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sábado, 30 de novembro de 2019

CERTIDÃO DE ÓBITO DE ANTÔNIO SILVINO


Acervo do José João Souza

REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL
ESTADO DA PARAÍBA SEDE DA COMARCA
Município de Campina Grande

1°. CARTÓRIO — Avenida Floriano Peixoto
R E G I S T R O D E Ó B I T O
Severino Cavalcanti Júnior
Escrivão do Registro Civil
Hélio Cavalcante Albuquerque
Escrivão Substituto
Certidão de óbito de Manoel Batista de Morais
(Antônio Silvino)


Certifico a pedido de pessoa interessada que, revendo em meu cartório o livro de registros de óbitos número 27, folhas número 55, sob o número de ordem 16.195, consta o termo do teor seguinte: "Aos vinte e nove dias do mês de julho de mil novecentos e quarenta e quatro, nesta cidade de Campina Grande, Estado da Paraíba, em cartório compareceu Manoel Severo da Costa, motorista, exibiu uma guia de óbito firmada pelo médico Dr. Bezerra de Carvalho, exibiu uma guia, digo, atestando ter falecido ontem às dezenove horas, à rua Arrojado Lisboa, nesta cidade, em consequência de glomerulonefrite crónica — Uremia, MANOEL BATISTA DE MORAIS, sexo masculino, cor branca, com setenta e dois anos de idade, fazendeiro, pernambucano, residente nesta cidade, solteiro, também conhecido por ANTÓNIO SILVINO, nada deixa para inventário, deixa oito filhos naturais de nomes seguintes: José, Manoel, José Batista, José Morais, Severino, Severina, Isaura, Damiana; era filho de Pedro Rufino de Almeida e Balbina Pereira de Morais; naturais de Pernambuco e ambos falecidos; e o cadáver será sepultado no cemitério desta cidade. Para constar mandei lavrar este termo que lido e achado conforme assina o declarante. Eu, Severino Cavalcanti Albuquerque, Oficial do Registro o subscrevo, (a) Manoel Severo da Costa. Era o que se continha em dito termo e foi datilografado em seu inteiro teor. O referido é verdade. Dou fé.

Campina Grande, 26 de setembro de 1969
Severino Cavalcanti Júnior
Escrivão do Registro Civil

Do livro: HISTÓRIA DE FREI MIGUELINHO - O BANDOLEIRO, A FONTE E O FRADE
De: Severíno Rodrigues de Moura


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SUA FOTO É PRECIOSA

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.224

1.    Sua foto pode ser com máquina fotográfica, celular e outros meios. Comum ou diferente, chamada artística.
2.    Você pode separar as melhores, fazer um álbum para exibir às visitas, expor na casa de amigos, nas praças ou em repartições públicas. Dê nome a cada uma delas. Coloque data de captura. (Às vezes dá prêmio).
CAIXA D'GUA NO SÍTIO. (FOTO: JEAN SOUZA).


3.    Ao publicar na Internet, não deixe sua foto sem mãe nem pai. Cada foto tem sua história. Resuma a história da foto, identificando-a. Um prédio, uma praça ao fundo, pode fazer muita diferença para quem pesquisa e vai precisar daquele detalhe esquecido por você.
4.    Procure fotografar com nitidez. De oito as dez e as dezesseis, são horas melhores para fotografar natureza.
5.    Caso você seja profissional faça sua galeria, coloque preço e advertência sobre direitos autorais.
6.    Em minha opinião, ao ser publicada uma foto, deixe que o mundo a use sem problemas, solicitando apenas colocar o crédito. Faça o mesmo com as fotos alheias. Se você canta em público, diga sempre quem é o compositor da música que você vai cantar. Assim deve ser o uso da foto de outrem.
7.     Qualquer tipo de fotografia pode ser aproveitado por um pesquisador para ilustrar os seus trabalhos, até mesmo a sua própria imagem.
8.    Por fim, um exemplo em nossa ilustração de hoje. Foto do site “Sertão na Hora”, sobre a colocação de caixa d’água no sítio Olho d’Água do Amaro, em Santana do Ipanema. Veja a nitidez, calcule a hora em que ela foi tirada, repare nos arredores da figura central. Autor: Jean Souza. Pode-se dizer: bela foto. Não interessa se o tema lhe agrada ou não.
Esperamos ter contribuído com alguma coisa.


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DAS MAIS PROFUNDAS RAÍZES

*Rangel Alves da Costa

O tempo passa, a gente vai envelhecendo, de repente já estaremos distanciados demais de nossos antepassados, nossas raízes familiares e de todo o convívio que nos permitiu chegar até onde estamos agora. Mas jamais esquecer.
Ora, não se pode esquecer as lições de um livro bom que sempre pede para ser relido em nossa memória. Mesmo que às vezes doa, que aflija por dentro pelas recordações, lembranças e nostalgias, ainda assim temos que olhar pra trás e avistar o que há de nós e o que há dos nossos que ainda podem ser avistados.
Não nasci agora, não vim ao mundo sozinho. Sou filho de pessoas que foram gestadas por outras pessoas, e daí um vínculo consanguíneo e familiar que jamais poderá ser negado em nome do esquecimento, da ingratidão ou do tanto faz.
Meu pai Alcino era filho de Dona Emeliana e Seu Ermerindo. Minha mãe Maria do Perpétuo, Dona Peta, era filha de Teotônio Alves China (o China do Poço) e Dona Marieta (Mãeta). Sou neto deles, sou neto de Seu Ermerindo e Dona Emeliana Marques, e de China do Poço e de Mãeta.
E estes também tinham suas raízes, seus berços familiares. O pai do pai de meu pai, a mãe da mãe de minha mãe. E mais distante ainda, lá longe, nas lonjuras das nascentes familiares. E tudo sendo semeado, vingado, gestado em outros e outros. Fios da vida que se alongaram até o presente, ainda que muitos sequer percebam que são tão distantes em suas raízes.
Com isto quero afirmar que minha presença de agora é um reflexo do ontem, do passado distante, do que foi brotado pelos meus até que em mim florescesse a vida. Por isso não posso enxergar o espelho do presente sem avistar as velhas fotografias molduradas na parede do tempo e do coração. E quanta saudade dá!
Lembro-me, dentre tantas lembranças e nostalgias, dos santos no céu amadeirado do oratório de minha avó Emeliana, de seu gosto pelo Juazeiro do Padim Ciço e de sua voz firme dizendo assim e assim. Romeira, devota, uma sertaneja de rosário de contas e de promessas.


Lembro-me do coração perfumado de meu avô Ermerindo e do seu jeito firme, como a não querer revelar seu sentimentalismo e sua bondade. Relembro seu armazém, sua mercearia, seus couros, seus fardos de algodão, seu balcão imenso e sua geladeira a gás nos fundos da venda. Lembro sua predileção pelos repentistas nordestinos e o monte de discos que ele trazia a cada romaria.
Meu avô China era um abridor de portas para os muitos amigos que possuía. Não recebeu apenas Lampião e o Padre Artur Passos em sua moradia, mas também comboeiros, andantes, mascates, pessoas que cortavam os sertões poço-redondenses. Sua vendinha ao lado da casa era mais para prosear com os amigos do que mesmo como meio de sobrevivência, vez que possuindo algumas fazendas e sendo reconhecido como um de posses da pequena povoação.
Minha avó Marieta, Mãeta, vivia para os santos, para as rezas, para as igrejas, para abençoar quem passasse pela sua porta e para avistar o mundo, ali sentadinha ao entardecer em sua calçada. Em dias de missa, e lá ia ela, toda miudinha, levando livros de rezas e crucifixos, levando sua cadeira de oração e seu xale de renda escura sobre a cabeça.
Meu pai Alcino sempre foi dividido em muitos, o Alcino político, o Alcino amante de seu sertão e o Alcino familiar. Mas eu gostava mesmo era do Alcino sertanejo, aquele apaixonado pela terra, pelo seu povo, adorador de Tonico e Tinoco, catador de causos e histórias da saga sertaneja, aprendiz de escritor dedilhando em antiga máquina de escrever. Inesquecível aquele Alcino saindo com sua pequena radiola e discos e indo até o cruzeiro da Praça da Matriz, e aí fazer ecoar pelas noites sertanejas o cancioneiro apaixonado de seu sertão.
Minha mãe Dona Peta, a fina flor do meu coração. Sem outras palavras para descrevê-la, senão aquelas que dizem sobre sua beleza, sua doçura humana, seu indistinto amor. Costurava, bordava, pintava tecidos, gostava de fazer doces e comidas, possuía uma voz tão bela que os anjos se encantavam quando chegava à igreja.
E eu, eu sou uma parte de tudo isso, uma prenda viva de laços familiares, ou aquele que tudo faz para jamais se afastar daquele jardim de onde floresci. Por isso que olho no espelho e me avisto em muitos. No meu eu também aqueles outros. Aqueles que sequer conheci, mas que em mim estão pela força hereditária.
Não sou apenas Rangel. Sou Rangel de Alcino e de Dona Peta, mas também Rangel de Seu Ermerindo e de Seu China, de Dona Emeliana e Dona Marieta. Tenho um nome, mas sou aquele que vem do sobrenome.

Escritor
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NÃO DEIXEM DE LER - JOSE IRARI


Prezados amigos estudiosos do cangaço, leiam este texto e tirem suas conclusões sobre a morte do cangaceiro Sabino como vingança nas garras dos cabras do coronel Zuza Lacerda. Onde fica nesta história a morte de Sabino na piçarra?












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CORONEL LUDUGERO EM MOSSORÓ


Por Edvaldo Morais

Lembro que nos idos de 60, a dupla de comediantes Luiz Jacinto e Irandir Costa, popularmente conhecidos como Coronel Ludugero e, seu fiel secretário, Otrope desembarcaram em Mossoró para um show no Cine Teatro Caiçara. Ainda criança, tive a oportunidade de assistir, ao lado do meu pai, Miguel Lopes. 

No dia da apresentação a dupla esteve na Rádio Difusora e numa entrevista convidaram os mossoroenses ao espetáculo de humor. Corri para a emissora e ainda vi o “Coroné”, sem a caracterização. A noite, o Caiçara ficou superlotado.

Chegaram a gravar doze discos e participar de inúmeros programas na televisão pernambucana. (Eram de Caruaru) Já começavam a despontar também no cenário nacional. Em um dos discos, o “Coroné” indaga ao secretário se ele tem andado nas Alagoas e pergunta: “Como vai Mossoró? Mossoró vai bem? 

A título de esclarecimento: o Mossoró a que se referia era o Sr. Benedito Mossoró, proprietário de uma casa noturna, de mulheres, em Maceió, que encantavam os frequentadores, pois as meninas eram escolhidas a dedo.

Luiz Jacinto e Irandir faleceram num acidente aéreo, na Baía de Guajará, em Belém do Pará, no dia 14 de março de 1970. Estão sepultados em Caruaru/PE, onde há uma estátua dos dois, em tamanho natural.


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AEROPORTO INTERNACIONAL DE FORTALEZA-PINTO MARTINS, RUMO À EUROPA.


1.Benedito Mendes. 2. Susana Goretti. 3. Milton Neto. 4. Andréia Vieira.

Após o voo Fortaleza-Lisboa iremos primeiramente para a Espanha. 

PARTICIPANTES:  O Prof. Milton Mendes participará de um evento de discussões científicas, na tradicional e mundialmente famosa Universidade de Valência.


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O SERTÃO DOS CANGACEIROS E POLICIAIS EM IMAGENS IMPRESSIONANTES

Por Biafra Rocha


Até os anos 1930, o nordeste estava repleto de bandidos nômades em sua constante luta contra os volantes Civis matam e posam com o corpo de Cirilo de Engrácia - Domínio Público.

Os cangaceiros eram grupos de bandidos que atravessavam o sertão nordestino agindo contra a lei, saqueando cidades, assaltando comitivas e fugindo das autoridades do Estado.

O cenário sertanejo no início do século 20 foi marcado por disputas entre os grupos marginais e os volantes, equipes de policiais ambulantes encarregadas por combater o crime organizado.

O caráter social do cangaço mudou bastante em sua consideravelmente longa vida. Desde Jesuíno Brilhante até Corisco, muitas características deste fenômeno social foram modificadas bruscamente.

Hoje, a maioria das imagens que conhecemos do Cangaço, que, inclusive, são fortes em noso imaginário histórico, foram tiradas pelo fotógrafo libanês Benjamin Abraão Botto, um dos únicos jornalistas da História que o Capitão Virgulino permtiu acompanhar a equipe.

Confira 10 fotos do mundo cangaceiro.

1. Zé Sereno e três de seus cabras, que formavam uma das comitivas do bando de Lampião.

Civis matam e posam com o cadáver de Cirilo de Engrácia, usado como exemplo cívico pelas volantes em Alagoas.


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CANGACEIROS MORTOS PELO ZÉ RUFINO


Por Biafra Rocha

José Osório Farias, o " Zé Rufino", ele nasceu em 20 de fevereiro de 1906, em Pernambuco.

Comandante de volante que mais liquidou cangaceiros, adentrou a Força Pública do Estado da Bahia, assentando praça em 2 de janeiro de 1934.

Passou a compor as Forças em Operações no Nordeste - FONE.

Chegou a segundo tenente em 1939.

Entre aqueles cangaceiros que eliminou, Zé Rufino destacou, em entrevista, Azulão, Barra Nova, Canjica, Catingueira, Corisco, Maria Dórea, Mariano, Meia-Noite, Pai Velho, Pavão, Sabonete, Zabelê e Zepellin.


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COCOTA SERESTEIRO DE MOSSORÓ

Por Francisco Carlos Jorge de Oliveira

Meu amigo Mendes, a música é tudo em nossas vidas pois ela toca em nossa alma leve como uma pluma ou ás vezes forte como um vendaval, é doce como mel mas também amarga como fel, a música nos faz rir e também chorar. Ela em sua essência natural invade nossos corações dando a ele uma certeza, uma dúvida ou uma esperança incerta, mas na realidade além da tristeza a música nós traz alegrias e lembranças. Meu caro Professor Mendes, a música é remédio que cura a dor e o tédio, mas também é um doce veneno que suave como o sereno nos mata sem perceber, enfim a música é como o cedro que perfuma o fio do machado que o exterminou. Ah! Meu amigo, ouvindo a voz deste autêntico cantor e compositor Lupicínio Rodrigues, a gente sente o céu descer sobre nós, desta forma eu imagino os deleites do povo de Mossoró que outrora teve o privilégio de ter em meio a sua sociedade, um seresteiro do calibre do saudoso "Cocota".

Cocota irmão do cantores: Carlos André, Hermelida Lopes, e João Mossoró  antigo Trio Mossoró 

Mestre Mendes, às vezes nós não conseguimos compreender como tais fenômenos tão maus acontecem com pessoas boas e amáveis que só nos proporciona alegrias e felicidades. Eu como pintor, escritor e poeta só consigo entender de uma forma. Deus em sua imensa sabedoria poder e bondade, gostou mais do Cocota do que nós e assim o arrebatou para o céu para ficar junto de si, daí ele pode deleitar-se ao dormir embalado com o timbre de sua suave voz, e no outro dia despertar com a doce melodia de suas músicas, e também apreciar nas frias noites celestiais, as mais belas serenatas ao som do seu encantado instrumento musical.

E! Querido Professor, só nos resta a lamentar esta triste perda de outrora. Mas quem sabe um dia em uma morna madrugada de abril, Deus permita que ele volte só por um instante e nos blinde novamente com sua voz, só por um momento em uma esquina qualquer numa certa rua de Mossoró.

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...O SENHOR ESQUECE E LEVA

Por Crispiniano Neto

Luiz Campos se encontra penteando o cabelo no banheiro de uma dessas centenas de rodoviárias da vida de um cantador. Um senhor desconhecido lhe pede o pente emprestado. Luiz lhe atende de pronto. Terminando de pentear o cabelo o cidadão põe o pente no bolso e se retira apressadamente. Luiz Campos grita pelo homem:

- "Seu Zé" me dê meu pente.

- Despulpe, moço - respondeu o homem - eu ia me esquecendo

- Estranho - retrucou Luiz - os outros quando se esquecem deixam... o senhor leva, né?

Fonte:
Livro do Crispiniano Neto.
Título: Poesria com Luiz Campos.
Coleção Mossoroense
Volume: 829 
Série: C
Mês: Junho
Ano: 1993 

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MINHA TERCEIRA EXPEDIÇÃO A CANUDOS

Por Bruno Paulino
Bruno Paulino

Fui pela primeira vez em Canudos em 2007, assistir o espetáculo Os Sertões, montado pelo diretor teatral José Celso Martinez. Era um jovem de 17 anos querendo compreender alguma coisa do livro vingador de Euclides da Cunha, que eu vinha lendo desde que me entendi por gente. Outra vez fui numa excursão, dez anos depois, com um grupo de amigos no ano de 2017. Todas essas viagens tiveram significados muito particulares para mim. Então, por isso, pela terceira vez, visitei a cidade de Canudos na Bahia. Uma terceira expedição de amor àquela cidade. Continuo, como pesquisador e sujeito, em busca do mistério daquele lugar, sagrado para uns e maldito para outros tantos. Quando assunto é Conselheiro e Canudos, creio que somos todos sempre meros principiantes.

Lá estive no último fim de semana participando da I Feira Literária de Canudos-BA (22,23 e 24 de novembro, de 2019), estiveram reunidos no evento os maiores pesquisadores do tema Antônio Conselheiro e Canudos no Brasil: Pedro Lima Vasconcelos, Luitgarde Oliveira, Sergio Guerra, Fabio Paes, Aleiton Fonseca, Antônio Olavo, Evandro Teixeira, Oleone Coelho e o cantor Jereba dentre outros.  A feira foi um sucesso, sem dúvidas, pois conseguiu o nobre objetivo de envolver parte significativa da comunidade canudense, sobretudo, fiquei feliz de ver a participação das crianças expondo seus trabalhos através da flicanzinha, emocionante. 


Paula Georgia e Bruno Paulino

Saímos de Quixeramobim na madruga às três horas da manhã da sexta, 22. Embarcaram comigo nessa aventura os amigos: Pedro Igor, Rabelo, Paula Georgia e Neto Camorim. No caminho conversas diversas, o som moderno dos Novos Baianos alternando com a melodia amorosa e saudosista das canções de Roberto Carlos; a paisagem sertaneja e muita estrada pela frente. Chegamos em Canudos quase duas da tarde, antes almoçamos no distrito de Bendengó, a terra onde caiu o meteoro que no ano passado foi uma das poucas peças a resistir ao incêndio no museu nacional, mais simbólico impossível.

Na sexta à tarde ainda assistimos algumas mesas-redondas e conferências, visitamos uma exposição e compramos livros, pegamos o sol se pondo lindo do mirante onde está assentada uma estatua do Conselheiro que abençoa a cidade; e definitivamente não existe por do sol mais bonito que o de Canudos. À noite uma banda de pífanos se apresentava no palco principal do evento – uma tenda de circo improvisada - enquanto eu comprava artesanatos. Logo depois nos jardins do memorial, escambei alguns de meus livros com outros autores entre conversas e troca de contatos de whatsapp. 

Entrega do Diploma do Cariri Cangaço ao Professor Luiz Paulo Neiva em Canudos

A noite fechou magicamente com um show de Fabio Paes cantado clássicos de Canudos e outros Cantos do Sertão, foi nesse momento que ao lado dos escritores; Oleone Fontes, Pedro Igor e Zé Bezerra entregamos com muita honra e de forma solene, o Diploma do Cariri Cangaço ao Curador da FLICAN, professor Luiz Paulo Neiva; em representação a Manoel Severo e toda a família Cariri Cangaço, como o primeiro passo para realizarmos o grande Cariri Cangaço Canudos em 2021 !!!

Sábado de manhã, 23, visitamos o Parque Estadual de Canudos, guiados pelo professor Neto Camorim, que já fez inúmeras visitas ao parque. Emocionei-me, sobretudo, ao ver o marco denominado “Outeiros de Maria” para homenagear as mulheres canudenses vitimas do massacre republicano, que durante a guerra, às seis da tarde, se reuniam para rezar, entoar ladainhas e incelenças. Não preciso e nem quero lembrar o triste destino que muitas delas tiveram após a guerra.


Outra alegria que tivemos foi reencontrar dentro do parque, as margens do Cocorobó, com o professor Pedro Lima Vasconcelos, que me presentou com seu trabalho Antônio Conselheiro por ele mesmo, onde recupera os manuscritos do beato. O professor comentou conosco que está escrevendo um novo trabalho que em breve virá a publico, como o sol estava insuportavelmente quente a conversa não se prolongou.

Saindo do parque fomos ao jorrinho, um balneário local, almoçamos um “bodinho baiano” e peixe com baião de dois. De lá partimos para ver o jogo do Flamengo, com o amigo Pedro Igor, flamenguista dos mais doentes. Findado o jogo só festa. Canudos estava feliz como todo o resto do Brasil pelo titulo do time brasileiro em cima do River Plate, mesmo não torcendo pelo rubro-negro guardarei para sempre essa lembrança comigo. Para findar a noite um show sensacional de Gereba, entoando os versos: “... A história fará sua homenagem à figura de Antônio Conselheiro...”. Domingo de manhã, antes de retornar à Quixeramobim, visitamos Canudos Velha e enquanto olhava para o pequeno museu histórico, montado por seu Manoel Travessa, lembrei-me do filme Bacurau, e era impossível não pensar: Canudos é hoje! Pegamos a estrada no caminho de volta. Canudos, até breve, volto outra vez!

Bruno Paulino, Quixeramobim-Ceara
Pesquisador, poeta e escritor
27 de novembro de 2019

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LANÇAMENTO!


Por Wasterland Ferreira Leite.

Ontem sexta-feira (29) a partir das 18h:30, foi lançado no auditório da Biblioteca Pública do Estado, o livro intitulado Lampião e o nascimento de Maria Bonita (1a.edição, 2019, 192p.; il., pela Editora Oxente - Produção Cultural e Editoração de Publicações, Paulo Afonso, Bahia), de autoria do sociólogo e escritor Voldi Moura Ribeiro.

O autor Voldi de Moura Ribeiro

A obra, prefaciada pelo historiador Frederico Pernambucano de Mello - esteve presente ao evento -, dentre outras coisas traz a verdadeira data do nascimento de Maria Bonita, cuja descoberta deu-se através de intensa pesquisa e com a localização do batistério de Maria Gomes de Oliveira - verdadeiro nome de Maria Bonita - na paróquia de São João Batista de Jeremoabo, Bahia.

Na ocasião, o livro foi vendido ao preço de R $50,00.
O autor conta com a presença de todos.


Informação do blogdomendesemendes: O blog não tem certeza, mas acredita que os interessados adquirirão esta obra com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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LIVRO SOBRE VIDA E ORIGENS DE MARIA BONITA É LANÇADO NO RECIFE

Por Viver/Diário

As origens de Maria Bonita, uma das personagens históricas mais representativas do Nordeste, são desvendadas no livro Lampião e o nascimento de Maria Bonita (Editora Oxente, 195 páginas), do pesquisador e sociólogo Voldi de Moura Ribeiro. O lançamento no Recife será nesta sexta-feira (29) (ontem), a partir das 18h30, na Biblioteca Pública do Estado, no Centro. O ineditismo da obra está em uma nova data de nascimento Maria Gomes de Oliveira (nome de batismo). A historiografia até então apontava a data 8 de maio de 1911, mas o autor argumento que o nascimento ocorreu no dia 17 de janeiro de 1910.

A pesquisa para o livro foi feita, inicialmente, através de registros das paróquias de São João Batista de Jeremoabo-BA e de Santo Antônio da Glória-BA bem como nos Cartórios dos registros civis. "Em setembro de 2011 dei publicidade aos quase 370 pesquisadores que participavam do Cariri Cangaço, e, na sua maioria, aceitaram a nova datação encontrada por mim", diz Voldi, piauiense radicado em Paulo Afonso, na Bahia. Ele foi professor adjunto da UNICAP por 10 anos ensinando algumas disciplinas da área de humanas.

A publicação também descreve a formação histórica e geográfica da região do Sertão do São Francisco, na Bahia, e monta a árvore genealógica a partir de José Gomes de Oliveira (Zé de Felipe) e de Maria Joaquina da Conceição (Dona Déa), pais da biografada. Segue descrevendo toda a sua vida, encerrando com uma análise acerca dos policiais que afirmaram ter cortado a cabeça de Maria, cujo número chega a seis homens diferentes.

Lampião e o nascimento de Maria Bonita ainda agrega três artigos do padre Celso Anunciação, um de Frederico Pernambucano de Mello, imortal da Academia Pernambucana de Letras, e outro de Luiz Rubem de Alcântara Bonfim. Fotos de Maria Bonita feitas por Bejamim Abraão Calil Botto, em 1936, aparecem colorizadas por Rubens Antônio.

SERVIÇO

Lançamento de Lampião e o nascimento de Maria Bonita, de Voldi de Moura Ribeiro
Onde: Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco (Rua João Líra, s/n, Santo Amaro)
Quando: neste sexta-feira (29) (ontem), a partir das 18h30
Quanto: Entrada gratuita, com exemplares vendidos por R$ 50
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Fotos de Maria Bonita, de 1936, colorizada por Rubens Antônio. (Foto: Bejamim Abraão Calil Botto/Divulgação).

Adendo:

O blogdomendesemendes não tem certeza, mas acredita que este livro poderá ser encontrado com o professor Pereira através deste e-mail: 

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