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terça-feira, 20 de julho de 2021

DOCUMENTO!

 Por Giovane Gomes

A Ascendência do Coronel Manoel de Souza Neto, conhecido como Mané Neto ou Mané Fumaça, acunha dada pelo o cangaceiro Lampião. Em minhas mãos documentos das vendas das terras do bisavô de Manoel Neto, assassinado na Questão do Sabiuca.

O documento é datado de 17 de Novembro de 1888.

Acervo: Giovane Gomes

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/posts/3892139340897221?notif_id=1626769336466141&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

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PEÇA LOGO ESTES TRÊS LIVROS PARA VOCÊ NÃO FICAR SEM ELES. LIVROS SOBRE CANGAÇO SÃO ARREBATADOS PELOS COLECIONADORES.

    Por José Mendes Pereira 

A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 


O Segundo livro da trilogia do escritor e pesquisador do cangaço é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. E para aqueles que gosta de ler e ver fotos em uma leitura irá se sentir realizado com todas as fotos.


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assuntos que dão gostos a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

ou com o autor através deste g-mail: 

josebezerralima369@gmail.com

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NOVO LIVRO NA PRAÇA SOBRE CANGAÇO

  Por José Mendes Pereira

 

Recentemente o escritor e pesquisador do cangaço Guilherme Machado lançou o seu trabalho sobre o mundo dos cangaceiros com o título "LAMPIÃO E SEUS PRINCIPAIS ALIADOS". 

O livro está recheado com mais de 50 biografias de cangaceiros que atuaram juntamente com o capitão Lampião. 

Eu já recebi o meu e não só recebi, como já o li. Além das biografias, tem fotos de cangaceiros que eu nem imaginava que existiam. São 150 páginas. Excelente narração. Conheça a boa narração que fez o autor. 

Pesquisador Geraldo Júnior

Prefaciado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Antônio de Souza Júnior. Tem também a participação do pesquisador Robério Santos escritor e jornalista. Duas feras no que diz respeito aos estudos cangaceiros.

Jornalista Robério Santos

Não deixa de adquiri-lo. Faça o seu pedido com urgência, porque, você sabe muito bem, livros escritos sobre cangaços, são arrebatados pelos leitores e pelos colecionadores. Então cuida logo de adquirir o seu! 

Pesquisador Guilherme Machado

Adquira-o através deste e-mail: 

guilhermemachado60@hotmail.com

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VEJA OS ATORES DE CHAVES QUE JÁ MORRERAM

Por Alexandre Guglielmelli 

O programa mexicano Chaves marcou a infância e adolescência de muita gente! A comédia foi exibida por décadas pelo SBT, chegando a ganhar bonecos, um programa de animação e vários outros produtos licenciados.

Em 2020, Chaves deixou de ser exibido pela emissora de Sílvio Santos e pelo Multishow. Segundo o SBT, o programa infantil teve que deixar a grade de programação por questões envolvendo direitos autorais pendentes.

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Como as gravações e exibição original de Chaves ocorreram entre os anos 70 e 80, muitos membros do elenco já faleceram – mas continuam vivos na mente de inúmeros fãs no mundo inteiro.

Confira abaixo os grandes nomes do elenco de Chaves que já nos deixaram!

Roberto Gómez Bolaños – Chaves

Roberto Gómez Bolaños ficou conhecido mundialmente como Chespirito, nome artístico que significa “Pequeno Shakespeare”. O ator e comediante, além de interpretar Chaves e Chapolim, foi responsável pela direção, roteiro e produção das séries, sendo considerado até hoje um dos humoristas mais influentes da América Latina.

Bolaños faleceu em 28 de novembro de 2014, após sofrer um ataque cardíaco como complicação da doença de Parkinson. O eterno Chavinho tinha 85 anos.

Ramón Valdés – Seu Madruga

Ramón Valdés é reconhecido até hoje como um dos maiores comediantes da história do México. O intérprete de Seu Madruga – Don Ramón no original – nasceu em um bairro humilde da Cidade do México e começou sua carreira artística ainda nos anos 50.

Valdés se despediu de seu personagem mais icônico em 1981, ano em que gravou seu último episódio em Chaves. O astro morreu em agosto de 1988 devido a um câncer no estômago, aos 64 anos.

Rubén Aguirre – Professor Girafales

Rubén Aguirre é conhecido no mundo todo como o Professor Girafales de Chaves. Além de atuar na comédia e em O Chapolin Colorado, Aguirre contou com uma prolífica carreira como ator, produtor, comediante, roteirista e diretor na TV mexicana.

Aguirre faleceu em 17 de junho de 2016, por complicações de uma pneumonia. O ator se despediu da família em sua casa em Puerto Vallarta, morrendo 2 dias após seu aniversário de 82 anos.

Angelines Fernández – Dona Clotilde

Antes de interpretar a Dona Clotilde em Chaves, Angelines Fernández foi considerada uma das atrizes mais belas da Espanha. A estrela emigrou do país europeu para Cuba após se envolver na luta contra a ditadura de Francisco Franco. Depois, a eterna Bruxa do 71 se mudou para o México e começou a atuar em produções de sucesso da TV do país.

Fernández morreu em março de 1994, aos 71 anos. A causa da morte foi um câncer relacionado às décadas de fumo constante. A atriz está enterrada no mesmo cemitério que Ramón Valdés, o Seu Madruga.

Horácio Gómez Bolaños – Godinez

Conhecido por interpretar o avoado Godinez em Chaves, Horácio Gómez Bolaños era o irmão mais novo de Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito. Embora tenha atuado como Godinez em diversas produções do irmão, Horácio preferia lidar com os aspectos logísticos dos projetos.

O ator e produtor morreu em 21 de novembro de 1999, após sofrer um ataque cardíaco durante as gravações de uma homenagem a Chespirito na Televisa.

Raúl Padilla – Jaiminho

Raúl Padilla passou a integrar o elenco principal de Chaves em 1979, após a saída inicial de Ramón Valdés. O ator ganhou o coração de fãs no mundo inteiro como o atrapalhado e preguiçoso carteiro Jaiminho, conhecido por seu bordão “quis evitar a fadiga”.

Padilla morreu em fevereiro de 1994 aos 75 anos, após sofrer um ataque cardíaco. Raul Padilla Jr, o filho do ator, também trabalhou com Chespirito e faleceu em 2013.

VAMOS ESMIUÇAR AS RAÍZES DO CANGAÇO?

 

Próximo dia 28, quando se rememoram os 83 anos do massacre em Angico, o jornalista Humberto Mesquita estará lançando seu mais novo trabalho, “Raízes do Cangaço”.

Com 360 páginas é um livro que aborda o movimento como consequência das desigualdades no sertão nordestino, onde o coronel era dono de todas as decisões.

Sua pesquisa foi até a raiz dos problemas e traz à tona as revoltas ocorridas no Nordeste desde a época da colonização.

“Existiram muitas, todas elas provocadas pela ação nefasta dos colonizadores que quiseram escravizar inicialmente os silvícolas, e como não conseguiram, foram buscar os negros africanos. Essa introdução só trouxe consequências mais danosas e as desavenças se multiplicaram” comentou o autor.

Humberto faz um relato desses acontecimentos. Essas rebeliões criaram o cenário para a grande revolta que foi o Cangaço de Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e Lampião, além de todos os outros protagonistas que fizeram parte desse cenário.

Novos personagens se incorporaram aos conflitos com a chegada das volantes. O coronel esteve no centro de tudo ao lado dos Cangaceiros, ora lutando contra eles, mas sempre participando do conflito.

Esse livro é robusto porque fala do cangaço, mas traz suas raízes. O autor mostra também a odisseia que foi a busca para encontrar os fugitivos de Angico.

Quanto? R$ 70 (com frete incluso)

Para adquirir entre em contato com o sebista Professor Pereira Francisco Pereira Lima pelo Whatsapp (83) 99911- 8286.

Também no dia 28 ele promove em seu canal no YouTube “O encontro dos descendentes do Sertão”. Não perca !


http://lampiaoaceso.blogspot.com/2021/07/vamos-esmiucar-as-raizes-do-cangaco.html

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CRISTINA DE PORTUGUÊS E GITIRANA...

 Por Noádia Costa

Foto: Benjamim Abraão

Natural de Sergipe morava com sua família em uma fazenda no sertão desse Estado. Entrou para o Cangaço após a visita de um bando de cangaceiros a fazenda onde morava. De forma pacífica eles realizaram uma festa onde Cristina e outras mulheres começaram a dançar e algumas a flertar com os cangaceiros. Cristina com o desejo de correr o mundo e iludida com a vida no Cangaço seguiu o cangaceiro Português que se tornou seu companheiro. 

Com um olhar marcante que tinha como principal característica suas sobrancelhas grossas e bem arqueadas que muito lembram a pintora Frida Kahlo e um sorriso encantador, Cristina logo chamou a atenção do Cangaceiro Gitirana com quem teve um um envolvimento amoroso. Gitirana era conhecido por ser repentista habilidoso.  

Maria Bonita e Cristina - Foto: Benjamim Abraão

Após a descoberta da traição Cristina pede desesperada para ficar no grupo de Corisco e alega gostar de Gitirana, o que foi negado por Corisco que alegou que seria mais um ponto de discórdia sua permanência . Permitiu que a mesma ficasse por uns dias e em seguida seria devolvida a família em Propriá em Sergipe. 

No dia 20 de Julho Cristina seguiu viagem montada num cavalo acompanhada por um coiteiro de confiança . Foi assassinada a facadas por Luiz Pedro, Candieiro e Vila Nova. Oito dias depois, no dia 28 de Julho aconteceria a tragédia de Angicos que ceifou a vida do rei do Cangaço e de alguns companheiros. A traição feminina significava desonra e desmoralização do Cangaceiro e era paga com sangue. No intuito de lavar a honra do traído. O assassinato da mulher traidora também era uma forma de demonstração do poder masculino sobre sua companheira.

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O Gilvan Gonçalves diz que quem matou Cristina, foi Lampião. Segundo o próprio Português, em entrevista ao Jornal de Alagoas, 10 de janeiro de 1939. Ângelo Roque conta caso semelhante, em O Estranho Mundo dos Cangaceiros, de Estácio Lima. Fonte http://cariricangaco.blogspot.com/2016/05/cristina-de-portugues-e-gitirana.html

Noádia Costa, Teresina-PI

Fonte de pesquisa: Lampião As Mulheres e o Cangaço, de Antonio Amaury

http://cariricangaco.blogspot.com/2016/05/cristina-de-portugues-e-gitirana.html

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A CANGACEIRA FOGOSA

Por Mulheres no Cangaço 

Nascida em Santana de Ipanema, Bahia (Bahia ou Alagoas?), Jovina  filha de agricultores namorava com Lino de Souza. Ele, mesmo sendo pacato resolveu entrar no Cangaço e pouco tempo depois, já era chefe de um subgrupo de Lampião. Sentindo-se importante, foi buscar a namorada no ano de 1936. Lino recebeu o apelido de Pancada (não se sabe o motivo) e sua jovem companheira passou a chamar-se de Maria de Pancada.

Era comunicativa e de personalidade forte, mas a sua característica principal era a libertinagem, na linguagem do bando. Tida como a mais fogosa do bando, traiu Pancada várias vezes com os companheiros do bando e numa das ocasiões, Corisco, quis matá-la, pois esse tipo de comportamento não era permitido no Código de Honra Cangaceiro. Dizem que o seu companheiro vivia mal-humorado…

Entretanto, o apetite sexual de Jovina falava mais alto. Após a morte de Lampião, ela se entregou à polícia e voltou para a família. Escapou da morte várias vezes. Um caso raro no Cangaço. Aqui, ela está junto de Pancada.

https://www.mulheresdocangaco.com.br/project/a-cangaceira-fogosa/

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MARIA BONITA, QUEM FOI? VIDA E HISTÓRIA DA RAINHA DO CANGAÇO

 Por Dayane Borges

Conhecida como a Joana d’Arc da Caatinga, Maria bonita era vista como uma heroína do cangaço. Era destemida, empoderada, bem humorada. Companheira do cangaceiro Lampião, foi responsável por lutar contra a ação de coronéis e o governo.

O nome Maria Bonita só veio a se popularizar depois de sua morte, em 28 de julho de 1938, aos 28 anos de idade. Antes disso, a rainha do cangaço era chamada por familiares de Maria de Déa.

Desta forma, Maria Bonita era uma mulher que estava à frente do seu tempo. Assim, vista como guerreira por não se calar, por lutar ao lado de lampião, Maria Bonita começou a fazer parte do bando dos cangaceiros por livre espontânea vontade.

Porém, por mais que Maria fosse uma mulher transgressora, ela não tinha consciência de gênero e da importância de defender outras mulheres. Assim, não se incomodava com agressões e a opressão que outras mulheres sofriam.

A história de Maria Bonita

O nome completo era Maria Gomes de Oliveira, nascida no dia 8 de março de 1911. Assim, seu lar era a fazenda Malhada do Caiçara, próximo à localidade Santa Brígida, no Estado da Bahia. Além disso, era chamada pelos pais, os fazendeiros Maria Joaquina da Conceição e José Gomes de Oliveira, de Maria Déia.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
Maria Bonita, primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Fonte: Medium

Todavia, Maria Bonita se casou logo cedo, aos 15 anos. Porém, seu marido, o sapateiro José Miguel da Silva, era estéril e o casal não podia ter filhos. Por conta disso, as brigas eram constantes e logo Maria Déia se separa e volta à morar perto de seus pais.

Por coincidência, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, passou pelas redondezas e Maria o viu. De fato, alguns dizem que antes mesmo de conhecê-lo Maria Déia já sentia algo pelo Lampião. Porém, a jornalista Adriana Negreiros, autora da biografia Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço, acredita o contrário.

Dessa forma, Lampião era apenas o “homem do momento”, o que teria atraído Maria Bonita. Porém, com a passar do tempo e a convivência, a jornalista acredita que o sentimento de afetuosidade tenha crescido entre os dois.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
Maria Bonita foi a cangaceira mais importante, a mais famosa e a pioneira. Fonte: Correio 24 horas

O que era pra ser só alguns dias de Lampião na fazenda Malhada do Caiçara, se tornaram dez. Assim, os dias com Maria Bonita foram de grande proveito. Logo, a cangaceira via em Lampião uma forma de se livrar da vida rotineira e do marido que não a satisfazia na vida.

O cangaço feminista

Maria Déia partiu com Lampião para a caatinga, depois de se despedir dos familiares. Assim, deixou a vida de casada e foi a primeira mulher a fazer parte do bando de cangaceiros. Logo, os de mais integrantes do bando passaram a chamá-la de Dona Maria, Maria de Lampião ou Maria do Capitão, como forma de respeito.

Em síntese, a rainha do cangaço tinha 20 anos e o ano era 1931. Por consequência, outras mulheres se viram inspiradas a seguir o mesmo caminho e também entraram para o bando. Dessa forma, começa ali no cangaço uma revolução feminista por respeito e mais espaço.

Dessa forma, as mulheres tinham armas, eram fortes aliadas em negociações e reuniões. Porém, não era sempre que podiam participar dos combates, mas estavam sempre com armas para defesa pessoal. Além disso, eram parte das brigadas, cuidavam dos feridos e eram companheiras dos cangaceiros.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
As mulheres do cangaço. Fonte: YouTube

Além de Maria e Lampião, outros casais também se formaram no cangaço. Assim, Corisco e Dadá; Gato e Inacinha; Moita Brava e Sebastiana; José Sereno e Cila; Labareda e Maria; José Baiano e Lídia; e Luís Pedro e Neném foram alguns deles.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
Mulheres e homens no bando de cangaceiros de Lampião. Fonte: Luz de Fifó

Contudo, por mais que as cangaceiras lutassem por melhores condições elas ainda sofriam em algumas questões. Assim, quando ficavam grávidas, eram obrigadas a andarem por longas estradas para fugirem de soldados. Além disso, sofriam com as condições extremas da caatinga.

A vida

Após ingressas no bando de cangaceiros, Maria ficou grávida de Lampião. Porém, pelas condições extremas em que vivia, perdeu o feto. Assim, vários foram os abortos espontâneos, até que em 1932 conseguiu dar a luz. Dessa maneira, foi à sombra de um umbuzeiro em Porto de Folha, no Estado de Sergipe, que Expedita nasceu.

Porém, as leis do cangaço determinavam que as crianças não podiam faziam parte do bando. Assim, logo que nasciam, eram entregues à parentes ou à pessoas próximas como padres, coronéis, juízes, militares, ou fazendeiros. Desta forma, Expedita não pôde ser criada pelos pais, pois a vida no cangaço já estava traçada.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
Maria e Lampião com os cães de estimação. Fonte: El País

Lampião era visto como um homem de muitas qualidades. Assim, no meio da caatinga conseguia ser guerrilheiro, médico, farmacêutico, dentista, vaqueiro, poeta, estrategista e artesão. Desta forma, era prestativo, confeccionava suas próprias vestimentas e ajuda no parto das mulheres do cangaço.

O tiro

Em uma das batalhas do cangaço, m Garanhuns (PE), Maria foi baleada. Assim, Lampião ordenou que a luta fosse encerrada e pegou Maria em seus braços para que a levasse ao município de Buíque, onde ela tratou os ferimentos na vila de Guaribas.

Porém, a recuperação não pôde ser comemorada por muito tempo. Assim, em um dos esconderijos considerados por Lampião como um dos mais seguros, o bando foi atacado pela volante, no dia 27 de junho de 1938. Era o acampamento Angicos, no Sertão do Sergipe.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
Maria Bonita sentada. Fonte: Wikipédia

Dessa maneira, o ataque foi implacável sem chances de escapatória. Assim, Lampião foi baleado e o destino de Maria não foi diferentes. Logo, sem forças para se levantar, ela se arrastou até se companheiro. Porém, foi capturada pelos cabelos e degolada pelo soldado José Panta de Godoy.

Após a morte da maioria do bando de cangaceiros, a volante ainda saqueou o grupo pegando todo o ouro e objetos de valor. Assim, morria junto ao cangaço a história da primeira mulher à participar do bando.

Por consequências, os corpos e as cabeças degoladas foram expostos pelos soldados e eram motivos de risadas. Assim, os restos mortais atraíam pessoas de vários lugares, não importasse onde fossem expostos.

O fim

Após a morte dos cangaceiros, os crânios foram analisados pelo Instituto de Medicina Legal de Maceió que alegava que um indivíduo normal, não se tornava bandido. Porém, a hipótese não foi sustentada pois pesquisadores confirmaram que as cabeças estavam em estado normal.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
Cabeça dos cangaceiros expostas após a execução. Fonte: Aventuras na História

Desta maneira, as famílias dos cangaceiros queriam um enterro para seus familiares e lutaram junto à Justiça pelo dirito. Porém, só conseguiram os direitos aos seus familiares com o  Projeto de Lei nº 2.867, de 24 de maio de 1965.

Assim, no dia 6 de fevereiro de 1969, após muitos anos de anos de exposições e estudos  as cabeças de Maria e Lampião foram sepultadas no cemitério da Quinta dos Lázaros, em Salvador.

Maria e Lampião são importantes figuras da arte, sendo representados na literatura, no cinema, na fotografia. Os familiares do casal vivem em Aracaju (SE) e a filha de Maria e Lampia, Expedita, se casou com Manuel Messias Neto. Se estivesse viva, a rainha do cangaço teria quatro netos, Djair, Gleuse, Isa e Cristina.

Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço

A jornalista Adriano Negreiros é a autora da biografia mais detalhista sobre a rainha do cangaço. O livro é um relato sobre o que foi aquela época pela ótica das mulheres que vivenciaram o cangaço. Assim, por mais que a história preze em mostrar a força que as mulheres do cangaço adquiriram, a verdade é que elas também sofriam muita opressão.

Além disso, as mulheres podiam ser fortes e guerreiras, porém, não defendiam o direito de outras mulheres. Assim, compactuavam ainda mais com a opressão e o sacrifício de algumas cangaceiras.

Maria Bonita, quem foi? Conheça a história e a vida da rainha do cangaço
Capa da biografia de Maria Bonita. Fonte: Revista Trip

Além do mais, muitas mulheres entregaram para o cangaço não por vontade própria. Assim, diferente da rainha do cangaço, muitas mulheres eram capturadas e obrigadas a fazerem parte do bando. Além disso, quando engravidavam, eram obrigadas a entregarem os filhos à parentes ou a conhecidos que não faziam parte do cangaço.

Gosta de história e de conhecer sobre a vida de importantes mulheres? Então, não deixe de conferir quem foi Frida Khalo, quem foi? – Biografia, relevância artística, política e feminismo, além de saber mais sobre a Medusa, uma história tragédia, traição e feminismo na mitologia grega

Fontes: Basilio FundajBBCIsto É

Fonte imagem destaque: CBN

https://conhecimentocientifico.r7.com/maria-bonita-quem-foi/

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