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domingo, 26 de agosto de 2012

João de Sousa Lima é um dos palestrantes do II JOIA- Jornada de Integração Acadêmica- Paulo Afonso-Bahia


Dia 04 de setembro de 2012, no Auditório do Colégio Sete de Setembro, acontecerá o II JOIA (Jornada de Integração Acadêmica). João de Sousa Lima e Alcivandes Santana estarão realizando palestras.

João de Sousa Lima abordará a passagem do cantor Luiz Gonzaga em Paulo Afonso e no momento lançará o livro que pontua essa ligação do artista com a cidade.

Alcivandes Santana será o Curador de uma Mostra Fotográfica sobre Messianismo.


Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima


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O gângster do sertão

Por: Isabel Lustosa

Mito que inspirou a música, a literatura e o cinema nacionais, o rei do cangaço é tema da biografia Lampião – Violência e Esperteza, escrita pela socióloga Isabel Lustosa.

De caráter marcadamente didático, a obra, prevista para chegar às livrarias em 12 de agosto, enfatiza a narrativa da história por meio do resgate das imagens de época, que vão desde a convivência em meio ao bando a detalhes das indumentárias usadas e fotos e reportagens em jornais.

Doutora em ciência política pelo Iuperj e pesquisadora da Casa de Rui Barbosa, no Rio, a autora explica, na entrevista a seguir, como o cangaço se apoiou na conivência das elites locais e no descaso do Estado.

CULT - Como Lampião se insere na tradição dos foras da lei a que se refere Eric Hobsbawm? Há algum aspecto em sua trajetória que o aproxime do resgate "social" promovido por Robin Hood ou do "político" de um subcomandante Marcos?

Isabel Lustosa - Não me identifico muito com a tese de Hobsbawm. Aliás, ela é muito bem analisada e criticada pelo principal autor com que trabalhei para escrever este livrinho: Billy Jaynes Chandler.
Lampião não era de maneira nenhuma um Robin Hood, pois jamais roubou dos ricos para dar aos pobres, a muitos dos quais roubou, torturou e matou com requintes de crueldade.
Sua motivação sempre foi pessoal e, desde a juventude, com os irmãos, se metera em várias brigas na vizinhança, fazendo seus primeiros inimigos entre essas pessoas às quais continuaria a perseguir pela vida afora.

Lampião marcou ao mesmo tempo o apogeu e o declínio do banditismo no cangaço. Por quê?

Isabel Lustosa - Por causa da situação de abandono do sertão nordestino, onde quem fazia as leis e as executava eram os grandes proprietários de terra. Com esses, Lampião se compunha sempre que possível, trocando proteção ou mesmo a promessa de que não atacaria por dinheiro e munição.
Preferia atacar pequenas cidades e fazendas sem muitos recursos de defesa. Como essa era a circunstância de quase todas, ele sempre teve onde agir. As autoridades estaduais, ocupadas em defender e desenvolver as cidades litorâneas, só se mobilizavam para dar combate ao cangaço quando acontecia algo de espetacular.
A falta de unidade entre as polícias dos vários estados do Nordeste foi um facilitador da ação do cangaço. A tranquilidade de que Lampião gozou até quase o final da década de 1920, no interior do Ceará, pode ser atribuída a certa leniência do governo estadual. Tal como sua ligação com as elites sergipanas, que, na década seguinte, também lhe seria muito útil.
Pode-se citar uma série de circunstâncias para a razão de seu sucesso: falta de recursos dos governos, egoísmo de alguns latifundiários, incompetência das autoridades policiais e, naturalmente, a grande capacidade tática e estratégica de Lampião para lidar com esses fatos e com a natureza do sertão.

A gradual incorporação da mulher ao dia a dia do bando modificou seu modo de atuação e também sua intensidade? Isso representou algum aspecto de vanguarda para os padrões de comportamento da época - um débil "feminismo" avant la lettre?

Isabel Lustosa - A entrada das mulheres no bando só se deu na segunda fase da vida de Lampião, quando ele já estava na Bahia e encontrou Maria Bonita. Ele também estava mais velho e mais manhoso na forma de lidar com sua clientela. Já desenvolvera um modus operandi similar ao dos mafiosos de Chicago, vendia proteção contra si mesmo, digamos assim.
Mas as mulheres do cangaço raramente participavam das batalhas - sabiam atirar e tinham armas, mas ficavam na retaguarda. Não creio que se possa fazer uma analogia entre essas mulheres, algumas delas raptadas, com qualquer imagem feminista. O ambiente era totalmente machista, e as que não andassem na linha poderiam ser executadas.
Maria Bonita tinha certa influência sobre Lampião e conseguiu algumas vezes impedir execuções. Mas, apesar de seus protestos, assistiu a Virgulino castrar um rapaz apenas por diversão. Creio que Maria Bonita nada tinha de guerreira, dedicando-se à costura, aos bordados, aos cuidados com seus cachorros e dando, isso sim, um toque de feminilidade ao ambiente árido dos acampamentos.

Qual foi o papel da imprensa na compreensão do fenômeno do banditismo de Lampião?

Isabel Lustosa - Lampião adorava saber que era notícia no Rio e em São Paulo e pedia que lhe trouxessem jornais e revistas em que seu nome aparecesse. Nesse sentido, a imprensa sensacionalista, tal como faz ainda hoje com alguns bandidos, contribuiu para fixar a imagem de Lampião, repercutindo seus crimes, batalhas e fugas mais impressionantes.
Ela, juntamente com a literatura de cordel, ajudou a criar e a difundir toda a mítica que cercaria a imagem do cangaceiro.

Qual o impacto de sua figura sobre as artes, como o cordel, a literatura e o cinema? Ele era poeta?

Consta que teria sido Lampião o criador da música-tema do cangaço, "Mulher Rendeira". Ele e outros cangaceiros eram repentistas e, nas comemorações, se entregavam a esse jogo de versos provocativos que se chama desafio. Muitos dos episódios de sua trajetória foram primeiro narrados pela literatura de cordel, que tinha então grande força entre o povo do interior do Nordeste.
Ainda em vida, Lampião foi tema de livros e do famoso filme de Benjamin Batista que nunca chegou a ser apresentado, pois foi proibido pelo Estado Novo.
No entanto, tal como a saga de Canudos, as histórias do cangaço seriam elemento inspirador do cinema novo. Em especial porque, entre os anos 1950 e 1960, a repercussão que alcançaram os movimentos sociais no campo pela reforma agrária - as Ligas Camponesas - estimulava na classe média intelectualizada e de esquerda a fabricação de uma mística.
Essa mística esteve presente tanto no cinema, cujo exemplo mais significativo foi Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, mas também no teatro do CPC, ligado à UNE, e na MPB, com "Carcará" e "Viramundo", por exemplo.

De que modo a imagem pode ajudar a romper mitos e lugares-comuns da história?

No caso específico de Lampião, as imagens mais chocantes são, na verdade aquelas em que ele e seu bando são as vítimas. As cabeças cortadas dos cangaceiros, que durante décadas figuraram em exposições, são a imagem mais forte que restou da violência do cangaço.
Ao lado delas, o que existe são coisas que revelam o lado mais humano e criativo dessas pessoas que cometeram crimes tão bárbaros: as cenas de Maria Bonita costurando ou vestida como uma moça da cidade junto com seus cães; dos cangaceiros dançando e simulando de forma canhestra uma ação; e os instantes de intimidade entre Lampião e Maria Bonita são comoventes. Talvez porque nos digam que a beleza e a poesia podem florescer até em meio à maior barbárie.

Fonte: Revista Cult

http://www.coopcultural.org.br/noticias/view.aspx?ID=1740

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Literatura sobre Lampião e o cangaço

Por: Guilherme Machado
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Documentário sobre a vida e a morte do rei do cangaço, e o livreto de cordel, "Vida e Morte de Lampião." Uma doação para o Portal do Cangaço da Bahia, feita pelo pesquisador; Kydelmir Dantas de Oliveira.



Livreto de cordel: Vida e Morte de Lampião  
Autor: Marciano Medeiros


Antônio Kydelmir Dantas de Oliveira é agrônomo, pesquisador e poeta de Nova Floresta - Paraíba. Publicou, além de artigos na imprensa nordestina, livros, plaquetas e cordéis.

Entre as suas produções mais recentes estão: “Remendos” – poesia e prosa (2001); “Luiz Gonzaga e o Ceará” - plaqueta (2004); e o cordel: “A Peleja do Raio da Silibrina contra o Relâmpago da Palavra” (2008).

Atualmente, Kydelmir Dantas é sócio das entidades Poetas e Prosadores de Mossoró (POEMA); Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP); Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC); União Nacional de Estudos Históricos e Sociais (UNEHS); e Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN).


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Literatura sobre Lampião e o cangaço:

Por: Guilherme Machado
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Antiga revista coletânea do magazine digeste. Editada em 26 de novembro de 1953. com uma grande matéria sobre Lampião, o Rei do cangaço. Artigo publicado pelo repórter, Luis Luna, para o diário de notícias do Rio de Janeiro.



Extraído do blog - Portal do Cangaço de Serrinha - Bahia.

A LENDA DO VENTO AMANTE (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

A LENDA DO VENTO AMANTE

Dizem que numa cidade distante, lugar pacato, de povo humilde e trabalhador, de mulheres sérias e recatadas, de repente a mesmice do cotidiano foi transformada por alguns estranhíssimos acontecimentos.

Ali o namoro era para casamento, viúva fechava o balaio eternamente, moça velha tinha que se contentar com o fogo lhe subindo pelas coxas, não havia traição nem adultério, fornicagens às escondidas nem se falava ou aceitava essa coisa de amante.

Tudo ali era de reconhecida seriedade entre as pessoas. Os pais cuidavam dos filhos de modo a tornar inaceitável qualquer deslize. Namoro só na presença do pai ou da mãe. Com um mês já tinha de firmar compromisso, com mais outro mês o noivado era esperado. Em menos de meio ano de namoro já havia casamento, e numa união para eternidade.


Certa feita uma mocinha solteira apareceu buchuda, grávida sem dizer a ninguém quem era o pai, e teve de sair de casa às escondidas levando somente mala e cuia. A família não aceitou de jeito nenhum uma desonra daquela. Procurou-se de todo jeito saber quem teria sido o malfeitor na honra alheia, porém não houve jeito de encontrar o desvirginador.

Ao ser expulsa de casa, na caminhada sem destino que ia, a mocinha passou na casa de uma velha, já nos arredores da cidade, para contar sua aflição, falar sobre sua inocência e dizer que estava sendo acusada de fazer safadeza sem jamais ter levantado a saia pra homem algum. E disse que somente o sopro do vento era capaz de levantar a roupa pra ver suas coxas.

Ao ouvir a conversa sobre a estranha gravidez e aquelas palavras sobre somente o vento poder levantar a roupa pra ver as coxas e o restante, então a velha fechou o semblante, alargou sobre a face enrugada um aspecto de preocupação, e depois disse apenas que então o tão esperado já estava começando a acontecer.

Sem falar mais sobre esse assunto à mocinha, apenas pediu que sentasse para ouvir que sabia de sua inocência, que ela realmente não tinha nenhuma culpa sobre o acontecido, sobre a tão falada e recriminada gravidez, e além disso também sabia que, embora gestante, ela continuava virgem.

Pediu ainda pra que ela não fosse embora naquele momento porque dali mais uns dias tudo poderia mudar e todo mundo reconhecer o erro cometido ao tratá-la como mulher fácil e pecadora. Esperava que isto não acontecesse tão cedo, mas infelizmente o povo do lugar, principalmente as mulheres metidas a sérias demais, a tomar conta da vida dos outros, a se meterem numa eterna beatice, sentiriam na pele a dor e o vexame do desconhecido. Concluiu a velha senhora.

A mocinha ficou por ali escondida, enquanto de vez em quando a velha ia fazer caminhadas pela cidade e observar a feição do tempo, principalmente sentir como o vento chegava e passava. Conhecia a força misteriosa da brisa, do vento e da ventania, mas sabia que era através do vento que os estranhos acontecimentos se confirmariam.

Numa dessas tardes, logo percebeu o sopro diferente do vento, sua feição matreira e astuciosa, seu jeito sonso de namorador e de inigualável causador de problemas familiares. Estava escrito e assim aconteceria. Um vento safado chegaria por ali de mansinho e durante vários dias e noites sopraria de um jeito diferente debaixo dos vestidos e saias das mulheres, da casada à solteira, e estas engravidariam sem saber de que.

Depois de avistar a mulherada animada, proseando animadamente sentadas nas cadeiras defronte suas casas, retornou ao seu barraco e disse à mocinha que não demoraria para que retornasse com segurança ao seu lar. Diante do aconteceria com as outras, logo seria perdoada e até tratada como a virgem da ventania.

E o vento veio chegando faceiro, perfumado, silenciosamente galante, e onde avistava um par de coxas ia soprar por baixo todo macio, de mansinho, sem causar qualquer alvoroço. E após sua passagem, as mulheres se afogueavam, tomavam uma cor diferente, se danavam a balançar a ponta das saias e a mexer na roda dos vestidos. Era uma sensação prazerosa jamais vista, quase como se um amante estivesse acariciando suas partes baixas.

E a partir do primeiro dia e nos seguintes, o que mais se via eram as calçadas, as praças, as ruas repletas de mulheres sorridentes e contagiadas toda vez que suas roupas eram levemente açoitadas. Algumas chegavam a estremecer, outras a dar gritinhos, e teve até senhora dando chilique cheia de afogueamento.


Mas não demorou muito e algumas começaram a ter os sintomas próprios da gravidez. Mocinhas que jamais namoraram de repente apareceram buchudas para espanto e rebuliço do lugar. E eram tantas que as famílias logo perceberam que a culpa não era delas, mas de algum fenômeno estranho que as faziam engravidar sem jamais terem deitado com homem. Foi quando a mocinha expulsa de casa despontou numa ponta de rua e disse que sabia quem havia engravidado todas aquelas mulheres.

Correram pra cima dela implorando perdão e pedindo por tudo na vida que dissesse quem era o causador daquele pecado todo, daquela desonra maior, daquele terrível constrangimento familiar. E quando ela levantou o olhar, apontou em direção à montanha e disse que era o vento, só se viu mulher juntando as pernas, apertando as saias, segurando o vestido e correndo pra dentro de suas casas.

Depois disso o lugarejo ficou conhecido como a cidade sem mulheres. Com as portas e janelas sempre fechadas, nenhuma se arriscava a deixar nem um soprinho de vento passar. A não ser a velha, que enfim pôde ter aquilo que a mocidade lhe havia negado. E todo dia sentava de saia larga defronte ao seu casebre e ali permanecia até desmaiar de tanto sopro de vento.

(*)Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com


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A Estrada de Ferro de Mossoró - 26 de Agosto de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 26 de agosto de 1875 era dada a concessão, através da Lei nº 742, da Presidência da Província do Rio Grande do Norte, ao comerciante suíço John Ulrich Graff, para a construção de uma estrada de ferro ligando Mossoró a Petrolina, na Bahia. Mas por falta de recursos, o projeto caducou. Graff chegou a criar uma empresa e oferecer cotas às pessoas de recursos, como se dizia naquela época, aqui residentes. Mas não conseguiu o suficiente para viabilizar o projeto. Entendia Graff que o progresso de Mossoró dependia da velocidade com que conseguisse importar e exportar os seus produtos. A tropa de burros, que até então transportava as mercadorias, já não era suficiente para atender a um mercado crescente como o de Mossoró, que naquela época era tida como empório comercial. Fazia-se mister a construção de uma ferrovia, que entre outros benefícios, baratearia os fretes e diminuiria o tempo de transporte.
               

Quase quarenta anos depois o sonho de Ulrich Graf começava a se realizar. Outros passaram a ter o mesmo sonho, e como diz o ditado, \\\"sonho que se sonha só é apenas sonho, mas sonho que se sonha unido é realidade\\\". E esse novo sonho se concretizou com a Companhia Estrada de Ferro de Mossoró S/A, que foi iniciada pela firma Sabóia de Albuquerque & Cia. em 31 de agosto de 1912. Em 19 de março de 1915, numa sexta-feira, era inaugurada oficialmente o seu primeiro trecho, entre Porto Franco, em Areia Branca e Mossoró. Esse sonho era compartilhado por toda Mossoró por isso, quando a locomotiva \\\"Alberto Maranhão\\\" chegou à Estação, foi recebida com aplauso. Na plataforma do carro-chefe da composição, viajavam: João Tomé de Sabóia, Cel. Vicente Sabóia de Albuquerque, farmacêutico Jerônimo Rosado, Camilo Filgueira, Rodolfo Fernandes, Cel. Bento Praxedes, Vicente Carlos de Sabóia Filho, além do mais velho habitante da cidade, o Sr. Quintiniano Fraga, que ostentava o pavilhão nacional. Aquele 19 de março foi realmente uma data muito importante para Mossoró.
               
O trecho Porto Franco a Mossoró estava pronto e inaugurado, naquele 19 de março de 1915; mas era só o começo. A partir daquela data, estava aberta a luta pelo prolongamento da Estrada de Ferro, cujos trilhos levariam ainda outros longos 30 anos para fazerem ligação com a Rede Viação Cearense, na cidade de Sousa, na Paraíba.
               
O tempo que Mossoró levou para concluir a sua Estrada de Ferro foi muito longo e quando finalmente ficou pronta, os objetivos dos primeiros tempos já não poderiam mais serem alcançados. O caminhão já havia invadido as estradas, e com ele o trem não podia competir, nem em velocidade nem em tempo.
               
Apesar de tudo, a ferrovia foi de muita utilidade para Mossoró, sendo, por longo tempo, o meio de transporte mais utilizado pela população, tanto para carga como para passageiros.
               
Hoje, ninguém fala mais daquele 19 de março de 1915, que tanto orgulho deu ao povo de Mossoró. A Estrada de Ferro que fora inaugurada naquela data, já não existe mais. A estação de embarque, transformou-se em Estação das Artes; seus trilhos foram arrancados em grandes trechos, suas oficinas estão em ruínas e das locomotivas, que antes cortavam a cidade, não se tem mais notícias. A velha \\\"Maria Fumaça\\\" desapareceu para sempre nas nuvens do esquecimento. Apenas alguns quadros, pendurados nas paredes do museu, lembram da data que pela primeira vez o progresso chegava a Mossoró.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:

As trincheiras de Rodolfo, em 1927: III - Alfredo Fernandes & Cia.

Imagem 01 - Afredo Fernandes & Cia. 1946.

A terceira trincheira do Prefeito Rodolfo Fernandes para defesa do assalto à cidade de Mossoró, em 1927. Defesa esta que foi montada na empresa de Alfredo Fernandes que Raul Fernandes assim a descreve:

"o prédio assobradado do escritório ficava na Av. Cunha da Mota, 27. No primeiro andar, dormitório dos empregados da firma, cinco homens armados vigiavam. Os grandes armazéns estendiam-se à rua Coronel Gurgel, 475 e 487. O conjunto limitava-se com a rua Felipe Camarão. Colocaram também dez homens armados de rifles e fuzis, sob o comando de Francisco Alves Cabral."

Próxima trincheira a ser postada: Trincheira IV

Citarmos as fontes é respeitar quem pesquisou e dar credibilidade ao que escrevemos. Télescope.Fontes: FERNANDES, Raul. ( 09-09-1908-1998). A Marcha de Lampião, Assalto a Mossoró. 7a. edição, Coleção Mossoroense, Volume 1550,  Fundação Vingt-un Rosado, outubro de 2009; Fonte do  arquivo fotográfico P&B - Azougue. Provável autor da fotografia 01: Manuelito Pereira, (1910-1980);  Índice das Matérias Publicadas em Memória Fotográfica.

Fonte: 

Escrito por Copyright@Télescope

O que falam de nós no Canadá

Enviado por: Paulo Medeiros Gastão
Paulo Gastão

Imprensa do Canadá.
Date: Tue, 15 May 2012 11:33:42 -0300
Relato sob o ponto de vista de uma imprensa canadense, livre e imparcial.
Seria ótimo se esta matéria chegasse ao povo.
 Certamente a conta será muito alta para nossos descendentes.
Imprensa do Canadá sobre Dilma Rousseff

Original em Inglês para quem quiser conferir.- A tradução segue abaixo do texto em inglês.

BRAZIL'S PURGATORY ABOUT TO BEGIN

Nobody cares if Dilma Roussef murdered or robbed. It is just populism in the cruelest form. She is Lula's lady. Poor people have benefited a little from the end of inflation, and they forgot that this situation was inherited by Lula. What is interesting is that the Worker's Party is neither Communist nor the helper of workers. IBGE, the main statistical institution in Brazil , has just released the information that illiteracy in Brazil increased during Lula's reign. Basic sanitation is in the same level as it was at the time of his coronation. 50,000 Brazilians die violent deaths, most caused by guns and drugs smuggled into the country by the FARC Marxist terrorists, allies of Lula. Who cares? I have a cell phone and tv set. The next World Cup will be in Rio. On the other hand, the Federal Development Bank (BNDES) has received this year US$ 100 BI to lend to large corporations, in order to "buy" their good will towards the government during the election year.

The capitalists get the money for 3,5% to 7%, while the government pays 10% to 12% for the banks. Itaú bank had the largest profit of any bank in the Americas , including the ones in the US. Other acts of largesse of the government include the distribution of TV and radio licenses to capitalists and politicians, a TV network for the union leaders (who take one day of salary from the workers and can't be audited - Lula forbid it) and the definition of the targets of investment of the pension funds from state companies, in the order of hundreds of billions of dollars. They can make you or break you.

FASCISM This is a fascist economy, in its purest definition. Mussolini would be proud. It is hard for the common folk to understand how Communism has changed from a social utopia to this raw fascism. The reason is that they retain the old veneer in cultural causes, such as free abortion, gay marriage, globalism, ecological radicalism, etc. Just like in China , they tell you how to live your private life.

Censorship or "media control" is in Dilma's agenda, as it is in full course in Argentina and Venezuela today. The fiscal privacy of Dilma's opponents has been broken with no consequences. Basic constitutional rights are worth nothing to the Worker's party, and they are challenging property rights. A bunch of communist peasants, all funded and led by professional agitators, will invade farms, kill people (as they do now) and the issue will be decided by popular acclamation, in a commune. We are being prepared to be pawns of the world government. I predict rough times ahead for Brazil . Dilma is incompetent and stubborn. Brazil 's public debt has almost tripled and is about to explode, due to to the high interest rates. The boom in the exportation of minerals and agro-commodities that gave Lula's popularity such boost can end anytime, especially if a heavy crisis hits the dollar. The taxation level in Brazil is one of the highest in the world, at 40,5% and bureaucracy, with 85 different taxes in the last count, is astronomical. They won't be able to raise tax anymore to support the do-nothings employed in the government and the corruption. When the government crashes, the social aids that supported Lula's popularity will be at risk. Without the booming exports, there will be fewer jobs, and it is possible that we see riots and protests. Things have always been too easy in this country, where food grows even in a crack in the sidewalk. Perhaps it is time for Brazilians to mature from suffering.

PS: Dilma's father was a Bulgarian. He fled his country because he was a communist activist. Surprisingly (?), in Brazil he was a capitalist and very rich. Dilma had a very bourgeois life, living in a large house and studying at private schools. It is always good to belong to the Communist elite.

O purgatório brasileiro está prestes a começar.

Ninguém se importa que Dilma Roussef tenha assassinado ou roubado. É apenas o populismo na forma mais cruel. Ela é a senhora Lula. Os pobres se beneficiaram um pouco do fim da inflação e se esqueceram que esta situação foi herdada por Lula. O interessante é que o Partido dos Trabalhadores não é comunista, nem o que auxilia os trabalhadores. IBGE, a principal instituição de estatística no Brasil, acaba de lançar a informação dando conta que o analfabetismo no Brasil aumentou, durante o reinado de Lula. O saneamento básico está no mesmo nível que era no momento da sua coroação.

50 mil brasileiros morrem de mortes violentas, a maioria causados por armas e drogas contrabandeadas para o país pelos terroristas marxistas das FARC, os aliados de Lula. A próxima Copa do Mundo será no Rio de Janeiro. Em contrapartida, o Banco Federal de Desenvolvimento (BNDES) recebeu este ano 100 US$ bi para emprestar às grandes corporações, a fim de "comprar" a sua boa vontade em relação ao governo durante a campanha eleitoral.

Os capitalistas recebem o dinheiro com juros em torno de 3,5% a 7%, enquanto o governo paga 10% a 12% para os bancos. Banco Itaú teve o maior lucro de um banco nas Américas, incluindo os dos E.U.A. Outros atos de generosidade do governo incluem a distribuição de licenças de TV e rádio para os capitalistas e os políticos, uma rede de TV para os dirigentes sindicais (que recebem um dia de salário dos trabalhadores e não podem ser fiscalizadas) e a definição dos objetivos de investimento dos fundos de pensão de empresas estatais, na ordem de centenas de bilhões de dólares. Eles podem fazê-lo ou quebrá-lo.

FASCISMO- Esta é uma economia fascista, na sua mais pura definição. Mussolini estaria orgulhoso. É difícil para o povo entender como o comunismo mudou a partir de uma utopia social para este fascismo na forma mais primitiva. O motivo é que eles mantêm a aparência sob o velho charme por causas culturais, como o aborto livre, o casamento gay, a globalização, o radicalismo ecológico, etc. Assim como na China, dizem-lhe como viver sua vida particular.

Censura ou "controle da mídia" ESTÁ na agenda de Dilma, da mesma forma como se encontra em pleno andamento na Argentina e Venezuela hoje em dia. A privacidade fiscal de oponentes de Dilma foi quebrada sem consequências.

Os direitos fundamentais garantidos pela Constituição nada valem para o Partido dos Trabalhadores e eles estão desafiando os direitos de propriedade. Um grupo de camponeses comunistas, todos financiados e liderados por agitadores profissionais, invadem fazendas, matam pessoas (como o fazem agora) e a questão será decidida por consulta popular, da comuna. Estão sendo preparados para ser peões do governo mundial. Prevejo tempos difíceis à frente para o Brasil. Dilma é competente e teimosa. A dívida pública do Brasil quase triplicou, e está prestes a explodir, devido às altas taxas de juros. O boom da exportação de minerais e agro-commodities, que impulsionaram a popularidade de Lula, pode acabar a qualquer momento, especialmente se uma crise pesada atingir o dólar. O nível de tributação no Brasil é um dos mais altos do mundo, com 40,5%, e a burocracia, com 85 diferentes impostos na última contagem, é astronômica. Eles não serão mais capazes de aumentar os impostos para sustentar os vagabundos empregados do governo e a alta corrupção. Quando o governo quebrar, as ajudas sociais que apoiaram a popularidade de Lula estarão em risco. Sem o crescimento das exportações, haverá menos postos de trabalho, e é possível que nós venhamos a ter tumultos e protestos. As coisas têm sempre sido muito fáceis neste país, onde o alimento cresce até nas rachaduras na calçada.

Talvez já esteja na hora de os brasileiros amadurecerem pelo sofrimento.

PS: O pai de Dilma era búlgaro. Ele fugiu de seu país porque era comunista perigoso, ativista.

Surpreendentemente, no Brasil, tornou-se um capitalista e muito rico.
Dilma teve uma vida burguesa privilegiada, vivendo em uma casa grande e estudando em escolas privadas.

É sempre muito bom fazer parte da elite comunista.

Enviado pelo professor universitário, escritor e pesquisador do cangaço: 
Paulo Medeiros Gastão

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