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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cariri Cangaço no Diário do Nordeste Por:Elizangela Santos


...O evento deste ano terá caráter itinerante e também discutirá temas transversais, como Delmiro Gouveia


Juazeiro do Norte. A história de uma heroína, Bárbara de Alencar, abre o maior evento sobre o cangaço que se tem notícia no mundo, conforme os organizadores. O Cariri Cangaço entra na terceira edição. De caráter itinerante, reunirá este ano cerca de 1,5 mil pessoas, entre pesquisadores e admiradores de uma temática que até hoje desperta o fascínio do público. Bandidos ou heróis, a controvérsia sobre os cangaceiros atravessa 72 anos de história.

Ontem à noite (dia 20 de setembro), foi realizada a solenidade de abertura, no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva, no Crato. Em seguida, foi aberta a maior exposição temática sobre o cangaço, intitulada "Cangaceiros", com acervo da Abafilm, na galeria da RFFSA, pertencente ao empresário Ricardo Albuquerque.

Acervo remanescente; Esta mesma exposição esteve em temporada por Paris. Todas as fotos relacionadas ao cangaceirismo estarão expostas, inclusive com fotografias de Lampião que foram tiradas em Juazeiro do Norte. O evento segue até domingo. Segundo os organizadores, este é o maior e mais qualificado acervo de imagens do cangaço do planeta, resultado do empreendedorismo de Ademar Albuquerque, fundador da Abafilm, e do fotógrafo árabe Benjamim Abraão. São mais de 120 fotografias remanescentes de um acervo maior, mas que foi destruído durante o regime do Estado Novo.

Acervo da Exposição Cangaceiros de Ricardo Albuquerque

Durante a abertura, houve a entrega do Título de Cidadão Cratense ao curador do evento, Manoel Severo Gurgel Barbosa. O debate sobre Bárbara de Alencar contou com a presença de vários estudiosos da região. Severo diz que outros temas transversais serão tratados no evento, como a trajetória de Delmiro Gouveia, cearense de Ipu. "É um grande empreendedor e um dos maiores brasileiros do século", afirma.

Por ter um caráter itinerante, o evento contará com palestras em lugares muitas vezes inusitado, como a Chapada do Araripe, com palestra de técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e visitas a locais marcantes na história do Cangaço no Cariri, como a Fazenda Ipueiras, localizada em Aurora.
Temas transversais: Este ano, segundo Manoel Severo, a novidade é que o evento não estará preso à temática do Cangaço, mas envolve momentos históricos importantes como a Sedição de Juazeiro, em 1914. Também será lançada a minissérie "Sedição em Juazeiro". Jonas Luiz, o produtor do filme, fará palestra sobre o assunto, no Sesc de Juazeiro. Para Severo, o cangaço pode ser trabalhado por várias vertentes da cultura popular, como a música. No domingo, será realizada palestra sobre a história da música no Nordeste, com o pesquisador Múcio Procópio.


Elizângela Santos
Repórter
Matéria Publicada no Jornal Diário do Nordeste
Caderno Regional, dia 21 de setembro de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS DO PROFESSOR

Por: José Mendes Pereira


1 ─ Amar a tua sala de aula sobre todas as coisas.
Com exceção de Deus. 

2 ─ Honrar a tua profissão, escola e os teus amigos, mesmo que um dia seja decepcionado por um deles.

3 ─ Não deixar o aluno ocioso, isto faz com que ele abandone
a sala de aula.

4 ─ Não matar aulas. Nunca faça isso. Prova que não tem responsabilidade.

5 ─ Não permitir que furtem os
 livros da biblioteca.

6 Não ter inveja da sabedoria do teu
colega de profissão.

7 ─ Não abandonar a sala de aula antes
do horário previsto.

8 ─ Não distribuir simpatias nos corredores
para  enrolar o tempo.

9 ─ Não querer ser sábio demais, pois tem
outros melhores.

10 ─ Não liberar os alunos antes
do horário previsto.


A fama de bom professor 
vai longe, mas a de péssimo,
 vai mais longe ainda.


Parabéns a todos  professores, que mesmo sem materiais necessários ao ensino, conservam  a educação  viva, num país que não valoriza o mestre. 



Conto-Cordel de Marcos Mairton


Desenho a carvão: Gilvan Lopes
O VIAJANTE E O SÁBIO
Marcos Mairton

Diz a lenda que um homem viajava
À procura de mais sabedoria,
Quando teve a notícia, certo dia,
De um sábio que as montanhas habitava.
Que a tudo que se lhe perguntava,
Respondia, sem sequer titubear,
Com lições que ele sempre ia buscar
Nos provérbios e adágios populares,
Destacando os princípios basilares
Da melhor sabedoria popular. 

Logo que do guru ouviu falar,
Lá se foi, bem depressa, o viajante.
Alguns dias depois, o caminhante
Encontrou o refúgio do avatar.
Mal chegou, pôs-se logo a lhe falar:
– Meu bom homem, disseram-me, outro dia,
Que é imensa a tua sabedoria,
E que vem de provérbios e ditados. 
E, os problemas que a ti são formulados,
Tu respondes com o que já se sabia.

– A verdade e o azeite na água fria
Vêm à tona, cada um na sua hora..
Respondeu logo o mestre, sem demora,
À pergunta que o homem lhe fazia.
E, pegando uma cadeira vazia, 
Ofertou para aquele visitante,
Disse: – Sente-se um pouco, viajante,
Quem tem pressa ou come cru ou quente.
O que eu sei não se aprende de repente,
Também não se fez Roma num instante.

Aceitando o convite, o caminhante
Descansou na cadeira oferecida.
Disse: – Mestre, uma coisa nessa vida,
Que eu acho curiosa e intrigante,
É ver gente que pensa que é importante
Esquecer como a vida é passageira.
Que a alegria de uma noite inteira
Talvez nem veja o sol se pôr de novo.
O que hoje é fortuna para o povo
Amanhã ele joga na lixeira.

– Comentaste uma coisa verdadeira – 
Disse o sábio com ele concordando.
E depois também foi se acomodando
E sentando-se ali noutra cadeira.
– Vaidade não é boa conselheira,
Saiba que tudo muda nesta vida.
Não existe colheita garantida.
De certeza na vida só a morte.
Leva o fraco e também arrasta o forte.
Essa história já é bem conhecida.

– Pois me ajude a encontrar uma saída,
Grande sábio que vive tão distante,
Para outra questão interessante
Que ainda não vi bem respondida:
Dizem que, muitas vezes repetida,
A mentira se iguala à verdade.
Haverá essa possibilidade?
Ou é coisa de gente mentirosa?
Que, contando uma história escabrosa,
Justifica assim sua falsidade?

– Mesmo sendo grande a velocidade
Da mentira, quando ela se espalha,
Sua vida é como o fogo de palha.
É raiz que não tem profundidade.
Eu lhe disse, há bem pouco, que a verdade,
Como azeite, uma hora à tona vem.
Diz o povo, e eu vou dizer também:
Passa o tempo e tudo se descobre,
E quem muito enganou o povo pobre
Hoje, já não engana mais ninguém.

(…)

Digo, ainda, com toda segurança:
Não guarde a luz acesa num armário;
Não se ensina “Pai Nosso” a vigário;
Prudência é irmã da desconfiança;
Desconfie do peso da balança.
Veja se o rezador merece fé;
Muita coisa parece, mas não é;
Muita coisa que é não se parece;
Sob as vistas do dono a planta cresce;
Um sapato não dá em qualquer pé.

(…)

– Grande Mestre, na vida, cruzei mares, 
Conheci muitos povos e nações.
Visitei monumentos e vulcões,
E andei por estradas seculares,
Conhecendo pessoas aos milhares 
Que acreditam que têm sabedoria. 
Mas, hoje eu acredito em quem dizia 
Que ninguém o supera em sapiência. 
Não pensei existir tanta ciência 
nos ditados que o povo pronuncia.


(Trecho do livro “O viajante e o sábio”, editado pela Ensinamento Editora, 2010)

Ex-ministros acompanham homenagem a Lula em Paris

Pelo menos três ex-ministros de Estado e uma série de assessores estarão presentes hoje, em Paris, na cerimônia na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o título de doutor honoris causa do Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), de Paris. Além do ex-chefe de Estado, estão na capital francesa José Dirceu, Luiz Dulci e Márcio Thomaz Bastos.

Foto: AFP
Sarkozy recebeu Lula com honras de chefe de Estado
Na sede da Sciences-Po, uma das escolas de ciências políticas mais respeitadas da Europa, Lula receberá o título de doutor honoris causa.
Apenas Dulci teria as despesas pagas pelo Instituto Lula. Dirceu disse ter compromissos profissionais como advogado em Paris, enquanto Bastos passa férias na capital francesa.

A homenagem da Sciences-Po será feita em nome do avanço do Brasil como potência internacional durante a gestão de Lula. A explicação foi dada na última semana por Richard Descoings, diretor do instituto. "Em 20 ou 30 anos, a história vai reter um período no qual o Brasil se transformou em uma potência internacional", afirmou o cientista político.

Mas, além da homenagem ao Brasil, a indicação de Lula ao título, já concedido a personalidades como o ex-secretário-geral das Nações Unidas egípcio Boutros Boutros-Ghali, é também um autoelogio à Sciences-Po. Em 2011, a instituição comemora 10 anos do início de sua política de discriminação positiva, quando alunos de comunidades carentes da França receberam apoio para ingressar na instituição. "Lula encarna o fato de que podemos chegar ao mais alto nível político mesmo sendo filho ou filha de trabalhadores", lembrou Descoings.

Há 70 anos morria o último chefe do Cangaço

Por: Antônio Vicelmo
Publicado em 25 de maio de 2010

 O "Diabo Loiro", como ficou conhecido Corisco, morreu, em uma emboscada, na tarde do dia 25 de maio de 1940

Crato. Há 70 anos morria Cristino Gomes da Silva Cleto, conhecido como "Corisco", o último chefe do Cangaço, considerado por Lampião como um dos mais valentes cangaceiros e apontado pelos historiadores como um dos mais ferozes e cruéis bandidos que fizeram parte do grupo de Virgulino Ferreira. Com a morte do chamado "Diabo Louro", na tarde do dia 25 de maio de 1940, na Fazenda Cavacos, em Brotas de Macaúbas, Oeste da Bahia, estava decretado o fim do Cangaço.

Corisco e Dadá

O médico e historiador Magérbio Lucena, autor do livro "Lampião e o Estado Maior do Cangaço", descreve que, na verdade, não houve combate. Corisco e sua mulher, Sérgia Ribeiro da Silva, conhecida como Dadá, tinha acabado de almoçar, quando foram surpreendidos com a volante comandada pelo tenente Zé Rufino Corisco e Dadá estavam desarmados, quando foram metralhados.



Corisco havia cortado o longo cabelo loiro e não andava mais em bando desde a morte do amigo Lampião, dois anos antes. Magérbio descreve que, ao se aproximar do cangaceiro, o coronel José Rufino perguntou:
 - É Corisco?
O cangaceiro respondeu:
- É Corisco veio!
O militar questionou:
- Por que não se entregou?
E Corisco retrucou:
- Sou homi para morrer, não para se entregar".

Assassinato

Depois deste diálogo, o cangaceiro foi atingido na barriga por uma rajada de metralhadora. Ficando com os intestinos à mostra, conseguiu sobreviver durante dez horas. Naquele mesmo conflito, Dadá foi atingida na perna e, não obstante ter passado por várias intervenções cirúrgicas, precisou amputar o pé direito. Em relação ao confronto final, ela declarou que os policiais vieram decididos a roubá-los e a matá-los, e que seu companheiro era deficiente físico e não teve chance alguma de se defender.



Em maio de 1968, a revista Realidade colocou frente a frente Dadá e o coronel José Rufino, responsável pela morte de Corisco. Ele, velho e doente, chorou ao vê-la. Dadá, forte e altiva, o perdoou, no entanto, desmentiu o algoz. Ele não matara seu marido em combate, afirmou. "Foi emboscada". Do cangaço, Dadá levou lembranças, três filhos com Corisco e nenhum dinheiro. Morreu em fevereiro de 1994, aos 78 anos, na periferia de Salvador.
Magérbio lembra que o objetivo dos policiais não era defender a Lei. Na verdade, segundo o escritor, o que mais interessava aos policias eram os 300 contos de réis e os dois quilos de ouro que os dois fugitivos carregavam. De acordo com o escritor, Corisco não tinha condições de reagir. Em 1939, ele caiu numa emboscada, na Fazenda Lagoa da Serra, em Sergipe. Corisco sofreu fraturas gravíssimas no braço esquerdo e no antebraço direito. O casal já tinha tomada a decisão de deixar o cangaço, quando foi localizado pela Polícia.

Uma vida de crimes

O médico Magébio Lucena relata que Cristino Gomes da Silva Cleto nasceu na cidade de Matinha de Água Branca, Alagoas. Aos 17 anos, matou um protegido do coronel da cidade e fugiu. Sem rumo certo, optou de vez pela criminalidade e entrou para o bando de Lampião, o lendário cangaceiro. Forte, corajoso e ligeiro, logo passou a ser chamado de Corisco. Conquistou poder e, com a divisão do grupo (parte da estratégia para fugir à perseguição policial), ganhou seu próprio bando.



Com a morte de Lampião, em julho de 1938, conforme o escritor, Corisco tornou-se o único chefe cangaceiro. Antes de encontrar seu fim, ainda tentou vingar a morte do amigo. Matou a família do fazendeiro acusado de delatar o bando à Polícia. Acabou cometendo uma de suas maiores atrocidades: assassinou as pessoas erradas. Nessa época, Corisco já era conhecido como "Diabo Loiro", pela cabeleira e, claro, pelo espírito. Ninguém sabe dizer ao certo quando ele nasceu. Sabe-se que em 1928, no início da vida adulta, apaixonou-se por Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, e não teve dúvidas: raptou e estuprou a menina de 13 anos. Corisco ensinou Dadá a ler e escrever. Com o tempo, ela aceitou o destino imposto por ele. Dadá virou a costureira do grupo e passou a fazer as roupas que aparecem em todas as fotos dos cangaceiros.

O cangaço continua

O bando de Lampião aterrorizou o sertão nordestino por quase 20 anos. Especula-se que a origem do Cangaço remonte ao século XVIII, quando fazendeiros recrutavam sertanejos para exterminar índios. Mais tarde, os colonos teriam sido obrigados a participarem das lutas entre famílias ricas que disputavam terras com políticos. Por fim, esses bandos tornaram-se independentes, criando leis próprias e subornando fazendeiros e comandantes da Polícia em troca de proteção. Seus métodos bárbaros incluíam tortura, estupro e morte.
Segundo essa tese, o surgimento desses andarilhos coincide com o declínio das culturas de cana-de-açúcar e algodão. O café, no Sudeste, passou a ser o motor da economia brasileira gerando fome, desemprego e falta de perspectivas no agreste. Assim, o Cangaço era uma opção de vida atraente para sertanejos jovens que não tinham trabalho e rendiam-se à promessa de fama e dinheiro fácil. Qualquer semelhança com a história dos "soldados do tráfico de drogas" nos dias atuais não é mera coincidência. Essa era a situação social e política da primeira fase da República.

Crime

17 anos. Foi com essa idade que Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, começou na criminalidade, depois que matou um protegido do coronel da cidade de Matinha de Água Branca, em Alagoas


Antônio Vicelmo
Repórter




GALERIA DE FOTOS DE LUZIA PAIVA EM JERUSALÉM

Setembro de 2011











Luzia Paiva é cunhada do proprietário deste blog,
José Mendes Pereira

Mossoró da nossa gente


Mossoró é um município brasileiro, segundo mais populoso do estado do Rio Grande do Norte, distando 285 quilômetros da capital Natal. Localiza-se às margens do rio Apodi-Mossoró, na região oeste do estado e na microrregião homônima.


Principal município da Costa Branca Potiguar, de acordo com uma estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até agosto de 2011, a cidade possui uma população de 263 344 habitantes, o qual a coloca como a décima nona maior cidade da Região Nordeste e a 94ª maior do Brasil, numa região de transição entre litoral e sertão a 42 quilômetros da costa. Sua área territorial é de 2 110,207 km², sendo o maior município do estado em tamanho territorial. De toda essa área, 11,5834 km² estão em perímetro urbano, o que classifica Mossoró como sendo a terceira maior área urbana do estado, perdendo apenas para Natal e Parnamirim.
Localizada entre Natal e Fortaleza, às quais é ligada pela BR-304, Mossoró é uma das principais cidades do interior nordestino, e atualmente vive um intenso crescimento econômico e de infraestrutura, considerada uma das cidades de médio porte brasileiras mais atraente para investimentos no país.


O município é o maior produtor em terra, de petróleo no país, como também de sal marinho. A fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação, também possui relevância na economia do Estado, tendo um dos maiores PIB per capita da região. As festividades realizadas na cidade anualmente, atraem uma enorme quantidade de turistas. Destaque para o Mossoró Cidade Junina, uma das maiores festas de São João do país,e o Auto da Liberdade, o maior espetáculo brasileiro em palco ao ar livre.

Celina Guimarães Viana

Reduto cultural, o município marca pelo Motim das Mulheres, pelo primeiro voto feminino do país, por ter libertado seus escravos cinco anos antes da Lei Áurea, sem falar da resistência histórica ao bando de Lampião.


O município foi desmembrado de Assú em 1852 e tinha o nome de Vila de Santa Luzia de Mossoró.  Hoje, conhecida como a "Capital do Oeste" por ter se destacado das demais na região Oeste Potiguar, destaca-se também pelo turismo de negócios.

História

Às margens do rio Mossoró, no século XVIII, havia várias fazendas. Essas fazendas foram instaladas ali por fazendeiros de outras regiões. Dentre elas, a fazenda das "Barrocas", de Domingos Francisco; "Pintos" e a fazenda de "Santa Luzia" e "Barra de Mossoró", pertencente ao sargento-mor Antônio de Sousa Machado. A população das fazendas era muito pequena, restringindo-se apenas aos vaqueiros, criadores e procuradores da fazenda, já que os donos moravam geralmente fora (em Natal ou outros estados). As famílias Gamboa, Guilherme e Ausentes foram as primeiras a se instalar definitivamente nas suas fazendas, às margens do rio Mossoró. Essas famílias se espalharam até o Apodi.
Também mudou-se para lá, graças às condições do local, que ficava entre o rio e um lago de água potável, o sargento-mor português Antônio de Sousa Machado; com ele veio toda sua família. O sargento tinha o anseio de povoar aquele local e mandou construir uma capela que levaria o mesmo nome da fazenda: "Capela de Santa Luzia".


Em 5 de agosto de 1772, foi fundada a Capela de Santa Luzia, que viria a ser o marco inicial da construção da cidade.
Em 1862, a capela foi demolida e sob seus alicerces foi construída a Igreja Matriz. Esta ainda foi reformada em 1878, 1879, 1880. Após a morte de Antônio de Sousa Machado, a viúva cedeu parte de suas terras para a continuação do povoamento da região. A partir dali, estava criado o povoado de Mossoró.
Em 1842, o povoado de Mossoró foi elevado à categoria de freguesia, mas a população ainda se restringia a um pequeno quadro em frente à capela. As casas ainda eram na maioria de taipa e muito rudimentares. Entre 1852 e 1870, o povoado foi elevado a município. E, no dia 9 de novembro de 1870, foi elevada à categoria de cidade. Nesse período surgiram novas edificações e casas de comerciantes importantes da cidade, como o Colégio Diocesano Santa Luzia e a Casa do Mercado.
Em 13 de junho de 1927, Mossoró resistiu à tentativa de invasão do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Dois cangaceiros do seu bando, conhecidos como "Colchete" e "Jararaca", foram mortos nesta tentativa. Um deles, Jararaca, é considerado milagreiro. A história até hoje é contada no espetáculo "Chuva de Bala" durante os festejos juninos da cidade.



O filho de Corisco e Dadá

Aderbal Nogueira e Sílvio Bulhões

No bairro do Farol, em Maceió, um homem próximo dos 73 anos guarda com cuidado pequenas roupas que têm a sua idade. Elas são a lembrança material do carinho dos seus pais, que não chegou a ver, a não ser em fotografias, já adolescente. Sílvio Bulhões, economista, nascido em agosto de 1935, é filho dos cangaceiros Corisco (Cristino Gomes da Silva Cleto) e Dada (Sérgia Ribeiro da Silva), com quem só permaneceu por nove dias.
Foi entregue para ser criado por um padre em Santana do Ipanema, também em Alagoas, de quem assumiu o sobrenome. "Fui cangaceiro por nove meses e nove dias", conta, enquanto guarda o enxoval que foi enviado por Dadá, junto com uma carta de Corisco, para o religioso.
Sílvio Bulhões prepara um livro que conta a sua história. Nele, narra como, em 1944, teve um sonho com um homem vestido com roupas estranhas, que se dizia seu pai. Mais tarde, ao ouvir escondido uma conversa do padre com visitantes, em que este revela que o menino era realmente filho de Corisco, entra em um quarto proibido para ele, e descobre, dentro de um baú, uma revista Noite Ilustrada que narrava os últimos dias do cangaceiro. "Lembro que corri para o quintal e subi numa árvore. Fiquei horas lá em cima, vendo aquelas fotografias. O homem se parecia com o do sonho", relata. O primeiro encontro com a mãe se deu quando Sílvio já tinha 18 anos. Dadá, que se locomovia com dificuldade por causa da sua perna amputada, pôde finalmente contar mais detalhes sobre Corisco. "Ela disse que ele tinha muitas saudades. Encontrei mais tarde um homem que, quando soube que eu era filho de Corisco, abraçou-me e disse que eu tinha salvado a vida dele. Aprisionado pelo cangaceiro, contou que havia me visto na casa do padre, em uma cadeira que depois se transformava em um carrinho. Como Corisco queria mais detalhes, começou a inventar histórias sobre mim. Acabou libertado". Da outra margem do Rio São Francisco, Corisco, alagoano de Matinha de Água Branca, nascido em 1907, chegou a ouvir os tiros em Angicos, para onde se dirigiria no dia 28 de julho de 1938 com o objetivo de se encontrar com Lampião, o homem que, além de chefe, era inspiração para ele também se autodenominar "capitão". Depois de confirmadas as mortes de 11 cangaceiros, entre eles Lampião e Maria Bonita, mandou degolar seis pessoas de uma mesma família.


Corisco tentou assumir o posto de Lampião, mas não tinha a mesma habilidade para reunir os grupos restantes de cangaceiros. No dia 25 de maio de 1940, em Brotas de Macaúbas (Bahia), já abandonado pelos companheiros, com um braço gravemente ferido e sendo amparado pela mulher, ele é morto pela volante de José Rufino.


Já não podia nem segurar uma espingarda. Dadá, baleada, tem que amputar uma perna. Ela é libertada apenas em 1942. Com o homem que lhe levou ao cangaço com apenas 12 anos de idade, teve sete filhos. Além de ter sido a única mulher que verdadeiramente pegou em armas, contribuiu com sua arte para embelezar os apetrechos usados pelos bandos. Dadá morreu em fevereiro de 1994.Sílvio Bulhões ainda guarda com cuidado o enxoval que Dadá mandou entregar ao padre que o criou. As peças foram temas de uma reportagem de O Cruzeiro em 1956 (abaixo). Acima, o menino em sua cadeira que se transformava em carrinho. A peça acabou salvando a vida de um prisioneiro do pai.


FUNDAJ NOS JORNAIS

Clipagem ASCOM

Recife, 28 de julho de 2008


DIARIO DE PERNAMBUCO

ESPECIAL

Lembranças luminosas de um Candeeiro

Manoel Dantas Loyola sobreviveu
a Angicos.

 
Na época do cangaço, era conhecido como Candeeiro. Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirma que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto. Hoje com 93 anos de idade, Candeeiro vive como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atende pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os "macacos", Candeeiro foi ferido na coxa. "Era muita bala no pé do ouvido", lembra. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.


Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. "Lampião não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado. E ele já sabia que estava baleado. Quando soube que eu era de Buíque, comentou: 'sua cidade me deu um homem valente, Jararaca'".


Candeeiro diz que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destaca que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita.


Em Angicos, comentou que o local não era seguro. Lampião, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado.
No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. "Desci atirando, foi bala como o diabo". Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costuma dizer que foi "história de sofrimento". Mas ainda é possível perceber a admiração por Lampião. "Parecia que adivinhava as coisas", lembra. Só não quis ouvir o alerta dado na véspera da morte, em 1938.

FUNDAJ NOS JORNAIS

Clipagem ASCOM

Recife, 28 de julho de 2008


DIARIO DE PERNAMBUCO

ESPECIAL

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Acidente na Rn 117 deixa 3 pessoas feridas


Jornalista Amanda Melo especial
Foto: Passando na Hora


O coronel reformado do corpo de bombeiros de Brasília, Jacinto Rodrigues da Silva viajava de carro com três passageiros do interior da Paraíba com destino à cidade de Fortaleza.

Ele perdeu o controle do carro nas imediações da comunidade de Lagoa de pau, na RN 117. Por volta das 19 horas e 30 minutos de domingo o carro desceu o acostamento e foi parar numa ribanceira. O motorista não sofreu nenhum ferimento. A estrada escura e a falta de sinalização do trecho podem ter contribuído para o acidente.

“Na verdade eu não sei nem dizer o que aconteceu. Perdi o controle do carro e ele acabou caindo. Sou acostumado a passar por aqui, mas estava escuro e também a pista é pouco sinalizada”, explicou Jacinto.

O Policial Militar Freitas Júnior atendeu a ocorrência e confirmou que o condutor não apresentava sinais de embriaguez.

Um dos três passageiros era Francisco Rodrigues da Silva de 65 anos, irmão do condutor. Ele não sofreu ferimentos, mas foi atendido pelo Samu e reclamava de fortes dores no Tórax.

Os outros dois, Militão que é capitão da Aeronáutica e Adilon, amigos do motorista, também passam bem. “Graças a Deus foi só um susto e todos nós estamos bem”, declarou Jacinto. Os quatro homens envolvidos no acidente residem na cidade de Fortaleza.


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Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura


Por: José Cícero


JC entre o grupo de brincante infanto-juvenil de Fortaleza
 
1- JC com o senador Inácio Arruda.
2- Com maestro e o dep. Lula Morais

Na última quinta-feira(22) o secretário de Cultura de Aurora professor José Cícero à convite do senador cearense Inácio Arruda(PCdoB) participou no Theatro José de Alencar em Fortaleza do ato de lançamento no Ceará da Frente Parlamentar Mista em defesa da Cultura.
A frente está sendo encabeçada nacionalmente pela deputada carioca Jandira Feghali(PCdoB) que como presidente da frente na Câmara está articulando um verdadeiro movimento no sentido de reunir forças com vistas a assegurar, por meio de lei, dentro outras reivindicações, a destinação de 2% do orçamento da União para a área da cultura.
Antes do início da solenidade, aconteceu no teatro uma série de apresentações culturais, na sua maioria através de grupos artísticos e folclóricos da capital e da região metropolitana, além da presença de diversos mestres de cultura popular e autoridades do mundo da política e das artes cearenses.
Estiveram presentes no ato de lançamento da frente no Ceará: O senador Inácio Arruda(coordenador da frente no Ceará), a deputada Jandira Feghale(presidente nacional), os deputados federais Chico Lopes(PC do B) e José Airton(PT), secretário de cultura prof. Pinheiro, dep. estadual Lula Morais e a vereadora Eliana Gomes, ambos do PC do B. Além de representantes da Secult-Ce, da prefeitura de Fortaleza, do Ministério da Cultura, dentre outros. A abertura do evento se deu oficialmente através da primorosa apresentação da orquestra sinfônica Eliazar de Carvalho.
A frente parlamentar mista em defesa da cultura conta atualmente com a adesão de pouco mais de 280 parlamentares do Brasil inteiro. O objetivo da frente, conforme afirmou a deputada Jandira é priorizar políticas estruturantes baseadas no tripé cultura, educação e comunicação democrática, disse ela. Por outro lado, o senador Inácio enfatizou que a idéia é privilegiar a diversidade cultural nas mais diferentes regiões do país. E entre os temas priorizados estão: cultura popular, o sistema nacional de cultura, o vale cultura e a s leis de direitos autorais e de fomento à cultura de modo geral.


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