Por José Mendes Pereira
Respeito com muita sinceridade o trabalho do cineasta José Geraldo Aguiar, e que aqui, nada contra o seu livro sobre os Lampiões, apenas sem acreditar no que afirmou o Lampião de Buritis ao saudoso escritor e pesquisador.
Após 17 anos
de pesquisas, o escritor e cineasta José Geraldo Aguiar, natural de São Francisco
no Estado de Minas Gerais, abandonou o seu estúdio fotográfico para
coletar dados sobre o famoso capitão Lampião, que segundo ele, não teria sido
assassinado em emboscada promovida pelas forças policiais na madrugada de 28 de
julho de 1938, na localidade da Grota do Angico, em Porto da Folha, atual município de Poço Redondo,
no Estado de Sergipe, e estas, todas comandadas pelo o tenente João Bezerra da
Silva, que havia nascido na Serra da Colônia, município de Afogados da Ingazeira, no
Estado de Pernambuco.
https://www.conhecaminas.com/2016/08/conheca-buritis-cidade-de-belas.html Baseado nas
informações de um suposto Lampião que viveu alguns anos em Buritis, no Estado
de Minas Gerais, o José Geraldo Aguiar ficou crente e informado que, o homem que
supostamente se dizia ser o capitão Lampião do Nordeste do Brasil, era
realmente aquele senhor que se escondia lá pelas terras da cidade de
Buritis.
Mas é certo
que este homem que aparece na foto acima, nunca foi e nunca será o sanguinário e
perverso capitão Lampião, vez que a sua aparência, principalmente os seus olhos, são totalmente diferentes dos olhos do capitão que era cego do olho direito. O
que tinha de defeito no olhar de Lampião de Buritis, era em sua pálpebra, e não
na visão. Veja esta foto abaixo do capitão Lampião e compare com a do
Lampião de Buritis que está lá no início do texto.
Segundo o
fotógrafo-pesquisador José Geraldo Aguiar, o esquartejamento de Lampião e outros
jagunços, não passava de uma farsa, vez que o verdadeiro cangaceiro teria
desistido do ofício antes da emboscada, juntamente com Maria Bonita e outros
seguidores, fugindo para a cidade de Paulo Afonso e, de lá, para o Norte de
Minas Gerais, num roteiro que inclui Manga, Itacarambi, Missões, povoados de
Brejo do Amparo, São Joaquim e Tijuco, em Januária, Pedras de Maria da Cruz,
Matias Cardoso, Capitão Enéas, Arinos, Urucuia, São Francisco, e finalmente
Buritis, onde ele veio falecer no ano de 1993, aos 96 anos de idade.
Mas vejam bem
amigos leitores, no mesmo site e no mesmo texto diz que: "a história do
livro (o livro que se refere é Lampião, o Invencível – Duas vidas e Duas
mortes), relata que ao sair de Angico em 1938, o capitão Lampião teria procurado
um porto seguro, e este, foi no Estado do Piauí. Lá, ele viveu por alguns anos,
depois passou a residir na Bahia e, gradativamente, foi descendo pelas bordas
do gigantesco Rio São Francisco, chegando em Minas Gerais, e esteve em muitas
cidades de lá, sendo Manga a primeira delas.
Eu como quase leigo
no assunto, e nem devia falar sobre isso, acho que quem está maluco sou eu,
porque só leio coisas sobre este Lampião de Buritis que não são
verdadeiras.
O escritor
José Geraldo Aguiar diz lá bem próximo ao início do texto, segundo site abaixo,
que o capitão Lampião teria fugido para Paulo Afonso no Estado da Bahia e
depois para o Norte de Minas Gerais. Mas na sequência, ele afirma
que ao sair de Angico, o capitão Lampião procurou um "porto seguro"
no Piauí, mas não revela a cidade ou o sítio que morou. O leitor já tem
conhecimento disto.
O escritor
José Geraldo Aguiar falou ainda que, a partir do momento em que ele disse que
queria filmar o Lampião de Buritis, nunca mais o viu. Leia as palavras do
escritor:
“- No dia
seguinte, quando retornei à sua casa, ele já havia ido embora para Buritis”.
Escritor José
Geraldo Aguiar, se o senhor ainda estivesse aqui conosco, eu diria: Quando o
senhor levou o assunto para filmá-lo, ele não quis, porque, sabia muito bem que
tudo que dissera era mentira. Um verdadeiro impostor. Ele sabia que, quando os estudiosos do cangaço assistissem a sua entrevista, iriam descobrir a sua invencionice. Jamais ele foi Virgolino Ferreira da Silva, o
Lampião do Nordeste do Brasil, e pelo que eu tenho lido, nem um dia se quer, Lampião verdadeiro esteve
no Estado de Minas Gerais.
Amigo leitor,
o que eu escrevi como protestos sobre as informações do depoente Lampião de Buritis, não tem nenhum valor
para a literatura lampiônica.
E em nenhum momento, falei mal do saudoso escritor, cineasta e pesquisador do cangaço José Geraldo Aguiar.
Não tenho conhecimentos suficientes sobre o tema, sendo assim, não posso discordar de trabalhos lampiônicos de escritores, pesquisadores e cineastas, porque, o que eu tenho aprendido relacionado ao cangaço, agradeço a eles.
Todas as minhas inquietações são sobre depoentes, que alguns deles, escorregaram nas suas informações aos entrevistadores, (deste tema que é cangaço), e os profissionais não têm culpas de forma alguma sobre mentiras ditas por pessoas que foram entrevistadas.
Se você
quiser conferir para não achar que eu estou criando fatos, aqui está o site:
https://www.tvriopretoburitis.com.br/2019/01/lampiao-morreu-em-buritis/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com