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domingo, 29 de maio de 2022

BANDO DE LAMPIÃO NA FAZENDA JARAMATAIA


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COM ESSE O BICHO PEGAVA

 Por Helton Araújo


Theofanes Ferraz Torres, um grande perseguidor de cangaceiros. Foi ele que prendeu o afamado Antônio Silvino o Rifle de Ouro.

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CORTEJO FUNEBRE DE GETULIO VARGAS

 Por João Vicente Machado

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QUANDO SE "QUEBROU O ENCANTO" DO RASO DA CATARINA

 Por Fatos na História - Cangaço e Nordeste

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O histórico registro feito pelo repórter Victor do Espírito Santo, sobre o tiroteio ocorrido no Raso da Catarina em 07 de dezembro de 1931, envolvendo o bando de Lampião e uma Volante comandada pelos sargentos Euclides Flor e João Cavalcanti. 

Referências: "Maria Bonita - Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço", de Adriana Negreiros 

Imagens: Benjamin Abrahão C. Botto / Pinterest / Cariri Cangaço / Biboca Ambiental / GSHOW / Blog do Mendes e Mendes / Internet

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CANGAÇO NA PARAHYBA DO NORTE EM 1912

 Por Vandilo de Farias Brito Sobrinho

Na edição nº 1153, do jornal O Norte, de 30 de maio de 1912, noticiava os pormenores, providências e movimentação da força policial para combater grupo de cangaceiros que invadira Patos e Soledade na Parahyba do Norte.

A força policial se concentrava em Alagoa do Monteiro, Taperoá e São João do Caririy

OBS: Toda a transcrição da matéria foi realizada utilizando a ortografia da época.

Eis abaixo a íntegra da matéria publicada no jornal O Norte, do dia 30 de maio de 1912 sob o título, “Os cangaceiros depois do saque a cidade de Patos chegam a Soledade”. Vejamos:

“OS CANGACEIROS DEPOIS DO SAQUE A CIDADE DE PATOS CHEGAM A SOLEDADE

PORMENORES – PROVIDÊNCIAS

MOVIMENTO DE FORÇA

Ainda o público está vivamente emocionado com as scenas que os cangaceiros praticaram na cidade de Patos onde saqueiaram tudo o que existia, debaixo de vivas ao coronel Rêgo Barros e dos mais terríveis insultos as famílias e pessoas do governo.

Depois de satisfazerem aos seus instinctos e encherem os matulões de dinheiro, joias e munições e se embriagarem, seguiram destino ignorado, pois o telegrapho de Patos estava em poder dos assaltantes.

Correram várias versões sobre o itinerário da malta sedenta de sangue e saciada no saque, que se proclama patriota e revolucionária, última irrisão lançada a face da nossa cultura e da nossa civilisação.

As versões eram contraditorias, porem, hontem, às 12 horas do dia chegou o primeiro telegramma dizendo que 150 cangaceiros estavam entrando na villa de Soledade onde é chefe político o coronel Claudino Nóbrega.

O telegramma dá notícia sem pormenores.

Onde os restantes cangaceiros que, segundo o dr. Fenelon Nobrega, sobem a 500?

Não se sabe o paradeiro que tomaram. Picuhy, talvez!

Logo que se teve conhecimento do ataque a Patos as providências por parte dos dois governos estadual e federal foram iniciadas.

O capitão Adolpho Massa com 120 homens da força federal já sahiu de Alagoa do Monteiro com destino a Taperoá afim de, combinadas as demais forças baterem os cangaceiros conforme ordens enérgicas e terminantes do general ministro da guerra cumprindo as determinações do presidente da república de por de uma vez termo a esses cangaceiros.

A força de polícia que está em São João do Cariry (160 homens ou mais) aguarda o capitão Massa para iniciar acção conjunta.

Havendo boatos de ataque a Campina Grande e mesmo para fazer ali um ponto de operações e resitencia para aquella cidade seguiram honten 45 praças da 4ª companhia e 20 da polícia sob o commando do tenente do exercito Francisco Salerno.

Essa força seguiu às 3 horas da tarde, em trem especial composto de 1 carro de 1ª classe e 2 de 2ª vindo do quartel puxada pelo tenente Alfredo Pinto.

Vae armada de espingarda Mouser levando 32.000 cartuchos para as mesmas.

O trem chegou hontem à Campina às 8 ½ da noute, sem nenhum accidente encontrando a cidade calma e em preparativos de resistência.

Em Alagoa Grande e outros pontos têm sido iniciados os meios de resistência, pois a primeira dista 20 leguas de Soledade e está na fralda da Borborema onde também existem patriotas, embora não declarados.

Hoje ou amanhã deverá chegar a esta capital a 3 companhia isolada de caçadores acantonada em Natal e sob o commando do capitão dr. Felizardo Toscano de Britto.”

Conforme percebemos, o tema “cangaço” sempre estava ligado ao tema político-partidário, denotando uma briga entre classes, e, sobretudo, a desigualdade sócio-econômico-político que sobrepujava.

Dessa forma, quando se estuda ou pesquisa história, não obstante o cangaço, devemos levar em consideração apenas o contexto histórico e cultural na época em que foi vivido. Sem julgamentos, apenas contextos!

Vandilo de Farias Brito Sobrinho

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Os cangaceiros depois do saque a cidade de Patos chegam a Soledade. Jornal O NORTE. Parahyba do Norte – PB, 30 de maio de 1912. Página 1. Disponível em: http://memoria.bn.br/.../I0002109-7-0-003434-002408... Acesso em: 29/05/2022

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NENÉM DO CANGACEIRO LUIZ PEDRO

 Por Thaina Dias

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FOTOS QUE AINDA CHOCAM O QUE SOBROU DE MANUEL MORENO, SUA ESPOSA ÁUREA E O CABRA GORGULHO

Subgrupo de Lampião eliminado enquanto festejavam  na Fazenda Poço da Volta, em Porto da Folha/SE. Foram executados pela volante baiana do Sargento Odilon Flor, a 23 de junho de 1937, durante as festas de São João.

Fonte: Livro Guerreiros do Sol, Frederico Pernambucano de Mello.

Créditos:
Ivanildo Alves  da  Silveira
Colecionador do cangaço
Membro da SBEC e do CARIRI-CANGAÇO
Natal / RN.

Adendo - Apenas uma pequena correção:

O escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa, quando ainda estava entre nós, me disse através de e-mail que, quem morreu nesse combate, foi o cangaceiro Cravo Roxo.

O terceiro da esquerda para a direita é o Cravo Roxo.

O cangaceiro Gorgulho realmente foi baleado, mas conseguiu fugir do tiroteio e foi para casa de uma pessoa amiga, e lá, foi tratado até ficar bom. Após ter ficado bom, foi embora.


O escritor me revelou o lugar que ele foi tratado e o lugar que teria ido embora, mas, infelizmente, eu esqueci.

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CABROCHAS SERGIPANAS AS MOÇAS DA MARANDUBA

 Por Sálvio Siqueira

Foto com as cangaceiras Àurea e Rosinha (Irmã de Adelaide).
                                                    
Na fazenda Maranduba, fincada no município de Poço Redondo, Estado sergipano, morava o casal Lé e Pureza. Lé, como tantos outros homens da época, era vaqueiro, assim como seus dois irmãos, Josias e Luiz. Pureza era filha do agricultor João Januário, que manipulava sua enxada nos barros da localidade Curralinho.
 
 Umbuzeiro da Fazenda Maranduba - grupo LCN
                     
O casal, cumprindo a “Lei’ escrita no livro Maior, fez com que crescesse e multiplicasse sua prole. Tiveram seis filhos amados. Criados como todos da região, com muita dificuldade e sacrifício. Segundo a obra literária do ilustre Alcino Alves Costa, “LAMPIÃO ALÉM DA VERSÃO – MENTIRAS E MISTÉRIOS DE ANGICO”, na página 137, ‘Ele’ nos relata que os nomes dos amados filhos do casal Lé e Pureza, eram Adelaide, Rosinha, Cidália, Arabela e seu único filho homem, Zequinha.

                                                   
Zequinha, como tantos, só via-se como adulto, quando 'lá' chegasse, um bom vaqueiro, imitando seu velho pai e tios, pois todos eram afamados vaqueiros em toda aquela região.


As meninas, também como tantas da época, tinham em seus sonhos seus ‘príncipes, encantados, seria querer de mais, mesmo, simplesmente um príncipe, já estava de bom tamanho. A vida era dura para os meninos que logo, logo, tinham que exercerem funções de adultos sem nem mesmo passarem, ou melhor, viverem suas adolescência. Para as meninas a coisa era mais dura ainda. Não podiam, muitas das vezes, nem se quer estudaram, para não ficarem sabidas, pois mulher ‘sabida’ era um perigo.

                                                               Cangaceira Rosinha

Naquele tempo, por aquelas bandas, começaram a circularem em volta da casa de Lé dois cangaceiros. Mariano e Criança. O Primeiro, após perder Otília, apaixona-se por Rosinha. O segundo, há muito estava loucamente apaixonado por Adelaide, irmã de Rosinha.

Sendo, na época quem dava as ‘cartas’ por aquelas terras, os dois cangaceiros não tiveram dificuldades de levarem para as tristes fileiras do cangaço as irmãs. Ficaram distantes por os dois atuarem em grupos e áreas diferentes. Mariano vivia e praticava seus crimes pras bandas de Porto da folha. Já Criança, atuava nas redondezas de Poço Redondo.


E o esperado acontece. Adelaide engravida. Sua gravidez, como de todas as outras mulheres que fizeram parte do cangaço, não foi moleza. Levanta daqui, corre pra lidebaixo de sol e chuva, durante o dia ou mesmo a noite, eram uma constante em suas vidas.
                                                                                   Cangaceiro Mariano
                                                     
Segundo a obra citada, Criança tem grande amor e carinho por Adelaide, resultando firmeza e lealdade para com a sua companheira.

Quando aproxima-se o momento da sua companheira parir, Criança, conversa com Mané Moreno, e vão para um coito, distante, conhecido e aconchegante, se podermos dizer que haviam coitos assim, para que Adelaide ‘ganhasse seu filho.
                                                                 Cangaceiro Criança
As horas passam, as contrações há muito iniciaram-se e, com o passar do tempo, seu retorno começa a ficar quase sem intervalos. Não tem jeito. A criança do Criança não vem ao mundo, e sua companheira já tem bastante tempo que sofre.

Mandam buscar uma parteira que morava nas imediações, e esta, já prevendo complicações, já trás outra para lhe ajudar. Tudo em vão. O sofrimento da cangaceira aumenta com o passar das horas e a criança resolveu não vir ao mundo.


Em uma rede, a transportam para uma localidade que tivesse algum recurso como ajuda, nada. Não tem como parir a companheira de Criança.

Valendo-se novamente da rede, os cangaceiros procuram outro lugar para que Adelaide desse a luz... Um local que tivesse uma pessoa para ajudar, terminando assim com tão longo sofrimento. No caminho, alguém verifica e diz que o feto já está morto... Adelaide, de tanto sofrer, talvez não tenha escutado que seu filho estava sem vida em seu ventre. 

Embaixo de uma frondosa árvore, Adelaide, dentro da rede começa a perder suas, já tão fracas, forças... Criança, percebendo que irá perder sua amada fica louco. Grita, chora, fala, urra palavrões na tentativa de amenizar a angústia que lhe invade... Seu ‘compadre’, Mané Moreno, vendo que o amigo estava em estado complexo, sem noção do que fazia, tenta evitar uma catástrofe maior, retirando o ferrolho do mosquetão do amigo, assim como retira também, o carregador da sua pistola.

 Sua amada dá seu último suspiro. Sem despedir-se do companheiro, parte para o outro ‘lado’, onde, talvez, seu filho a esperasse. Fazem seu enterro. A dor, ainda visível no semblante do cangaceiro, não quer ir-se. Naquela vida não havia tempo pra isso... Guardar dores e sentimentos por alguém que tenha morrido.
   Cangaceiro Mané Moreno

Seu compadre, Mané Moreno, compra várias garrafas de aguardente e diz que ele precisa beber até embriagar-se, para esquecer o que aconteceu.


Assim faz Criança. Após o enterro de Adelaide, ele toma um dos maiores porres de sua vida e, de certo tempo pra frente, junto aos companheiros, começam a dançar e cantar até que o dia raiasse... Nas quebradas do Sertão.

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MUSEU CASA DE MARIA BONITA NO CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO

 

Cariri Cangaço Paulo Afonso no Museu Casa de Maria Bonita

O final da manha da sexta-feira, segundo dia de Cariri Cangaço Paulo Afonso, 25 de março de 2022, marcou a aguardada visita da caravana Cariri Cangaço ao principal cenário da literatura lampiônica em Paulo Afonso, eram 11h quando o Cariri Cangaço Paulo Afonso chegava à Malhada da Caiçara, berço da rainha do cangaço, Maria Gomes de Oliveira; chegávamos ao Museu Casa de Maria Bonita.

"Hoje temos a satisfação de trazer até a casa onde nasceu e viveu Maria Bonita pesquisadores do Brasil que estão pisando pela primeira vez esse chão tão cheio de história. O Cariri Cangaço não faz apologia ao banditismo rural, à violência tão dura e real da época do cangaço, muito pelo contrário, o Cariri Cangaço tem o objetivo de aprofundar o debate desse fenômeno tão forte para nosso sertão e é isso que estamos fazendo aqui em Paulo Afonso", revela o Conselheiro Cariri Cangaço Emanuel Arruda, de Princesa Isabel. 

Passando pelo povoado do Riacho (25km do centro de Paulo Afonso pela BR110) depois pela Vila de Dona Generosa, andamos mais 13km em estrada de terra chegando ao solo sagrado berço da rainha do cangaço; Maria Bonita. A construção — uma casa de reboco de 50 metros quadrados — abrigou a cangaceira de 1911 a 1929, quando ela conheceu Virgulino Ferreira da Silva. A casa em 2006 a partir da articulação de vários pesquisadores locais, passou por uma restauração por parte da prefeitura municipal e hoje se consolida como um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Na visita desta manha ainda encontramos vários parentes da cangaceira mais famosa da historia.

João de Sousa Lima apresenta o berço de Maria Bonita
sobrinha neta de Maria Bonita na visita do Cariri Cangaço
Manoel Severo e as boas vindas na casa de Maria Bonita
Capitão Quirino Silva, Manoel Severo e João de Sousa Lima

O Conselheiro João de Sousa Lima, presidente da Comissão Organizadora do Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022, ao lado do curador Manoel Severo , recepcionou aos convidados e novamente apresentou a todos a história da Malhada da Caiçara e da Casa de Maria Bonita. "Eu já falei anteriormente que visitar essa casa é como voltar no tempo, é como se a qualquer momento a jovem Maria de Déa; que era a segunda filha do casal Zé de Felipe e dona Déa; saísse por uma daquelas portas e se colocasse debruçada em uma das singelas janelas da casa restaurada..."

"Era sabido da grande rede de coiteiros de Lampião em toda essa região da Bahia, aqui era uma passagem  estratégica dos bandos cangaceiros e, como bem mostrou nosso amigo João de Sousa, esse romance entre Virgulino e Maria, nasceu justamente dessas ligações; no caso, de Lampião com o tio de Maria Bonita, o conhecido coiteiro Odilon Café." Reforça o Conselheiro Cariri Cangaço Manoel Belarmino da cidade de Poço Redondo, Sergipe.

Clênio Novaes, Valdir Nogueira, Padre Agostinho e Joaquim Pereira
Capitão Quirino e Célia Maria

E continua João de Sousa Lima: "Naquela época, final de 1929 e começo dos anos 30, Lampião já havia se tornado presença constante no terreiro de seu Zé de Felipe e dona Déa; Maria Joaquina Conceição Oliveira; principalmente pela ligação que mantinha com o coiteiro Odilon Café. Nessas idas e vindas o destino acabaria pregando uma peça no maior de todos os cangaceiros e a partir dali a historia do cangaço seria contada de outra forma, nascia a presença das mulheres, de forma efetiva, nos bandos cangaceiros e o casal mais famoso dos sertões. Maria, com 18 anos na época em que conheceu Virgulino , já vinha de um primeiro casamento fracassado com um primo, o sapateiro Zé de Nêne, e a partir daqueles primeiros encontros com o chefe dos cangaceiros nasceu o romance mais famoso do cangaço e eternizado pela literatura de cordel e cantadores dos mais distantes rincões sertanejos."


Maria Déa, A Bonita Maria de Lampião, ou Maria Gomes de Oliveira, nasceu no dia 8 de março de 1911, no Sítio Malhada do Caiçara, em Curral dos Bois, atual Paulo Afonso, filha de José Gomes de Oliveira, conhecido como Zé Felipe e Dona Maria Joaquina, conhecida como Dona Déa. Era a segunda numa família de dez irmãos. Casou ainda muito cedo, aos 15 anos de idade com o primo, José Miguel da Silva, o Zé de Nêne, sapateiro e reconhecido boêmio da região. Naquela época já era notório o forte gênio da morena filha de Zé Felipe, costumeiramente o casal estava envolvido em brigas fundamentalmente em função do ciúme de Maria. Sempre que brigavam a jovem se abrigava na casa dos pais; foi justamente em uma dessas oportunidades que em 1929 teria havido o primeiro contato de Maria Déa com o Rei dos Cangaceiros, Virgulino Ferreira. Naquele dia Virgulino passaria pelas terras do Sítio Tara do conhecido coiteiro Odilon Martins de Sá, vulgo Odilon Café, e depois se dirigiria para as terras da Malhada do Caiçara, ali por longos meses havia construído uma sólida base de sustentação em terras baianas, estava entre amigos. Ao se despedir da família de Zé Felipe se dirige à morena Maria e pergunta se sabe bordar, ato contínuo deixa alguns lenços de seda para o ofício da sertaneja, prometendo voltar em breve para buscá-los. Parece-nos que já naquele momento o destino começava a traçar suas linhas na direção da maior mudança da história do cangaço: a entrada das mulheres nos bandos cangaceiros. E assim; Maria, Durvinha, Aristéia, Moça, Adília, Dadá, Enedina, Cristina, Lídia, Eleonora, Quitéria, Adelaide, Nenem, Sila, Rosinha... mudariam para sempre a feição do cangaço nordestino de Virgulino Lampião.

Manoel Severo justifica o Diploma ao Museu Casa de Maria Bonita
Manoel Severo passa às mãos de João de Sousa Lima o Diploma de Equipamento Imprescindível para Memoria do Sertão

Ainda dentro da visita técnica ao Museu Casa de Maria Bonita, o Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço outorgou o Diploma de "Equipamento Imprescindível para Memória e Cultura do Sertão" , consolidando um marco dentro da dinâmica agenda do Cariri Cangaço Paulo Afonso 2022. O Diploma foi entregue pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo ao pesquisador João de Sousa Lima.

João de Sousa Lima fala da importância do Museu dentro do esforço em consolidar o turismo histórico em Paulo Afonso

Em seguida, em ato solene, o Capelão do Cariri Cangaço, Padre Agostinho dirigiu palavras aos presentes culminando com as bênçãos sacerdotais ao equipamento histórico onde nasceu a rainha do cangaço, Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita.

Padre Agostinho, Capelão do Cariri Cangaço e as bênçãos sacerdotais ao equipamento histórico onde nasceu a rainha do cangaço

"Tem se tornado uma tradição em todas as nossas edições do Cariri Cangaço a presença marcante de  nosso estimado Capelão do Cariri Cangaço, Padre Agostinho, que com muita dedicação e um espírito abnegado nos proporciona momentos de fé e esperança mesmo diante de uma agenda pesada como são as nossas agendas, e dessa forma traz uma atmosfera de paz e harmonia para todos, além da grande força espiritual, independente da corrente religiosa de cada um, na verdade Padre Agostinho é um grande presente" diz a Conselheira do Cariri Cangaço e Secretária da ABLAC, Elane Marques.









E continua João de Sousa Lima: "Naquela época, final de 1929 e começo dos anos 30, Lampião já havia se tornado presença constante no terreiro de seu Zé de Felipe e dona Déa; Maria Joaquina Conceição Oliveira; principalmente pela ligação que mantinha com o coiteiro Odilon Café. Nessas idas e vindas o de





Redação Cariri Cangaço Paulo Afonso 

Museu Casa de Maria Bonita

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