seu-bando-no-ceara/amp/

Nota do http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O que Lampião e Maria Bonita foram fazer no Ceará na década de 30? Incrível, este acontecimento! 

Veja o mapa: 

Se Lampião se escondia com o seu bando nesta caverna, sem Maria Bonita, eu até acredito um pouquinho, mas só um pouquinho, um tiquinho que cabe dentro de um dedal, desse tamainho, mas já na década de 30, em companhia da sua rainha Maria Bonita no Ceará, não dá para eu acreditar. 

Estão querendo formar ponto turístico para que as pessoas se iludam e partam para conhecer a caverna que Maria Bonita nunca esteve lá.

E essa história saiu de quem? Quem presenciou Lampião com Maria Bonita arranchados para dormirem uma noite ou várias noites nesta caverna?


Mas esta é a minha opinião e respeito a opinião do leitor. 

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ACABOU DE SAIR DO "FORNO". ZÉ RUFINO - O MATADOR DE CANGACEIROS (DOCUMENTÁRIO)


ACABOU DE SAIR DO "FORNO".ZÉ RUFINO - O MATADOR DE CANGACEIROS (DOCUMENTÁRIO)

O vídeo constante nesse documentário foi extraído do documentário "MEMÓRIAS DO CANGAÇO" produzido pelo Jornalista e Cineasta Paulo Gil Soares no ano de 1964.

Jornalista e cineasta Paulo Gil Soares

Vocês assistirão nesse documentário a uma sensacional entrevista com o célebre "Tenente Zé Rufino" que durante anos comandou uma das mais temidas Forças Policiais Volantes, dando combate ao cangaceirismo/banditismo, que naquela época, infestava os sertões do Nordeste. 


Zé Rufino entrou para a história como um dos maiores perseguidores e matadores de cangaceiros de todo o período de existência do fenômeno cangaço em solo nordestino.

Assistam...

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: Lampião, cangaço e Nordeste
Link: https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

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