Clássico da Literatura Nordestina. Ten. João Gomes de Lira nasceu 03/07/1913 na
Fazenda Genipapo, Nazaré do Pico, Floresta-PE. Ingressou na Volante do famoso
Manoel Neto em 16/07/1931, para combater Lampião e seu bando na Bahia, Sergipe
e Alagoas. Seu João sempre recebeu os pesquisadores e estudiosos do Cangaço com
a simpatia ímpar na sua residência em Nazaré do Pico. Tive o prazer de
desfrutar da sua amizade, mesmo pouco, pois ele nós deixou em 03/08/2011,
deixando muita saudade. Está no céu intercedendo por nós. Homenagens do Cariri
Cangaço.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=741951349340175&set=gm.714478612094419&type=3&theater&ifg=1 Adquira-o através deste e-mail: franpelima@bol.com.br
Minha avó Emeliana era irmã - por parte de pai e de mãe,
como se diz no sertão - de Manoel Marques da Silva, mais tarde apelidado como
Zabelê no bando de Lampião. Manoel Marques o Zabelê, era filho de Antônio
Marques da Silva e Maria Madalena de Santana, a Mãe Véia. Tio materno de meu
pai Alcino Alves Costa era, pois, meu tio-avô. Rapazote ainda, quase na idade
de menino, influenciado pelas andanças do bando do Capitão pela região de Poço
Redondo, no sertão sergipano, eis que um dia decidiu seguir no rastro dos
homens do sol, da lua e da catingueira. Abandonou a família para nunca mais
retornar ao lar, ainda que muito andasse em séquito pela região e redondezas.
Estava presente na Gruta do Angico quando Lampião, Maria Bonita e mais nove
cangaceiros foram chacinados pela volante alagoana comandada pelo tenente João
Bezerra, porém saiu ileso. Mas desse dia em diante ninguém mais teve notícia de seu paradeiro.
Com o nome de pássaro, pois Zabelê é nome de bicho que voa,
talvez tivesse voado para uma desconhecida distância. Durante muitos anos seus
familiares entrecortaram regiões do país no seu encalço, em busca de seu
paradeiro, mas sem jamais reencontrá-lo. Voou, Zabelê voou. Arribou para sempre
e nunca mais retornou. Hoje é pássaro somente na história e na recordação.
Deixou apenas um irmão e muitas irmãs, dentre as quais minhas tias Mariquinha,
Osana, Cordélia, Mãezinha, Conceição e Rosinha, todas já falecidas. Seus
parentes de hoje formam um Poço Redondo inteiro. Acima um retrato de algumas
de suas irmãs, pela ordem: Mãezinha, Mariquinha, Emeliana (minha avó) e
Cordélia.
Segundo os
relatos de velhos retirantes nordestinos que chegaram aqui no sul do Brasil em
meados do século XX, para laborarem com o cultivo do café nas terras roxas das
fazendas do norte do Paraná, nos comovem em saber pelos mesmos; que todos os
militares comandantes de volantes que perseguiam os cangaceiros pelos ermos dos
sertões, que ao chegarem em um estabelecimento comercial de qualquer cidade,
vila o lugarejo nas “vendas, armazéns, empórios e outras do ramo”, que tais
comandantes usando da maior soberba, intimavam os comerciantes ou proprietários
em nome da “ Republica Nova”, para que lhes fornecessem de graça todo o tipo
de mercadoria que precisassem para suas campanhas nas caatingas em perseguição
aos criminosos. Que os milicianos aproveitavam e se apossando, pegavam e
levavam de tudo, desde alimentos, bebidas, fumo, e diversos outros tipos de
utensílios e até mesmo o que não precisavam.
Que de todos os comandantes de
volantes, o mais justo, correto e sensato era o nazareno Tenente Manuel Neto da
intrépida volante Pernambucana, este sim! Comprava e pagava a vista todos os
mantimentos, aviamentos e suprimento de que sua volante necessitava para se
manter e combater o banditismo durante a longa jornada de perseguição aos
perigosos cangaceiros dentro do mais inóspito bioma brasileiro.
Texto – Rostand Medeiros, através das informações de Gladstone Praxedes, de Caraúbas, Rio Grande do Norte, que gentilmente enviou as fotos aqui apresentadas.
Em 2014 o amigo Francisco Veríssimo de Souza Neto, da cidade de Apodi, informou ao nosso blog TOK DE HISTÓRIA que a secular casa senhorial da propriedade Sabe Muito, na zona rural do município potiguar de Caraúbas, estava ruindo. Na época o amigo comentou que parte do telhado havia caído e que existia a possibilidade de parte da velha residência poderia desabar durante o próximo inverno.
As informações transmitidas por Veríssimo foram oriundas da visita do jornalista Assis Oliveira à velha Casa do Sabe Muito, este inclusive me passou gentilmente algumas fotos que mostravam o estado complicado desta antiga casa.
Na época das fotos o jornalista Oliveira, que é nascido em Caraúbas e há muitos anos mora na cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul, retornava a sua terra natal depois de dezesseis anos de ausência. Certamente ele não gostou nada do que viu!
Pois bem, essa semana eu recebi a ótima notícia que a Casa do Sabe Muito está sendo recuperada.
Segundo Gladstone Praxedes, de Caraúbas, no ano de 2015 a propriedade foi adquirida pelo empresário Junior Praxedes, proprietário da Rede de Postos JP, que é natural de Caraúbas. Junior então tomou a iniciativa de restaurar com recursos próprios esse monumento histórico tão representativo dos sertões da região oeste do Rio Grande do Norte.
Eu não sou engenheiro civil, mas nem preciso de muita sapiência nessa área para compreender que uma casa daquele porte necessita de muitos recursos para uma reforma de qualidade, como a que está sendo executada pelo empresário Junior Praxedes. Para ele certamente ficaria bem mais barato e fácil passar uma patrol por cima da casa e ainda dava para ganhar algum dinheiro com a venda das telhas, madeiras e outras sobras da demolição.
Ainda bem que isso não aconteceu!
Independente do uso que o empresário destine a esta maravilhosa residência, um grande exemplo arquitetônico das antigas casas grandes das fazendas do sertão potiguar, o seu gesto merece todos os elogios e aplausos.
Queira Deus que este exemplo seja seguido por muitos outros!
A Diocese de
Mossoró ganha a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12/10/2017, em
Serra do Mel, dentro das comemorações dos 300 anos da aparição da imagem de
Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo/SP. Neste dia acontecerá uma Romaria
saindo da Catedral de Santa Luzia, ás 7h da manhã, com a imagem de Santa Luzia
acompanhada da imagem de Nossa Senhora Aparecida com destino à Serra do Mel.
Essa Romaria marca o início da peregrinação da imagem de Santa Luzia 2017 e os
175 anos da Paróquia que será celebrado no dia 27 de outubro. Participe!! Mais
informações Catedral- (84)3321.3157.
Quarta-feira,
10 de outubro de 1917, nove horas da noite, o Coronel Delmiro Gouveia, como de
costume, sentado sob a luz elétrica do terraço do seu chalé na Vila Operária de
Pedra (que ele mesmo construiu no agreste do estado de Alagoas), ler
descontraído o seu jornal. Das sombras das plantas que adornam o jardim da
residência, três vultos se esgueiram por entre os galhos e, de repente,
ouvem-se três estampidos quase simultâneos de armas de alta potência. O Coronel
é alvejado duas vezes: uma no braço e outra no coração. Acorre a sua casa o seu
pseudo-amigo Firmino Rodrigues que o encontra, nos braços da atual esposa -
dona Joventina, todo ensopado de sangue.
O cel. ferido sobrevive por mais alguns minutos, e ainda balbucia "mataram-me, quem foi o cabra que me matou? Valha-me Nossa Senhora!" e
morreu quando o relógio batia 21:40 horas daquela fatídica noite.
Devido a quantidade significativa de inimigos poderosos que amealhara no
decorrer de sua vida, sobravam motivos para a a sua eliminação. Por isto nunca
se desvendou o mistério que envolveu a morte do coronel.
Delmiro Augusto da Cruz Gouveia foi um empreendedor futurista extraordinário
que transformou "o nada" de uma região seca e inóspita do sertão
nordestino, em um polo industrial de padrão invejável para a época. Era uma
espécie de Midas moderno que transformava em ouro tudo que tocava.
Mas a facilidade com que ele ganhava dinheiro se assemelhava com a que ele
atraía inimigos de toda sorte. E, tudo indica que ele já pressentindo a sua
morte iminente, em 19 de maio daquele mesmo ano ele fez lavrar um testamento
passando para os seus três filhos do primeiro casamento, toda a fortuna que lhe
cabia no momento, cerca de quatro mil contos de Réis.
Não se pode julgar ninguém mas este Cel não tinha medo de quase nada e vivia
mesmo vulnerável a uma tragédia deste tipo em toda parte onde estivesse. Quis o
azar que isto acontecesse justamente na sua própria casa.
Quem quiser saber mais sobre este episódio procure adquirir o livro: Quem matou Delmiro Gouveia? - Gilmar Teixeira.) Ainda dará tempo para você adquiri-lo. Aqui está o e-mail do autor Gilmar Teixeira:
gilmar.ts@hotmail.com
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
Honório de Medeiros, Manoel Severo e Ivanildo Alves Silveira
Estamos todos envolvidos e comprometidos com a realização de mais um Cariri Cangaço. Desta vez e mais uma vez em Pernambuco, desta vez e mais uma vez em Floresta e Nazaré. Todos os nossos esforços estão na direção de proporcionar tanto aos nossos convidados como à família Florestana, um grande evento, onde a harmonia e a cordialidade daqueles que prezam pelo que temos de mais preciosos que é nossa Memória possa mostrar mais uma vez ao Brasil o tamanho e a Força, de nossa História, Cultura e Tradição. O Cariri Cangaço é uma grande construção coletiva e só se justifica a partir dessa premissa...
As emoções que cercam esse maravilhoso momento que viveremos juntos nestes
próximos dias 12 a 15 de Outubro serão muito grandes, Floresta e Nazaré
respiram historia do sertão, são berço de grandes personagens e cenário de
grandes acontecimentos e NOS AGUARDAM DE BRAÇOS E CORAÇÕES ABERTOS...SEJAM
TODOS ESPECIALMENTE MUITO BEM VINDOS !!!!!