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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

"JESUS: TU ÉS O CAMINHO DA PAZ !!!"

Por: Kátia Regina Corrêa Santos
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PROVADA COMO OURO NO FOGO PARA TIRAR AS IMPUREZAS, COM UMA HISTÓRIA DE VIDA MARCADA POR TANTAS DORES ESPIRITUAIS (ANGÚSTIA, MELANCOLIA, REVOLTA, DEPRESSÃO, CRISE EXISTENCIAL, TENTATIVA DE SUICÍDIO...). NÃO SEI SE ENCONTREI JESUS, SE ELE ME ENCONTROU OU SE NÓS NOS ENCONTRAMOS, SÓ SEI QUE FUI SEDUZIDA, CONTAGIADA, ATRAÍDA PELO SEU AMOR EXAGERADO, E ME APAIXONEI POR ELE. DESCOBRI QUE ELE ME SALVOU, LIBERTOU E CUROU. COMPROU-ME A PREÇO DE SANGUE, ME DEVOLVEU A COMUNHÃO COM DEUS QUE ADÃO HAVIA PERDIDO, ME DEU PAZ, ALEGRIA, PLENITUDE, SERENIDADE, FELICIDADE... E FELIZ E ETERNAMENTE GRATA POR TANTO AMOR OUSO DECLARAR QUE SOU APAIXONADA POR JESUS. FRASES BÍBLICAS: "NÓS SOMOS LOUCOS POR AMOR DE CRISTO...” (I CORÍNTIOS 4,10). “... PORQUE ESTOU ENFÊRMA DE AMOR” (CÂNTICOS DOS CÂNTICOS 2,5). "QUANTA RAZÃO HÁ DE TE AMAR!” (CÂNTICOS DOS CÂNTICOS 1,4). “... O TEU NOME É COMO UM PERFUME DERRAMADO” (CÂNTICOS DOS CÂNTICOS 1,3). "COMO ÉS BELO, MEU AMOR! COMO ÉS ENCANTADOR!"(CÂNTICOS DOS CÂNTICOS 1,16). "PORQUE ONDE ESTIVER O VOSSO TESOURO, AI ESTARÁ TAMBÉM O VOSSO CORAÇÃO” (MATEUS 6,21 E LUCAS 12,34). “... AMAS-ME, MAS.

Obs: Imagem extraída do site: gritodaverdade. wordpress.com


“JESUS: TU ÉS O CAMINHO DA PAZ !!!”


Às vezes em oração,
eu digo brincando,
ao meu amado Jesus:

Posso até errar,
mas eu sei onde,
está o caminho.

Posso me afastar,
mas eu sei voltar,
para o caminho.

Posso até me desviar,
tomar outros rumos,
mas eu sei o caminho.

O verdadeiro caminho,
és Tu, Jesus, melhor opção,
fonte de plena realização.

Tua presença me faz feliz,
me dá sentido novo a vida,
Jesus: Tu és o Caminho da Paz !!!

Autora: Kátia Regina Corrêa Santos – Escrito em:10.12.2011

Dr. Carlos Chagas

Por Roseliane Saleme

A façanha de descobrir o protozoário causador da tripanossomíase ocorreu num arraial de empregados da Estrada de Ferro Central do Brasil, no interior de Minas Gerais, onde o Dr. Carlos Chagas passou alguns meses combatendo um surto de malária. A esse protozoário deu o nome de Trypanosoma cruzi (o cruzi é uma homenagem ao Dr. Oswaldo Cruz), de quem integrara a equipe, em 1906, apenas três anos após terminar a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Pais de Carlos Chagas - José Jistiniano Chagas e Mariana Cândido Ribeiro de Castro Chagas
Seu nome completo era Carlos Ribeiro Justiniano Chagas, nascido a nove de julho de 1878 em Oliveira, no oeste de Minas Gerais. Egresso do Colégio Batista, de padres, onde foi matriculado por sua mãe para que seu tempo fosse mais bem aproveitado, assumiu aos quatorze anos a responsabilidade da família atendendo a todas as vontades de sua mãe, há 10 anos viúva.
Apesar de ser avoado e distraído, características que o acompanharam por toda a vida, e que lhe valeram episódios muito divertidos, era um homem fiel às suas raízes mineiras e tranquilo, incapaz de fazer mal a um inseto, principalmente aos mosquitos, que foram seus objetos de estudos preferidos. Ao descobrir o tal protozoário, instalou seu precário laboratório em um vagão de trem, ao lado do quarto de dormir, um local infestado de um inseto chamado barbeiro que foi o alvo de suas pesquisas.
Carlos Chagas e seus filhos
Seu filho, mais tarde, em uma entrevista a uma revista de grande circulação, informou que o caso de Carlos Chagas é inédito, pois foi “protagonista de um caso único na história da medicina: descobriu tudo a respeito de uma só enfermidade. Sabia a anatomia patológica, a epidemiologia, as formas clínicas, os meios de transmissão, a profilaxia e a sintomatologia do mal”.
Estátua de Carlos Chagas no Rio de Janeiro
Berenice morreu aos 82 anos de insuficiência cardíaca e foi ela, em 1909, o primeiro ser humano com o qual o Dr. Carlos deparou com os sintomas da moléstia. A menina contava com apenas nove meses e por conta dos cuidados do pesquisador, a pequena paciente curou-se. Trabalhava durante quatorze horas por dia no Instituto Oswaldo Cruz, porém, no dia nove de novembro de 1934, morreu de um ataque cardíaco enquanto dormia. Sabia que era portador da doença de Chagas, pelos sintomas que havia apresentado alguns dias antes do óbito, porém não se deixara examinar.
A moléstia que Carlos Chagas descobriu afeta ainda hoje em torno de 18 milhões de pessoas nas Américas Central e do Sul, sendo conhecida como doença de Chagas em homenagem ao grande pesquisador, indicado, inclusive ao prêmio Nobel, em 1921.
Fonte:
REVISTA ISTO É  – ESPECIAL n. 7.
O BRASILEIRO DO SÉCULO; educação, ciência  & tecnologia. Ed.1557, s/d.

Observação:
As fotos foram extraídas da

Ratificando o Convite


Frederico na ativa e Maria em evidência.



As comemorações do Centenário de Maria Bonita só se encerram mesmo na última hora visse?


 
Recebemos via Alfredo Bonessi um convite para a palestra a se realizar nesta Quarta-feira, 14 no Recife. Evento que marca a volta do vaqueiro Frederico Pernambucano. 



"O diferencial da palestra é que, nesta, irei revelar a origem do apelido Maria, segundo colhi do velho jornalista


Melchiades da Rocha, em 1983, no Rio de Janeiro, sendo ele o primeiro repórter da grande imprensa brasileira a chegar à Grota do Angico em 1938, a serviço do jornal carioca A Noite e da revista A Noite Ilustrada".
 
Agradeço a presença de todos.
Abraço cordial
Frederico Pernambucano de Mello 


Extraído do blog: "Lampião Aceso"

A Influenza Espanhola - 02 de Maio de 2009

Por: Geraldo Maia do Nascimento


Em 1919 a população de Mossoró andava na casa dos 16.500 habitantes. A cidade possuía 30 ruas, 12 praças, 5 travessas e 1 avenida. Existiam 1872 casas, sendo 840 de tijolo e telha e 1.032 de taipa. A receita era de 92:373$437 e a despesa efetuada era de igual importância. Trafegavam pela cidade 31 automóveis em serviço ativo.
 
Governava o município o farmacêutico Jerônimo Rosado, que havia assumido a Intendência para o triênio de 1917 a 1919. Foi um administrador dinâmico que, entre outros feitos, fez levantar grande área de cercas e preparar terrenos, que foram doados a agricultores pobres, promovendo assim a primeira reforma agrária do município. 


Mas foi também nesse ano que se deu a eclosão da “Influenza Espanhola”, ou “Gripe Espanhola”, moléstia terrível do após guerra. A gripe espanhola apareceu no final da I Guerra Mundial e, em menos de um ano, matou milhões de pessoas. A epidemia foi tão severa que nos Estados Unidos, onde um quarto da população foi infectada e 675 mil pessoas morreram, a expectativa de vida caiu 10%. 
A denominação \"gripe espanhola\", segundo alguns autores, surgiu na Inglaterra, em fins de abril de 1918. Duas são as principais hipóteses para essa denominação: a primeira partia do pressuposto errôneo de que a moléstia havia se originado na Espanha e/ou lá fizera o maior número de vítimas. Outra explicação afirmava que a Espanha, país neutro durante a Primeira Guerra Mundial, não censurava as notícias sobre a existência da gripe epidêmica, daí a dedução equivocada de que a enfermidade matava mais naquele país. 

A primeira notícia do vírus da gripe espanhola no Brasil foi de setembro de 1918, logo depois da chegada de um navio com imigrantes vindos da Espanha. Vários deles apresentavam sintomas da gripe. Outro relato dizia que alguns marinheiros sentiram estranhos sintomas a bordo de um navio que ancorou em Recife. O fato é que no início de novembro de 1918 a doença já tinha alcançado vários pontos do Brasil. As cidades portuárias foram as que mais sofreram. No Rio de Janeiro, morreram 17 mil pessoas em dois meses. Os familiares, desesperados, jogavam seus mortos na rua com medo de contrair a doença. As avenidas ficaram cheias de cadáveres e presidiários foram obrigados a trabalhar como coveiros. Os bondes circulavam abarrotados de corpos. Na frente das principais igrejas, milhares de famílias se reuniam para pedir ajuda a Deus. Em São Paulo, foram mais de 8 mil mortes. Entre as vítimas da gripe estava o presidente da República, Rodrigues Alves.
Eleito para o cargo pela segunda vez, não pôde tomar posse e morreu no dia 16 de janeiro de 1919. Os médicos, também alarmados, não sabiam o que receitar e indicavam canja de galinha. O resultado foram saques aos armazéns atrás de frangos. Os jornais afirmavam que o tratamento deveria ser feito à base de pinga com limão ou uísque com gengibre.
Carlos chagas 2.jpg
No Rio, o sanitarista Carlos Chagas comandou o combate à enfermidade. Em Porto Alegre, foi criado um cemitério especialmente para as vítimas da gripe espanhola. Em todo o país foram cerca de 300 mil mortos. 
Em Mossoró, logo após os primeiros casos, o Prefeito mobilizasse todos os recursos de assistência disponíveis, quer improvisando isolamento de doentes, quer pessoalmente dirigindo socorros médicos em remédios e alimentos aos pobres abandonados. Dessa forma, salvaram-se vítimas. A quantidade de mortos não foi tão grande, mas muitos dos que escaparam ficaram com seqüelas. 
Foi a maior epidemia da história, uma pandemia. Ao passo que a Primeira Guerra Mundial, de 1914-1918, matou, aproximadamente, 8 milhões de pessoas, a gripe espanhola foi fatal para mais de 20 milhões de seres humanos em todo o mundo. Nada matou tanto em tão pouco tempo. O vírus mutante da gripe assumiu características tão singulares em 1918, que a chamada influenza espanhola, até hoje, apavora quem procura entender o que aconteceu naquele ano. 

Geraldo Maia do Nascimento
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Saiu na Imprensa...

Por: José Cícero
José Cícero Silva

Freiras devem tomar pílulas anticoncepcionais
Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7445927741970133928 ::: de a folha.com
Um artigo publicado na revista científica "The Lancet" sugere que as freiras católicas pagam um preço alto pelo voto de castidade e recomenda que elas passem a tomar a pílula anticoncepcional.
Os autores, especialistas de duas universidades australianas –Kara Britt, da Monash University, em Melbourne, e Roger Short, da University of Melbourne–, disseram que por não terem filhos, as religiosas estão mais sujeitas a sofrer de cânceres do sistema reprodutivo, como os cânceres de mama, ovário e útero, eles explicaram.
O risco maior resulta do fato de que mulheres que não têm filhos e não amamentam menstruam mais vezes e, portanto, são mais propensas a desenvolver esses cânceres. ´Investigações indicam claramente que um maior número de ciclos aumenta as probabilidades de câncer reprodutivo´, disse Britt.
´Então, não ter filhos, chegar cedo à puberdade ou mais tarde à menopausa afetarão essa incidência. A pílula poderia ajudar a reduzir esses riscos nas monjas´.
PESQUISAS E ENCÍCLICA
Britt e Short citaram dois grandes estudos sobre os benefícios da pílula anticoncepcional para a saúde publicados no ano passado.
Essas pesquisas revelaram que o índice total de mortalidade em mulheres que já haviam tomado a pílula por via oral era 12% menor em comparação com mulheres que nunca tomaram a pílula.
Os estudos concluíram também que riscos de câncer do ovário e do útero foram reduzidos entre 50 e 60% em usuárias em comparação com não-usuárias da pílula.
Um dos estudos, feito pelo Royal College of General Practitioners, no Reino Unido, envolveu cerca de 46 mil mulheres durante um período de quatro décadas.
O artigo da ´Lancet´ reconhece que a doutrina católica condena todas as formas de contracepção à exceção da abstinência.
Mas os autores notam que um documento sobre o assunto publicado pelo Papa Paulo VI em 1968, a encíclica Humanae Vitae, diz que ´a Igreja não considera ilegal de forma alguma meios terapêuticos considerados necessários para curar doenças orgânicas, mesmo que eles também tenham efeitos contraceptivos´.
Ou seja, embora o documento não mencione freiras especificamente, elas deveriam estar livres para tomar a pílula como proteção, escreveram os especialistas.
Concluindo seu artigo, eles disseram que se a Igreja Católica tornasse a pílula disponível para todas as suas freiras, isso reduziria os riscos de cânceres de ovário e útero entre elas.
Fonte:http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7445927741970133928 ::: de a folha.com
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Raríssimas e históricas fotografias

Por: Guilherme Machado
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 Raríssimas e históricas fotografias  da ex-cangaceira Dadá, mulher do lugar tenente de Lampião, Corisco, em uma palestra no Clube 08 de Maio de Riachão do Jacuipe na Bahia, em 24 de Março 1993.


A falecida Sérgia da Silva Chagas "Dadá" esposa do também falecido lugar tenente de Lampião, Cristino Gomes da Silva Cleto "Corisco".


Dadá   faz  palestra no Clube 08 de Maio de Riachão do Jacuipe Bahia. E ficou hospedada na Residência do Irmão do Prefeito do município, Walfredo Matos (Walfredão).  Dadá hospedou-se com o jornalista Evandro Matos. Estiveram presentes os seguintes jornalistas e escritores, Franklin Machado, Cordelista de Feira de Santana, Poeta Adelidio Ramos, hoje o cantor forrozeiro Del Feliz, Repentista José Rodrigues de Nova Fátima Bahia, Valter Silva radialista da Rádio Sisal de Conceição do Coité Bahia, e Nelci Lima da Cruz, poeta escritor e pesquisador de Santa Luz Bahia.  
Foto do cangaceiro Corisco "Diabo Loiro" 
A  Entrevista aconteceu em 24 de Março de 1993. E as Fotografias foram me cedida pelo amigo Nelci Lima da Cruz. Apesar de estarem meio gastas pelo o tempo mas são exclusivas.  Acima vê-se o jornalista Evandro Matos, a cangaceira Dadá de Muletas, e o jovem Nelci, Mais abaixo vê-se Leda Irmã de Nelci. Dadá e Nelci Lima na residência de Evandro Matos, em Riachão do Jacuipe Bahia.

Extraído do blog: "Portal Do Cangaço de Serrinha Ba."

UMA EXCELENTE LITERATURA QUE VOCÊ PRECISA CONHCÊ-LA

Por: José Mendes Pereira

Amigo visitante deste blog:

Se você gosta de leituras e ainda não encontrou uma literatura que lhe agrade, procura ler urgente a "Literatura Lampiônica". A literatura lampiônica é uma das mais lidas no Brasil. Você vai saber tudo sobre "Cangaço": atrocidades, invasões, assaltos, sequestros, vinganças praticadas pelos bandos de cangaceiros, traições de coiteiros, perseguidos e perseguidores nas caatingas do nordeste brasileiro. 

 Comece logo a estudar o "Cangaço". Você não se arrependerá.


Quando eu não tinha noção nenhuma sobre "Cangaço", eu pensava que Lampião tinha sido morto na cidade de Angico, próxima à Mossoró. Estudando foi que eu descobri onde ele foi assassinado, Angico, terras Sergipanas. Que diferença hein!?

Procura ler livros de autores ligados à "SBEC" - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, uma sociedade fundada pelo 


triunfense, professor, escritor e pesquisador do cangaço
Paulo Medeiros Gastão

Eu estudo o cangaço desde 2008, e a cada dia mais o estudo me fascina.

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que você irá encontrar centenas  de textos sobre o cangaço, todos  escritos pelos melhores escritores do tema.
Se você está querendo comprar livros sobre o cangaço, procura o Professor Pereira, ele tem os melhores livros sobre o tema.
Não compre livros de autor que foi dormir, sonhou,  e no dia seguinte estava com o livro pronto sem pesquisas e sem fontes.
Se você comprar estará jogando o seu dinheiro fora.  

O pedido pode ser feito por E-mail franpelima@bol.com.br ou pelo tel. (83) 9911 8286 (Tim) - (83) 8706 2819 (Oi)

Att. Professor Pereira
Cajazeiras/PB

Procura também no site abaixo a lista de livros escritos com responsabilidade.

Lampião Moderno

Por: Carlos Araújo


Lampião, rei do cangaço
Foi bandido ou foi herói?
Nem sei se esta é a questão,
Pois hoje a corrupção
Tem um punhal cangaceiro
Sem dó e sem piedade,
Sangrando a dignidade
De quem é bom brasileiro.


O Virgulino moderno
É bandido refinado:
Exibe carro importado,
Tem jatinho e muito mais.
A caneta é seu fuzil,
Com ela assalta o Brasil
Do jeito que sempre quis:
Feito cupim na madeira,
Fazendo uma buraqueira
Nas finanças do País.


Esse novo Virgulino
Não tem chapéu estrelado,
Não sabe dançar xaxado,
Nem canta Mulher Rendeira.
Ele não dorme no mato,
Ama o conforto e o bom trato.
E não agüenta repuxo:
Com seu dinheiro e malícia,
Quando foge da polícia,
Se esconde em hotel de luxo.


Não anda pelas caatingas,
Nem cruza moita de espinho,
Mas constrói o seu caminho
Com muito nome esquisito:
É fraude, é clientelismo,
É pilhagem, é nepotismo,
É propina, é malandragem.
Mas ele não se contenta:
A tudo isso acrescenta
A mentira e a rapinagem.


Quando chega a eleição,
Sendo ele candidato,
Promete roupa, sapato,
Dentadura, leite e lote.
Se tem amigo disposto
A sonegar o imposto,
Ele segura a peteca
Com uma frase canalha:
- Se eu vencer a batalha
Eu perdôo essa merreca!


No palanque faz de Deus
O seu cabo eleitoral,
Criando o clima ideal
À exploração da fé.
Seu discurso é de devoto,
Mas sua fé é o voto
Da humilde multidão
Que, inocente, se dobra:
Vira massa de manobra
Nas garras do Lampião.


O seu instinto perverso
É muito sofisticado:
Ele mata no atacado,
Quando desvia milhões
Em cada cheque que assina.
O bandoleiro assassina
Gente em escala brutal
De onde vem a matança?
Da falta de segurança,
De médico, hospital...


É direito da criança
Ensino de qualidade,
Mas dessa realidade
Pouca criança desfruta.
E quanto ao saneamento,
Não existe investimento
Neste importante setor,
Porque o nosso dinheiro
Vai parar no estrangeiro,
Na conta do malfeitor.


O cangaceiro de hoje
Tem site na Internet
E grava até em disquete
Os seus planos de ação.
Certo da impunidade,
Ele se sente à vontade
Pra dizer sem embaraço,
Justificando a orgia:
- Lampião nada fazia
Já eu roubo mas eu faço!


Penso até ser injustiça
Comparar o Virgulino
Lá do sertão nordestino
Com esses cabras de hoje.
Pois de uma coisa estou certo:
Lampião nem chega perto
Desses que, de forma vil
E com bastante requinte,
Saqueiam o contribuinte
Que ainda crê no Brasil


Ah, capitão Virgulino,
Que andas fazendo agora?
Chega de tanta demora.
Sai dessa cova ligeiro,
Vem retomar teu reinado!
Anda logo, desgraçado,
Chama teus cabras de fama,
Traz Corisco e Ventania,
Quinta-Feira e Pontaria,
Tira o país dessa lama!


Chama Dadá, traz Maria,
Pra te dar inspiração,
Traz Canário e Azulão.
Onde andam Moita Brava,
Jararaca e Zé Sereno,
Que provaram do veneno
Da refrega sertaneja?
E Bem-Te-Vi, bom de briga,
Cantando a mesma cantiga,
Não vai fugir da peleja.


Não esquece Volta Seca,
Sabonete e Jitirana,
Que viravam caninana,
Nos instantes de combate.
Chama também Zé Baiano,
Pois entra ano e sai ano
E a coisa fica mais feia.
Já são muitos excluídos
E a culpa é de bandidos
Que precisam levar peia!


Anda logo, que o Brasil
Já se cansou do teu mito,
Ouve o apelo e o grito
Do povo deste país.
Mas cuidado, Capitão,
Cuidado com a mangação
Que pode ser um horror.
Já tem corrupto espalhando
Que, em formação de bando,
Lampião era amador!"

Extraído do blog: Juarez Morais Chaves

João Macedo e os Terésios


O amigo João Macedo, é médico radicado em Fortaleza. Filho de uma das mais tradicionais família de nosso Cariri; com berço no engenho de Santa Teresa, tem Missão Velha como seu torrão natal. É filho de Joca Coelho, bisneto do lendário Joca do Brejão, sobrinho neto do não menos lendário Coronel Santana e ainda por cima é neto do Coronel Dantas, daí, certamente tem muita coisa a nos contar, o blog do Cariri Cangaço está só esperando...

Prezado Manoel Severo,

Seu convite está na minha cabeça já há um bom tempo. Não pude ainda, fruto de minhas inúmeras atribuições, médicas e na UFC, foi atendê-lo. Mas será uma grande honra participar desse movimento. Aguarde-me, pois estou, no horário livre que me sobra, catalogando umas "coisas" para postar. 

Em tempo: acabo de ver no seu blog que você receberá o título de cidadão missãovelhense. Fico muito lisonjeado em ver minha cidade-raiz reconhecendo o seu formidável trabalho!! Parabéns!!

Grande abraço,
Joao Macedo, Fortaleza-CE

Extraído do blog: "Cariri Cangaço"

Paixão (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

Paixão

Venha
deusa carnal
feição sagrada
amor ideal
perdoar o pecado
tão original
no peito marcado
de fel e de sal
desse amante jogado
na aflição sem igual
de amor tomado
que faz tanto mal
no tempo isolado
silêncio mortal
sem ser perdoado
para viver afinal
do que restou sonhado
da vida o sinal
que viveria ao lado
desse bem e desse mal
por ser apaixonado
paixão de mortal
por isso venha
está na hora do perdão
iludir ao menos
o ser e seu desvão
por isso venha
e traga a mentira
do abraço apertado
ilusão que expira.

Rangel Alves da Costa
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com

Resistência ao bando de Lampião



Mais um importante ato libertário ocorrido em Mossoró, ano de 1927, foi a resistência ao bando do cangaceiro mais famoso do nordeste brasileiro: Virgulino Ferreira da Silva, popularmente conhecido como "Lampião". Nesse mesmo ano, o município experimentava um crescimento tanto no comércio e na indústria.
O bando entrou no Rio Grande do Norte pelo município de Luís Gomes, na transição entre os dias 9 de 10 de junho, percorrendo várias cidades do oeste do Rio Grande do Norte, até chegar a uma cidade conhecida até os dias atuais como "a capital do oeste potiguar": Mossoró. Nesse ataque, Lampião e seu bando sofreram sua única derrota desde o seu início da vida como cangaceiro.
Rua Cônego soares, Por Agacê Di Oliveira
No dia 12 de junho, o cangaceiro e seus companheiros chegaram ao distrito de São Sebastião, anexado ao município de Mossoró, hoje o município de Governador Dix-Sept Rosado. Lá, ele enviou um telegrama à sede do município de Mossoró, avisando à população sobre o ataque do bando. Isso fez com que Mossoró entrasse em desespero e levou o prefeito a organizar um êxodo, montando trincheiras para conter os invasores.
Já em 13 de junho, Lampião e seu bando chegaram ao Sítio Saco. Lá, ele enviou  um bilhete, que pedia uma quantidade total de 400 contos de réis em dinheiro, para poupar a cidade de Mossoró. O prefeito negou e depois Lampião mandou um segundo bilhete ameaçador.
O ataque a Mossoró só começou de fato às quatro horas da tarde, quando o líder do bando dividiu seus cangaceiros em três grupos diferentes, cada um com a função de atacar um local diferente: o primeiro grupo atacou a casa do prefeito, o segundo grupo atacou a estação ferroviária de Mossoró, enquanto o terceiro teve a função de atacar o cemitério. Um hora depois, o bando recuou, deixando Colchete e Jararaca para trás.
Este último, o José Leire de Santana, o Jararaca foi ferido e posteriormente morto, está enterrado no Cemitério São Sebastião, o mesmo
 
que havia sido invadido pelo bando de Lampião; sendo depois o cangaceiro um elemento de culto pelos mossoroenses.

Os Rosado



As têmporas palpitavam de raiva, expressando a dor de mais uma derrota. Seu rosto estava vermelho, e os olhos, tristes. Indignado, o político se levantou e gritou: “Se algum dia eu for eleito deputado federal, vou criar uma lei que me permita alterar meu nome para Rosado. Só assim poderei me tornar prefeito de Mossoró”. Um grave silêncio se seguiu. O que o político sem nome disse, ainda hoje, faz sentido. A família Rosado só perdeu as eleições municipais uma vez: em 1968.
A história do anônimo candidato derrotado à prefeitura é uma lenda. Uma das lendas que envolvem a família mais poderosa do País de Mossoró. Uma família que, assim como os Buendia, do romance Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, começou com um farmacêutico.
Em 1890, Jerônimo Rosado, o patriarca, trocou Catolé do Rocha, no sertão paraibano, por Mossoró. Lá se estabeleceu, abriu sua farmácia e, em 40 anos, gerou 21 filhos. Foi uma figura central na construção histórica e política do País de Mossoró.
Casamento
O primeiro Rosado se casou duas vezes. Sua primeira mulher, Maria Rosado Maia, lhe deu três filhos: Jerônimo Rosado Filho, Laurentino Rosado Maia, que morreu 15 dias depois do nascimento, e Tércio Rosado Maia, o primeiro dos numerados. Maria Rosado morreu logo depois do nascimento de Tércio. Deixou um último pedido ao marido: ele deveria se casar novamente. A esposa já estava escolhida: a própria irmã dela, Isaura Rosado Maia. O viúvo cumpriu o desejo da falecida.
O casamento de Jerônimo Rosado com Isaura fez a prole crescer. Vieram mais 18 filhos. Todos numerados. Diferentemente do que reza a lenda no País de Mossoró, nem todos receberam nomes franceses. Do terceiro até o décimo, a inspiração para os nomes era o latim. A partir do 11º, e só com a exceção do 12º filho, todos levaram nomes inspirados nos numerais franceses. Foram ao todo 12 homens e nove mulheres. A maioria recebendo Jerônimo ou Isaura como primeiro nome.
Numeração
Ninguém sabe ao certo o que levou o patriarca a numerar os filhos. Talvez influência dos tratados farmacêuticos da época, todos escritos nas duas línguas, ou algum tipo extremo de obsessão pela ordem. O que se sabe é que o velho Jerônimo Rosado era fanático pela educação dos filhos e dos netos. Tão fanático que, certa vez, quando um de seus netos decidiu que não iria mais estudar, ele não pensou duas vezes. Mandou fazer uma engraxateira para o menino, deu-lhe um macacão de engraxate e ordenou que começasse a trabalhar. Sugeriu, até, que ele nem precisava sair de casa, já que a família era grande e ali mesmo ele teria uma boa clientela. Logo, logo o menino voltou para a escola.
O velho Rosado ensinou os filhos, ainda, a serem solidários. Se houvesse apenas uma fruta para comer, ela era dividida igualmente entre todos. Estimulava as crianças a conversar com estranhos, levando-as consigo, sempre, a encontros ou jantares. Não fazia distinção de sexo: meninos e meninas deviam acompanhar o pai. Tratava todos da mesma maneira. Queria vê-los trabalhando e estudando. Em razão disso, fundou a primeira escola exclusivamente feminina de Mossoró: o Externato Mossoroense.
Tese
Em sua tese de doutorado sobre a família Rosado, o professor José Lacerda Alves Felipe defende a idéia de que essa forma de educar adotada por Jerônimo Rosado tinha como objetivo formar o núcleo de uma oligarquia. Nela, cada filho teria uma função econômica. Felipe trata Jerônimo Rosado como o “herói civilizador” de Mossoró. Uma espécie de grande criador, de instituições sociais, elementos culturais, mitos. O objetivo não declarado era sempre, ele diz, conquistar o poder político.
Cada vez que um filho se aproximava da maturidade, o velho Rosado o chamava para uma conversa em particular, em que tentava convencê-lo a entrar para a política. Os Rosado desmentem isso. Alguns mossoroenses afirmam, contudo, que essa foi uma das revelações feitas por
Dix-Huit em seu leito de morte. Verdade ou mito? O que se sabe é que, apenas 18 anos depois da morte do patriarca, um Rosado abraçou, de fato, a carreira política.
Em 1948, Dix-Sept Rosado Maia, em uma campanha na qual pela primeira vez se usaram trios elétricos, foi eleito prefeito de Mossoró.
O mito Rosado
Dix-Sept governou a cidade durante quatro anos. Tornou-se, depois, governador do estado, mas morreu, em um acidente aéreo, seis meses depois da posse. Virou um mito.
Ficheiro:Estátua-Dix-Sept-Rosado-Mossoró.jpg
No País de Mossoró, há uma estátua de Dix-Sept, em bronze e tamanho real, na principal praça da cidade. Sob ela, podemos ler: “Nele se conjugaram idealismo e ação, espírito público e solidariedade humana, capacidade de resistência e destino de comando [...]”. Logo abaixo, em letras enormes, a assinatura: “Homenagem do povo”. A estátua foi construída pelo irmão Vingt, que, em 1954, o sucedeu na prefeitura de Mossoró.
O 17º filho foi, de fato, a raiz política dos Rosado. Irmãos, sobrinhos e netos o sucederam como prefeitos da cidade, vereadores, deputados e até senadores. Entre eles, destacam-se Dix-Huit e Vingt Rosado. Depois de algum tempo, os dois irmãos romperam. Diz-se em Mossoró que a briga entre eles não passou de uma jogada política para conservar, em definitivo, os Rosado no poder. Desde então, Rosado é oposição de Rosado. Não importa o vencedor: a família sempre leva. O sobrenome Rosado batiza, hoje, muitas ruas, praças e até estabelecimentos comerciais de Mossoró.

A cultura, porém, ficou nas mãos do 21º, Vingt-un, a quem coube realizar os sonhos educacionais do pai. Desde cedo, ele se empenhou para contar a história de Mossoró, registrar tudo que levasse o nome de sua terra natal e gerar e publicar a produção intelectual dos mossoroenses. Foi por isso que nos anos 1960 ele idealizou e fundou a Escola Superior de Agronomia de Mossoró (Esam), onde organizou encontros e seminários e fez amizade com grandes intelectuais. Vingt-un Rosado foi uma espécie benigna de fanático. A “livrofilia”, sua doença, mas também sua grande força.
Genealogia
Jerônimo Ribeiro Rosado – Farmacêutico, nascido em Pombal, na Paraíba, em 1861. Primeiro Casamento, com Maria Rosado Maia
Jerônimo Rosado Filho – Nasceu em 1890, em Mossoró, foi farmacêutico e poeta. Morreu em novembro de 1920, deixou três filhos e um livro de poesia não publicado.
Laurentino Rosado Maia – Nasceu em 1891, em Catolé do Rocha, na Paraíba. Morreu dias depois do nascimento.
Tércio Rosado Maia – Veio ao mundo no dia 19 de agosto de 1892, em Mossoró. Farmacêutico, dentista, advogado e médico, foi um dos maiores intelectuais mossoroenses. Teve sete filhos, três deles morreram ainda pequenos. Faleceu em 8 de novembro de 1960.
Segundo Casamento, com Isaura Rosado Maia
Isaura Quarto Rosado Maia - Nasceu em 1894, em Mossoró, e morreu dois anos depois.
Laurentino Quinto Rosado Maia – Nasceu em 1896, em Mossoró, e morreu no ano seguinte.
Isaura Sexta Rosado de Sá – Nasceu em janeiro de 1897, em Catolé do Rocha, na Paraíba. Em 1919, casou-se com o médico Abdon Henrique de Sá. Tiveram três filhos.
Jerônima Sétima Rosado Fernandes – Nascida em agosto de 1898, em Mossoró. Casou-se com o cunhado e advogado Aldo Fernandes Raposo de Melo. Tiveram quatro filhos.
Maria Oitava Rosado Cantídio – Nascida em novembro de 1899, em Mossoró. Casou-se com o comerciante (e bom conversador) Raimundo Cantídio de Oliveira. Tiveram quatro filhos.
Isauro Nono Rosado Maia – Nasceu em 1901, em Mossoró. Morreu 24 anos depois, quando fazia o terceiro ano da faculdade de farmácia em Recife.
Vicência Décima Rosado Maia – Nascida em Mossoró, em março de 1902, casou-se em 1923 com o comerciante Francisco Sérgio Maia. Tiveram seis filhos.
Laurentina Onzième Rosado Fernandes – Nasceu em setembro de 1903, na cidade de Mossoró. Casou-se com o advogado Aldo Fernandes Raposo. Morreu em abril de 1922 e teve apenas um filho: Aldo Rosado Fernandes.
Laurentino Duodécimo Rosado Maia – Nasceu em 1905, em Mossoró. Em 1927, se casou com Maria do Carmo Queiroz Rosado. Tiveram seis filhos. Morreu no Rio de Janeiro, em maio de 1954.
Isaura Trezième Rosado Maia – Nasceu em maio de 1906. Casou-se em 1928 com o médico Lavoisier Maia. Tiveram sete filhos.
Isaura Quatorzième Rosado Magalhães – Nascida em junho de 1907, foi professora. Casou-se com o funcionário dos Correios Gentil de Magalhães. Tiveram um filho.
Jerônimo Quinzième Rosado Maia – Nasceu em 1908, em Mossoró. Morreu em dezembro do mesmo ano.
Isaura Seize Rosado Coelho – Veio ao mundo em fevereiro de 1910, em Mossoró. Casada com o professor e juiz Abel Freire Coelho. Tiveram três filhos.
Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia – Nasceu em maio de 1911, em Mossoró. Foi prefeito da cidade e governador do Rio Grande do Norte. Casou-se com Adalgiza de Souza Rosado. Tiveram quatro filhos. Morreu num acidente aéreo, em julho de 1951.
Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia – Veio ao mundo em maio de 1912, em Mossoró. Foi médico e chefe do serviço de saúde da polícia militar do Rio Grande do Norte. Também foi prefeito de Mossoró, deputado estadual, deputado federal e senador. Casou-se com Naide Medeiros Rosado e teve quatro filhos.
Jerônimo Dix-Neuf Rosado Maia – Nasceu em novembro de 1913, em Mossoró. Foi industrial e comerciante e se casou com Maria Odete de Góis Rosado. Tiveram oito filhos.
Jerônimo Vingt Rosado Maia – Nasceu em janeiro de 1918, em Mossoró. Foi farmacêutico, vereador de Mossoró, prefeito de Mossoró, deputado estadual e federal. Casou-se com Maria Lourdes Bernadeth, teve três filhos e adotou um.
Jerônimo Vingt-un Rosado Maia – Nasceu em setembro de 1920, foi agrônomo e intelectual, além de vereador. Casou-se com América Fernandes Rosado Maia em 1947 e teve seis filhos.