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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

BATALHA E O LIVRO DE YSNALDO

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1834

Somente agora se acha em minhas mãos, o livro“Resquícios de minha temporada em BATALHA, capital da bacia leiteira alagoana”. O livro do bancário e advogado – hoje desfrutando sua aposentadoria – José Ysnaldo Alves Paulo, teve seu lançamento no final do ano passado, em Batalha, em comemoração ao aniversário daquele importante município sertanejo. Foi impresso na Fonte Editorial e consta de 299 páginas em papel fosco e amarelado o que motiva o conforto dos olhos do leitor.

CENTRO DE BATALHA. FOTO: (ÂNGELO RODRIGUES)
Estamos agradecendo a sua referência ao nosso livro “Ipanema, um rio macho”, às páginas 125, 126, 127, 128 e 129 e também como uma das fontes de pesquisa à página 289. As gordas citações referem-se ao rio Ipanema e, quando da passagem da nossa expedição por aquele festejado município.
Todos os autores têm suas preferências dentro da própria área dos seus escritos. Assim acontece no livro BATALHA, quando o foco de Ysnaldo estar dirigido para o social, num mergulho profundo naquela organização batalhense. O autor faz algumas incursões pela parte física, mas o forte são as pessoas da sua convivência e das pesquisas realizadas que, finalmente conta a história da urbe por este ângulo.
O livro, boa capa e ótima encadernação, traz a polêmica origem do nome do município em algumas opções. Para nós continua valendo o que dissemos ao autor por telefone ainda em sua fase de pesquisa. O próprio Ysnaldo encontrou a nossa referência em fonte segura que a mim, como curioso, parece a mais aceita, descrita na íntegra por ele. Entretanto, a escolha ficou em aberto para os filhos de Batalha.
O homem de Viçosa, levado a Batalha pelas circunstâncias da vida, durante uma década, amou, procurou entender, pesquisou e soube presentear à sociedade que o acolheu como funcionário de um banco da cidade. O autor deve estar muito feliz e, muito mais vibrante ainda, deve estar o povo da cidade sertaneja que teve sua história documentada. O livro “Resquício de minha temporada em BATALHA, capital da bacia leiteira alagoana”, além do objetivo principal, torna-se também grande fonte de pesquisa para as novas gerações que procuram entender Batalha no todo sertanejo. Louvem-se à coragem, o desempenho e à determinação de José Ysnaldo Alves Paulo.
Batalha continua festejando.


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POR QUE NÃO PRESERVAR O QUE RESTA DO POÇO DE CIMA?

Por Rangel Alves da Costa

O Poço Redondo (município dos sertões sergipanos) que se tem hoje nasceu como Poço de Cima, depois foi Poço de Baixo, até passar a ter a denominação atual. E sem esquecer que, para os antigos, sempre foi Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo, denominação, aliás, muito mais apropriada para um município que desde muito vem definhando sua fé.
Poço de Cima por que povoação surgida em local mais elevado e nas proximidades de cacimbas ou “poços” existentes no riachinho logo adiante. Poço de Baixo pela denominação dada às fazendas que surgiram mais abaixo e se espalharam pelas distâncias. Com as fazendas, um novo núcleo habitacional formado principalmente por forasteiros. E Poço Redondo por outro “poço” existente no Riacho Jacaré e que em época de seca grande servia para iludir a sede dos bichos. “Aonde vai compadre?”. “Vou ali no ‘poço redondo’ dar água ao gado”. Assim surgiu Poço Redondo.
Pois bem, como dito, Poço Redondo nasceu no Poço de Cima, povoação logo um pouco mais acima do centro da cidade e que ainda subsiste somente no nome, na Capela de Santo Antônio de Poço de Cima e em alguns toscos casebres que insistem em se manter de pé, e por verdadeiro milagre. E também por um cemitério que resolveram inventar por lá, vez que aquele local nunca foi espaço público para enterros. Somente os originários do local possuíam e ainda devem possuir o privilégio de ter descanso ao redor da capelinha.
Mas por que não preservar o que ainda resta das antigas moradias daquele embrião sertanejo e que foi lar de nascimento de muitas famílias ainda frondosas? Os Sousa, os Cardoso, os Lucas, os Feitosa, dentre outras, vingaram naquela povoação e somente depois desceram a estrada. Imaginar que um dia ali as famílias e suas posses, os currais, os rebanhos, os escravos, os senhores e as sinhazinhas, a religiosidade incontida de um povo. E missas na igrejinha logo construída.


O que se tem hoje, contudo, são apenas restos e escombros de uma história que jamais poderia ser relegada ao esquecimento. Três casinhas demonstram bem o triste momento chegado pelo Poço de Cima. A primeira e a mais destruída, fica logo no início da estrada para que vai em direção ao hoje cemitério do Poço de Cima. A segunda fica defronte à capelinha e a última, logo adiante, ao redor de uma imensa barriguda, servindo apenas como depósito de velharias. Todas caindo aos pedaços, com o barro despencando mais e mais a cada sopro do tempo, do vento e das trovoadas que surgem num tempo e noutro.
A primeira casinha praticamente já não existe mais. O barro foi deixando uma desalentada nudez e os varais de madeira recurvando aonde raízes sertanejas se firmaram um dia. O mesmo acontecerá com as demais acaso nada se faça. É apenas uma questão de tempo para que o Poço de Cima desabe inteiramente na sua última moradia. Por que deixar que tudo aconteça assim, sem que ninguém se preocupe em, ao menos, jogar uma mão de barro por cima daqueles restos?
Sim, atualmente prega-se a destruição de toda e qualquer casa de barro para que em seu lugar seja levantada uma de tijolos. Mas este não é o caso daqueles restos ainda existem no Poço de Cima. Aquelas casinhas têm de ser preservadas, cuidadas e mantidas, pelo próprio significado histórico que possuem. Os seus donos devem ser alertados para a necessidade de preservação e caso não possam - por dificuldades financeiras - fazer os reparos necessários, então que os poderes públicos ajam para que a história não desabe de vez e, mais tarde, tenha-se que construir uma que faça relembrar aquele passado tão grandioso para a história e a memória de Poço Redondo.
Eu, como nada posso fazer, apenas fotografo para que os retratos sejam o meu álbum de tristeza e dor. Mas também de felicidade: o prazer de ter convivido com a história primeira de Poço Redondo. Fato que certamente, pelo passo do descaso, não mais será vivenciado pelas futuras gerações.

Escritor
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Minha irmã encontrou - em uma reforma na casa de minha mãe - alguns exemplares do livro de minha autoria: "Sertão Des-Encantado". Esse livro teve somente 3.000 (três mil) exemplares editados. Está esgotado há muito. Segundo um proprietário de um Sebo, aqui no Rio, está no topo da lista dele de livro mais procurado.


Estou vendendo, a quem interessar, pra que, assim, eu possa terminar de escrever o próximo que é um a ficção Infanto-Juvenil ambientado no sertão nordestino e cuja Protagonista é uma menina pré- adolescente, genial, sertaneja, pobre, mas super dotada. 

Ela tem como ancestrais da sua família matrilinear, mulheres Bruxas que sabem lidar com tudo que diz respeito a vida e a morte e é, simplesmente fantásticas, toda essa linhagem de mulheres, a começar pela protagonista. 

Mas com essa crise preciso de ter um reforço financeiro para terminá-lo. ENTÃO, COMECEM COMPRANDO ESSES MEUS LIVROS, OS QUAIS, SURGIRAM NA HORA EXATA.

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DIVERSAS DATAS DO NASCIMENTO DE VIRGOLINO


Por Kydelmir Dantas

As diversas datas do nascimento de VIRGOLINO (Lampião) sempre estão em evidência, dependendo do autor. Até em documentos oficiais há controvérsias. E se tratando de livros didáticos ou paradidáticos, então... Vejamos, pois...

fotos: 1 - Certidão de nascimento;
 2 - Batistério; 
3 - O Governador do Sertão (pág. 78) do livro com esta capa anexa (17ª reimpressão 2014).

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=765841810291432&notif_id=1517340593293583&notif_t=group_activity&ref=notif

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A XXII MANHÃ DE CULTURA E LAZER DO MUSEU DO SERTÃO TERÁ UMA EXPRESSIVA EXPOSIÇÃO DE ARTES

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Um dos itens da parte cultural deste evento será a PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS, que será organizada pela AMARP-Academia Mossoroense de Artistas Plásticos. A Presidente da AMARP, Escritora e Artista Plástica Franci Francisca Dantas está convocando os pintores e escultores de Mossoró e região para participarem desta importante exposição de artes.     
                                                                 
A XXII MANHÃ DE CULTURA E LAZER ocorrerá nas dependências do Museu do Sertão, na Fazenda Rancho Verde, de 7:30 às 12 horas, do dia 10 de março do corrente ano. Além da visita ao acervo do Museu do Sertão, este evento contará ainda, com a apresentação artística dos alunos do Instituto Gentil, da cidade de Campo Grande e da cantora mossoroense Goretti Alves. Haverá também,  uma palestra proferida pelo Professor Benedito Vasconcelos Mendes sobre cultura regional. Nesta oportunidade, várias personalidades dos segmentos político, cultural e empresarial serão homenageados.                                        

Museu do Sertão localiza-se na Fazenda Rancho Verde, às margens da Estrada da Alagoinha, a 4 quilômetros da cidade de Mossoró.

A PRÓXIMA VISITA AO MUSEU DO SERTÃO SERÁ POR OCASIÃO DA XXII MANHÃ DE CULTURA E LAZER                                                          

A Coordenadora Pedagógica do Museu do Sertão, Professora Susana Goretti Lima Leite convida as Universidades, Faculdades, Colégios, Academias e outras instituições culturais para visitarem o referido museu, no próximo dia 10 de março do corrente ano, por ocasião da XXII Manhã de Cultura e Lazer. Após a palestra do Prof. Benedito Vasconcelos Mendes sobre Cultura Sertaneja haverá a visita ao Museu do Sertão, sob a coordenação da Professora Susana Goretti. 

Não deixe de participar deste importante evento cultural. A entrada é um quilo de alimento não perecível por pessoa, entregue diretamente no Lar da Criança Pobre ( Irmã Ellen ). O Museu do Sertão localiza-se ás margens da Estrada da Alagoinha, a 4 quilômetros de Mossoró.


Enviado pelo professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes

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DOMINGOS TOMAZ

Por José Ribamar Alves

Se, vai Domingos Tomaz
Chamado por nosso Pai...
Deixando um Pé de saudade
Que balança, mas não cai;
Vá com Deus, abrindo alas
Que depois a gente vai!


Morre um grande repentista do RN. Morreu considerado como um grande cantador de improvisos. 
Residente em Touros-RN.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=740335406163068&set=a.125013001028648.1073741829.100005598456334&type=3&theater

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A CERTIDÃO DE ÓBITO DO CANGACEIRO CORISCO..!

Por Voltaseca

Analise o conteúdo da respectiva certidão e, aponte na mesma, a existência de, no mínimo, 03 (três) ERROS que ocorrem na mesma.

Foto: pescada no livro " Cabeças Cortadas " dos autores, Dr. Antônio Amaury e Luiz Ruben F. A. Bonfim

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=789306594604650&set=gm.765468436995436&type=3&theater&ifg=1

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PADRE ZEZINHO REAGE À GLOBO EM DEFESA DA FAMÍLIA BRASILEIRA.

Por Kydelmir Dantas

Beijo na boca entre pai e filha, carícias íntimas entre pai e filha no BBB da Globo motivaram reação do padre.
Leiam:

Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto, nos confrontemos.

A Globo não tem medo de nós e nós também não temos medo da Globo. Não sei se você percebeu, mas o conflito e a ojeriza que se instalou entre a família tradicional e a família “mutante e avançada” foi causado pelos novelistas da Globo.

A Globo ganhou rios de dinheiro com as audiências que os novelistas lhe deram. E eles foram ficando cada dia mais ousados.

Quando veio a reação, lenta, mas inquietante para quem moveu bilhões de $$$, a Globo não sabe como voltar atrás.

O SBT, a RECORD e a BANDEIRANTES, não porque sejam mais respeitosas em outros programas, mas porque nas suas entrevistas e outras mensagens defendem a família tradicional, estão carreando para si a audiência das famílias feridas na sua autoridade, na sua fé e nos seus conceitos de homem, mulher e filhos.

Foi e continua sendo uma guerra de conceitos. E os novelistas, na sua maioria, vestiram a camisa da Globo; e, com exceção de alguns artistas, a Globo vestiu a camisa e a nudez dessas novelas.

Quando levaram o debate para auditórios entre o que é “avançado” e o que é “tradição”, o conflito atingiu os artistas, porque estes agora já não estavam representando o que os novelistas escreviam, mas sim defendendo, como artistas, as suas próprias ideias. Sobrou para os artistas.

Agora, o povo religioso – são milhões, mais do que a audiência da Globo – distingue entre deputados, artistas e diretores sérios e os inimigos de pais, mães, filhos e família.

Se o conflito persistir, não haverá governo para subsidiar as perdas deste canal!

Se existe uma coisa que um canal de TV teme é a perda de audiência e de anunciantes. E acho que é isso que vai acontecer quando as igrejas baterem de frente contra essas mensagens que as desrespeitam.

A Globo está perdendo o coração e a cabeça do povo!

Perdendo muito. Não adianta dizer que chegam a 100 milhões de telespectadores. As igrejas chegam a 180 milhões, embora nem todos frequentem. E nem os 100 milhões são fanáticos pela Globo.

Duvido que os atuais novelistas sejam capazes de mudar os seus temas e o excesso de erotismo e sexo que tanto incomodou as famílias nestes últimos vinte anos!

Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto, confrontemos. Não é a modernidade contra o passado: são 4 mil anos de fé judaica e cristã contra o ateísmo de quem acha que pai e mãe não têm mais poder.

A babá-TV está perdendo o seu charme.

Religiosos de todas igrejas, divulguem isso: vocês têm força. Nós temos força! Cansamos de ver sem reagir!

Pe. Zezinho, scj

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=533685090330874&set=a.110106342688753.1073741828.100010681625071&type=3&theater

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VOLUME HÍDRICO DO AÇUDE DE COREMAS AUMENTOU 61 CENTÍMETROS EM SUA LÂMINA. CONFIRA IMAGENS!

Publicado em: 29/01/2018 por Marcelino Neto

Informações repassadas na tarde desta segunda-feira (29) a redação do Portal Liberdade PB, aponta um aumento na capacidade do Açude de Coremas assinalando 61 centímetros em sua lâmina.

O aporte é resultante das fortes chuvas caídas no município de Itaporanga.

Com o Rio Piancó desaguando no manancial o volume hídrico continua aumentando substancialmente.

Imagens também foram repassadas confirmando a boa notícia.





Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gnzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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LUIZ GONZAGA - RESPEITA JANUÁRIO / RIACHO DO NAVIO / FORRÓ NO ESCURO

https://www.youtube.com/watch?v=j1WpoQHOT5E

Publicado em 6 de ago de 2015

Music video by Luiz Gonzaga performing Respeita Januário / Riacho do Navio / Forró no Escuro. (C) 1984 BMG Brasil Ltda. http://vevo.ly/S2DDUR

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"Respeita Januário / Riacho do Navio / Forró no Escuro (Ao Vivo)" por Luiz Gonzaga ( • )

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MARIA DE DÉIA A FUTURA MARIA BONITA


Texto de Ricardo Beliel
Foto de Denise Ribeiro.

Maria de Déia como era chamada Maria Bonita por parentes e vizinhos, viveu até a adolescência nessa modesta moradia com onze irmãos e os pais, José Gomes de Oliveira, que a construiu com as próprias mãos, e Maria Joaquina da Conceição, a Déia. Um de seus irmãos, Ozéas Gomes de Oliveira formou família e continuou morando lá, mas em outra casa, distante apenas um quilômetro em plena caatinga. 

Durante muitos anos se protegeram no anonimato, temendo represálias após a morte da irmã. Nos anos 50 e 60, quando a temática do cangaço se tornou a preferida no cinema brasileiro, viram quase todos os filmes que falassem da Rainha do Cangaço, mas entravam e saiam do cinema em Paulo Afonso em silêncio, sem que ninguém desconfiasse de seu parentesco com a protagonista da história. Em casa se recusava a falar da irmã para seus 9 filhos e quando um, mais audacioso, ousasse desvendar o tabu, apanhava sem dó. Seu Ozéas lembrava de um Seu Virgolino amável com sua família, embora uma vez tenha ameaçado cortar a língua de seu pai, quando chegou para acampar com a cabroeira em baixo das árvores do seu pedaço de terra.

Maria estava casada com um primo, o sapateiro Zé de Nenê, que atendia às encomendas de Lampeão fazendo chapéus e alpercatas de couro. "O casamento não ia lá das pernas e nem os sapatos do marido garantiam o seu futuro", lembra Seu Ozéas. Mulher de personalidade forte e independente, mesmo tendo se casado aos quinze anos de idade, Maria não admitia a fragilidade e o gosto do marido pela pinga e seguidas traições conjugais. Já, sua mãe, Déia, não escondia uma calorosa admiração por Lampeão e, há quem diga, influenciou intimamente a filha na escolha de sua paixão. 

Oitenta anos e os primeiros sinais do Alzheimer separavam Seu Ozéas de suas reminiscências infantis. Lembrava vagamente de quando sua irmã se despediu da família para se lançar no oco do mundo. Contudo não se esqueceu de quando prenderam seu pai em Geremoabo e Lampeão ameaçou invadir a cidade para libertá-lo. Não foi necessário, pois o coronel João Sá, líder político da cidade, era mancomunado com o cangaceiro e bastou a ameaça para Virgolino ter seu sogro de regresso à casa. 

Aos dois anos de idade, em 1930, pouco contato teve com o bando de Lampeão e não confirmava, nem descartava, qualquer das versões sobre como o casal mais famoso da história do cangaço se conheceu. Muitos afirmam ser o cangaceiro Luis Pedro o responsável e intermediário, fazendo comentários elogiosos ao seu capitão, depois de tê-la conhecido na casa que hoje transformou-se em centro cultural. 
O próprio Luis Pedro apaixonou-se por sua beleza, mas aquietou-se e passou a vez para o chefe. 

Maria quando conheceu Lampeão foi amor à primeira vista. Largou a família, cinco anos de casamento e com vinte anos de vida partiu da Malhada da Caiçara para ganhar o mundo na companhia do seu grande amor. Maria do Capitão, no batistério do cangaço, tornou-se a Maria Bonita das manchetes de jornais, dos cordéis e cantorias das feiras.

Trecho do livro "Memórias Sangradas" de Ricardo Beliel e Luciana Nabuco.

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