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sábado, 28 de abril de 2012

No meu pensar - O vingativo Lampião

Por: José Mendes Pereira

Em 1927 Lampião resolveu invadir Alagoas, alegando que era protestando contra Zé Lucena por ter assassinado o seu pai, e Zé Saturnino, que segundo ele era o causador das declinações da família Ferreira, privando o direito deles serem felizes onde moravam, obrigando-os a fugir de Pernambuco e os empurrando para as terras alagoanas.
                 
Em Pernambuco ele e os seus familiares deixaram para trás tudo que haviam adquirido com muito esforço: propriedade, agricultura, criações e principalmente sonhos e muitos sonhos que pretendiam realizar.
               
Já residindo em Alagoas passaram por dois grandes desgostos: O primeiro foi quando viram a mãe cair em depressão. Ela se sentindo desgostosa com o desrespeito do Zé Saturnino por ter afetado o caráter de José Ferreira da Silva, seu coração não aguentando as maldades, faleceu em 1920.

José Saturnino, inimigo nº. 1 de Lampião 
               
O segundo e mais doloroso foi quando viram o pai envolvido em um horroroso lençol de sangue, todo crivado de balas pelas armas do tenente Zé Lucena.
           
Os desrespeitos que surgiram contra a sua família  deixaram Lampião e seus irmãos sem rumo e sem decisões para enfrentarem as maldades dos perseguidores.
           
Dizia o rei que o principal culpado das suas desventuras era o Zé Saturnino, por não ter assumido a sua desonestidade, quando o assecla viu peles dos seus animais na casa de um dos moradores da Fazenda Pedreiras. Se o fazendeiro tivesse assumido o feito, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem embrenhados às matas, escondendo-se dos policiais.    
          
O rei ainda se lastimava que todos os seus antes amigos viviam passeando pelas redondezas do lugar,  livres de perseguições, e diariamente aconchegados às mocinhas do povoado, frequentando festas e bailes. E enquanto os outros gozavam da liberdade, eles eram privados de participarem dos divertimentos que o povoado oferecia. Infelizmente teriam que passar a vida inteira se amparando às árvores, castigados pelas chuvas, sol, poeiras, dormindo no chão, misturados com caranguejas, lacraias, cobras e no meio de combates, tentando se livrarem dos estilhaços de balas. E na maioria das vezes, fome, fome e muita fome, vivendo um horroroso sofrimento.                                                
               
Lampião assumia o seu feito dizendo que antes da morte do seu pai, já havia praticado crimes. E em um desses, findou a vida de um sujeito que lhe roubara uma das suas cabras. Mas que todos que o julgavam como um bandido cruel, entendessem o porquê da sua prática criminosa. Fizera para defender o que lhe pertencia, e em prol de sua própria honra. Se ele não defendesse o que era seu, com o passar dos tempos, todos iriam querer pisá-lo como se ele nada valesse na vida.
          
Lampião alegava ainda que se o Zé Saturnino não tivesse manipulado tenente Zé Lucena para assassinar o seu pai, quem sabe, talvez ele não tivesse se tornado um bandoleiro, e sim, um fazendeiro, um engenheiro, um rábula qualquer ou outra coisa parecida. Ou ainda teria se casado e construído uma linda e maravilhosa família. 

Tenente Zé Lucena
          
E agora, depois das grandes decepções que passaram, principalmente a morte do pai, como os irmãos Ferreira se vingariam das maldades que fizeram contra eles?                         
            
Lampião e seus manos, decepcionados, fizeram um juramento: o seu luto, até a morte iria ser o rifle, a cartucheira e os tiroteios. E a partir dali, decidiram que a solução seria magoar todo povo que morava em Alagoas, vingando-se a seu modo. Já que tinham perdido o respeito, uma desordem a mais não influenciava nada.
               
E a partir de 11 de janeiro de 1927, partiram para bagunçarem o Estado de Alagoas, onde destruíam tudo que viam pela frente. E geralmente rios de sangue ficavam escorrendo por onde os vingadores passavam.

José Mendes Pereira
               
Fonte de pesquisas:
"Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angicos"
Alcindo Alves da Costa.

Índia potiguar Clara Camarão (batizada como Clara Filipe Camarão)


CLARA CAMARÃO E SEU MARIDO FELIPE CAMARÃO

Foi uma indígena brasileira provavelmente da tribo potiguar no bairro de Igapó na cidade do Natal, então Capitania do Rio Grande (hoje o Estado do Rio Grande do Norte), nascida na metade do século XVII que foi catequizada por padres jesuítas, juntamente com seu marido Filipe Camarão, adotando o mesmo sobrenome que ele.

É considerada uma das precursoras do feminismo no Brasil, já que ela rompeu barreiras acabando com a divisão de trabalho da tribo ao se afastar dos afazeres domésticos, para participar de batalhas junto ao seu marido, durante as invasões holandesas em Olinda e no Recife.

Clara também liderou um grupo de guerreiras nativas na luta contra os holandeses durante a colonização na cidade Porto Calvo no Estado de Alagoas em 1637. Não há registro do local e data de sua morte.

A Refinaria da Petrobras Potiguar Clara Camarão localizada no município de Guamaré/RN homenageia o seu nome. É a primeira refinaria do Brasil a ser batizada com um nome de uma mulher.
Fonte: Wikipédia

Atenciosamente,
Neto - Natal/RN

Extraído do blog do Neto

ENQUANTO NÃO VEM CANGAÇO - VAMOS REVIVER OS ANOS SESSENTA

Vendi os Bois



Vendi Os Bois - Os Incríveis


Vendi os bois.
O filho moço vai casar.
É feriado hoje, a roça vai parar.
Vem cá depois,
Preciso mandar ver peru
Oh rosa! vê se os dois preferem um tatu.

Sela meu burro, Zé!
Vai convidar Tião.
Traz da cidade um pano pra mulher.
Hei, Rosa, olhe o pirão,
Põe caldo de feijão,
Faz da maneira que o pai dela quer.

Vendi os bois.
O filho agora vai casar.
Vai ser a melhor festa que eu dei no lugar.
Vem cá depois.
Preciso mandar ver melão.
Oh, Rosa! Vê se o doce é melhor que mamão.

Sela meu burro, Zé!
Vai convidar Tião.
Traz da cidade um pano pra mulher.
Hei, Rosa! Olhe o pirão,
Põe caldo de feijão,
Faz da maneira que o pai dela quer.


Por Johwanny m. Cavalcante
(Goiânia)