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sexta-feira, 6 de maio de 2022

IMPORTANTES LIVROS

 Por Kydelmir Dantas


Para que a História da morte de Jararaca seja escrita de forma correta, ver o livro "Nas Garras de Lampião: Diário do Coronel Gurgel. BRITO, Raimundo Soares de & GURGEL, Antonio. Coleção Mossoroense. 2ª edição. 2006. Evitará suposições.


Para saber o número exato dos cangaceiros do bando de Lampião, naquele 13 de junho de 1927, ver o livro: Lampião e o Rio Grade do Norte: A História da Grande Jornada. DANTAS, Sérgio Augusto de Souza. Natal: Editora Cartgraf, 2005.


Leia também este excelente livro sobre o cangaceiro Jararaca escritor por Marcílio Lima Falcão.


Entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br
Kydelmir Dantas
Mossoró-RN

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"O GLOBO" - 10-02-1930

 


AMIGOS:

O DOUTOR Fernando Menezes de Góes, advogado e delegado de polícia em Cachoeira, cidade do recôncavo baiano, nos idos de 1930, em entrevista ao "O Globo", publicada na edição do dia 10/02/1930, pessoa que o jornal apresenta como "observador e conhecedor seguro das condições do seu Estado", a respeito da campanha contra Lampião no interior da Bahia, disse, dentre outras coisas, “que todos os crimes e devastações praticados por Lampião e os seus sequazes, no território da Bahia, têm sido instaurados inquéritos rigorosos. Quando for capturado, o bandido será imediatamente entregue à Justiça para julgamento. São diversos os processos-crimes preparados contra o chefe da horda, que é hoje pronunciado pela Justiça do Estado. Quando do ataque feito à estação de Itupimirim, que foi incendiada pelo bando, o próprio Secretário da Polícia, apenas teve conhecimento da ocorrência, se dirigiu à remota localidade, onde a par de outras providências de caráter urgente, determinou e assistiu, em pessoa, à abertura do inquérito sobre o crime. Isso revela o desvelo e o interesse que o Dr. Madureira de Pinho tem dedicado à campanha contra o banditismo errante, o qual se acoita nas caatingas sáfaras do nordeste da Bahia”.

Em face das informações dadas pela autoridade acima, de que inquéritos e ações penais houveram naquela época, na Bahia, contra Lampião, eu pergunto aos amigos se foi fato o que disse o entrevistado; aproveitando para perguntar se temos notícia de alguma sentença condenatória prolatada contra este cangaceiro, na Bahia ou em qualquer outro lugar.

Imagem apresentada pelo "O Globo" como sendo a do Dr. Fernando Menezes de Góes.

Fonte: facebook

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DADÁ É SINÔNIMO DE BRAVURA E CORAGEM

 Por Francimary Oliveira


Os livros mais vendidos no mundo atualmente são os livros de auto ajuda, as livrarias estão cheias deles. Dadá é o melhor livro de auto ajuda que eu conheço. Ela vivenciou cada segundo de sua existência com bravura, coragem e determinação ímpar. Teria se assim quisesse motivos para viver recolhida e afastada, se lamentando por tudo que a vida lhe ofereceu. 


Mas, ela resolve, ainda criança ser líder da sua própria história. E TODAS as coisas que para muitas mulheres seriam impossíveis, para Dadá o impossível não existia. Sua condição de mulher, nascida no sertão nordestino, em uma família pobre não foram motivos para diminuir a sua vontade que tinha de viver. 

E assim foi durante sua passagem pelo Cangaço como companheira de Corisco, e mesmo depois, com o fim do Cangaço, sua luta continuou, agora não com armas, mas com muita Coragem e Bravura que lhe foram constantes durante toda sua existência. Dadá, uma mulher que venceu!

Fonte: facebook

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'NOSSA HOMENAGEM À SUÇUARANA DO CANGAÇO'

 

A Cangaceira Dadá
(Transcrição)

"Sérgia da Silva Chagas, mais conhecida como Dadá, foi uma das cangaceiras mais importantes que já existiu. Nasceu em 25 de abril de 1915 em Belém de São Francisco e faleceu em fevereiro de 1994, em Salvador. Seu nome correto ainda é uma incógnita, pois enquanto em alguns documentos aparece como Sérgia Ribeira da Silva, em outros aparece como Sérgia da Silva Chagas.

Foi levada de sua casa aos 13 anos de idade por Corisco (Christino Gomes da Silva Cleto) chefe de um bando de cangaceiros, braço direito de Lampião. Segundo ela, foi uma forma de vingança ao seu pai, que foi acusado de delatar um parente de Corisco à polícia.

Até então, Dadá vivia em casa de parentes ou conhecidos de Corisco, pois não era permitido mulheres no cangaço. Somente a partir da entrada de Maria Bonita que Dadá pôde se juntar ao bando de cangaceiros.


Ela era a única cangaceira que carregava um revólver calibre 38 e contribuía na defesa e ataque do grupo. Algumas outras, segundo ela, possuíam uma “pistolinha de brincadeira” apenas.

Após a morte de Lampião em 1938 o cangaço estava fadado ao fim. As volantes possuíam uma arma que o cangaço nunca conseguiu: A Metralhadora. Com isso, as emboscadas tinham mais chances de darem certo. Dadá assumiu o comando do grupo quando Corisco estava com seus dois braços inválidos, coisa que nenhuma mulher jamais pôde fazer. Em 1940, Corisco e seu bando sofreram uma emboscada, Dadá teve ferimentos em sua perna, que se agravaram devido a condições insalubres de higiene que foi exposta na prisão, levando assim à amputação da mesma. Corisco faleceu algumas horas depois.

A cangaceira Dadá - Do acervo do pesquisador Geraldo Júnior‎ O Cangaço

Além de ser uma brava cangaceira na luta pela sobrevivência em meio a caatinga nordestina e ao coronelismo, provou também ser uma brava lutadora dos direitos de seus companheiros. Após sair da prisão em 1942, lutou para ver a legislação que garante o respeito aos mortos fosse cumprida, e os restos mortais dos cangaceiros que estavam na mórbida exposição do Museu Nina Rodrigues fossem enterrados (o que só aconteceu em 1969). A cabeça de seu amado também se encontrava na exposição. Teve sete filhos (apenas três sobreviveram), mas não pode criar nenhum devido a dura vida que os cangaceiros levavam. Relatou com muito amor sua história e sua importância em um dos maiores movimentos de resistência já existente no Brasil.

Foi homenageada na década de 80 pela Câmara Municipal de Salvador por sua luta e representatividade feminina. Teve sua vida retratada em muitos filmes, sendo que em um deles trabalhou na Supervisão Histórica e Costumes assegurando a melhor reprodução possível de sua época e história.

Dadá foi uma legítima cangaceira, mesmo não escolhendo entrar no movimento, quando pôde sair não o fez. Decidiu lutar até fim ao lado de seu companheiro do qual tinha muito amor. Dadá era brava, corajosa e muito destemida. Nunca parou de lutar. Não era a toa que seu apelido era Suçuarana".

Fonte :mulheres-incriveis.blogspot.com( ...que pescou nos açudes: Deus e Diabo na Terra do Sol ( 1964)-Glauber Rocha
Corisco, o Diabo Loiro ( 1969) – Carlos Coimbra
Corisco e Dadá ( 1996) – Rosemberg Cariry
A musa do cangaço ( 1982) – José Humberto
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/…/freitas_aps_me_assi…
http://www.cchla.ufpb.br/saecul…/saeculum17_art03_santos.pdf
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/…/ha-70-anos-mor…
http://cafehistoria.ning.com/…/blogs/historia-do-cangaco-ve…)

Fonte: facebook
Página: Luiz Pedro da IngazeiraLampião, Cangaço e Nordeste

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PERTENCES DE LAMPIÃO QUE SE ENCONTRA NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MACEIÓ - AL

 


Veja, amigo leitor:

Este material pertenceu ao Virgolino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, e observando bem, ele era além de vaidoso. Tudo feito com belas cores, e com esse equipamento todo e bonito, faria qualquer sertanejo desejar usá-lo nas caatingas brasileiras. Claro que não era uma boa opção, mas se eles desejavam, quem era besta de dizer que não. 

Lampião posando para foto como se estivesse costurando

E a maior parte deste equipamento era feito pelo próprio cangaceiro nesta máquina de costura, que ele escolhia as cores, o modelo e tudo mais. 

Eu acredito que dentro dos sertões do nordeste que ele andou com a sua cabroeira, em alguns combates cerrados, eles deixaram algumas máquinas desta para trás, vez que seria muito difícil fugir com um peso nos embornais.

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O VELHO RETRATISTA DO ANTIGO MERCADO

 Por José Cícero

Muitos o tinham simplesmente como 'o retratista'. Outros, o chamavam apenas de 'o batedor de chapa ou de retrato'. Era como se o mesmo não tivesse um nome de batismo. O termo fotógrafo, ainda era pouco usado naquela época pela maioria da população da minha antiga cidadezinha. Coisas de uma M. Velha passado, que hj não existe mais.

Embora já tivéssemos o famoso foto Saraiva do Crato, como ainda, seu Basílio, Gilvan Duarte e Pio Luna. Decerto, apenas os dois últimos tive o prazer de conhecer. O primeiro, apenas pelas narrativas domésticas da minha mãe como por meio das suas fotografias em preto e branco e em papel. Lembro que também já existiam os famosos binóculos(monóculos) coloridos.

Falo do homem quase místico que ficava todas as segundas-feiras com sua lambe-lambe montada sobre um tripé de madeira no portão lateral do velho mercado das confecções que ficava quase em frente a residência de seu Rubens, depois da farmácia Popular de Zé Landim. Mais precisamente entre o café de Toinha de Valentin e a loja dos Quinderés (dona Vicência).

Menino curioso e provinciano, às vezes eu descia da rua Epitácio Pessoa (onde eu morava) no dia da feira, somente para contemplar de perto aquele homem esquisito e de poucas palavras a realizar o seu bonito ofício de retratista. Para mim ele não era apenas um batedor de retrato, mas um grande mágico. De modo que eu achava bonito e profundamente interessante aquele processo quase divino de congelar o tempo e a imagem em 3x4 das pessoas... primeiro diante de um objeto de madeira e pano puido. Depois mergulhando um retalho de papel negativo numa bacia de porcelana cheia de água. Deslumbrado eu achava encantador ver as imagens sendo depuradas paulatinamente. Ganhando contorno e nitidez até a sua forma final. E quando o negativo não funcionava era descartado e eu o levava para casa para brincar de fotógrafo de lambe-lambe.

Um dia minha mãe me levou para que eu fosse retratado por ele. Fiquei literalmente em êxtase. Era uma foto para minha ficha escolar quando adentrei o grupo Novo, o então colégio Francisco Arraes Maia que ficava à margem da linha do trem nas proximidades da indústria Linard entre o antigo Gesso do triângulo de reversão da Reffesa, a rua do besouro e a casa de Zé Leandro.

Ele metia a cara e as mãos naquele tubo de tecido e madeira. Mexia alguma coisa na sua estranha máquina lambe-lambe e no final, saía algo inusitado que, sobre o incrível milagre da bacia d'água ganhava forma no papel.

Recebi a minha foto. Mamãe disse-me que ficara boa, mas eu não. Achei-me parecido demais com o anão que naqueles anos atuava no famoso seriado de TV chamado de A ilha da fantasia. Mas eu estava feliz pq finalmente fui retratado pelas famosas objetivas do homem retratista do portão do mercado. Nunca soube do seu nome e tampouco de onde era e até hoje que fim o levou. Confesso que vivi e nunca esqueço aqueles momentos.

E, como tudo que existe de uma maneira ou de outra está condenado a ser história, memória ou a cair de vez no esquecimento total, eu recordo e escrevo aqui. Porque no fundo, só o que é lembrado com saudade e emoção poderão ser eterno.

José Cícero

M. Velha

https://www.facebook.com/josecicero.silva.33/posts/pfbid02yTPREYZTyuirCsZVKXXDmmnVtdty2eM3sdewd3SHDcwyo2VBbKYdpQHYX1AN4QAkl?comment_id=561009825356260&reply_comment_id=1625485111158801&notif_id=1651863434764004&notif_t=mentions_comment&ref=notif

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REVISTA "A NOITE ILUSTRADA", EDIÇÃO DE 30 DE NOVEMBRO DE 1932 - QUANDO LAMPIÃO FICOU SEM AÇÚCAR

 Por Ivanildo Silveira







Cabeça de Açúcar

(Cortesia de Rubens Antônio)

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/A%C3%A7%C3%BAcar

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ESPIANDO O GADO

 Clerisvaldo B. Chagas, 6 maio de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.697

 

Maravilha o poder da Web. Inúmeras postagens de vídeos por todos os lugares, principalmente as divulgações amadoras sobre aspectos de feiras e feiras de gado. As feiras de gado estão mostradas pelos estados de Pernambuco e Alagoas, pelo menos são as que mais aparecem. É óbvio que estamos vendo uma melhora significativa no aspecto físico, na qualidade dos bichos, na distribuição do espaço e em mais caprichados currais. Muitas delas respeitando o espaço de cavalos, bovinos e animais menores, mas ainda não vimos postado, um sistema de alimentação, bebida e sombra para isto, a não ser das árvores surgidas do acaso. Feira de gado deveria ser igualmente a uma exposição agropecuária com toda a estrutura para o bem estar animal.

CANAFÍSTULA FREI DAMIÃO (FOTO: TRIBUNA DO SERTÃO).

Destaque em Alagoas é a Feira de Gado de Dois Riachos e a chamada Feira dos Cavalos no distrito palmeirense de Canafístula Frei Damião. E a feira no geral que era coisa da Idade Média, para surpresa de muitos, resistiu à modernidade do Supermercado, do Mercadão, do Mercadinho, do hiper e de outras formas de vendas nas cidades e capitais. Os destaques são justamente as Feiras Camponesas e as feiras de gado que ninguém vai levar uma vaca para vender no Mercadinho. Ao contrário de quem pensava que as feiras iam acabar, viu o diferente: cada vez mais revigoradas e divulgadas. No caso da feira de animais de porte, entra e circula milhões de reais nesses municípios que descobriram a mina. Isso sem contar com as prestações de serviços nos entornos dessas feiras, consideradas comércios miúdos, mas que arrecada muito dinheiro e assegura a dinâmica do movimento feireiro.

Almoço quase sempre com galinha de capoeira, a bebida, os artigos de couro, os doces diversos e até cangas, vara-de-ferrão e acessórios para montarias, tapiocas, milho assado, água de coco e muito mais. Como foi dito, parece um negócio miúdo, porém bastante dinâmico e que assegura a sobrevivência de inúmeras famílias e o próprio andamento da feira. Esse movimento que teve início defronte os castelos medievais, portanto, atesta a força da compra livre e da validade desse sistema secular. Nem o moderníssimo sistema de compras pela Web conseguiu abalar as feiras de gado nordestinas. Para quem gosta do ramo, uma grande atração pessoal.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2022/05/espiando-o-gado-clerisvaldo-b.html

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