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sexta-feira, 8 de abril de 2011

ALZIRA SORIANO - PRIMEIRA PREFEITA DO BRASIL:


Alzira Soriano

             Uma das mais destacadas líderes norte-rio-grandenses de todos os tempos, Luíza Alzira Teixeira Soriano, que  nasceu em Jardim de Angicos, RN, no dia 29 de abril de 1897, e faleceu em Natal, no ano de 1963.

             Casou-se em 29 de abril de 1914, ao completar 17 anos, com Thomaz Soriano de Souza Filho, jovem Promotor pernambucano, com quem teve três filhas.

             Fez apenas o curso básico, mas doutorou-se na vida, engajando-se em movimentos minoritários, participando da carreira política do seu pai, o coronel Miguel Teixeira de Vasconcelos, e acompanhando de perto o trabalho do marido, , de quem ficou viúva aos 22 anos de idade.

Foto do Blog: "Centro de Memória"

 Numa época em que a emancipação feminina na política era conquistada em poucos países do mundo, um pequeno estado do Nordeste brasileiro proporcionou, através de sua Constituição sancionada pelo governador José Augusto Bezerra de Medeiros, o direito à mulher de  

José Augusto
            Com base na Constituição Estadual de 1891, então vigente, e respaldando-se no argumento de que competiria ao estado-membro legislar sobre direito eleitoral, o artigo 77 da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, determinava: “No Rio Grande do Norte, poderão votar e ser votados, sem distinção de sexo, todos os cidadãos que reunirem condições exigidas por esta lei.”

 
Juvenal Lamartine

            Com o apoio do então senador Juvenal Lamartine, grande defensor das causas feministas, houve uma mobilização para inscrever eleitoras e candidatas a cargos eletivos. Surgiram então mulheres ousadas para aos padrões culturais da época, com total capacidade para exercer mandatos, dentre as quais se destacava Alzira Soriano.

Alzira Teixeira
Foto da Tribuna elitora do RN

          Ao assumir, em 1929, a prefeitura de Lajes, RN, Alzira Soriano tornou-se a primeira prefeita do Rio Grande do Norte, e também a primeira do Brasil e da América do Sul. Mulher bonita, decidida, de inteligência privilegiada e temperamento forte, Alzira marcou sua administração pelo pioneirismo da gestão feminina e por aspectos inovadores. Uma de suas primeiras ações como prefeita foi convocar intelectuais do estado para formar um quadro de secretários que a ajudasse em projetos de educação, saúde, urbanização e construção de estradas.

         A revolução de 30, que aboliu os cargos de prefeito, retirou-a da prefeitura de Lajes, mas seus líderes lhe propuseram a continuidade na administração, como interventora municipal. Com a dignidade que sempre a caracterizou, Alzira Soriano recusou a oferta. Somente em 1945 ela voltaria à vida pública, candidatando-se à vereadora em Lajes. Foi eleita três vezes consecutivas e, liderando a bancada da UDN, chegou à presidência da Câmara por mais de uma vez.


Fonte: Blog Godeirense - Por Campos

A morte do matador de "Lampião"

Por: Ivanildo Alves da Silveira 

             Lampião e mais 10 cangaceiros foram assassinados no dia 28 de julho de 1938, na grota do Angico/SE. 
 
 
            Participaram do evento as volantes comandadas pelo ten. João Bezerra, pelo aspirante Ferreira de Melo e pelo sgtº. Aniceto.

 João bezerra é o primeiro à esquerda

         Com relação ao soldado que deu o primeiro tiro mortal no rei do cangaço, a maioria dos pesquisadores do tema, é uníssona no sentido de que foi o soldado Antonio Honorato (Foto), o autor do disparo, mas há quem pense de modo contrário.
Soldado Antonio Honorato

              O famoso jornalista “Melchiades da Rocha”, em sua brilhante obra "bandoleiros das caatingas", narra em detalhes, todos os aspectos da morte de Lampião, inclusive salienta as entrevistas que fez com o soldado Honorato e demais membros das volantes, na época do famoso evento.
             A revista Edição Extra, ano I, nº 13 de 09/09/1962, traz o seguinte título: “Assassinado o matador de Lampeão”, e, como subtítulo " Quem com ferro fere, com ferro será ferido " , valeu para o terceiro sargento aposentado da volante".
             Aos 56 anos de idade residindo na capital Alagoana o veterano da PM foi assassinado pelo sobrinho de sua esposa, um jovem de 18 anos.

            Vejamos, logo abaixo, as fotos e o texto dessa importante matéria. Clique para ampliar.
 
 
 
Lampião e o sgtº Honorato.
 
 
 

 
 
Honorato e jornalista Melchiades da Rocha examinando
o fuzil que abateu Lampião
 
 
 
Clique para ampliar


Obs.:
A maioria dos pesquisadores/escritores do cangaço discorda que o soldado Honorato tenha ferido "Maria Bonita". Tal fato é "mais" atribuído ao soldado “Panta de Godoy”.


Um abraço a todos
Ivanildo Alves Silveira
Colecionador do cangaço
Natal/RN
 
         



Vaticano - o menor país do mundo


Praça de São Pedro, a basílica e o obelisco, da Piazza Pio XII.

             O menor país do mundo, tanto por população quanto por área,  é o Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano). Naquele país está o  centro da Igreja Católica, com soberania. Nele não há Costa marítima.  Todo murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. O Vaticano tem aproximadamente 44 hectares, que vale a 0,44 km². Sua população é muito pequena, com um pouco mais de 800 habitantes.

            A cidade do Vaticano existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo, e é a principal Sé Episcopal de 1,142 bilhão de Católicos Romanos, entre latinos, orientais e de todo o mundo.
Ordenanças da cidade do Vaticano são publicados em italiano; documentos oficiais da Santa Sé, são emitidos principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço; o estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes normais. Em ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos.

Ficheiro:Vatican Gardens 4.jpg
Palácio do Governo do Vaticano.

         O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-estado do Vaticano, a descreve como uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores Estados Pontifícios (756-1870), que anteriormente abrangiam a Itália central. A maior parte deste território foi absorvido pelo Reino da Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dele, dez anos depois, em 1870.

            A Cidade do Vaticano é um estado eclesiástico ou sacerdotal-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.


         Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se Cidade do Vaticano, desde o retorno de Avignon em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Celio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo estado teve lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.

         Originalmente, Vaticano era uma figura da mitologia romana que "abria a boca do recém nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro". Era também o nome de uma das sete colinas de Roma onde se erguia o Circo de Nero. Lá São Pedro foi martirizado e sepultado.


         A palavra Vaticanus e as suas variações, encontradas no dicionário latino-português de Geraldo de Ulhoa Cintra e José Cretela Junior, e outros dicionários de latino-português, começam por vatic, vates e vatis, todas elas estão relacionadas com o sentido de profecia. Juntando o prefixo vatic- com -anus, assim como Romanus é a combinação de Roma mais -anus, Colinas do Vaticano significa, portanto, Colinas da Profecia, sendo a palavra Vaticano a adaptação portuguesa da palavra Vaticanus.

         Em 326, a primeira igreja, a Basílica de Constantino, foi construída sobre o local onde os primeiros católicos romanos (desde o primeiro século da era cristã), bem como arqueólogos italianos, afirmam que foi o túmulo de São Pedro, enterrado em um cemitério comum no local. A partir de então a área começou a se tornar mais populosa, mas a maioria apenas por habitações ligadas à atividade de São Pedro. Um palácio foi construído próximo ao local da basílica já no século V, durante o pontificado de Papa Símaco, que foi papa no período de 498-514.


             O Vaticano foi dado pelo Tratado de Latrão, assinado por Benito Mussolini e o Papa Pio XI em 11 de Fevereiro de 1929. As terras tinham sido doadas em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos. Durante um período de quase mil anos, que teve início no império de Carlos Magno no século IX, os papas reinavam sobre a maioria dos Estados temporais do centro da península itálica, incluindo a cidade de Roma, e partes do sul da França. Pela maior parte deste tempo o Vaticano não foi a residência habitual dos Papas, mas o Palácio de Latrão, e nos últimos séculos, o Palácio do Quirinal, enquanto a residência entre 1309-77 foi em Avignon, na França.

          Durante o processo de unificação da península, a Itália gradativamente absorveu os Estados Pontifícios. Em 1870, as tropas do rei Vítor Emanue II entram em Roma e incorporam a cidade ao novo Estado. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indenização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja. O papa porém, recusa-se a reconhecer a nova situação e considera-se prisioneiro do poder laico. Além disso, proibiu os católicos italianos de votar nas eleições do novo reino.

           Essa incómoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja, chamada Questão Romana só terminou em fevereiro de 1929, quando o Papa Pio XI assina o Tratado de Latrão com o ditador fascista Benito Mussolini, aceitando a proposta que anteriormente havia sido negada pela papa Pio IX, pelo qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano, declarado Estado soberano, neutro e inviolável.


           Em 12 de fevereiro de 2009 Bento XVI participou das comemorações pelo 80º aniversário da fundação do Estado da Cidade do Vaticano. A RTE Orchestra acompanhada pela Our Lady's Choral Society, ambas de Dublín (Irlanda), interpretaram o oratório O Messias de Georg Friedrich Händel na "Aula Paulo VI". No final o Papa pronunciou um breve discurso dizendo que "se tratava de um pequeno território para uma grande missão".

            A área do Vaticano é de 0,44 quilômetros quadrados, sendo o menor país do mundo com reconhecimento internacional. O principado de Sealand é geralmente classificado como micronação, mas não um Estado soberano independente. Está situado no meio da capital italiana, Roma. Por isso, não possui área costeira. A defesa do país é da responsabilidade da Itália, enquanto que a segurança do Papa fica a cargo da Guarda Suíça. Fora da Cidade do Vaticano, o Estado possui 13 edifícios em Roma e Castel Gandolfo (A residência de Verão do Papa) gozando de direitos extraterritoriais. Partilha 3,2 km de fronteira com a Itália.

           A cidade tem clima temperado, leve, com invernos chuvosos (de Setembro a meados de Maio) e verões quentes (de Maio a Setembro). Situa-se numa colina baixa. A colina foi chamada de Vaticana (em latim: Mons Vaticanus), uma vez que existia muito antes do cristianismo. O nome é suspeito de pertencer inicialmente à língua etrusca. O ponto mais baixo é um local sem nome situado a 19 metros. O ponto mais alto é outro local não nomeado que se situa 75 metros de altitude. O Vaticano não possui nenhum recurso natural.

           É fundamentalmente urbano e nenhuma das terras está reservada para agricultura ou outro tipo de exploração de recursos naturais. A cidade-estado exibe um impressionante grau de economia, nascida da necessidade extremamente limitada, devido ao seu território. Assim, o desenvolvimento urbano é optimizado para ocupar menos de 50% da área total, ao passo que o resto é reservado para espaço aberto, incluindo os Jardins do Vaticano. O território possui muitas estruturas que ajudam a fornecer autonomia ao Estado soberano, estes incluem: linhas ferroviárias, heliporto, correios, estação de rádio, quartéis militares, palácios e gabinetes governamentais, instituições de ensino superior, cultural e de arte, e algumas Embaixadas.

           O Vaticano faz fronteira apenas com a Itália, por Roma, ou seja, é um enclave independente. Sua fronteira com a Itália é a terceira menor do mundo, com apenas 4,07 km.

           Em Julho de 2007, o Vaticano aceitou uma oferta que vai torná-lo o único estado neutro em relação ao carbono por ano, devido à doação do Vaticano da Floresta Clima na Hungria. A floresta possui tamanho suficiente para compensar as emissões de dióxido de carbono do Estado.


Se você quiser conhecer mais sobre o Vaticano, procura em:
Wikipédia - a enciclopédia livre. 

 

Chacina no Rio de Janeiro na Escola em Realengo - Vídeo



Wellington Menezes de Oliveira
           
               Dez meninas e um menino, com idades entre 12 e 15 anos, foram mortos a tiros na manhã desta quinta-feira na escola municipal Tasso da Silveira, chacina no Rio de Janeiro na escola em Realengo (zona oeste).

              O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, 24, um ex-aluno, cometeu suicídio após ser ferido em troca de tiros, afirma a polícia.
     
             Imagens do circuito interno de TV mostram o atirador possivelmente carregando a arma antes dos disparos e alunos tentando fugir. Imagens: TV O Dia.


 
Fonte: Fotos e Carros

Lampião pelo outro lado da luneta Parte I Por:José Cícero

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José Cícero e Dihelson Mendonça

             Não há como, mesmo que quiséssemos tirar o grande mérito de Lampião – rei do cangaço, de homem ousado, corajoso, inteligente, perspicaz negociador,  estrategista e profundo  conhecedor dos meandros da caatinga sertaneja. Quem ainda insistir neste propósito de querer ofuscar sua sapiência neste aspecto, mesmo  sabendo destas filigranas pertencentes ao vilabelense Virgulino;  uma coisa é certa: Ou age de má-fé ou no mínimo não teve a capacidade necessária para assimilar no  devido grau os verdadeiros conhecimentos dos fatos e feitos relacionados à palpitante  história de sangue, suor e lágrimas de Lampião e os seus comandados. 

           Um verdadeiro exército cangaceirista, que por  quase  duas décadas, pontuou  de grandes acontecimentos os imensos rincões de boa parte dos mais importantes  estados nordestinos. Contudo, para os que procuraram  ir além do que dizem friamente os livros, isto é,  lê-lo em sua autêntica psicologia de homem do sertão. Ainda, muito mais por dentro do que por fora, a partir das suas atitudes, gestos e ações amiúde hão de perceber forçosamente que o título de  rei do cangaço, não lhe foi dado à toa e, tampouco em vão.

             Quem teve a infinda paciência de ler  com afinco e denodo todos os sérios narradores e pesquisadores da grande saga lampiônica, certamente se aperceberam que ali estava mais que um cangaceiro revoltado contra a sua  sorte. Ali estava mais que um facínora, na expressão mais lídima do termo. Ou mesmo uma boa-índole, sofredor, bandido ou herói.  Posto que não será possível construir o perfil de Lampião numa direção meramente linear.  Porque Lampião é uma cocha de retalho que ainda está sendo(até hoje) montada aos poucos, pacientemente, há várias mãos. Lampião por tudo isso é atemporal...


             Todavia, quem procurou entendê-lo nas minúcias das descrições mais  verdadeiras, talvez deva ter se deparado com um simples homem sertanejo muito parecido com todos os demais. Quiçá diferente mais pela decisão ousada que tomou para si do que por qualquer outra coisa. Um homem profundamente identificado com os seus irmãos de sangue,  de agruras, desesperanças e sofrimento, por quem os exageros fizeram com que muito de nós o visse até hoje de certo modo enviesado, pelo avesso do avesso. Um pária de certo modo(até) deslumbrado diante da opção que fez pela vida de violência que de certo modo quis retribuir à guisa de vingança e troco aos poderosos do seu tempo. Ou quem sabe, na  ânsia louca de sobreviver como  que a nado,  ao oceano de injustiças e dificuldades outras  em que se transformaram os sertões do Nordeste para o todo e sempre, desde que Virgulino veio ao mundo pela primeira vez.  

             Vaqueiro-almocreve que por este penoso ofício se tornara um especialista  em sobreviver e vencer  as mais distantes e inóspitas lonjuras da caatinga em sua geografia mais dantesca, espalhadas sobre as almas cangaceiras em léguas tiranas. Numa época das mais difíceis  em que os sertões não passavam de uma verdadeira nação dos esquecidos. Onde a lei quando muito, pertencia aos coronéis do latifúndio. Em muitos casos, bandidos piores travestidos de cordeiros. Razão de toda sorte de injustiça e sofrimento a se abater por sobre os pobres e miseráveis filhos da terra, em cuja legião também  fazia parte o então ilustre desconhecido Virgulino Ferreira da Silva. Aquele que mais tarde pelos seus feitos, ganharia a histórica alcunha de Lampião, reio do cangaço e até mesmo, a discutível patente de capitão abiscoitada um dia no Juazeiro do padre Cícero.
 

José Cícero
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