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domingo, 14 de agosto de 2022

MARIA SULENA DA PURIFICAÇÃO

   Por José Mendes Pereira

A mãe dos Ferreiras tinha uma porção de nomes os quais são: Maria Sulena da Purificação, Maria Vieira do Nascimento, Maria Vieira da Soledade,  Maria Lopes da Conceição, Maria Santina da Purificação e Maria Lusulina da Purificação. E todos estes, é uma só pessoa, isto é, uma só Maria, sendo o  mais conhecido, Maria Lopes da Conceição.  

Era a esposa do pacato José Ferreira dos Santos ou Silva, que foi assassinado pela volante do tenente Zé Lucena. Ela nasceu no ano de 1873, já se passaram 149 anos, no Sertão Pajeú, Serra Talhada, Pernambuco, às margens do Riacho São Domingos, um dos afluentes do Rio São Francisco. 

Era filha de Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jocosa Vieira. Batizou-se na capela de Vila Bela de São Francisco, em Pernambuco, e seus padrinhos foram: Manoel Pereira da Silva (Manoel da Passagem do Meio), irmão de Padre Pereira e dona Constância Pereira da Silva (sua segunda esposa) eram os pais de Sebastião Pereira (Sinhô Pereira, primeiro e único patrão fora-da-lei de Lampião). 

Sinhô Pereira 

O casamento de dona Maria Lopes com José Ferreira foi realizado na tarde do dia 13 de outubro de 1894, na igreja da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio. Ele tinha 22 anos e ela tinha 21. A cerimônia foi presidida pelo cônego Joaquim Antônio de Siqueira Torres. 

Padre Joaquim Antônio de Siqueira Torres

Na pregação o Padre Quincas declarou: "- Tenho a satisfação de assistir a este enlace matrimonial de gente que conheço: boa, amiga e cristã. Faço votos ao Bom Jesus pela felicidade do casal e o futuro muito grande de seus filhos. 

O casal teve 11 filhos dos quais 2 crianças faleceram ainda pequeninas. O terceiro, ficou famoso: Virgolino, mais tarde, Lampião.  É aí, onde essa Maria com tantos nomes passou para a história.

Maria criou os filhos com autoridade dentro dos rígidos costumes sertanejos. A vida da família era pacata, até Virgolino virar cangaceiro. A situação tornou-se insuportável para ela, sendo obrigada a deixar sua casa, viver de sobressaltos, perseguições etc. O coração não suportou e Maria Sulena morreu no mundo de infarto, aos 47 anos, em Alagoas, no dia 30 de abril de 1920. Foi enterrada discretamente no Cemitério Santa Cruz do Deserto.  

Algumas informações do livro "Lampião a Raposa das Caatingas" de José Bezerra Lima Irmão.

Entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail 

franpelima@bol.com.br 

e adquira esta maravilhosa obra.

http://blogdomendesemendes.blogapot.com

SOBRE ARMAS E LIVROS - DOIS MOMENTOS

 Por Sérgio França

Carlos Elydio, Junior Almeida, Valdir Nogueira, Odilon Nogueira, Kydelmir Dantas e Sérgio França, no Cariri Cangaço Piranhas 2022

Em julho do ano de 1938, a cidade de Piranhas, estado de Alagoas, foi palco de um dos acontecimentos mais marcantes da História do Brasil. De lá partiram os homens que dariam cabo da vida do maior líder de cangaceiros, o Capitão Virgulino Ferreira, o Lampião. Nesse contexto, destacam-se como personagens dessa história com cheiro de chumbo e sangue os nomes dos próprios cangaceiros, tais como Lampião e sua Maria Bonita, Corisco e Dadá, Gato e Zé Sereno, apenas para citar alguns; chefes políticos locais ou coronéis, por exemplo, Zé Rodrigues, Delmiro Gouveia e Lucena; coiteiros de cangaceiros, como Joca Bernardes; e, por fim, mas não menos importantes, os representantes das chamadas volantes, que cumpriam o papel de perseguir e prender ou exterminar os cangaceiros, a quem pode ser citado para ilustrar o capitão João Bezerra, comandante das tropas do combate em Angicos.

Luci e Sérgio França e Manoel Severo em noite de Cariri Cangaço Piranhas 2022

Oitenta e quatro anos depois, sobre o mesmo palco da cidade de Piranhas, pôde-se vivenciar um evento cultural de grande magnitude, que reuniu em três inesquecíveis dias diversos historiadores, jornalistas, pesquisadores e demais apaixonados pelo tema: o Cariri Cangaço – Piranhas 2022. Nessa história, com cheiro de ciência e cultura, os protagonistas são aqueles que se dedicam a revelar os mistérios do passado, que não se conformam com os pontos de interrogação e vão em busca de desvendar os “porquês” do que já se viveu. Pessoas com grande conhecimento sobre a matéria do cangaço e com um desprendimento ainda maior em compartilhá-lo com os principiantes e menos experientes (nos quais me incluo). Assim, foi enriquecedor peregrinar pelos “caminhos da resistência” pela bela arquitetura oitocentista de Piranhas, navegar sobre as águas do “Velho Chico”, vencer a trilha para a Grota do Angico e beber na fonte do conhecimento de pessoas como Ivanildo Silveira, Leandro Cardoso Fernandes, João de Sousa Lima, Gilmar Teixeira, Valdir Nogueira, Ângelo Osmiro, Manoel Severo, Kydelmir Dantas, Maria Otília Cabral de Souza, Júnior Almeida, Ricardo Beliel, Luciana Nabuco e tantos outros ali presentes.

Luci e Sérgio França no Cariri Cangaço Piranhas 2022
Sérgio França e Mestre Folheteiro Jurivaldo

Demais disso, não deixemos de mencionar a interação, a integração e a emoção desse seleto grupo de estudiosos, emoção levada ao seu grau máximo no momento da justa homenagem ao grande escritor Antônio Amaury Corrêa de Araújo. Por meio dos debates, discursos e obras presentes, foi possível ainda aproximar-se do legado deixado por Antônio Amaury, mas também por Alcino Alves da Costa, Paulo Medeiros Gastão, Maria Cristina Russi da Matta Machado e tantos outros que abraçaram o cangaço como objeto de estudo por toda a vida.

Em suma, de 28 a 30 de julho de 2022, o Cariri Cangaço Piranhas 2022, sob a irretocável curadoria de Manoel Severo, concretizou em sua mais alta intensidade seu conhecido lema, realizando efetivamente o grande encontro da Alma Nordestina! Obrigado, Cariri Cangaço.

Sérgio França – Recife, Pernambuco BR  15 de agosto de 2022

O Cariri Cangaço Piranhas aconteceu entre os dias 28 e 30 de julho de 2022 na cidade ribeirinha de Piranhas, baixo São Francisco, no estado de Alagoas, nordeste do Brasil.

https://cariricangaco.blogspot.com/2022/08/sobre-armas-e-livros-dois-momentos-por.html

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TIRO DE GUERRA DE MOSSORÓ – PARTE III

Por: José Mendes Pereira

 Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Quem está de fora pensa que prestar serviços militares às Forças Armadas é moleza. Mas na verdade não é. Os sofrimentos são terríveis, cobranças por qualquer erro; uma palavra ou resposta dada aos superiores, é preciso que seja calculada o tamanho e seu peso, pois poderá pagar caro por isso. 

Você meu amigo Raimundo, foi um que não media as suas palavras, e por isso, sempre estava escalado para faxinar.

No dia 7 de Setembro de 1970,  ali, no meio das Ruas de Mossoró, nós estávamos desfilando para a população nos aplaudir. O sol escaldante nos deixou com a pele frágil no meio daquela multidão.

Passamos alguns dias treinando, o que deveríamos fazer no momento da nossa entrada às ruas; quem iria seguir à frente, puxando as três turmas de atiradores; as exigências feitas pelos sargentos, às advertências para conservarmos os passos sem erros; as fardas limpas e bem passadas; os coturnos engraxados e reparados pelo sapateiro, batendo os pregos...; os gorros postos às cabeças um pouco de lado, cintos com as fivelas brilhando. Estes cuidados teriam que ser cumpridos, e ai daquele que chegasse ao TG sem estas exigências.

Para o reparo geral das nossas fardas, muito agradecemos à saudosa dona Maria de Lourdes Medeiros (aqui abro um parêntese meu amigo Raimundo Feliciano, para lhe comunicar que hoje, às 10 horas desta manhã, recebi informação que dona Maria de Lourdes de Medeiros faleceu ontem em Mossoró, e que Deus a tenha em um bom lugar), zeladora da Casa de Menores Mário Negócio, que sempre teve o cuidado de examinar todo o nosso uniforme, costurando aqui e ali, porque nós vestíamos fardamentos usados pelas tropas de Natal, e geralmente já estavam bastante surrados.

Com experiência da sofrida marcha de 7 de Setembro, fiquei tramando um jeito de me livrar do 30 de Setembro, sendo que este só é comemorado  em Mossoró.

Já bem próximo a esta comemoração, isto é 30 de Setembro, fui até ao sítio do meu pai, e lá, casualmente, fui atingido na perna (canela), por uma ponta de pau, árvore conhecida por estrepa cavalo, ficando um pedacinho alojado na carne, e até supurava um pouco.

Foto feita por Aldeir Carlos da Silva

Como eu planejava não marchar naquele dia, não fiz tratamento e nem procurei um esculápio para consultá-lo, porque, se eu tentasse tratar o ferimento, com certeza, o sargento Gumercindo não me liberaria daquela sofrida marcha.

Mas me enganei por completo. Um dia antes, eu fui até à presença do Sargento Gumercindo, para lhe apresentar o ferimento na minha perna. Mais o resultado foi negativo. Não me dispensava de jeito nenhum da marcha. 

E lá, verbalmente ele me bateu forte, chamando-me de relaxado, manhoso, desastrado, preguiçoso, que eu deveria ter cuidado do ferimento antes, que isso sempre acontecia com certos atiradores, tentando ludibriá-los. “- Tem que marchar, do contrário, você irá para a tropa de Natal”.

No dia seguinte, lá eu estava marchando com a tropa. O sargento tinha razão. O ferimento na minha perna não era  tão grave assim. Era manha mesmo. Todos os patenteados tem um pouco de psicologia.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fonte:

http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

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LAMPIÃO E SEU BANDO EM POSIÇÃO DE TIRO.

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ENTREGAS DE CANGACEIROS

 Por Célia Cangaceira


Entregas. No primeiro plano os cangaceiros Santa Cruz (E) e Cobra Verde (D). Ao fundo: Peitica (E), Vila Nova IV (Centro) e Vinte e Cinco (D).

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TRISTE ACONTECIMENTO!

 Por Lampião e o Cangaço


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Escreveu Geovan Farias:

"Na realidade o Sub Grupo comandado por Corisco fez vingança ao MASSACRE DE ANGICO. Foi induzido ao erro pelo traidor do Cangaço, Joca Bernardes.

Delator Joca Bernardes

Corisco chora ao saber que cometeu um erro. Corisco foi tão inocente quanto a família Ventura. Este ato custou caro à tropa Cangaceira comandada por Corisco. Lutou ainda por dois anos, após a morte de Lampião, porém, é obrigado a deixar o Cangaço. Morto de forma covarde pela força policial de Pernambuco em terras Baianas".

Clique e leia - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2019/07/saiba-quem-foi-o-coiteiro-delator-joca.html

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DESPERTANDO O SONHO E A CURIOSIDADE

 Por José Bezerra

Valdir Nogueira, José Bezerra e Clênio Novaes no Cariri Cangaço Piranhas 2022

Por ser filho de um nazareno e testemunha da história viva, pois o meu pai, Leonel da Costa Araújo (que nasceu em 1901) , e foi contemporâneo e viveu na região dos conflitos e combates contra o bando de Lampião com os nossos familiares nazarenos, acabei crescendo ouvindo e gostando da temática Cangaço. Porém, desde que foi criado esse movimento Cariri Cangaço, eu acompanho interagindo nos grupos e nas redes sociais, despertando o sonho e a curiosidade que sempre tive de participar do evento, para conhecer de perto o grande mestre Manoel Severo e toda aquelas pessoas magníficas que compõe os eventos.

Manoel Severo, José Bezerra e Valdir Nogueira
Joaquim Pereira, Luiz Ferraz Filho, José Bezerra e Vilson da Piçarra

Tive a honra de participar do último encontro que aconteceu na cidade de Piranhas, em Alagoas, onde tive o grande prazer de  conhecer e abraçar meus parentes de sangue e ilustres pessoas dessa família Cariri Cangaço, que em nome do curador Manoel Severo, me acolheram com muito carinho e respeito. A experiência de participar do evento foi tão maravilhosa que não tem explicação. Doravante o CARIRI CANGAÇO passa ser minha segunda família. Obrigado MESTRE SEVERO por me acolher como um filho.

José Bezerra, pesquisador; Craibas, Alagoas - 13 de agosto de 2022 

O Cariri Cangaço Piranhas aconteceu entre os dias 28 e 30 de julho de 2022 na cidade ribeirinha de Piranhas, baixo São Francisco, no estado de Alagoas, nordeste do Brasil.

https://cariricangaco.blogspot.com/2022/08/despertando-o-sonho-e-curiosidade.html

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NOSSO ÍDOLO ROBERTO CARLOS NA INFÂNCIA E ANTES DO OCORRIDO.

 Por José Mendes Pereira

Fonte da imagem - https://www.facebook.com/discografiamundialderobertocarlos/photos/a.788834132546354/795429705220130/

Aqui, Roberto Carlos quando ainda puro. Com certeza, nunca imaginava que um dia seria um cantor, e muito menos, o mais famoso, admirado e querido do Brasil. 

Parabéns para o artista Roberto Carlos Braga, pelo seu talento, mesmo ele não me conhecendo, vale meus parabéns. 

Aqui, a sua música com o título "O Divã", que relembra o seu triste acidente aos seis anos de idade. 

https://www.youtube.com/watch?v=cDIiZh26ohc

Eu não acredito que o seu amigo e irmão camarada, Erasmo Carlos, participou desta letra, porque, quem passou por tudo isso que fala na música, foi ele, e o único que tinha condições de relatar o que passou.

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FALTA QUEM?

 Por Helton Araújo

Cirilo de Engrácia, Sabino das Abóboras, Meia Noite, Jararaca, Antônio Rosa, Luiz Pedro, Antônio Ferreira, Lampião, Levino Ferreira, Virgínio Fortunato, Zé Sereno, Ângelo Roque, Corisco, Zé Baiano, Gato, Moreno, Português, Calais, Arvoredo e Juriti... Vinte cangaceiros de grande periculosidade!

Falta alguém?

Se não é um inscrito em nosso canal no YouTube por gentileza se inscreva, o link está abaixo.

https://www.facebook.com/groups/508711929732768/?multi_permalinks=1108872773050011&notif_id=1660476670967404&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

https://youtube.com/channel/UComO7XvqNE-sKIBUgGMx4GQ

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AUGUSTO SANTA CRUZ, UM CANGACEIRO DOUTOR

 Por Pedro Nunes Filho

Um dia, Antônio Silvino, vendo sua fama declinar, queixou-se enciumado: ”De uns tempos desses para cá, só se quer saber de cangaceiro-doutor!”


Referia-se ao Dr. Augusto de Santa Cruz Oliveira, graduado pela Faculdade de Direito do Recife, em 1895. Moço, esquentado e imbuído dos ideais libertários da Casa de Tobias, foi nomeado promotor público em Alagoa do Monteiro, sua terra natal. Naquele tempo, existia a politicagem togada. Juízes e promotores podiam envolver-se em política e até disputar eleições majoritárias. Numa dessas disputas calorosas, Augusto se indispõe com seu opositor, juiz José Neves, de quem descende a clã dos Neves, que até hoje mantém tradição de honradez e dignidade na vida privada e no mundo jurídico do Recife.

Dr. Augusto de Santa Cruz Oliveira

Augusto (foto a esquerda) não demora também a discordar da oligarquia que dominava a Paraíba do Norte, rompendo com o presidente da província, João Lopes Machado. Sentindo-se com suas prerrogativas políticas abolidas e com o direito de defesa cerceado, recruta 120 cabras dos porões do cangaço e, no dia 6 de maio de 1911, invade a cidade de Monteiro, quebra a cadeia pública, solta um protegido seu e os demais presos que se incorporam ao grupo armado. Em seguida, encarcera o destacamento de polícia local, pego de surpresa ainda dormindo, numa madrugada-manhã invernosa e fria.

Depois, os revoltosos avançam contra a cidade, vencem a resistência armada que lhe fizeram as autoridades auxiliadas por alguns cidadãos desafetos do chefe. No final da tarde, a cidade resta dominada e presos o prefeito Pedro Bezerra, o promotor público José Inojosa Varejão, capitão Albino, major Basílio e capitão Victor Antunes, pai do ilustre professor internacionalista da Faculdade de Direito do Recife, Mário Pessoa. No tiroteio, morreram algumas pessoas e, em pavorosa, a população da cidade evade-se, deixando suas casas comerciais e residências abandonadas.Sem condições de resgatar os reféns, o governador João Machado pede ajuda ao governador de Pernambuco, Herculano Bandeira.

Corria o ano de 1911 e confrontavam-se em acirrada disputa pelo governo de Pernambuco, o prestigiado político, comendador Rosa e Silva, e o general Dantas Barreto, herói da Guerra do Paraguai. Em sua mocidade, antes de ir para a guerra, Dantas Barreto havia morado em Monteiro, onde exercia a profissão de relojoeiro e fez amizade com a família Santa Cruz. Por esta razão, o general resolve dar apoio ao bacharel revoltoso. Temendo que durante a disputa política Dantas Barreto pudesse se socorrer do braço armado das hostes guerreiras do paraibano rebelado, o governador de Pernambuco, que era rosista, autorizou um batalhão de 240 praças e 10 oficiais, sob o comando do Major Alfredo Duarte, invadir a Paraíba, munidos de 40 mil cartuchos mauser para guerrear o bacharel-cangaceiro, como o chamavam seus inimigos.

Ao contingente de Pernambuco, somaram-se 120 homens da polícia paraibana. No dia 27 de maio de 1911, um século atrás, atacam a Fazenda Areal, onde o bacharel estava aquartelado e mantinha os reféns prisioneiros. O combate dura uma manhã inteira. Não conseguindo resistir, Dr. Augusto bate em retirada e vai se refugiar no Juazeiro, levando consigo os prisioneiros. Ao longo da fatigante trajetória de muitos dias, vai libertando os reféns um por um, pois não ficaria bem chegar com prisioneiros no reduto sagrado. Na condição de perseguido político, entra no Juazeiro e é recebido pelo padre Cícero que o acolhe, desarma seus homens e arranja-lhes trabalho digno. Naquele mês de junho, o Juazeiro estava em pé de guerra com o Crato, lutando por sua independência e o padre precisava mostrar-se forte.

Homens do Cangaceiro Doutor

O patriarca tenta pacificar a Paraíba e não consegue. O conflito se estende até o ano seguinte e é chamado Guerra de 12. Frustrada em seu intento de resgatar os reféns, antes de deixar o palco da luta, a polícia destrói e queima a fazenda Areal e mais algumas propriedades de familiares do bacharel Santa Cruz.Em 1912, o Dr. Augusto retorna à Paraíba e se junta com o médico-fazendeiro Franklin Dantas, pai de João Dantas. Igualmente insatisfeitos com o desprestígio político que suas famílias estavam sofrendo, os dois doutores formam um exército de 500 homens e saem invadindo as principais cidades do sertão paraibano, com o propósito de depor o governador João Machado. Não conseguindo o intento desejado, Augusto refugia-se em Pernambuco, sob a proteção de Dantas Barreto que havia assumido o governo do Estado. Alguns anos depois, é nomeado Juiz de |Direito de Afogados da Ingazeira. Correto, exemplar e temido por sua história de vida, fez justiça e impôs respeito nas comarcas por onde passou. Morreu na comarca de Limoeiro em 1944. Esse fato histórico está minuciosamente descrito no livro Guerreiro Togado, do autor desta coluna.

Pedro Nunes Filho é advogado tributarista e escritor, sendo o livro Guerreiro Togado a sua obra de mais destaque.
Contato: pnunesfilho@yahoo.com.br

Pesquei no Açude do Coroné Severo

e no De Olho no Cariri 

E eu repesquei no blog do Kiko Monteiro - http://lampiaoaceso.blogspot.com

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ASCRIM/ACADEM PRESIDENCIA – CONFIRMAÇÃO E RETRANSMISSÃO AO CONVITE DA AFLAM: “ATOS COMEMORATIVOS DOS SEUS 15 ANOS SEMEANDO CULTURA E SABER” - OFÍCIO. Nº 018/2022.

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MOSSORÓ-RN, 12 de AGOSTO de 2022.   

 

  

 ‘RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(a).’    

  

             

   AGRADECENDO A EXCELENTÍSSIMA DRA. TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO, M.D. PRESIDENTA DA ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES DE MOSSORÓ-AFLAM, PELO CONVITE, RESERVAMO-NOS ATRIBUIR MESMO VALOR DE PARTILHA, DIZENDO QUE É UMA GRANDE HONRA CONFIRMAR QUE NOS FAREMOS REPRESENTAR, OFICIALMENTE, AOS: 

 ““ATOS COMEMORATIVOS DOS SEUS 15 ANOS SEMEANDO CULTURA E SABER”, QUE ACONTECERÁ  

 

NO TEATRO LAURO MONTE FILHO, CENTRO MOSSORÓ, NOS DIAS:  

17(quarta-feira)08.2022 - 18H ÀS 21HS - ATOS ECUMÊNICOS – MEMÓRIAS 15 ANOS AFLAM – HOMENAGENS: MEDALHAS, SELOS E TÍTULOS – SARAU LITERÁRIO I: MÚSICAS, POESIAS E ARTES. 

18(quinta-feira)08.2022, 18H ÀS 20H – SARAU LITERÁRIO II – ELOGIOS ARTES, POESIAS E MÚSICAS.  

NA CIA ESCARCÉU DE TEATRO(AV. ALBERTO MARANHÃO-ALTO DA CONCEIÇÃO):  

19(sexta-feira)08.2022, 16H – SARAU LITERÁRIO III –POESIAS, ARTES E MÚSICAS.  

NO QUINTAL DA NAZARÉ(R.SILVA JARDIM,1005- BOA VISTA): 

20(SÁBADO)08.2022, 16H –SARAU LITERÁRIO IV:POESIAS E MÚSICAS.  

   

     PORTANTO, REPASSO O ASSUNTO DO ALVO CONVITE(ANEXO) DE IGUAL MODO, POR CÓPIA,  AS EXCELENTÍSSIMAS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS,  ACADÊMICOS DA ASCRIM E POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADEMICOS DA ASCRIM E ACADEM, ILUSTRES PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS, GOVERNAMENTAIS, PÚBLICAS, PRIVADAS E MAÇÔNICAS,  JORNALISTAS E COMUNICADORES, POR SER DO INTERESSE, CLARO, DOS MESMOS, TOMAREM CONHECIMENTO E DIGNAREM-SE, DO SEU MISTER, CONFIRMAR SUAS PRESENÇAS, JUNTAMENTE COM AS EXCELENTÍSSIMAS FAMÍLIAS CONSORTES.    

    DESTA FORMA, É DA PRAXE DESTA PRESIDENCIA, QUANDO OFICIALMENTE CONVIDADO, DIGNAR-SE RESPONDER AOS ECLÉTICOS CONVITES DO PRESIDENTE DE ACADEMIAS, EXEMPLO QUE NOTABILIZA O VIÉS DE OUTRO PRESIDENTE CORRESPONDER A ESSE ECLETISMO, PORQUE SABE A DIFERENÇA ENTRE O LIAME DA PARTILHA E DO PRESTÍGIO QUE ASCENDE E CRESCE NO INTERCÂMBIO ENTRE OS QUE PRESTIGIAM OS ABNEGADOS DEFENSORES DA CULTURA MOSSOROENSE.  

   NESTA SINTONIA, UM CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CULTURAIS E A CONFIRMAÇÃO, INTERCAMBIADOS ENTRE PARTICIPANTES E ENTIDADES SINGULARES, MERECE E FUNCIONA COMO UM “FEEDER”, EVIDENTE, REPASSADO A TODOS OS ACADÊMICOS E INTEGRANTES DE SEUS CORPOS ADMINISTRATIVOS/SOCIAIS, PELO SEU PRÓPRIO DIRIGENTE, CUJO ESSE FEEDBACK ALIMENTA, NATURALMENTE O FERVOR E A CONSIDERAÇÃO EM QUE SINGRAM OS INTELECTUAIS E SERVIDORES   DESSAS PLÊIADES.  

  

    CONVOCANDO OS ACADÊMICOS DA ASCRIM E DA ACADEM PARA ESSE MAGNO EVENTO, COMUNICO, AOS QUE COMPARECEREM E SE IDENTIFICAREM COMO TAIS NOS ATOS COMEMORATIVOS SUPRAMENCIONADOS, DEVEM CUMPRIR, NO QUE FOR POSSÍVEL, O RIGOR OBRIGATÓRIO ESTATUTÁRIO DE USO DO UNIFORME OFICIAL (VESTE TALAR), CONSOANTE NORMA, ATRIBUTO DIGNITÁRIO DO DECORO INTELECTUAL E ORGULHO DA MORAL QUE ASSIM OS IDENTIFICA, ENTRE OS PARES, EM ATIVIDADES CULTURAIS DESSA GRANDEZA.  

  

      

SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS, 

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO 

-PRESIDENTE EXECUTIVO DA ASCRIM ACADEM- 

 

MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO 

-PRESIDENTA EXECUTIVA INTERINA DA ASCRIM- 

 

P.S.: 1. CONSIDERANDO A ESSÊNCIA DA HUMANIDADE INTELECTUAL, INSERIDA NA REPRESENTATIVIDADE DE TODOS SEGMENTOS SOCIAIS ABAIXO RELACIONADOS, ENCAMINHA-SE ESTA CÓPIA ORIGINAL, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO AOS  INSIGNES DIGNITÁRIOS: 

 

P.S.-1): EVENTUALMENTE – EM RESPOSTA À TRANSMISSÃO DE CONVITE - RECEPCIONAMOS MENSAGENS QUE NOS SÃO ENVIADAS PELOS SIGNATÁRIOS DOS EMAILs DESTINATÁRIOS, AS QUAIS ENVIAMOS PARA OS PATROCINADORES DOS EVENTOS, ATRAVÉS DO NOSSO MALOTE DIGITAL OFICIAL DA ASCRIM-MADA .  

P.S.-2): ESTA É UMA CÓPIA ORIGINAL, ENCAMINHADA, OFICIALMENTE, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO PARA O(A)S:   

  

EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, MAÇONICAS E MILITARES.  

REVERENDÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES RELIGIOSAS.  

MAGNÍFICOS REITORES E AUTORIDADES DE UNIVERSIDADES.  

EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS.  

EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E INSTITUIÇÕES CONGENERES.  

ILUSTRÍSSIMO(A)S DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS, EDUCACIONAIS E DE CIDADANIA.  

ILUSTRÍSSIMO(A)S JORNALISTAS E COMUNICADORES.  

ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.  

POTENCIAIS CANDIDATO(A)S A ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM. 

Enviado pela ASCRIM

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