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terça-feira, 19 de março de 2013

ALCIDES DIAS FERNANDES E O ENSINO COMERCIAL EM MOSSORÓ II - 17 DE MARÇO DE 2013

Por Geraldo Maia do Nascimento

Alcides Dias Fernandes era um homem simples e bom, comunicativo e alegre, dotado de irradiante simpatia. Foi um homem de muitos amigos. Por isso, o dia 27 de setembro, dia do seu aniversário natalício, nunca passava sem festa. Já ao amanhecer, os preparativos, que vinham sendo badalados de véspera, prosseguiam num corre-corre sem fim, tudo dirigido pelos brados da esposa, dona Maria Maia, para quem o tempo era sempre curto no atendimento de suas preocupações, a fim de que nada pudesse faltar naquele “Dia Santo da Família”, nas palavras do memorialista Raimundo Nonato. O aniversário de Alcides era sempre um grande acontecimento na cidade de Mossoró.
              
Dona Maria Maia, sua esposa, era uma mulher extraordinária, para quem o mundo se reduzia aos limites de sua casa, na presença do marido e no afeto com que cuidava dos filhos. Matriarca no velho estilo, mulher valente, franca, positiva e sem “papas na língua”. A bem da verdade, sua casa abrigava, além da família, um número razoável de parentes e aderentes, primos e sobrinhos, rapazes e moças que ali habitavam, estudando ou trabalhando sob suas ordens, cordiais, alegres e despreocupados. Tinha uma profunda afeição pelas criaturas mais humildes, às vezes, pelos mais desgraçados e pelos abandonados de tudo e de todos. No meio de tanta gente que enchia aquela casa acolhedora, vivia um tipo popular, conhecido na cidade pelo apelido de Zé Alinhado. Oriundo das “enrruscas de São Miguel de Pau dos Ferros”, conforme ele próprio afirmava, aqui aportou trazido pela enxurrada revolucionária de 1930 e por aqui ficou.


Encontrou guarida na casa de Alcides Fernandes e Maria Maia, que passou a ser o seu “anjo tutelar” e sua segunda mãe, como nos informa Raimundo Soares de Brito. Quantas vezes a insana turbulenta de Zé Alinhado não o levou às grades da cadeia. Mas a sua permanência ali só durava o tempo em que dona Maria não tomasse conhecimento da ocorrência. Questão de minutos. Morando ali pertinho, ao ser informada, corria a tirá-lo da prisão. Quantas vezes? Muitas. Em troca de tudo, Zé alinhado executava aqueles trabalhos caseiros: fazia compras, conduzia feiras, cuidava do jardim, cortava lenha, alimentava os cachorros e trazia limpa toda a área externa da casa, conforme nos diz Lauro da Escóssia nos seus escritos.
               
Alcides Fernandes era comerciante, político por circunstâncias, sério, compreensivo, vivia muito mais preocupado com a sua União Caixeiral e seus problemas, do que mesmo com as atividades do seu estabelecimento comercial, que embora grande e ligado a uma poderosa firma, onde predominava figuras destacada da família, nunca foi um homem rico, naquele sentido de juntar dinheiro. Era desprendido e liberal de tal modo que nem ao menos deixou uma casa para seus descendentes.
               
A história do Curso de Ensino Superior fundado em Mossoró, em 1942, foi um capítulo novo que se iniciou na vida de Alcides Fernandes. Tudo surgiu com a chegada de um despacho telegráfico vindo do Rio de Janeiro, dando conta que o Governo Federal acabava de autorizar o pagamento de uma subvenção consignada no Orçamento da República em favor da Escola Técnica de Comércio União Caixeiral. 


Imediatamente Alcides reuniu os colaboradores da Escola para comunicar a boa nova, e ao mesmo tempo decidirem onde aplicariam aquela verba. Ai surgiu à ideia de se criar um curso superior em Mossoró. Apanhado de surpresa, Alcides Fernandes perguntou? – Quer dizer que nós vamos ter uma Escola para fazer Doutores em Mossoró? Pois se for isso, vamos partir para campanha. Vamos criar o curso.
               
E assim foi criada a Faculdade de Ciências Econômicas de Mossoró (FACEM), instituída através da Resolução n.º 01/43, de 18 de agosto de 1943, por iniciativa da Sociedade União Caixeiral, mantenedora da Escola Técnica de Comércio União Caixeiral.
               
Alcides Dias Fernandes foi um homem que pelo seu trabalho, pelo seu idealismo e pelo seu amor a terra, se tornou um homem especial. Foi o criador de uma Escola onde nasceu uma Universidade. E porque era assim tão notável e de tão evidente sentido cultural, conquistou o seu lugar ao sol, o direito de ser, entre os mortais, um espírito iluminado pela consagração do valor, da inteligência e da imortalidade.


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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
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Empresa baiana homenageia Lampião em game tipicamente nordestino

Por Carol Prado- Bahia Noticias
Foto: Divulgação

Foi-se o tempo em que os joguinhos eletrônicos eram terrenos exclusivos de guerreiros medievais, robôs intergaláticos e outros personagens bem distantes da realidade de carne e osso. Sem negar suas origens, a empresa baiana de tecnologia Soterotech decidiu levar figuras típicas do hiperrealista sertão nordestino ao mundo dos bits. Um cangaceiro, um calango e um carcará dão o tom do jogo “Cangaceiro de Badogue”, apresentado neste sábado (16) e domingo (17) durante o Gamepólitan, evento que transformou o Centro de Convenções da Bahia em um verdadeiro parque de diversões digitais.

Fotos: Carol Prado / Bahia Notícias

O game narra a história de Lino, um destemido personagem inspirado no histórico Lampião, que, depois de ver sua amada raptada por um maléfico carcará, luta contra todos os obstáculos para recuperá-la, sempre acompanhado de seu poderoso badogue. “A ideia surgiu em 2009, antes mesmo do nascimento da empresa, em um grupo de jogadores. Hoje, todos os produtos que a gente desenvolve têm traços dessa cultura regional, que é muito rica e pouco explorada”, explicou Diego de Potapczuk, um dos diretores da Soterotech. Segundo ele, o software desenvolvido para tablets e smartphones ainda está em fase de testes e deve chegar ao mercado no segundo semestre deste ano, quando poderá ser baixado, no mundo todo, através da Apple Store e Google Play, lojas de aplicativos da Apple e Android, respectivamente. “Queremos fazer um lançamento global e levar a cultura nordestina pro mundo inteiro através do game”, almejou, em entrevista ao Bahia Notícias. As expectativas da empresa são boas, principalmente depois do sucesso de Lino no Centro de Convenções. O administrador de empresas, Vítor Carneiro, por exemplo, acompanhava o filho gamer e não tirava os olhos das aventuras do cangaceiro. “Isso é ótimo para tirar um pouco a criançada da linha de jogos japoneses e reforçar nossa cultura regional”, opinou.


Com seu Cangaceiro de Badogue, a Soterotech representa apenas uma das várias experiências do promissor mercado baiano da criação gráfica. De acordo com Ricardo Silva, organizador do Gamepólitan, é notável o crescimento do número de desenvolvedores independentes de jogos no estado. “Ainda temos pouquíssimas empresas de tecnologia consolidadas, mas os criadores estão se empenhando na criação de grupos independentes para colocar em prática seus projetos. O governo também tem dado um apoio muito grande a esse mercado, até para possibilitar a exportação dos jogos brasileiros para o mundo todo através de meios online”, afirmou. Muitos dos profissionais do entretenimento digital estão na Saga, única escola de artes, jogos e animação da Bahia, que recebe, em média, 1,5 mil alunos interessados em ingressar no setor por ano. “O mercado está crescendo, de fato, e a tendência é melhorar cada vez mais. A própria realização de eventos como o Gamepólitan já ajuda bastante porque promove o encontro dos desenvolvedores e possibilita a parceria com empresas”, elogiou Oswaldo Peixoto, gerente geral da empresa. Por tudo isso, pequenos empreendedores em potencial, como João Pedro Bittencourt, só têm o que comemorar. O menino de 11 anos passa cerca de três horas por dia em frente ao PC, mas com uma boa desculpa para livrar-se da bronca dos pais: “Quero jogar bastante para me tornar um criador de jogos no futuro”, esquivou-se.


Link: http://www.bahianoticias.com.br/mercado/noticia/8904-empresa-baiana-homenageia-lampiao-em-game-tipicamente-nordestino.html

Enviado pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço: 
Kydelmir Dantas

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REPORTAGEM TV GLOBO – BOM DIA BRASIL – CAIEIRAS E CAVERNAS – JANDAÍRA-RN

Por: Rostand Medeiros

Esta reportagem realizei junto com a equipe da TV CABUGI e o jornalista Geider Xavier Henrique e aconteceu em Jandaíra (117 km de Natal). Na época trabalhava como espeleólogo de uma ONG junto ao IBAMA e denunciamos que a indústria da cal estava ameaçando uma reserva de cavernas ainda inexploradas no Rio Grande do Norte. A atividade, promovia a queima da mata nativa da caatinga e ainda empregava o trabalho infantil. Se não fizéssemos aquilo provavelmente estas cavernas não existiriam mais e o RN poderia perder um interessante destino turístico. O caso teve enorme repercussão a ponto da reportagem ter sido vinculado no Jornal BOM DIA BRASIL, da TV GLOBO.

Conhecer o meio ambiente, a nossa natureza é sempre muito interessante, mas também é sumamente importante a necessidade de se preservar e lutar pela nossa natureza. Esta reportagem serviu na época para que o IBAMA navcional acelerasse a criação da sede regional do CECAV-Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas, que ficou sob o comando da Técnica Rita Reis, nossa grande amiga. Foi uma experiência muito interessante e positiva.


Lampião contra o mata sete


Autor: Archimedes Marques


Preço: R$ 50,00
BANCO DO BRASIL
Agência: 3088-0
Conta: 33384.0

Em nome de Elane Lima
Marques (Minha esposa).
E-mail
archimedes-marques@bol.com.br

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EXTRA - UM CASO CHOCANTE!


Fato interessante  no facebook, e resolvi postá-lo neste blog para aqueles que ainda não têm acesso à essa página, como um exemplo, que os animais sentem as mesmas dores e sentimentos como nós sentimos, e também amam, mesmo sendo animal. A diferença é que nós somos racionais, enquanto eles são irracionais. Mas quando nós matamos um dos seus que pertence ao rebanho, eles também choram.

Esta foto incrível marca o fim da carreira do toureiro Alvaro Munera. Ele entrou em colapso no meio de uma luta quando chegou a hora de matar o touro. Ele passou a se tornar um adversário ávido de touradas. Mesmo gravemente ferido pelas espadas o touro não o atacou.

Munera explica este momento: "E de repente, eu olhei para o touro. Ele tinha essa inocência que todos os animais têm em seus olhos, e ele olhou para mim com uma contestação. Era como um grito de justiça, no fundo, dentro de mim. Eu descreveria-o como sendo uma oração - espero que tenha me perdoado. Eu me senti a pior merda na Terra."

Fonte: facebook

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Livros sobre "Cangaço"

1938 - Angico

Autor: Paulo Medeiros Gastão


Lampião de "A a Z"


Os livros 1938 - Angico e Lampião de "A a Z" podem ser
adquiridos através deste e-mail:

paulomgastao@hotmail.com

Diretamente com o autor (não está a venda em livrarias).

Preço por exemplar:
R$ 20,00 (vinte reais+ frete).

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Faça uma visitinha a este site:

http://cantocertodocangaco.blogspot.com

Observação:

Este endereço tem a palavra "Cangaço", mas não tem nada a ver com o tema, foi um erro no momento de sua criação. Ainda não conseguimos fazer outro link de acordo com o material postado.

Quanto custa fazer um santo?

Por: Renato Casimiro

Há alguns anos atrás, de uma pessoa que não poderia ser classificada, na época, de fantasiosa ou mentirosa, ouvi uma resposta para a minha preocupação sobre a seguinte pergunta: Quanto custa fazer um santo? A resposta, sem maiores explicações era que rondava por volta de 1 milhão de euros. Achei de pronto que era muito dinheiro para o pretendido. Por estes dias encontro uma resposta mais bem fundamentada. No seu livro Como se faz um santo, D. José Saraiva Martins revela-nos os custos de um processo de canonização. Ele é um cardeal português que entre 1998 e 2008 dirigiu a Congregação da Causa dos Santos, dicastério romano que trata de beatificações e canonizações. Ele está hoje com mais de 80 anos. Diz ele que os emolumentos da Santa Sé, isto é, os custos processuais, não ultrapassam os 6.000 euros e o total dos honorários para médicos, teólogos e bispos que estudam e julgam as causas, anda à volta de 8.000 euros. 

A publicação da Positio, isto é, da causa da beatificação ou canonização, custa mais de 10.000 euros. São numerosas as regras estéticas e de impressão a que está sujeita por imposição da Congregação para as Causas dos Santos. Não se contabilizam milhares de horas de trabalho voluntário de uma equipe que é liderada pelo postulador e vice-postulador, nem as inúmeras viagens que é preciso fazer. O postulador tem de se deslocar ao Vaticano mais de 30 vezes, tendo de suportar viagens e estadias, cujos gastos, mesmo por baixo, nunca são inferiores a 20 mil euros. Na fase de canonização, o número de deslocamentos a Roma pode reduzir-se para metade, 10 mil euros, mas a Positio tem de voltar a ser publicada. Mais 10 mil euros. Assim, para se fazer um santo são necessários, pelo menos, 64 mil euros. Estes números foram propostos por D. José Saraiva Martins em 2009. A preços de hoje, isto gira ao redor de R$163.200,00. Mas, como ele mesmo adverte, há uma porção de outros custos que não são previamente especificados. Logo, o custo pode beirar uns R$300.000,00, dependendo do que será gasto na origem, quando o processo é aberto na Diocese respectiva. O caso da menina Benigna e, eventualmente, do Pe. Cícero não muda muito esta cena.

Renato Casimiro
http://colunaderenato.blogspot.com.br

htpp://cariricangaco.blogspot.com