Por José Mendes Pereira
Seguidores
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
ESCRITOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO NOS ENTREGA MAIS DUAS MARAVILHOSAS OBRAS SOBRE O NORDESTE
LAMPIÃO O ETERNO FUGITIVO.
Por Raul Meneleu
Toda vez que tentamos enquadrar e definir Lampião, ele foge. Talvez até por conta de dificuldades que temos nos dias de hoje em estudar sua história, por conta de não termos mais referências vivas dos que andaram com ele ou o combateu, que possam tirar dúvidas surgidas por novas avaliações.
Herói ou bandido? Violento ou amoroso? Justiceiro ou generoso? É isso. Toda vez que procuramos definir Virgulino Ferreira da Silva, encontramos em sua história diversos caminhos que nos levam achá-lo bandido, herói violento, amoroso justiceiro e generoso.
Querem saber: ninguém está pondo em dúvida a existência de Lampião, assim como não podemos ver com cem por cento de garantia as histórias que se fala sobre ele e que cobrem a sua figura. E o que é pior, é que, com o passar dos tempos, vai ser cada vez maior o volume de versões a seu respeito, cada vez fica mais longe da verdade em tal história. Não que duvidemos 100% da história dita oficial.
Se formos verificar, existem pelo menos dois "Lampiões". Um é aquele que cresceu em um ambiente violento onde a palavra do coronel, decidia sobre a vida e a morte daquelas pessoas que moravam ao seu redor e marcados por lutas sangrentas entre famílias de grandes proprietários de terra. O outro Lampião, é aquele jovem que trabalhava como tropeiro para seu pai, varando as veredas do sertão, levando mercadorias para as vendas das cidades, chamadas bodegas e também levar mercadorias para os comerciantes de ferramentas, tecidos, utilidades domésticas e até mesmo para pequenos industriais com seus alambiques e engenhos de fabricar rapaduras e mel. Chegou até mesmo transportar mercadorias para o grande industrial Delmiro Gouveia em sua fábrica de linhas, no distrito de Pedras, atual Delmiro Gouveia, município brasileiro no estado de Alagoas.
Lampião, aliás virgulino, era também um bom artesão. Ele fabricava celas, arreios, capas para facões, chicotes de couro e também era um bom domador de cavalos e burros Era bastante conhecido na região. Além disso ele era um ótimo versejador e tocava sanfona de 8 baixos que acompanhava os seus versos. Ora, era um rapaz que por ter seu trabalho, seu ganho e seu sustento, quando estava em casa principalmente nos fins de semana, onde ia para aquelas festinhas, aqueles arrasta-pés tão famosos no sertão, com dinheiro no bolso para consumir bebidas e gastar com os seus amigos, só podia ser famoso mesmo! Isso causava inveja a alguns rapazes e entre eles o Zé Saturnino, que era filho de um fazendeiro que possuia mais posses que o pai de Lampião, Zé Ferreira.
Virgulino foi poeta, foi amigo, foi valente, foi namorador. Tornou-se o homem que viveu à margem da lei depois que passou a ser perseguido pelos seus inimigos que tinham inveja de sua juventude e da sua capacidade em conquistar amigos.
A partir de 1922, quando assumiu o grupo de cangaceiros que participava, conseguiu criar a seu redor, um imaginário fabuloso. Quando se tornou uma pessoa bastante perseguida pelas volantes policiais, que constantemente estavam no seu encalço, foi criado então esse imaginário. Criado Por muitos repentistas que faziam os seus cordéis para serem vendidos nas feiras das cidades do nordeste, onde
alguns deles chegavam a tocar sanfonas e violas, mostrando nos seus versos versões imaginárias desse homem tão perseguido. Eram histórias mirabolantes nessa cultura que se escrevia e que explodia nos cantos da pobreza e da própria fome dos sertanejos.
Lampião nunca apresentou pra ninguém uma plataforma política ou um programa de reinvindicações sociais, mas traduziu como ninguém a insatisfação popular contra um regime autoritário que já perdurava há muito tempo e que infelizmente até os dias de hoje persiste. Regime autoritário de nossa história, que ficou conhecido como República Velha, se bem que na República Nova, que já se iniciou corrupta, pois tinha os mesmos personagens corruptos da Velha, na sua linha de frente. Não é a toa que Jornais da época que recebiam benesses do governo, procurassem mostrar Lampião com imagem de criminoso de alto grau de delinquência, procurando com isso denegrir totalmente o lado humano e social vivido por lampião e seus cangaceiros.
Contrário a isso, de Lampião traduzir como ninguém a insatisfação popular, os poetas de cordel que estavam constantemente nas feiras das cidades do nordeste, mostraram um Lampião valente, com alto grau de capacidade libertadora dos pobres, suas lutas contra os poderosos e que até hoje é lembrado e cantado pelos poetas e repentistas. É Por isso que, tão impressionante figura lendária de Lampião seja um pretexto para acabar com as injustiças sofridas pelos mais pobres.
Aqueles que persistem em falar mal de Lampião, não vêem ou fazem que não ver, que em um ambiente seco do sertão, na catinga nordestina, outras crianças, com suas famílias, sofrem o descaso das autoridades até os dias de hoje.
Lampião tem de ser examinado pelos olhos da sociologia e não pelo olhar policial, pois já fazem mais de 80 anos de sua morte. Foram muitas histórias de ódio, mas também teve muitas histórias de amor e de generosidade, pois Lampião também foi capaz de amar.
Realmente meus amigos, falarmos desse personagem histórico, desse mito, nunca é, colocar um ponto final nessa história. Porque Muitas ainda estão escondidas e à medida que o tempo passa, se refaz cada versão dessa história.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
VOU LHE LEVAR PARA A INTENDÊNCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de outubro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.396
Foi noticiado mais um acidente no Sertão em que uma pessoa perdeu a vida ao bater num cavalo. Cidadão conhecido em Olivença não resistiu ao colidir com sua moto em animal na pista. Esse tipo de acidente não é raro em nossas rodovias. É uma coisa tão comum que virou negócio sem importância a vigilância rígida nas estradas e o recolhimento desses causadores de acidentes. Quem viaja, principalmente à noite, está sujeito às colisões fatais. Causam mortes nas estradas com mais frequência: jumentos abandonados, cavalos e vacas. São as batidas frontais, cujos vultos só são percebidos já em cima. Esses animais se confundem com a noite, sendo os bichos mais escuros quase invisíveis aos faróis. Já o cachorro, mata mais pelo desvio do veículo com as capotagens que terminam às margens das vias.
Lembramos que na era de 60, havia verdadeira busca pelos animais que perambulavam sem condutores pelas estradas e pela Zona Urbana. Em Santana do Ipanema, pelo hábito do tempo dos intendentes, ainda se conduziam esses animais para a “Intendência”. O termo desvirtuava completamente o que fora denominado Intendência, uma coisa muito remota para a juventude dos anos 60. Qualquer animal solto, de porte, podia ser levado para a intendência que não era o gabinete do intendente, sombra do passado. Nesse período, a intendência era popularmente, apenas um curral cercado de arame onde o animal apreendido ficava preso até o aparecimento do dono que pagava multa para ter o bicho de volta. Lembramos ainda que o senhor Duda Bagnani, figura folclórica da cidade, parecia ter um prazer enorme em descobrir e conduzir os animais para a prisão provisória.
A famigerada intendência, ficava no lugar vizinho à chamada Matança onde é hoje é piso do Bairro Artur Morais. Até motivo de chacota foi o lugar quando se dizia como brincadeira: “Vou lhe levar para a intendência”. Os caçadores de animais vadios não eram apreciados pelo povo. “Hem, hem, os bichinhos!”, diziam muitas senhoras com pena. Quanto aos donos dos animais capturados, reagiam desde à submissão à multa, aos argumentos recusados, ao ódio, discussão e ameaças a esses funcionários públicos “desalmados”.
Mesmo assim, a “intendência” de Santana do Ipanema, foi uma grande precursora na prevenção de acidentes nas estradas e no paisagismo urbano mais civilizado.
JARARACA ATACA A VILA DE CARNAÍBA DE FLORES
Do acervo do pesquisador Raul Meneleu Mascarenhas
Em 3 de abril de 1927 Jararaca ataca a Vila de Carnaíba.
Já se passaram 93 anos desde que a outrora bela e formosa Vila de Carnaíba de Flores, foi atacada pelo famigerado cangaceiro Jararaca.
Nesta linda e aprazível cidade interiorana de Pernambuco,
nasceu um dos poetas "mais grandes" da cultura nordestina. Compositor de temas vibrantes, poeta e folclorista, conhecido pelo nome de Zé Dantas.
José de Sousa Dantas Filho tinha apenas 6 anos de idade quendo isso aconteceu.
Vou aqui homenagear, aproveitando o espaço, o Grande Poeta:
Zé Dantas, grande compositor sertanejo, conhecido por suas belas canções, como “O xote das meninas”, “Derramar o Gás”, “A Volta da Asa Branca”, “O Forró de Mané Vito”, “Vozes da Seca”, “Vem Morena”, “Algodão”, “Cintura Fina”, “Imbalança”, “Mané e Zabé”, “Minha Fulô”, “Noites Brasileiras”, “São João na Roça”, “Paulo Afonso”, “Riacho do Navio”, “Sabiá”, “Samarica parteira”, “Siri Jogando Bola” entre outras obras.
Pois bem, voltemos ao ataque do cangaceiro Jararaca.
Carnaíba das Flores, que está situada à margem direita do lendário Rio Pajeú. Foi assaltada pelo temível cangaceiro Jararaca e seu grupo de 13 cabras. Aqui esse artigo, iremos dissertar o histórico que o Padre Frederico Bezerra Maciel escreveu no seu livro CARNAÍBA, A PÉROLA DO PAJEÚ:
"Procedente das bandas de Sítio dos Nunes, ao chegar ele, alta madrugada, em Carnaíba velha, espécie de subúrbio com casas separadas e esparçadas do outro lado do rio. Aprisionou o fogueteiro Faustino para que servisse de guia indicando as casas do telegrafista e dos comerciantes da vila.
De 4 horas e 30 minutos para as 5 horas da manhã atravessou o denso e fofo areal do rio sêco com seu grupo e o prisioneiro guia entrando na rua principal pela passagem ao oitão esquerdo do vapor do descaroçador de algodão de manuel josé da silva.
Em todo o percurso da longa, alinhada e bela rua, arborizada de cajaranas e findando na igreja do orago Santo Antônio, foi o guia mostrando as casas comerciais e residenciais dos principais homens de dinheiro Manuel José, Zé Martins, Major Saturnino Bezerra, Zé Dantas (pai), enfim já perto da igreja do lado esquerdo de quem ia, a casa do telegrafista Emídio de Araújo conhecido por Emídio Grande. Na realidade não devia este ser chamado de telegrafista e sim de telefonista pois o que havia era um telefone na repartição pública federal para passar telegramas. Aproveitando-se ali de um descuido do grupo, conseguiu o fogueteiro fugir pela e cercas de pau a pique e avelós dos roçados das vazantes.
No largo patamar da igreja, os cabras, entre talagadas de cachaça, xaxavam, batendo como coice das armas na calçada e cantando mulher rendeira, com isso despertando os habitantes do lugar, que logo compreenderam tratar-se de cangaceiros. Em seguida, o próprio Jararaca deu três tiros na porta da entrada da casa
do telegrafista, o qual respondeu, de dentro, com um tiro. Isto fez o grupo temer
entrar na casa. Então, após uns quatro tiros na porta da casa vizinha, residência.
de Zé Veríssimo, que logo fugiu com a esposa pelo portao do muro, rebentaram
a porta da frente e nela entraram. Abriram a mala, quebrando-lhe a fechadura
estragaram as roupas encontradas, rasgando um vestido e queimando outro, nada roubando porque seus donos quase nada possuiam. Vivia o pobre Zé Verissimo
do modesto emprego de caixeiro de balcao na loja do major Saturnino, Na outra
casa, pegada à de Verissimo, morava o cabo Severino, comandante do destacamento, que saiu correndo por detrás, sem detonar um tiro. Os cinco soldados do destacamento, que moravam juntos, em acanhado casebre de António Conserva, guarda da linha, situado no mesmo correr da rua, porem mais em cima, bem no oitão direito da igreja e distante do patamar da igreja de apenas 4 metros, também correram pelos fundos. O soldado Zé Inácio que morava bem na frente do telegrafista e que estava doente de febre tifoide, temendo por sua sorte, enrolou-se num cobertor e saiu pela cerca do quintal para a residència de Joaquim Leandro da Silva, conhecido por Joaquim Borrego, atrás da lgreja, o qual estava ausente.
A familia deste, como todas as outras da vila, deitadas no chão, temendo as balas.
Depois da casa de Veríssimo, entraram os cangaceiros, forçando porta e janela, na residéncia do major Saturnino, situada a 18 casas abaixo. O major estava fora. E sua esposa, D. Naninha Grande, ficou sozinha com a fuga de seu filho, Zé Bezerra, pelo quintal. Os cabras respeitaram a mulher, mas roubaran
rifle e dinheiro. Daí seguiram para a residència de Manuel José, no outro cordão de rua, bateram na porta. A esposa Maria Brasileiro foi atender. Dois cangaceiros entraram e foram logo exigindo dinheiro. Manuel José apareceu e disse que o dinheiro estava guardado na loja. Enquanto um cangaceiro acompanhava Maria Brasileiro até a loja, o outro ficou mantendo o esposo como refém. Na loja Maria teve a presença de espirito de não mostrar o cofre mas tão somente a gaveta do balcão com o apurado do dia e que na ânsia foi logo raspado pelo cangaceiro. Muito dinheiro miúdo em moedas e cédulas, importancia total pequena. O outro companheiro tão preocupado em manter o refém nem atinou mandar abrir o baú onde estavam guardadas as jóias, no qual se sentara de propósito Manuel José. Logo que o primeiro voltou e os dois iam começar contar o dinheiro, ouviram-se tiros do lado de fora. Os dois fugiram levando o dinheiro.
Os carnaibanos começaram a se movimentar para a reação. Ora, cada comerciante
mantinha cabras para defesa em casos como este. Por exemplo, Major Saturnino tinha os cabras João Mororó e João Teotônio; Zé Martins tinha Mané Quitola; Luís e Eliseu Cassiano tinham João Lessa; Zé Dantas tinha Zé Marques, Manuel José tinha seu cunhado Zé Vital... .
E muitos possuíam armas próprias. Uns 20 decididos carnaibanos pulavam de um muro para outro a fim de estabelecer os planos de resistência e tomavam posição nas entreabertas das janelas e em outros resguardos. Os soldados voltaram para o embate. Dois deles que estavam no quartel estabelecido numa casa quase em frente da de Manuel José não podendo fugir começaram a atirar para o ar a fim de intimidar, mais com isso gastando multa munição atoa. Nesse então, das janelas da rua começaram a partir tiros esparsos de ponto. Depois fechou-se o tempo.
Por trás do antigo cemitėrio morava um cidadão da Barra de São Serafim, chamado Manuel Florentino. Conseguiu ele entrar no beco formado pelo vapor de Zé Jordão e o chalé de Zé Martins e fazendo frente ao beco de Manuel José. Deitado, amparou-se nuns paus, ali colocados deitados, a modo de dique para as águas das enxurradas da rua nos tempos de chuva. Dali atirava de ponto na direção do beco de Manuel José, para onde havia corrido alguns cangaceiros por causa dos tiros disparados de vários pontos da rua. Nessa corrida um dos cangaceiros deixou cair seu fuzil no meio da rua. Parte dos cangaceiros, da porta e das janelas da
morada de Manuel José, atirava para dentro da rua respondendo aos detensores.
Outra parte, da esquina do fim do muro da mesma casa respostava ao beco. Pedro
Orenuno ordenou a seu companheiro recém-chegado, Pedro Martins, a ir ver o
Fuzil caido para com ele fazer boca de fogo, isto é, lhe dar cobertura sustentando o fogo.
Arrastando-se, o xará apanhou o fuzil e permaneceu ali, no mesmo ponto, deitado, atirando. Quando o tiroteio já com quase 2 horas cessou um pouco, disse Pedro Florentino ao outro: só se tomar o portão do oitão.
Quando atravessou a rua entrou no beco, recebeu Pedro Florentino as cargas de um rifle peiado e de um fuzil,
utilizados por dois cangaceiros. Por sorte apenas um balaço de fuzil o atingiu na parte superior da coxa atravessando-a sem atingiu o osso. Colando-se na parede, revidou Pedro Florentino e
de ponto no cangaceiro do rifle, acertando-lhe na mão, o qual deixou a arma no canto da parede e nesta imprimindo de sangue sua mão ferida.
Pelo portão detrás do muro, ainda na mesma casa fugiram os restantes cangaceiros. Abrindo a porteira do curral, pularam a cerca que dá para a vazante e desta ganhararm o
rio. Prenderam Manuel Torquato para mostrar o caminho do Sítio dos Nunes.
Pegaram dois cavalos para os baleados. Torquato safou-se, dizendo; - Lá vem a policia! Rumaram eles para o Serrote do Capim ou para a serrinha dos Eustórgios. Atrás deles, saíram alguns mascates de Carnaiba, como Zé Agostinho
conhecido por Zé Boa Vista, Elpidio do Velho Brejeiro, os empregados de Zé Martins, além de João Mororó... não os encontrando, nem deles tendo noticia.
Também não tinham rastejadores para tomarem a pista. Afora o rifle, peiado
com um lenço grande, deixado no beco, foi encontrado, dentro da roça, um bornal com farinha, carne e rapadura, cuja correia partira, de certo, no momento de seu possuidor pular a cerca.
Os cangaceiros, como os militares da policia, não possuíam tática de guerra.
Tipico o ataque de Jararaca a Carnaíba. Por isso, o que Ihes faltava em estratagema, sobrava em desmandos e perversidade. Somente Lampião, naquela época
no Sertão, sabia usar de tática e que táticas geniais! Mais tarde surgiria seu irmão
Ezequiel com pendores táticos, mas prematuramente morto."
Do livro CARNAÍBA, A PÉROLA DO PAJEÚ do escritor Padre Frederico Bezerra Maciel.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
UM NOVO LIVRO NA PRAÇA
Por José Mendes Pereira
E para este fim, basta entrar em contato com mariasenna1958@gmail.com
PARA AQUELES QUE NÃO CONHECEM É UMA BOA INFORMAÇÃO.
Por José João Sousa
Para nascer precisamos de:
2 Pais
4 Avós
8 Bisavós
16 Trisavós
32 Tetravós
64 Pentavós
128 Hexavós
256 Heptavós
512 Oitavós
1024 Eneavós
2048 Decavós
Apenas o total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTRAIS, tudo isso em aproximadamente 300 anos antes de eu ou você nascermos!
Pare um momento e pense...
- De onde eles vieram?
- Quantas lutas já lutaram?
- Por quanta fome já passaram?
- Quantas guerras já viveram?
- Quantas vicissitudes sobreviveram os nossos antepassados?
Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?
Quanto da sua força para sobreviver, cada um deles tiveram e deixaram dentro de nós para que hoje estejamos vivos.
Só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.
É nosso dever honrar nossos antepassados!
https://www.facebook.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
SEBASTIÃO PEREIRA DA SILVA SINHÔ PEREIRA
Por José Mendes Pereira
Sinhô Pereira com 75 anos.
Sebastião Pereira da Silva ou simplesmente Sinhô Pereira era filho caçula de uma prole de 22 filhos do casal Francisca Pereira da Silva e Ana Mariano de Sá.
Sinhô Pereira entrou para o cangaço no ano de 1916, após o seu irmão Manoel Pereira da Silva Filho conhecido como Né Dadu ter sido assassinado em 16 de outubro de 1916, em uma Fazenda de nome Serrinha, nas terras da cidade de Serra Talhada no Estado de Pernambuco. Segundo conta-se que Né Dadu foi assassinado enquanto dormia por Zé Grande, um de seus cabras.
Né Dadu
Após esta grande covardia feita contra o seu irmão Sinhô Pereira formou um bando de cangaceiros para assassinarem alguns membros da família Carvalho. Devida problemas de saúde foi obrigado a abandonou a luta contra os Carvalhos no ano de 1922, fugindo para Goiás, deixando o bando sobre a responsabilidade do futuro famoso capitão Lampião.
Em entrevista feita por seu parente Luiz Conrado de Lorena e Sá, em 1971, ele disse porque Virgulino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião. E assim disse:
- Num combate, à noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dé Araújo comentou que a boca do rifle de Virgulino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas.
Disso surgiu o Lampião que aterrorizou o Nordeste. Sinhô Pereira ficou conhecido como o maior inimigo da família Carvalho.
Segundo consta a literatura cangaceira que Sinhô Pereira viveu em Lagoa Grande no Estado de Minas Gerais com o nome de Francisco Maranhão ou ainda Chico Maranhão. Sua companheira se chamava Alina Araújo com quem viveu maritalmente.
Sinhô Pereira faleceu aos 83 anos, 7 meses e 1 dia no dia 21 de agosto de1979.
Acesse este site: http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2017/09/sebastiao-pereira-e-silva-sinho-pereira.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
PRIMO E CABRA DE 'SINHÔ' ASCENDÊNCIA DO CANGACEIRO CAJUEIRO
Por Valdir José Nogueira
Residente nas cercanias da Serra do Reino em Belmonte, o célebre cangaceiro
“Cajueiro” tinha como nome de batismo José Pereira Terto, sendo filho de Manoel
Terto Alves Brasil e de Antônia Pereira da Silva (Totonha). Amplamente
conhecido no mundo do cangaço, Cajueiro foi o homem da mais elevada confiança
de seus primos Sinhô Pereira e Luiz Padre.
Conta-se que
em princípios do século XX, Cajueiro havia levado uma sova de um soldado por
nome Cipriano de Souza, porém, ao chegar em casa, sua mãe dona Totonha Pereira
não o abençoou.
Dias depois, Cajueiro resolveu assassinar o seu agressor e ao retornar para
casa, foi abençoado por sua genitora. Depois deste fato, o mesmo resolveu
ingressar no cangaço ao lado dos primos Sinhô Pereira e Luiz Padre.
Em 1919 foi para o Planalto Central com Luiz Padre. Retornando ao Pajeú no ano
de 1922, Cajueiro foi de fundamental importância no estratagema de Sinhô
Pereira, Luiz Padre e Ioiô Maroto que culminou no ataque a Belmonte no dia 20
de outubro de 1922, onde foi assassinado o coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz,
próspero comerciante daquela cidade sertaneja.
Cajueiro deixou seu nome marcado na história como um dos homens mais
experientes do cangaço, muito valente e moralista.
Ascendentes de Cajueiro:
Lado materno:
Mãe; Antônia Pereira da Silva (Totonha, falecida em 06/05/1946 aos 80 anos de
idade), filha do primeiro casamento de Dona Dé (Maria José Pereira da Silva)
com o major Joaquim Pereira da Silva Tintão (este filho do Comandante Superior
Manoel Pereira da Silva). Dona Dé era filha de Josefa Pereira da Silva (Dona
Zefinha do Serrote) e de Joaquim Nunes da Silva. Portanto, Cajueiro era bisneto
de Dona Zefinha do Serrote (Josefa Pereira da Silva) e também bisneto do
Comandante Superior Manoel Pereira da Silva. O Barão do Pajeú era tio avô de
Cajueiro.
Lado paterno:
Pai; Manoel Terto Alves Brasil, filho de José Alves dos Santos e de Carolina
Jocelina (ou Marcionila) da Silva, esta filha do Padre Francisco Barbosa
Nogueira e de Quitéria Pereira da Cunha da fazenda Cipó em Serra Talhada.
Portanto Cajueiro era bisneto do Padre Francisco Barbosa Nogueira (este neto de
Manoel Lopes Diniz fundador da fazenda Panela D’Água em Floresta).
Em virtude de umas querelas familiares onde residia, na fazenda Cipó em Serra
Talhada, o casal José Alves dos Santos (Cazuza Cego) e Carolina Marcionila da
Silva (filha do Padre Francisco Barbosa Nogueira e de Quitéria Pereira da
Cunha), comprou em 1881, na Freguesia de Belmonte, uma propriedade na fazenda
Campo Alegre, cercanias da Serra do Reino (cuja vendedora foi dona Jacinta
Pereira de Souza), onde passou a residir. Este casal deixou nove filhos dentre
os quais o Sr. Manoel Terto Alves Brasil que casou com Antônia Pereira da Silva
(Totonha, filha do major Joaquim Pereira da Silva Tintão e Maria José Pereira
da Silva, Dona Dé), pais de Cajueiro: José Pereira Terto.
Valdir José Nogueira,pesquisador e escritor
Pres. da Comissão Local do Cariri Cangaço
São José de Belmonte, Pernambuco
Para ilustrar mais um pouco a bela matéria do nosso valoroso amigo Valdir José Nogueira, vejam abaixo a certidão de óbito do célebre Cajueiro. Atente para o detalhe: ele faleceu exatamente três meses e nove dias após Sinhô Pereira.
No Livro do cartório ambos os óbitos estão na mesma página. Outro detalhe,
nasceram no mesmo ano 1896.
Abraço a todos! Depois contarei o resto.
Pesquei no Sítio
do coroné Severo
http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/primo-e-cabra-de-sinho.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
ADQUIRA O MAIS NOVO LIVRO DO HISTORIÓGRAFO ROSTAND MEDEIROS COM O TÍTULO: “1927 – O CAMINHO DE LAMPIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE”
Por José Mendes Pereira
Rostand Medeiros (Natal, Rio Grande do Norte, 27 de outubro de 1967) é um escritor e pesquisador brasileiro.[1]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Rotand Medeiros tem um trabalho dedicado à história do seu Estado e da Região Nordeste do Brasil.
Em 2008 foi coautor do livro “Os Cavaleiros dos Céus: A Saga do voo de Ferrarin e Del Prete” , que conta a história do primeiro voo sem escalas entre a Europa e a América Latina, realizado em 1928 pelos pilotos italianos Arturo Ferrarin e Carlo del Prete [2].
É de sua autoria as biografias “João Rufino-Um visionário de fé” (2011), sobre o criador de um importante grupo industrial brasileiro de torrefação de café, nascido na cidade de São Miguel (Rio Grande do Norte) [3], “Fernando Leitão de Morais-Da Serra dos Canaviais a Cidade do Sol” (2012) [2] e “Eu não sou herói – A História de Emil Petr” (2012), este último sobre um veterano norte-americano da Segunda Guerra Mundial, navegador de bombardeiro B-24, que viveu no Rio Grande do Norte [4].
Em 2014 recebeu da Secretaria Extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte a Medalha de Mérito Deífilo Gurgel[5]. Em 2016 se tornou membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN [6] .
No ano de 2015 foi um dos produtores e participou das filmagens do documentário de longa-metragem "Chapéu Estrelado", com direção de Sílvio Coutinho [7]. Esse filme, lançado em 2017, é baseado em uma pesquisa que Rostand Medeiros realizou em 2010, quando percorreu o mesmo caminho trilhado pelo bando de Lampião (cangaceiro), no episódio da invasão do Rio Grande do Norte para atacar a cidade de Mossoró em junho de 1927 [8].
Em 2017 a Academia Norte-Riograndense de Letras lhe outorgou a medalha Mérito Acadêmico Agnelo Alves. [9]
Em 2019 lançou o livro “Sobrevoo: Episódios da Segunda Guerra Mundial no Rio Grande do Norte”, onde resgatou a história de um desastre aéreo ocorrido em 10 de maio de 1944 com um hidroavião Consolidated PBY Catalina da US Navy, próximo a cidade de Riachuelo (Rio Grande do Norte) [10]. No 75° ano desse episódio, ocorreu uma cerimônia organizada pelo Consulado dos Estados Unidos de Recife e a Prefeitura Municipal de Riachuelo, em memória dos aviadores que morreram nesse acidente [11]. Ainda em 2019, como fruto de uma parceria com o Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, lançou o livro “Lugares de Memória – Edificações e estruturas históricas utilizadas em Natal durante a Segunda Guerra Mundial” [12].
Em 2020 foi coautor do livro "Jandaíra - História e Cavernas Potiguares", sobre a história e as cavidade naturais do município de Jandaíra (Rio Grande do Norte) e lançou o livro "1927 – O caminho de Lampião no Rio Grande do Norte", obra onde detalha a pesquisa realizada sobre o caminho utilizado pelos cangaceiros de Lampião no ataque a Mossoró [13].
Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste g-mail:
Se não conseguir contato com o escritor veja através deste e-mail abaixo,
se o professor Pereira lá de Cajazeiras, no Estado da Paraíba, está credenciado.
Mas é quase certeza que ele está vendendo esta obra.
franpelima@bol.com.br
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
MEU NOVO LIVRO
Por Robério Santos
Acho que vou surtar... meu novo livro chegando e meu coração acelerado. Quem já leu um dos meus livros sabem o quanto faço as coisas com amor. Espero que todos vocês tenham este livro em casa, pois é um resumo destes quatro anos de canal O Cangaço na Literatura em forma de Romance Histórico. Valeu! Gostaram da capa?
https://www.facebook.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com