Por José Cícero da Silva
Não foi
somente o fim total de todos os engenhos sertanejos do meu tempo, que agora
literalmente rasga meu o peito. Porém, todo este verdadeiro vazio de
compromisso e desrespeito com à história e todos os fatos verdadeiros.
Como também, a
sequidão dos riachos, a morte das nascentes, dos baixios, do verde pomar dos
brejos e a derrubada das casas, das matas e dos Coqueiros.
Além do
terrível esquecimento de todas as pessoas do lugar. A destruição das estradas e
dos tabuleiros...Dos nomes e os apelidos dos trabalhadores do eito, dos
fazendeiros, dos acontecimentos marcantes, como da grande leva dos antigos
cambiteiros.
Das
brincadeiras dos meninos na bagaceira do engenho, da feirinha de domingo, do
novenário do santo padroeiro... Da ribanceira do rio, dos pés de manga e de
cajá. Das Timbaúbas, dos bons acontecimentos do passado. Como também do pé de
pequi e tamarindo que existiam no lugar. Dos cheiros gostosos que adoçavam os ares
daquele lugarejo,. Como ainda, do apito, do misto da feira, do parol, da
fornalha, do alambique do neste Pedro e do barulho das moendas de ferro como a
mastigar com fome canina os verdes canaviais do mundo inteiro. Pior que nunca
imaginei que tudo aquilo pudesse um dia se acabar. Tudo o mais é saudade e eu
não sei bem o que fazer com todas elas.
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