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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Zé Baiano




Zé Baiano (? — 7 de julho de 1936) foi um cangaceiro que integrou o bando de Lampião. Conhecido por sua crueldade, tinha o costume de marcar com um ferro em brasa as iniciais "JB" no rosto ou no púbis de mulheres de cabelo curto ou por estarem usando vestidos cujo comprimento ele considerava inconveniente, passando a ser conhecido por isso como o "ferrador de gente". Devido à cor de sua pele, foi apelidado também de "pantera negra dos sertões". Liderou seu próprio bando, em companhia do qual foi morto em 1936 após uma emboscada em Alagadiço, povoado do município de Frei Paulo.

Biografia

Lampião e seu bando invadiram Alagadiço pela primeira vez em 1930, arrombando casas e roubando pertences dos moradores. Pelo povoado estar em uma posição estrategicamente privilegiada, e por não contar com destacamento reforçado de polícia, os cangaceiros transitavam livremente pela região. Lampião voltou mais três vezes à Alagadiço; na segunda ocasião, procurou o coiteiro Antônio de Chiquinho, querendo informações sobre um destacamento policial que perseguia seu bando.


A última visita de Lampião ao povoado foi em 1934, quando deixou Zé Baiano no comando da região. Acompanhado de seus comparsas Demudado, Chico Peste e Acelino, ele aterrorizou a localidade, cometendo atrocidades, saqueando e impondo sua própria lei em Frei Paulo e vizinhanças. O bando costumava esconder-se da polícia nas casas de fazendeiros, ou então na mata, mas foi o coiteiro Antônio de Chiquinho que acabou pondo um fim ao reinado de criminalidade de Zé Baiano.

Cansado de ser perseguido pelos policiais devido ao envolvimento com o cangaço, o comerciante armou uma emboscada aos criminosos. Durante uma entrega de alimentos em 7 de julho de 1936, acompanhado dos conterrâneos 

 

Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho), José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin), Antônio deu fim a Zé Baiano e seu bando. Manteve segredo do fato durante quinze dias, temendo represálias de Lampião. O cangaceiro, contudo, decidiu não se vingar após ser convencido por Maria Bonita que o empreendimento poderia ser perigoso, pois o povoado contava com a presença de um canhão.
Referências
 Ir para cima↑ Lampião, senhor do sertão: vidas e mortes de um cangaceiro. Elise Grunspan-Jasmin. EdUSP. ISBN 9788531409134 (2001)

Ir para cima↑ "I Encontro Cultural de Alagadiço". FUNCEFETSE

↑ Ir para:a b c "ALAGADIÇO: UM POVOADO RICO EM HISTÓRIA"
http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Baiano
http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

NÓS E NÓS

Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

Eu, você, todas as pessoas ao redor, talvez todos desejemos viver em paz, com tranquilidade, em harmonia, aproveitando o melhor que a vida possa oferecer. E todos somos nós. A vida assim, pacífica e harmoniosa, não nos prenderia sufocantemente e não forçaria a estar desatando os nós, outros nós, que nos chegam como laços e aflições.

Mas, e infelizmente, nós nos tornamos, a cada passo, reféns de outros nós. Nós, pessoas que somos, indivíduos que estamos, quase nada mais podemos pensar em ser se os nós das incertezas, das dificuldades e dos reveses não nos deixassem emperrados na caminhada. Os outros nós, cordames entrelaçados na vida, procuram sempre ficar mais apertados.

Nós, sujeitos, que somos cordas, fios e linhas soltas em busca de realizações, nem sempre podemos fugir dos nós que se formam mais adiante; nós, que estamos em constante busca da liberdade, nos vemos entrelaçados precisamente quando os objetivos já estão tão próximos de serem alcançados. Nós sempre reféns dos nós, aqueles que se apertam para nos ameaçar.

Os nós chegam para afligir o que há em nós. Os nós, esses entrançamentos difíceis de ser desfeitos, cada vez mais apertados e doloridos, cada vez mais sufocantes e angustiantes, surgem para desassossegar o que se imaginava livre como um pássaro na sua caminhada. Adiante, quando o que se deseja é apenas prosseguir, eis que as linhas se enovelam, se retorcem e se misturam, embaralhando tudo.

 

Os nós que nos chegam aprisionando não são os nós que queremos ser. Queremos ser nós na simplicidade da junção e do compartilhamento, e não os nós do aprisionamento. Os nós que desejamos ser nos bastam nos laços da amizade, e não naqueles nós que nos deixam ser liberdade para a ação.

Por natureza, nascemos sem nós e com a possibilidade de, através da união, sermos um todo em nós. O homem não nasceu curvado perante si, os grupos humanos não surgiram já retorcidos e embaraçados; todos, formando tudo o que há em nós, somos predestinados a viver sem as impiedosas amarras, sem os nós. Contudo, as linhas da estrada são misturadas, confundidas, e se transforma em nós o que seria linha reta.

Nós e nós. Um e outro. Tão iguais e tão contraditórios. Diferentes, mas com o mesmo poder de atratividade e de fixação. O plural do substantivo masculino nó vai exsurgindo, vai despontando, se entrelaçando no pronome pessoal nós, e de repente tudo é um nó em nós. E nós amarrados pelos nós; nós que impedem a retidão das linhas que há em nós.


Eis que as palavras são as mesmas, os mesmos sons, as mesmas pronúncias, mas significações bem distintas e distantes. Nós e nós, um que nasce de vários nós, de vários enlaçamentos, formando algo difícil de ser desfeito; e nós, como junção de duas ou mais pessoas, uma diversidade que jamais gostaria de se ver entrelaçada.

Nós: Pronome, pois palavra que substitui os nossos nomes; indica as pessoas do discurso; primeira pessoa do plural; pronome pessoal do caso reto; pronome pessoal do caso oblíquo tônico. Nós somos, nós estamos, nós queremos. Eu e você somos nós; todos somos nós.

Nós: Substantivo masculino; entrelaçamentos apertados de dois ou mais fios ou cordas; laços feitos de cordas ou de coisas semelhantes, cujas extremidades passam uma pela outra, apertando-se. E também tudo que está enlaçado, preso, enrodilhado; os laços complicados que se dá na corda.

Ou ainda, com relação aos entrelaçamentos, eis que são as situações difíceis de resolver; os estorvos ou embaraços criados; as uniões, os laços e os vínculos; os pontos essenciais de uma questão e que precisam ser resolvidos. E é por isso que se diz dos nós como enrascadas, como empecilhos para prosseguimento de algo.

Mas o que o “nós”, enquanto pessoas, teria a ver com os “nós”, estes relacionados a amarrações ou liames de difícil soltura? Só há uma resposta. Até que aprendamos a fugir das ciladas e dos indesejados encontros viveremos nos nós criados por nós mesmos.


Poeta e cronista

blograngel-sertao.blogspot.com   


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Todas as cores do Cariri Cangaço 2013

Por: Manoel Severo

É com grande alegria que divulgamos o Balanço de Atividades do Cariri Cangaço neste ano de 2013. Iniciamos o ano, depois de pausa forçada em função do ano eleitoral de 2012, com o pé direito: A iniciativa de realizarmos as "Avante-Première" como prévias de nosso encontro anual foi um absoluto sucesso; não só pela escolha das cidades sedes (Lavras da Mangabeira, Sousa, Nazarezinho e Piranhas), nem tampouco em função da programação extremamente rica e plural; mas e principalmente, pela consolidação de um sentimento de "nordestinidade" que toma conta de nosso Cariri Cangaço, um sentimento de pertencimento e de valorização sincera do que nos é mais caro: Nossas raízes.


Lavras da Mangabeira, Sousa, Nazarezinho e Piranhas se inserem no contexto das mais novas "Cidades Sedes" de nosso Cariri Cangaço, a se unirem a Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Porteiras e Barro, perfazendo um total de 11 cidades já irmanadas em torno de um único sentimento.

O evento em 2013 reuniu mais uma vez um número recorde de personalidades deste universo da pesquisa e estudo das coisas do sertão; logo depois do evento fizemos um balanço de todas as participações e chegamos ao impressionante número de 163 personalidades, desde aquela que só conseguiu ir em um único momento até aquelas que nos deram a satisfação de compartilhar conosco cada segundo do Cariri Cangaço 2013. Em 2012 foram pouco mais de 140 personalidades. Vale ressaltar que desses convidados; 43 estavam ali pela primeira vez, o que nos enche de alegria e honra.

Duas da muitas visitas técnicas do Cariri Cangaço 2013: Coité e Fazenda Nazaré
 


Vamos aos números do Cariri Cangaço 2013


09 Conferências

06 Rodas de Conversa

15 Visitas Técnicas

2.115 km Percorridos

56 horas de Atividades

163 Personalidades do Universo da Pesquisa e Estudo

3.120 Pessoas - Público Total do evento

Na verdade, os números refletem o zelo e a responsabilidade com a qual uma enorme e valorosa equipe de todos os municípios anfitriões, dedicaram ao evento, consolidando assim mais um marco na história de nosso Cariri Cangaço. Méritos esses que precisam ser compartilhados por todos nós, e principalmente com os senhores que fazem parte desta sensacional família Cariri Cangaço de todo o Brasil.

Em nosso evento de 2013, tivemos 17 estados representados, senão permitam: Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e Paraná.É verdade, a família está aumentando e as responsabilidades também. Esse é o nosso verdadeiro combustível.


Nessa Edição tivemos a honra de eleger como Patrono de nosso Conselho Consultivo, o inesquecível ALCINO ALVES COSTA, o Caipira de Poço Redondo. Dessa forma eternizando sua presença entre todos nós, a partir de agora fazemos parte do Conselho Consultivo Alcino Alves Costa. 


Nova Composição do Conselho Consultivo Alcino Alves Costa:


Aderbal Nogueira - Fortaleza

Ângelo Osmiro - Fortaleza

Bosco André - Missão Velha

Cristina Couto - Lavras da Mangabeira

Pedro Luiz Camelo - Crato

Sousa Neto - Barro

José Cícero Silva - Aurora

Napoleão Tavares Neves - Barbalha

Juliana Ischiara - Quixadá

Leandro Cardoso - Teresina

Paulo Gastão - Mossoró

Kydelmir Dantas - Mossoró

Ivanildo Silveira - Natal

Honório de Medeiros - Natal

Múcio Procópio - Natal

Narciso Dias - João Pessoa

Professor Pereira - Cajazeiras

Wescley Rodrigues - Sousa

Geraldo Ferraz - Recife

Ana Lúcia - Petrolina

Antônio Vilela - Garanhuns

Jairo Luiz - Piranhas

Archimedes Marques - Aracaju

Kiko Monteiro - Lagarto

João de Sousa Lima - Paulo Afonso

  
Não poderíamos deixar de frisar o apoio de nossa SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e do GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço. Os anos de 2014 e 2015 guardam muitas realizações e sem dúvidas estaremos juntos. Grande abraço.

Manoel Severo

Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com.br
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br