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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Obras do artista plástico Demétrius Coelho


Com 25 anos de carreira, as obras de Demétrius estão em exposição permanente em sua galeria no bairro Petrópolis em Natal.

Em seu Instagram, contem o portifólio fazendo uma retrospectiva de seus 25 anos de carreira. 

Instagram: @DemetriusCoelho

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Continua...

Artista plástico Demétrius Coelho

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Moção Vanessa Campos

Por: Wescley Rofrigues

Caros(as),

Abaixo segue a moção de apoio da pesquisadora Wanessa Campos em prol do restauro da casa grande do sítio Jacu.

Cordialmente

Prof. Wescley Rodrigues

Recife - PE, 15 de julho de 2013.

Ilmo. Sr.
Prefeito Municipal de Nazarezinho – Paraíba
Salvan Mendes

Prezado Senhor,

O Cangaço foi um movimento que abalou o País nos anos 30, época em que Lampião esteve no auge da fama e tanto preocupou o governo Vargas. No momento, historiadores, pesquisadores, escritores e estudantes se voltam para esse fenômeno buscando explicações, principalmente os Estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte  e Ceará. A Paraíba tem a sua história envolvida com o Cangaço, através de Chico Pereira.

A casa dele,  localizada no Sítio Jacú, encontra-se carecendo de restauração, pois ela está inserida nessa história e deve até, ser transforma em museu visando o turismo para o município.

Sendo pesquisadora do Cangaço e com livro publicado sobre o tema, venho solicitar das autoridades de Nazarezinho o tombamento e a restauração dessa casa histórica.

Atenciosamente,

Wanessa  Campos

Jornalista, escritora e pesquisadora do Cangaço

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço 
Wescley Rodrigues

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Comunicado!

Por: Ângelo Osmiro

GECC (Grupo de estudos do cangaço do Ceará)

Aos sócios e amigos:

Comunicamos que as próximas reuniões do GECC acontecerão em novo local, no auditório da sede da ABO-CE (Associação Brasileira de Odontologia – Ceará) situada na Rua Gonçalves Ledo, 1630. Bairro Joaquim Távora, Fortaleza-CE.


Mediante parceria GECC e ABO-CE firmada no dia de ontem. Nossas reuniões continuarão acontecendo toda primeira terça-feira de cada mês, com início às 19h e termino às 21h.

Agradecemos a intermediação do sócio do GECC Jornalista Vicente Alencar que esteve conosco ontem junto à diretoria daquela Instituição nas pessoas do seu Presidente José Sampaio Menezes Junior e da diretora de Divulgação Rochelle Corrêa, aos quais agradecemos a forma cordial que nos receberam naquela instituição. Agradecemos ainda a colaboração decisiva na concretização do nosso intento do diretor de Biblioteca da ABO – CE o poeta e escritor Antônio Diogo Fontenele.

Aproveitamos a oportunidade para agradecermos a gerencia da Livraria Saraiva - Fortaleza (Iguatemy) pela sessão do Espaço Rachel de Queiros nos últimos anos, que foi decisivo para consolidação do nosso grupo de estudos.

Atenciosamente,

Ângelo Osmiro Barreto
Presidente do GECC

http://lampiaoaceso.blogspot.com
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Moção Ana Lúcia

Por: Wescley Rodrigues
Wescley Rodrigues e a professora e pesquisadora do cangaço Ana Lúcia

Caros(as),

Abaixo segue a moção de apoio da pesquisadora Ana Lúcia Granja em prol do restauro da casa grande do sítio Jacu.

Cordialmente
Prof. Wescley Rodrigues
                                                           
Petrolina-PE, 15 de Julho de 2013.
Saudações ao excelentíssimo prefeito, senhor Salvam Mendes!

Prefeito, como pesquisadora do Movimento Social do Cangaço, observo sempre em minhas andanças por este sertão, o quanto é importante e necessário a preservação, conservação e restauração dos sítios históricos.

É muito triste quando vemos um local histórico sendo destruído pela ação do tempo e não termos quem possa usar da sensibilidade e da força de vontade para não deixar que a História seja esquecida, seja desvalorizada.

http://nazarezinho.informecapital.com.br

A Fazenda Jacu, como muitos outros Sítios Históricos, precisa ser mais respeitada, ser sempre lembrada na memória do seu povo, pelo grande vulto que foi Chico Pereira para a História do Brasil.


O cangaceiro Chico Pereira

Por esta razão, senhor prefeito, precisamos da vossa sensibilidade, da vossa compreensão em  preservar a cultura da cidade de Nazarezinho- PB.
                                                                                       Ana Lúcia Granja
 Professora e pesquisadora do cangaço

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
Wescley Rodrigues Dutra

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As Batalhas entre Clementino Quelé e Lampião em Santa Cruz da Baixa Verde - Parte 1

Por: Rostand Medeiros

“HOJE SÓ SE SALVA QUEM AVÔA”

Em um dia de agosto de 2006, uma sexta feira, na cidade pernambucana de Santa Cruz da Baixa Verde, em Pernambuco, na companhia do escritor e pesquisador Sérgio Dantas, tivemos a oportunidade de conhecer um homem, nascido em 1912, que pela sua lucidez e saúde, foi como encontrar um verdadeiro tesouro da história oral do cangaço.

Clementino José Furtado, o Clementino Quelé.
Clementino José Furtado, o Clementino Quelé.

Seu nome era Antônio Ramos Moura, sua residência uma casa ampla no sitio Conceição e o assunto foi os dois ataques perpetrados por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seus cangaceiros, contra a casa do seu antigo parceiro, Clementino José Furtado, o Clementino Quelé, que após estes embates se tornou um dos mais esforçados perseguidores do “Rei do Cangaço”.

Antônio Ramos Moura, então com doze anos, foi testemunha destes episódios e detalhou vários aspectos de sua vida na época e rememorou inúmeros fatos.

O atual município de Santa Cruz da Baixa Verde está localizado na região do Sertão do Alto Pajeú, na fronteira com a Paraíba. Fica distante 455 quilômetros de Recife, possui um agradável clima serrano e a cidade se caracteriza por concentrar na atualidade a maior quantidade de engenhos de rapadura de Pernambuco. Já as origens do local são oriundas do antigo “sítio Brocotó” e a atual denominação tem origem na ação de um missionário nordestino que possui uma história extraordinária.

Nascido em 5 de agosto de 1806, na Vila de Sobral, Ceará, José Antônio Pereira Ibiapina teve uma origem confortável. Mas devido a participação do seu pai Francisco Miguel Pereira na insurgência conhecida como Confederação do Equador, este foi fuzilado em 1825, e o irmão Alexandre seguiu preso para a ilha de Fernando de Noronha, onde morreu pouco tempo depois. Ibiapina teve que assumir e manter financeiramente a família.

Imagem mais conhecida do Padre Ibiapina - Fonte - http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=852&Itemid=1
Padre Ibiapina 

Algum tempo depois ingressou no Curso de Direito do Recife, concluindo em 1832. No ano seguinte exerce o cargo de professor substituto de Direito Natural na Faculdade de Olinda. Depois foi eleito Deputado Geral e nomeado, em dezembro, Juiz de Direito da Comarca de Campo Maior, no Ceará. Concluídos os trabalhos legislativos, em 1837, Ibiapina voltou para o Recife e resolve exercer a advocacia. No entanto, ele passa a trabalhar efetivamente na profissão no estado da Paraíba. Em 1840 volta ao Recife e continua sua luta junto aos tribunais.

A partir de 1850 Ibiapina resolve abandonar seus trabalhos forenses e inicia um período dedicado à meditação e exercícios de piedade. Após três anos de meditação e reflexão, Ibiapina decide-se pelo sacerdócio. Nesse sentido, em 12 de julho de 1853, aos 47 anos de idade, ele se torna o Padre Ibiapina. Logo após sua ordenação, o Bispo Dom João da Purificação o nomeia Vigário Geral e Provedor do Bispado, além de professor de Eloquência do Seminário de Olinda.

Mas contrariando seus superiores, opta pela vida missionária. Padre Ibiapina começou então seu trabalho missionário pelo interior do Nordeste. Em diversas vilas construiu casas de caridade, destinadas a moças pobres. Em cada lugar ele pregava, orientava, promovia reconciliações, construía açudes, igrejas, cemitérios, cacimbas e cruzeiros. Um destes cruzeiros foi erguido no sítio Brocotó e ficou conhecido como Santa Cruz, sendo esta a denominação na época do cangaço.

Região serrana de Santa Cruz da Baixa Verde, Pernambuco.
Região serrana de Santa Cruz da Baixa Verde, Pernambuco.

Com o passar do tempo, pelo fato da pequena urbe está no alto da Serra da Baixa Verde, o lugar passou a denominar-se Santa Cruz da Baixa Verde e pertencia administrativamente à bela cidade serrana de Triunfo.

O pai do nosso entrevistado chamava-se Miguel Moura, tinha uma pequena bodega, além de trabalhar como tropeiro, ou almocreve. Tinha uma tropa de animais e fazia a linha entre as cidades de Triunfo, Serra Talhada e Arcoverde, na época denominada Rio Branco, trazendo e levando cereais. Antônio Ramos comentou que seu pai viajava para vários locais, transportando rapaduras. Inclusive o Rio Grande do Norte foi um dos seus destinos, onde esteve em Mossoró para comprar sal e também em Caicó.

O autor e o memorioso Antônio Ramos Moura.
 O autor e o memorioso Antônio Ramos Moura.

Para nosso entrevistado Clementino Quelé, era chefe de sua família, tinha como irmãos Pedro, Quintino, Antônio, José e Manuel (nezinho), todos considerados homens dispostos, valentes e que “gostavam da espingarda”. Antônio Ramos comenta que na sua infância tinha um enorme respeito por aquele homem. Pouco falou com ele, mas obteve muitas informações sobre Quelé através de seu sogro Joaquim de Fonte, sobrinho do chefe da família Furtado.

Clementino é descrito como um homem forte, de tez acentuadamente branca, que realmente ficava com a pele vermelha quando tinha raiva e esta teria sido a razão de Lampião apelidá-lo pejorativamente como “Tamanduá Vermelho”.

praça principal da atual Santa Cruz da Baixa Verde, com a estátua do Padre Ibiapina em destaque.
Praça principal da atual Santa Cruz da Baixa Verde, com a estátua do Padre Ibiapina em destaque.

Já para o pesquisador Frederico Pernambucano de Mello (in “Guerreiros do Sol”, 2004, págs. 220 a 225), Quelé era natural da ribeira do Navio, onde seguiu jovem para Alagoas, afastando-se de Pernambuco por questões de disputa familiar. No retorno a sua família vem para Triunfo, no sítio Santa Luzia. O antigo membro de volante João Gomes de Lira (in “Lampião-Memórias de um soldado de volante”, 1990, págs. 123 e 124) comenta ser a Santa Luzia a morada do bravo pernambucano.

Fachada da igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em santa Cruz da Baixa Verde.
Fachada da igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em santa Cruz da Baixa Verde.

Para Antônio Ramos, na época das grandes “brigadas” de Quelé contra Lampião, ele morava no sítio Conceição.Independente desta questão consta para nosso entrevistado que Quelé e seus irmãos eram analfabetos “-De tudo”. Do tipo que “-Não assinavam nem o A” e nem faziam “-Garrancho” do nome. Dizia Quelé ao tio de Antônio Ramos que ele era “careta”, outra denominação para seu analfabetismo. Pois quando olhava para qualquer texto escrito, franzia a testa, mostrava o rosto carregado, com uma careta, por não saber ler.

Mas se Quelé e seus irmãos não sabiam ler, sabiam atirar e muito bem.

CONTINUA...

Escrito pelo historiógrafo e pesquisador do cangaço:
Rostand Medeiros 
http://tokdehistoria.wordpress.com

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