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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

RECORDAR PORQUE...

 Clerisvaldo B, Chagas, 27 de setembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.117

BARBEARIA DE NÉZIO DESAPARECIDA NO “PRÉDIO DO MEIO DA RUA”, AO LADO DO VEÍCULO. (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO/LIVRO 230/ACERVO DO AUTOR).

Meu pai ordenava cortar o cabelo. Eu não tinha direito de escolher o corte como os outros adolescentes que faziam o chamado meia-cabeleira a moda dos rapazes da época. Mas no meu caso a ordem era seca: “passar a máquina zero”. E passar a máquina zero significava cortar o cabelo estilo militar, recruta. Duas coisas me deixavam chateado. A primeira, enfrentar a máquina manual cega do barbeiro Nézio no “prédio do meio da rua”, vizinho do armazém de seu Marinho, depois Salão de Sinucas do José Galego, ex-jogador do Ipanema. A máquina puxava mais o cabelo do que cortava e era uma das torturas do momento. A segunda coisa era como arranjar namorada com aquele corte de cabelo militar ridículo! Ah... muito demorou para a minha libertação. Mas enfrentar dentistas era a outra tortura que apavorava adolescente e adultos.

Poucos se lembram de Nézio, personagem santanense e primeiro barbeiro que eu conheci na cidade. Tempos depois conheci os seus filhos Vavá Capoteiro que fazia sofá, capotas e outros objetos. Na época de adolescência estava em moda as camionetas cobertas, uma das fontes de trabalho para Vavá Capoteiro. E também o Dorival de Nézio que trabalhou muito em fiscalização de obras de rua, com o saudoso prefeito Paulo Ferreira. Até aí a máquina cega de Nézio ia sendo substituída por novas ferramentas nas barbearias e já não fazia medo nenhum à meninada. Vários objetos de barbearia tinham origem na Alemanha como a navalha “Solinger”, orgulho do barbeiro que a possuía. Não lembro mais se foi por demolição do homem ou pelo tempo que a parte do “prédio do meio da rua”, relativa a barbearia do Nézio foi tombada. Isso muito antes do prefeito Ulisses Silva fazer desaparecer o “prédio do meio da rua”, totalmente.

Acabo de sair da barbearia. Eita, desculpe. Barbearia agora é palavrão. Cabelereiro Fulano, cabeleireiro Beltrano... muitos deles recusam tirar barbas. Alegam as mais diferentes coisas, como dor nas costas. Ah! Mosquito com tosse. E quando se fala em meia cabeleira, diz o atual cabelereiro “Já ouvi falar”. E assim vamos acompanhando e usando a radical mudança dos tempos. Vá seguindo a propaganda, cabra véi: “Eu sou o mesmo, mas os meus cabelos... quanto diferença! “.

Pague logo o corte de cabelo entre 15,00 e 20,00 e vamos embora. Quem conversa muito é pai de moça.



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O GRANDE COMBATE DE LAMPIÃO EM TERRAS SERGIPANAS.

Por Cangaçologia 

https://www.youtube.com/watch?v=sJWlKLbkuyQ&t=641s

Uma visita a Fazenda Maranduba localizada no município de Poço Redondo no estado de Sergipe, onde no dia 09 de janeiro de 1932 foi travado um dos mais acirrados e sangrentos combates ocorridos em toda a história entre o bando de Lampião e Forças Militares.
Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações e publicações. Forte abraço... Cabroeira! Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste. Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / cangaçologia  

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JESUÍNO BRILHANTE - O PRINCÍPIO DOS CONFLITOS.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=grAudLTo6Ro

Os fatos que motivaram a entrada no cangaço do célebre cangaceiro Jesuíno Brilhante (Jesuíno Alves de Melo Calado). O princípio das desavenças. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações e publicações. Forte abraço... Cabroeira! Atenciosamente:
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A MULHER DE JESUÍNO

 Por Mulher no Cangaço

Apenas como ilustração - https://everskies.com/club/brazilians/forums/geral/desenho-de-um-cangaceiro-25587601?reply_page=0

Maria Carolina de Mello era casada com o primo Jesuíno Calado Brilhante. O  casal tinha cinco filhos e tinha uma vida extremamente tranquila, no Rio Grande do Norte.  Um dia, em 1871, a vida dessa família deu uma reviravolta após o roubo de uma novilha pelos Limões, vizinhos e conhecidos pela violência. Além do crime, um membro dos Limões, ficou “fazendo pouco”, soltando graça com os Brilhante nas bodegas.

AÍ, a mulher de Jesuíno, Maria, atiçava o marido dizendo “quem ouve tanto desaforo deve ter perdido a vergonha”.  O bastante para Jesuíno sentir-se mexido nos brios. Armou-se e foi ao encontro do chefe da família Limões e não hesitou e atirar e matar o “Preto Limão” como era chamado. A guerra entre as famílias estava declarada e Jesuíno tornou-se cangaceiro.

https://www.youtube.com/watch?v=grAudLTo6Ro

Maria, a responsável pela situação, demonstrava tranquilidade, enquanto o marido ganhava fama como justiceiro, assaltava os ricos para dar aos pobres. Era o defensor dos oprimidos, chamado de “cangaceiro romântico”. E assim, se passaram 10 anos. Até que numa emboscada, Jesuíno Brilhante foi ferido mortalmente.

Sua mulher, Maria, que gostava de provocar, casou logo depois com um cangaceiro do grupo de Jesuíno…

 https://mulheresdocangaco.com.br/project/a-mulher-de-jesuino/

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JESUÍNO BRILHANTE, O CANGACEIRO HEROICO.

 Por Paulo Alexandre

Imagem processada pela IA Leonardo

No sertão árido do Nordeste brasileiro, nasceu Jesuíno Alves de Melo Calado, mais conhecido como Jesuíno Brilhante. Sua história se entrelaça com as vastas terras da região, onde a pobreza e a opressão eram constantes. Filho de uma família de agricultores, Jesuíno viveu uma infância tranquila no sítio Tuiuiú, próximo à cidade de Patu, no Rio Grande do Norte.

No entanto, tudo mudou em 1871, quando seu irmão foi violentamente agredido nas ruas de Patu e acusado injustamente de roubar uma cabra. Inconformado com a injustiça, Jesuíno decidiu contrariar a estrutura do mandonismo arbitrário que prevalecia na região e começou a liderar um bando de outros descontentes que passaram a agir como justiceiros. 

Diferente de figuras como o pernambucano Cabeleira ou o baiano Lucas da Feira, além de outros famosos cangaceiros do século XX, Jesuíno Brilhante não se entregou à violência e à pilhagem desenfreada. Ele se tornou um verdadeiro “Robin Hood” do Sertão, roubando dos coronéis opressores para ajudar os necessitados. Jesuíno era admirado e respeitado pela população pobre, que o via como um defensor dos fracos e oprimidos. Seus saques visavam os comboios de alimentos enviados pelo governo para as vítimas das secas, que muitas vezes eram desviados e não chegavam ao povo. Entre 1871 e 1879, Jesuíno Brilhante estabeleceu um verdadeiro “Estado Paralelo” nos sertões brasileiros, desafiando lei e criando suas próprias regras, inclusive libertando presos julgados pelo sistema legal que ele contestava.

Apesar de contar com afeição e apoio de sertanejos, a disposição das autoridades e dos proprietários poderosos era intensa para acabar com a atuação do justiceiro e vida de Jesuíno chegou a um fim trágico. Em uma emboscada em Belém do Brejo do Cruz, Paraíba, ele foi atacado por uma tropa policial. Mesmo em desvantagem, Jesuíno lutou bravamente, disparando contra seus perseguidores, mas acabou sendo atingido fatalmente por dois tiros. Seu corpo foi levado ao Colégio Diocesano de Mossoró e, posteriormente, transferido para o Rio de Janeiro como uma macabra peça para exposição. Porém, o paradeiro de seus restos mortais permanece desconhecido até os dias atuais.

A história de Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico, criaram no imaginário sertanejo a imagem do bandido benfeitor que paira entre a ilegalidade e a prática de ações em favor dos excluídos.

 https://historiablog.org/2023/07/08/jesuino-brilhante-o-cangaceiro-heroico/

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PADRE BRILHANTE, PRIMO DE JESUÍNO BRILHANTE, É NATURAL DE PATU E SEU PADRINHO DE BATISMO FOI O SEU AVÔ, O PERIGOSO CANGACEIRO JOSÉ BRILHANTE

Em matéria publicada dia 25/03/2022 pelo Blog a A Folha Patuense com o Título: “Algumas Considerações sobre a História do Padre Antônio Brilhante de Alencar, foi dito que o mesmo era natural do Estado do Ceará. Em alguns registros, como o publicado no Jornal Tribuna do Norte, Natal-RN, edição de domingo, 20 de agosto de 1982, página 12 e reproduzido no site Tok de História do professor e historiador Adauto Guerra Filho, com o título: “Nordeste a Sombra do Passado – Questões Familiares: Causas e Consequências”, em certo trecho da publicação, se referindo ao Cangaceiro Jesuíno Brilhante, foi citado: “Para o sertanejo, o herói dos cinco irmãos, pois o herói não é aquele que perdoa, mas sim aquele que se vinga. Agora não é mais Jesuíno Alves de Melo Cardoso, o poeta romântico, agricultor, boiadeiro, hábil equestre e sim Jesuíno Brilhante (homenagem a seu tio, o Cangaceiro José Brilhante de Alencar, avô do falecido Padre cearense Antônio Alves de Alencar, conhecido por Pe. Brilhante).

O historiador  Misherlany Gouthier em contato com o redator do Blog A Folha Patuense, professor Aluísio Dutra de Oliveira, informou que o Padre Antônio Brilhante é natural de Patu, com documentação comprobatória do seu batismo acontecido na Igreja de Nossa Senhora das Dores no ano de 1873. Segue transcrição paleográfica feita com a colaboração de Fábio Nogueira, conhecido como Fábio de Firmino, transcrita do registro de batismo, imagem enviada pelo historiador e produtor de livros, Misherlany Gouthier: (Observação: Português Antigo).

“Antonio, filho legítimo de Firmino Brilhante de Azevedo Sousa e de Benvinda Alves Feitosa; nasceo aos doiz de maio de mil oito centos e setenta e três. Baptisado por mim sollenemente a vinte de julho do mesmo anno na Igreja Matriz por mim. Padrinhos José Brilhante de Alencar Sousa, e sua mulher Getrudes Francelina de Azevedo. Para constar fiz este termo em que eu assigno. Vigário Domingos Pereira de Oliveira”.

Portanto o Padre Antônio Brilhante de Alencar nasceu em Patu aos 02 de maio de 1873 e foi batizado em 20 de julho do mesmo ano, tendo padrinhos o seu avô, o temido e perigoso cangaceiro José Brilhante, conhecido como “Cabé” e sua esposa Gertrudes Francelina de Azevedo. Vale lembrar que o Jesuíno Brilhante, primo do Padre Antônio Brilhante, herdou o nome “Brilhante” em homenagem ao seu tio, cangaceiro José Brilhante.

Essas informações e muito mais farão parte do livro do historiador, Misherlany Gouthier que terá como título: "Ascendência, Descendência e Parentela de Jesuíno Brilhante, que este ano será lançado. Aguardem!!!

Registro de Batismo do Padre Antônio Brilhante

Fonte: https://tokdehistoria.com.br/tag/jesuino-brilhante/

Imagem do registro de Batismo:  Misherlany Gouthier.

https://aluisiodutra.blogspot.com/2022/04/padre-brilhante-primo-de-jesuino.html

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A FAMÍLIA NITEROIENSE DE EUCLIDES DA CUNHA

Rio Por Ana Cláudia Guimarães

Maria Auxiliadora, neta de Euclides, cercada pelas trinetas do escritor Luciana e Carolina e pela bisneta Auxiliadora Maria Foto: Álbum de família

Única neta viva, Maria Auxiliadora, de 90 anos, mora no Ingá. Na cidade, vivem hoje 12 descendentes, sendo que a maioria herdou a veia intelectual do autor de 'Os sertões'

Um ramo “euclidiano” puro, com o DNA do autor da obra-prima “Os sertões”, escreve há mais de seis décadas sua história em Niterói. Essa linha do tempo começou com a professora Maria Auxiliadora da Cunha Lage, hoje com 90 anos, única neta viva de Euclides da Cunha, cuja morte completou 111 anos no último dia 15. Ela chegou à cidade com o marido, Carlos da Costa Lage (já falecido), que foi designado para a gerência do Banco do Brasil em São Gonçalo. O casal veio de Cantagalo, terra de Euclides, morou no Centro e depois no Ingá, onde ela ainda vive.

A maior parte das gerações seguintes herdou a veia intelectual e está em Niterói ou passou pela cidade. Agora, há a neta e mais 11 na cidade, como os bisnetos Carlos Roberto, ex-professor da UFF e ex-diretor do Hospital Antonio Pedro; e Auxiliadora Maria, professora de educação física. A caçula é Patrícia Feliciano, tetraneta, de 5 anos.

Euclides da Cunha: morte trágica ainda é um trauma na família Foto: O. Lima / Arquivo

Aliás, Maria Auxiliadora é filha de Manoel Afonso, único dos três filhos de Euclides e Anna Emília Ribeiro a deixar descendentes — o casamento dos dois, que terminou em tragédia com a morte do escritor pelo amante da mulher, Dilermando de Assis, é um trauma na família até hoje. Os outros netos, Eliete, Norma e Euclides, já faleceram. Numa aula para a coluna sobre o também engenheiro, militar, republicano, sociólogo, historiador e jornalista, a neta diz, em tom de conselho:

— É importante ter a mente aberta para possíveis mudanças de opinião. Euclides foi para Canudos com uma ideia que lhe era passada por terceiros, mas chegando ao sertão baiano se deparou com uma realidade diferente e escreveu a verdade, o que resultou no célebre livro-denúncia sobre o massacre.

Trineta, a jornalista Luciana Lage de Souza, de 34 anos, lembra uma curiosidade: o encéfalo do escritor, homenageado na última Flip, ficou um tempo sobre o piano de Maria Auxiliadora, no Ingá. Desde 1983, está na casa-museu de Cantagalo. Além de familiares, a “euclidiana” (estudiosa da obra) Anabelle Loivos, da UFRJ, mora aqui.

Em tempos sombrios, a trineta Luciana destaca uma frase de Euclides: “Acredito no futuro estabelecimento de uma perfeita solidariedade universal, envolvendo por inteiro a humanidade”.

https://oglobo.globo.com/rio/a-familia-niteroiense-de-euclides-da-cunha-1-24599664

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TARAUACÁ E O CASO SÓLON DA CUNHA (II)

Por Sancho Pinto Ferreira Gomes

Solon da Cunha - filho de Euclides da Cunha
Como citar

Ofício sobre a morte de Solon da Cunha com nota de Joel Bicalho Tostes. Tarauacá, Acre, 12 maio 1916. In: ANDRADE, Juan C. P. de (org.). Euclides da Cunha site. Disponível em http://euclidesite.wordpress.com/documentos. Acesso em [data]. Publicado originalmente no Jornal Oficial. Semanário da Prefeitura de Tarauacá, Acre, nº 6, 21 maio 1916. Reproduzido e comentado por Joel Bicalho Tostes no extinto site oficial da família de Eculides da Cunha.

Nota de Joel Bicalho Tostes
Transcrevemos a seguir ofício relatando o assassinato de Solon da Cunha, filho de Euclides, fato muito pouco conhecido em seus detalhes. Ele morreu em 6-maio-1916 e em 4-julho do mesmo ano também foi assassinado, no Rio de Janeiro, seu irmão Euclides Filho. A transcrição segue rigorosamente a redação e a grafia empregada.
Após a transcrição, comenta o pesquisador:
Merece cuidadosa reflexão o estranho fato de um jovem em pleno vigor dos 23 anos de idade ir isolar-se, algum tempo após o assassínio do pai Euclides da Cunha, em um lugarejo ermo perdido no interior do Acre, de difícil e fatigante acesso até mesmo nos dias de hoje, quando se dispõe das vantagens de transporte de toda a natureza; e em 1915 /1916 os sacrifícios para atingir Tarauacá deveriam ser enormes.  
Por que abandonaria as vantagens do Rio de Janeiro ? Por que não escolheria São Paulo ou outra cidade mais acessível, Salvador por exemplo, onde contaria eventualmente com parentes ? 
Sua mãe casou em 1911 com quem matara o seu pai. Solon sofreu forte influência de Anna, como conseqüência das ausências de Euclides, pelas viagens no desempenho das atribuições de trabalho como engenheiro. Era também amigo dos irmãos Assis, em especial de Dinorah. Por fim Solon estava com a mãe na casa de Dilermando e assistiu ao desenrolar do terrível drama de 15/8/1909. 
Tentemos imaginar outro aspecto: além das dores físicas, a indescritível dor moral de quem, morrendo, via ali também presente o seu primeiro filho… 
Embora a fonte única que propagou na época o acontecimento não mereça credibilidade, como ficou provado ao longo do tempo, se o “perdôo-te” foi realmente pronunciado pelo infeliz Euclides já agonizando, pode-se supor a quem esse perdão era destinado.
Villa Feijó, 12 de maio de 1916.
Exmo. sr. dr. José Thomaz da Cunha Vasconcellos,
m.d. Prefeito de Taraucá

Com o mais profundo pezar, cumpro o dever de levar ao conhecimento de v. exc. o lamentável incidente em que foi victimado o nobre e saudoso Delegado Auxiliar de Policia deste 2º Termo cidadão Solon da Cunha, no dia 6 de maio, sabbado as 9 horas da noite. 

Pelo officio numero vinte e quatro, aquella autoridade communicou a v. exc. que ia fazer a diligencia para abrir inquerito e prender os culpados na tragedia de 21 de abril, da qual foram protagonistas João Muniz Correia Lima, socio da firma Correia Lima & Cª, seu irmão Francisco Muniz Correia Lima, seu aviado o criminoso impune Antonio Sobralino de Albuquerque, seus freguezes João Ribeiro, Pedro Paulo Pessôa (vulgo Pedro couxo), João Ignacio, José Malaquias, Frutuoso de tal e mais 28 homens armado de rifles e embalados, cujos nomes ignoro, dos seringaes Santa Cruz e Sant Anna; e Possidonio de Oliveira, socio da firma Cardoso & Oliveira, João Nogueira e o velho João Baptista Lima, José Candido de Oliveira e Manoel Monteiro, do seringal Mira-Flores, tendo sido assassinados os tres primeiros deste seringal, e se evadido os dois ultimos. 

Dos seringaes Santa Cruz e Sant Anna, somente consta Ter sido ferido, com uma bala no braço esquerdo, perto do hombro, Francisco Muniz Correia Lima. 

Manoel Affonso (sentado), Solon (centro) e Euclides da Cunha Filho, filhos de Euclides da Cunha, por Bastos Dias. (euclidesite.wordpress.com

Partimos desta Villa, no dia 1º deste as 6 horas da manhã, chegando no seringal Mira-Flores do Rio Jurupary, propriedade de Cardoso & Oliveira, deste 2º Termo e do 7-º Districto de Policia, no dia 1 as tres horas da tarde, acompanhado pelo cabo e duas praças aqui destacadas; ahi foram notificados 8 homens deste seringal e partimos no dia seguinte a 1 hora da tarde para o local onde se deram as gravissimas occurrencias que já aludi. Pernoitamos numa barraca do seringal Mira-Flores, de onde partimos no dia 5 as 8 horas da manhã passando ainda as 10 horas na barraca de “carneiro”, e as duas horas da tarde passamos na barraca “Maracujá”pertencente ao seringal “Santa Cruz”, propriedade dos senhores Correia Lima & Cª e ahi effectuamos a prizão de Mariano e Bernardino de tal, freguezes da firma acima, que nos acompanharam até a barraca dos Ambrosios”, nas proximidades da qual prendemos ainda Luiz de Almeida, que nos acompanhou também. Ao chegarmos a referida barraca fez-se um reconhecimento verificando-se lá se encontrarem 4 individuos preparados para resistir a quem chegasse, pois estavam deitados em suas redes com os rifles ao alcance da mão. O preso Luiz de Almeida, fez ver ao Delegado que dois daquelles homens entregavam-se resistindo porem os outros dois, effectivamente assim aconteceu. Dissera ainda Luiz de Almeida, que tendo morto uma mambú e indo deixa-la na barraca aos companheiros, momentos antes de ser preso, os encontrou todos quatro de rifle em punho e os quaes lhe disseram: quando voce se aproximar da barraca faça signal, gritando de longe. Depois de estarmos senhores do terreno, o Delegado sahio na frente no terreiro, acompanhado pelo cabo, os dois soldados e os notificados, ficando eu e Luiz de Barroso, guardando os tres presos, intrincheirados na bocca de uma estrada de seringueira, a cinco metros de distancia da dita barraca, indo o Delegado um pouco adiante pediu licença subindo as escadas da barraca e disse: sou Delegado de Policia. Os dois atacaram-no de rifle em punho, tendo o criminoso Francisco Leandro, disparado seu rifle no Delegado o projetil atinjindo-o nas proximidades do umbigo, do lado direito. Apezar de ferido Solon desfechou um tiro no peito do assassino prostando-o e deu ordem de fogo, no que foi obedecido, cahindo em seguida o outro companheiro que de rifle em punho jurava vingar a morte de Francisco Leandro, o qual chamava-se Bernardino de tal; os outros dois aproveitaram-se da ocasião e evadiram-se em vertiginosa carreira. Tudo isto não durou mais de dois de dois minutos. Sendo sabedor por Luiz Almeida, freguez de Correia Lima & Cª , que a uma hora de distancia se achava em uma barraca o criminoso Antonio Sobralino de Albuquerque, aviado da dita firma acima, com nove homens armados de rifles esperando qualquer aviso, achei prudente, regressar d’alli em continente para obter socorro para o Delegado que estava mortalmente ferido e fiz partir a toda pressa dois dos notificados Luiz Barroso e Alexandre Albuquerque para buscar medicamentos no barracão Mira-Flores e gente, pois eram seis horas da tarde e receiava-se a cada instante novo ataque, tratando logo da condução de Solon em uma rede o que se fez, partindo-se dalli as 6 horas da tarde e assim andamos, em busca da barraca “Revolta”, por um varadouro horrivel até 9 horas da noite em que o saudoso Delegado fez parar o pessoal e perguntou se estava com a falla mudada dizendo estar quasi cego, dando em seguida um longo suspiro e disse: ai meu pai! Assim faleceu o nobre e distincto brazileiro Solon da Cunha, no sagrado cumprimento de seus deveres. Prosseguimos com o cadaver até 1 hora da madrugada, ora por varadouros, ora por uma estrada de rodagem e ahi esperamos que o dia amanhecesse. Demos-lhe sepultura nas proximidades da barraca de Carneiro de tal, freguez da firma Cardoso & Oliveira, do seringal Mira-Flores. Apos Ter lhe dado sepultura segui para o dito seringal acima citado e de lá regressei a esta Villa, conduzindo Luiz Almeida, e mais tres testemunhas que presenciaram as occurrencias de 21 de abril p. passado, bem como cinco rifles, que aprendi, 1 na barraca de “Maracujá” e os 4 ultimos na barraca dos “Monteiros”, onde se deram as tristes e lamentaveis occurrencias que acabo de expor. 

Cumpre-me ainda levar ao conhecimento de v. exc., que o brioso e nobre Solon da Cunha, ao sahir desta Villa, para a infeliz diligencia, dispediu-se de todos dizendo Ter certeza de morrer, na mesma, ao ponto de Ter deixado cartas para a sua noiva e seu irmão, apezar disto sempre alegre, delicado, destemido como um bravo, colocando sempre o sagrado cumprimento dos deveres acima de tudo. Com o desaparecimento do morto illustre perdeu v. exc. um dos leaes e dedicado servidores, e a Patria Brazileira, um moço de honestidade reconhecida e de um caracter puro e sem mancha, virtudes estas, que rarissimamente se encontram em nosso Paiz, que chora a falta de homens da fibrattura de Solon da Cunha.

Saudações
Sancho Pinto Ferreira Gomes

> Clique aqui para mais informação sobre o caso Sólon da Cunha.

http://tarauaca100anos.blogspot.com/2013/01/tarauaca-e-o-caso-solon-da-cunha-ii.html

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FITA LOKA: A TRAGÉDIA DA PIEDADE – O POLÊMICO FIM DE EUCLIDES DA CUNHA ).

 Por Adriana de Paula

Euclides da Cunha

Conhecida como “Tragédia da Piedade”, a morte de Euclides da Cunha tem traços que remetem às tragédias gregas, marcadas por reviravoltas e muita dor. No dia 15 de agosto de 1909, o escritor, jornalista, engenheiro e professor Euclides da Cunha morria baleado pelo amante de sua esposa, Dilermando de Assis, deixando o país chocado e um rastro enorme de especulações e boatos acerca do que realmente aconteceu.

Euclides da Cunha

Euclides da Cunha estava casado com Anna Emília Solon Ribeiro desde 1890. Em 1905, ele viajou para o Norte do país para chefiar a comissão de demarcação dos limites do Acre em Alto Purus. Sua esposa ficou no Rio de Janeiro e passou a viver em uma pensão com o seu filho mais novo, enquanto os dois mais velhos estudavam em um internato.

Certo dia, o sobrinho das donas da pensão, Dilermando de Assis, vem passar uma temporada ali. O jovem era aspirante do Exército e imediatamente despertara a paixão de Anna, que o via como um “deus louro”.

Consumida pelo sentimento que o rapaz lhe provocava, ela alugou uma casa em Humaitá e viveu dias de intenso amor e desejo ao lado de Dilermando. O idílio, entretanto, chegaria ao fim com o anúncio do retorno do marido. Vivendo com o esposo, mas completamente fascinada por Dilermando, Anna torturava-se com a ideia de que, se tivesse engravidado, sequer saberia quem era o pai de seu filho.

Dilermando Assis

Euclides recebeu um bilhete anônimo falando sobre a traição de sua mulher. Inquirida pelo marido, Anna negou o caso, disse-lhe apenas que tinha tido pensamentos em relação a Dilermando. O escritor disse-lhe, então, que não se importava com seus pensamentos, desde que seu corpo não tivesse sido profanado.

Diante da situação, Dilermando foi para o Rio Grande do Sul, seguir sua formação como atirador do Exército.

Anna ficara com o marido, mas carregava em seu ventre uma criança que poderia ser a prova de seu adultério. A criança nasceu doente e faleceu sete dias depois. Há versões que afirmam que o bebê teria morrido porque Euclides não permitiu que sua mulher o amamentasse. Entretanto, Anna afirma em seu diário que a criança nasceu doente.

Anna Solon Ribeiro

Em 1907, Dilermando voltou ao Rio de Janeiro para uma temporada de férias. A paixão avassaladora dos dois viria à tona novamente e, dos encontros entre os amantes, resultaria uma nova gravidez. Com o término de suas férias, Dilermando voltou para o Rio Grande do Sul e os dois seguiram mantendo contato através de cartas.

Os rumores sobre a traição de Anna chegavam com uma frequência enorme aos ouvidos do marido. As pessoas cobravam-lhe que limpasse sua honra. Doente de hemoptise, ele exigia que a mulher ficasse o tempo todo ao seu lado. Nessa época, nasceu Luiz, filho de Anna com Dilermando. Apesar de ter registrado o menino como seu filho, Euclides o chamava de “espiga de milho em meio ao cafezal” e sabia que ele era filho do amante da esposa.

Luiz, filho de Dilermando e Anna

Cada vez mais estafada com o casamento e ansiando pelo retorno do homem que amava, Anna preenchia páginas e páginas de seu diário com as angústias que a afligiam e com a esperança de viver com o amado. Estava decidida a romper o casamento com Euclides, mas foi alertada por sua mãe de que aquela era uma ideia estapafúrdia.

Pressionada pela família, ela seguia tentando manter-se junto com o amado, questionando sobre as interdições que impediam que uma mulher pudesse viver seus desejos. Em meio a esse cenário, as brigas com o esposo se tornavam cada dia mais intensas, Euclides da Cunha esperava uma mulher abnegada e obediente, Anna sonhava com seu “deus loiro de olhos azuis”.

No dia 11 de agosto de 1909, ela deixou a casa do marido e passou a noite na casa de sua mãe. No dia seguinte, saiu para se encontrar com Dilermando. Após procurar a esposa na casa da sogra e não a encontrar, Euclides da Cunha decidiu resolver aquela situação.

Na manhã do dia 14 de agosto, após ouvir de Euclides que sua mãe era uma adúltera, Solon foi até a casa de Dilermando procurar por Anna. Dilermando, entretanto, pediu que ele esperasse até o amanhecer do dia seguinte.

Completamente desnorteado e ainda tendo ouvido das tias de Dilermando que ele deveria matar a esposa adúltera para lavar a sua honra, Euclides saiu de casa disposto a colocar um fim em tudo aquilo. Sob o pretexto de que precisava se livrar de um cão doente, ele pegou uma arma com um primo e se dirigiu à casa do rival. Decidido a matar ou morrer naquela manhã chuvosa do dia 15, o famoso escritor bateu na casa de número 214 do bairro da Piedade.

Recebido por Dinorah, irmão de Dilermando, ele entrou gritando e anunciando o seu objetivo ali. Enquanto Dilermando vestia a sua farda, Euclides arrombou a porta e acertou-lhe um tiro na virilha. No momento em que o tenente tentava se recompor, ele recebeu um tiro no peito. Dinorah tentou desarmar Euclides, porém foi alvejado na nuca.

Dinorah Assis

Dilermando conseguiu pegar uma arma e atirar no pulso do escritor. Euclides conseguiu efetuar ainda mais um disparo e ferir a costela direita de seu oponente. Nesse instante, Dilermando atirou para matar. O famoso escritor caiu com o tiro e faleceu minutos depois.

O crime chocou o Brasil e ocupou páginas e páginas dos jornais da época. Euclides da Cunha era extremamente admirado e respeitado, assim, Anna e Dilermando foram condenados por grande parte da opinião pública e da imprensa.

A tragédia, no entanto, não se encerrava ali. O ferimento de Dinorah, algum tempo depois, viria lhe trazer sequelas, fazendo com que perdesse os movimentos. O jovem seguia carreira na Escola Naval e destacava-se como jogador de futebol no Botafogo. Ficar paraplégico foi um golpe muito duro, que fez com que ele tirasse a própria vida alguns anos depois.

Dilermando foi preso e julgado pela Justiça Militar, mas foi absolvido por legítima defesa. Em liberdade, casou-se com Anna, entretanto, o final feliz não era possível para essa história. No dia 4 de julho de 1916, enquanto estava no Cartório da Vara de Órfãos tentando conseguir a guarda de seu filho que havia sido registrado com o nome de Euclides da Cunha, ele foi atingido com um tiro disparado por Euclides da Cunha Filho. O jovem estava ali para vingar a morte do pai.

Dilermando esperou que alguém o desarmasse, entretanto, isso não aconteceu e ele foi atingido por outro tiro nas costas. Ele, então, sacou o revólver e matou o filho de sua mulher.

Mais uma vez absolvido sob a alegação de legítima defesa, Dilermando seguiu sendo execrado por parte da opinião pública.

Mesmo tendo perdido seu filho pelas mãos de Dilermando, Anna continuou casada com ele e só o abandonou quando descobriu que havia sido traída. Ela saiu de casa dizendo que ele era o único homem que não tinha “o direito de prevaricar”. Em meio ao drama dessas famílias, os filhos de Anna, Euclides e Dilermando seguiram com disputas e produziram livros nos quais tentavam apresentar as versões de seus pais.

A trágica história continua sendo lembrada até os dias de hoje e várias versões dos fatos circulam por aí, variando conforme as predileções de quem as conta. O fato é que a tragédia abalou para sempre a família Cunha e a família Assis e entrou para a história como uma típica tragédia grega, marcada por sangue, conflitos familiares e por um grande coro que julga os acontecimentos. Conforme Monteiro Lobato, eles foram “vítimas da deusa da fatalidade” e não conseguiram escapar da tragédia que marcaria as suas vidas e provocaria as suas mortes.

Dilermando e Anna

Referências:

ANDRADE, Jeferson. “Anna de Assis: história de um trágico amor”. Rio de Janeiro: Codecri, 1987.

ASSIS, Dilermando de. “A tragédia da Piedade: mentiras e calúnias de ‘A vida dramática de Euclides da Cunha’”. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1951.

ELUF, Luiza Nagib. “Matar ou Morrer: o caso de Euclides da Cunha”. São Paulo: Saraiva Jurídico, 2009.

PRIORE, Mary Del. “Matar para não morrer: a morte de Euclides da Cunha e a noite sem fim de Dilermando de Assis”. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

https://iconografiadahistoria.com.br/2020/12/04/fita-loka-a-tragedia-da-piedade-o-polemico-fim-de-euclides-da-cunha/

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O TRISTE FIM DO JORNALISTA E ESCRITOR, EUCLIDES DA CUNHA E SEU FILHO MORTOS PELO MESMO ASSASSINO! TUDO DEPOIS DA GUERRA DE CANUDOS.

Acervo Guilherme Machado Historiador. 

Numa bela manhã de agosto de 1909, depois de descobrir que sua mulher não havia dormido em casa, Euclides decidiu lavar sua honra !. Ele pediu um revólver a um amigo e foi até a casa do charmoso, loiro e alto Dilermando de Assis. Com quem Anna (esposa de Euclides) já havia tido um filho fora do casamento!. Quando chegou à casa de Dilermando, Euclides gritou:

-Vim para matar ou morrer !!!.

Quando Euclides chegou ao quarto do amante de sua mulher, mirou em um lugar bem especial de Dilermando, a virilha e deu um tiro, depois deu mais 2 tiros em Dilermando que era aspirante militar e campeão de tiro na escola militar. O amante militar conseguiu alcançar a arma que tinha em casa, (os 3 tiros não conseguiram matar Dilermando, principalmente o na região do pênis) revidar e assim matar o grande autor de Os Sertões.

Muitos podem julgar Anna como apenas uma adúltera que acabou com a vida de seu marido, mas as pessoas não conhecem os motivos da traição.

Euclides da Cunha deve estar entre os 10 piores maridos de toda a história!. Anna fugiu para a casa do amante por que já estava cansada de anos de brigas com o marido, humilhações e situações miseráveis causadas pelo descaso de Euclides com a família.

Após o sucesso de Os Sertões, Euclides embarcou para a amazônia como chefe de uma comissão que queria resolver de uma vez por todas os problemas da fronteira do Acre.

Euclides viajou deixando a mulher no Rio de Janeiro sem dinheiro e nem casa para abrigar os três filhos. Anna da Cunha, sem nenhuma ajuda dos familiares teve que colocar os dois filhos mais velhos em um colégio interno e se mudar com o caçula para uma pensão barata!.

Anna Emília Ribeiro da Cunha

Nessa pensão, Anna conheceu Dilermando, detalhe, na época Anna tinha 34 anos e Dilermando 17. Logo os dois se apaixonaram e decidiram morar juntos. Os dois viveram felizes por dois anos, até Euclides voltar da expedição. O casal tentou esconder o relacionamento, mas isso já era impossível. Anna estava grávida de 3 meses.

Filho de Anna com Dilermando.

Quando a esposa não pode mais ocultar o crescimento do ventre, Euclides teve a certeza da infidelidade da esposa. Então Euclides passou a agredi-la de todas as formas possíveis, física e moralmente, chegando a humilhar ela na frente de empregados, amigos e familiares.

Mulher traidora Anna e Dilermando

Quando Anna estava a uma semana do parto, Dilermando foi enviado a Porto Alegre. Ela ficou sozinha com o marido "corno". Depois do parto, Euclides trancou ela no quarto. Anna foi impedida de ver ou amamentar o próprio filho. O marido instalou uma grande vigilância e não cedeu a sua mulher, o que deixou a mulher desesperada. Uma semana depois, o menino que foi chamado de Mauro, morreu.

Euclides causou problemas mesmo depois da morte! O tiro que Euclides deu no irmão Dilermando atingiu a nuca do rapaz. A bala não foi retirada e se alojou na espinha dorsal. Poucos anos depois da tragédia, o rapaz ficou hemiplégico (com metade do corpo paralisado). Ele era jogador do Botafogo e aspirante da marinha, ele passou a andar de cadeira de rodas quando fez 20 anos. Em 1921, deprimido, com problemas sérios de alcoolismo e afastado da família, ele se jogou do cais de Porto Alegre (uma façanha já que andava de cadeira de rodas) e morreu afogado.

Manoel Affonso (sentado), Solon (centro) e Euclides da Cunha Filho, filhos de Euclides da Cunha, por Bastos Dias. O da esquerda foi morto pelo amante da sua mãe Anna. - (euclidesite.wordpress.com

Em 1916, Euclides Filho tentou matar Dilermando. O filho de Euclides deu um tiro nas costas do amante da mãe. Mas a história a tragédia de 7 anos atrás se repetiu! Dilermando sobreviveu ao tiro (que pra felicidade dela não foi na região da virilha) e conseguiu revidar, matando o filho de sua mulher.

Mas o tempo e a fama de Euclides apagaram tudo isso. E também passaram uma borracha o fato de Euclides da Cunha ter cobrido de forma ridícula a guerra dos canudos !!!.

Euclides enviou as matérias ao jornal fora das datas e sem sentido algum. O repórter enviou ao jornal um telegrama dizendo que "os fanáticos "de Antônio Conselheiro estavam concentrados em Santa Maria. Nenhum outro repórter ou militar que acompanhou a guerra citou um lugar ao redor de Canudos que se chamasse Santa Maria. Até hoje ninguém sabe do que Euclides estava falando !!! .

Fonte: O Estadão de São Paulo.

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