Clerisvaldo B.
Chagas, 28 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.053
E lá vamos
nós, resolver os pepinos que o governo do estado apronta aos seus
servidores. Mas nem vale à pena contar a peregrinação que ele sem
necessidade nos faz passar de repartição em repartição. Dar um aumento mixuruca
e antes de pagar toma com uma viagem forçada do servidor a Maceió, ignorando a
representatividades da suas GERES. Uma vergonha! Porém, deixado isso de lado,
vimos pela primeira vez um tapete verde contínuo da nossa vegetação nativa do
Sertão ao Litoral. Um inverno antecipado com chuvas desde o mês de abril, O
tempo se mostra diferenciado. E ainda com o Sol da manhã fomos pegando a
claridade solar ou tempo ligeiramente nublado até as proximidades de Atalaia
quando teve início um sereno de chuva por alguns minutos, mas que não evoluiu.
FAZENDA DE GADO EM MARIBONDO (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES)
Mesmo assim,
dia agradável com a Natureza em festa e um tempo excelente de barriga cheia no
campo. Verde no Sertão, verde no agreste, verde no litoral, sem
divisória indicativa de região. Gado no pasto, dono assoviando e dinheiro no
bolso. Nada de carcará pela BR-316 tocaiando animais tombados na pista.
Constante cheiro de mato verde e cenários bucólicos, ricos, de boi no pasto. E
novamente aqueles elogios ao comércio miúdo de Maribondo, dessa vez, porém com
um agravante, preço miraculosamente nas nuvens. Exploração total com os
passageiros que ali aportam para o lanche de viagem. Churrascarias,
Lanchonetes, Conveniências com alto índice de imundície nos banheiros, preços
quase impagáveis na alimentação. Vai ali se formando uma terra de ninguém, numa
concorrência com a carestia indomável de Santana do Ipanema.
Indiferente à
ambição humana, ou dando lições a seu modo, a Natura continua enriquecendo os
montes, dando de graça o pão de cada dia, extraído da terra, mas o terráqueo
não se conforma com o lucro normal, razoável da negociação, numa sanha maluca
pelo pouco ou muito dinheiro do bolso do consumidor. Um assalto que se não é à
mão armada, é de ambição armada à ingenuidade da fome. Entretanto, nada tira a
beleza dos campos, dos montes que cortam o município repleto de gado nelore
passeando pelas encostas.
Acúmulo de
exploração para quê? Quem vai não leva.
Como é difícil
o aprendizado humano!
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