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quarta-feira, 3 de maio de 2023

VIAGEM DE ALMINO AFFONSO ÀS ORIGENS

 Por Epitácio de Andrade Filho

Em 1999, ano do centenário da morte do abolicionista Almino Álvares Affonso, seu neto homônimo celebrou a efeméride realizando uma viagem idílica as suas origens. O deslocamento e a estada ficaram registrados no opúsculo “Viagem às Raízes”, publicado pela Fundação Vingt-un Rosado, sendo o trimilésimo título da coleção Mossoroense (setembro de 1999).

Almino Monteiro Álvares Affonso é advogado, formado em 1953 pela Faculdade de São Paulo. Na sua história de homem público se encontram  3 mandatos de deputado federal, além de vice-governador de São Paulo e ministro de Estado do Trabalho e Previdência Social no governo João Goulart. Foi cassado durante o golpe de 1964 e viveu no exílio ao longo de 12 anos. Durante sua estada em Almino Afonso/RN, ficou hospedado na residência de parentes e em fevereiro daquele ano foi agraciado com o título de cidadão alminoafonsense. Essa honraria foi uma propositura do vereador Genilson Nunes Carlos (Tatá), aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Almino Afonso/RN em novembro de 1997. No ano da entrega a Câmara era presidida por Francisco Cleilson Carlos de Araújo.

Como a cidade de Almino Afonso/RN não dispunha de auditório a concorrida sessão foi realizada na igreja católica. Ao contrário de várias localidades que transformaram suas antigas estações ferroviárias em espaços culturais, a de Almino Affonso está em ruínas. Almeja-se que, proximamente, a antiga estação esteja restaurada e dotada de auditório para receber a vibrante e eloquente oratória de seu ilustre filho.

Almino affonso entrando na sessão

Almino Affonso conterrâneos

Almino Afonso- Discurso

Almino Affonso Cleilson entrega título

Amino Affonso viagem às Raízes

Almino Affonso Título de cidadão

Almino Afonso estação ferroviária 2001

Enviado pelo o autor.

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CHICO JARARACA POR GERALDO JÚNIOR

 

Ao centro da imagem está o ex-cangaceiro Chico Jararaca, tendo a sua esquerda o Jornalista Ailton Medeiros e ao lado oposto o Professor Adauto Guerra.

Quando tudo parece estar caindo no ostracismo, surgem pessoas, fatos e imagens inéditas para reacender a chama das pesquisas e da curiosidade e isso nos dá força para seguir adiante por saber que ainda há muito para ser resgatado. Hoje me deparei com a fotografia de um ex-cangaceiro do bando de Antônio Silvino, que ao menos para mim, era até então desconhecida. Trata-se de Chico Jararaca, natural da região do seridó no estado do Rio Grande do Norte, que andou com o "Rifle de Ouro" no tempo em que este dava as cartas e era apontado como o "Governador do Sertão", denominação que a imprensa e populares da época cederam a Lampião anos depois.

A partir de agora vou começar a preparar um documentário sobre o personagem e em breve trarei outras novidades a respeito de outros personagens da história que tanto corremos atrás.


Mais um resgate.

Cortesia: Alexandre Muniz - Trapiá Cia Teatral de Caicó RN

Geraldo Antônio de Souza Júnior

http://cariricangaco.blogspot.com/2020/08/chico-jararaca-por-geraldo-junior.html

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A TRÁGICA VINGANÇA DE CORISCO

Por Aderbal Nogueira 

https://www.youtube.com/watch?v=7vvsPz4HtaU&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Nesse vídeo mostramos a casa da Fazenda Patos ainda toda em pé. Com depoimentos de Sílvio Bulhões, Alcino Costa e o ex-volante Josias Valão, falando sobre esse trágico acontecimento ocorrido no final do cangaço. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @aderbalnogueirac...   #lampiao #cangaço #maria bonita #cangaceiros #corisco #fazenda patos

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JOSÉ RIBEIRO FILHO MAIS CONHECIDO NO MUNDO DO CANGAÇO COMO ZÉ SERENO.

Texto: Geraldo Antônio De Souza Júnior

Oriundo de Chorrochó no estado da Bahia e proveniente da Família Engrácia (Ingrácia) que foi a família que mais cedeu membros para as hostes de Lampião, entre estes o famigerado cangaceiro Zé Baiano, Antônio e Cirylo de Engrácia, Antônio de Seu Naro (Sionário), Manoel Moreno, Sabonete II e Jararaca III.

A fotografia em questão foi registrada pelo saudoso pesquisador e escritor Antônio Amaury Corrêa de Araújo por volta da década de 1970 e passou por um processo de edição para a melhoria da qualidade, porém sem alterar os traços da fotografia original.

Zé Sereno que teve como companheira a jovem sergipana Hermecília Brás São Mateus / Ilda Ribeiro de Souza conhecida como Sila e que durante o tempo que esteve no cangaço chegou a chefiar um dos subgrupos ligados ao bando de Lampião. Zé Sereno e sua companheira estavam presentes em Angico no fatídico dia da morte de Lampião (28/07/1938) e ambos sobreviveram ao ataque da Força Policial Volante alagoana. No decorrer de suas vidas prestaram inúmeros depoimentos que serviram como base para a construção da história no formato que hoje a conhecemos.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

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A MORTE E TRAIÇÃO DE JOCA BERNARDO | CNL | 1076

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=2ycihaAzZu4&t=214s&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura


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NO CORO DA IGREJA

 Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2003

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.877

 

Como ainda não era da nossa total atenção particular, não soubemos responder a algumas perguntas sobre piano, órgão e mais indagações sobre o tema. Mas que era bonito, era. O coro da Igreja Matriz de Senhora Santana, funcionava no primeiro pavimento acima da porta principal de entrada, cujo acesso era uma escadaria de degraus de cimento. Coro é a própria arquitetura, local físico de realizações humanas. Coro também é a mesma coisa de coral, grupo de pessoas que cantam sobre a regência de um maestro. No coro da Igreja Matriz de Senhora Santana, cantava homens e mulheres durante a missa ou nos ensaios. Eram vários participantes, mas, lembramos apenas de dona Maroquita Bulhões, irmã do padre Bulhões, Marinalva Cirilo, irmão do padre Cirilo, o sacristão Jaime e o deficiente visual Liô ou Leô que, se não estamos enganados era chamado para consertar (afinar) o instrumento sempre que precisava.

Mas a questão é se o instrumento rodeado pelo coral era um piano ou um órgão. Para nós os leigos era um piano, mas para os entendidos, era um órgão. A diferença é que o órgão não tem cordas, funciona à base de ar comprimido. Também não sabemos de onde veio o órgão do coral, se de Belo Monte, Penedo ou de outro lugar. Também não temos conhecimento do seu destino final e a quem realmente pertencia. Sabemos, entretanto, que dona Maroquita, apesar da idade, ainda se prontificava ao ensino, em casa, dos que queriam aprender a tocar. A impressão, entretanto, era de paz e êxtase, quando o coral funcionava durante as missas da Matriz.

Terras de músicos, cantores e cantoras, todas as cidades do Baixo São Francisco, influenciaram a música no rincão alagoano. De Penedo mesmo, já foi registrado a vinda de cantora famosa e coral para as solenidades religiosas santanenses do mês de julho, no tempo do padre Bulhões. E do coro da Igreja Matriz de Senhora Santana fica apenas a saudade dos que ainda estão vivos e participaram do coral magnífico de Jaiminho, de Marinalva, de rapazes e moças que animavam as missas em Latim e em Português, depois. Enquanto isso, o grande sineiro e zelador da igreja, quilombola “Major”, subia e descia por ali indo e vindo da torre dos sinos. Tão educado, tão bom, tão discreto e invisível. Deus abençoe e guarde aos que estão nas liturgias de outra dimensão.

INTERIOR RECENTE DA MATRIZ DE SENHORA SANTANA (FOTO: B. CHAGAS).



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O CANGACEIRO

 Por USP CDCC São Carlos

https://www.youtube.com/watch?v=hcETlvvO6hw&ab_channel=USPCDCCS%C3%A3oCarlos

O cangaceiro "Capitão" Galdino aterroriza vilarejos pobres da Região Nordeste do Brasil, saqueando e matando com frequência com seu bando armado. Num de seus ataques, ele rapta a professora Olívia e pede 20 contos de resgate por ela. Mas ele e o seu braço direito, o valente Teodoro, ficam atraídos pela bonita cativa e a discórdia se instaura no bando.

Para a resenha do filme e onde assistir, acesse: https://cdcc.usp.br/o-cangaceiro/ Cenas da abertura: Vecteezy.com Música: NGUYEN Hoai Van:    • Mulher Rendeira -...

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UM FUNCIONÁRIO PADRÃO

 Por José Mendes Pereira


Conheci o Vianei Viana mais ou menos nos anos 70, quando a empresa "ANIBALTEC" estava nascendo, na Rua Lopes Trovão, tendo como fundadores e proprietários o nosso mano Aníbal Fernandes Porto e sua esposa Neném, como nós de sua intimidade o chamamos. 

O Vianei é merecedor do título "Funcionário Padrão", por ser, desde da sua juventude, um rapaz que mantém a sua responsabilidade na empresa que até hoje é empregado de lá. Nunca decepcionou o seu patrão, e sua consideração um com o outro, sempre foi e será recíproca.

Parabéns, grande Vianei Viana! Sua honestidade e responsabilidade, tenho certeza, são sinônimos que muitos gostariam participar. Mas nem todos têm caráter como ´você, teve, tem e sempre terá.

O funcionário que passa aproximadamente 50 anos numa única empresa, sem nenhuma falha (porque, se ainda continua lá, não tem falha), quantos empresários gostariam de convocá-lo para ser seu empregado?

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MV.: NO FIO DA HISTÓRIA... À MEMÓRIA DO GRANDE IDEALISTA ZÉ CADETE DE MISSÃO VELHA

Por José Cícero

No auge da ditadura militar nos chamados”anos de chumbo” bem na primeira metade da década de 60, uma pequena chama de liberdade se acendeu na então pequena e provinciana cidade de Missão Velha. Um diminuto grupo de pessoas, não mais que cinco ou seis idealistas resolveram, não obstante o perigo, se colocarem contra o regime da caserna. A frente do qual estavam José Pereira da Silva, ZÉ CADETE que na época exercia na cidade a profissão de sapateiro/vendedor de loteria e o Dr. José Ribeiro, um intelectual filho da terra.

Quando a repressão recrudesceu em todo o país e no Ceará, logo começaram a pipocar as notícias vindo da capital. Dando conta das perseguições, prisões e torturas cometidas pelos denominados aparelhos de Estado contra os supostos ‘comunistas’, bem como, contra todos aqueles que eram tidos, por qualquer motivos, como inimigos do regime. Ou simpatizantes do socialismo mundial. Em Missão Velha,assim como em Aurora as reuniões passaram a ser noturnas e clandestinas em sítios como: Morro, Arraial, Trapiá e Martins.

De modo que, não demorou muito para que o serviço de verdadeira ”caça às bruxas” chegasse ao Cariri. Cidades periféricas como Missão Velha e Aurora foram visitadas por representantes das forças armadas que davam sustentação ao regime, no sentido de ouvir pessoas e efetuar prisões, cujos supostos ‘subversivos’ eram imediatamente recambiados de trem, sob escolta policial para às prisões em Crato ou Fortaleza.

Mesmo sem muita expressão oposicionista e/ou política era já sabido, por parte da repressão, da existência de algumas pequenas células do então PCB, tanto em Missão Velha, quanto em Aurora. O próprio Cadete tinha a função de manter ideologicamente informados o grupo de Aurora encabeçado pelos também saudosos: Biró Ribeiro, Vicente Ricarte e seu Gonzaga Alfaiate(***). Sendo que, este último, chegou a ser interrogado por um cel. do exercito na antiga delegacia de polícia, na época situada no centro daquela cidade*.

Só não foi igualmente preso, porque conseguira convencer seu interrogador de que sua única função na célula comunista era receber, na estação do trem, duas vezes por semana, o jornal do partido – O Democrata, e em seguida distribuí-lo aos demais, por alguns trocados. Razão, porque, segundo ele mesmo, foi liberado*. Todos os demais tiveram rapidamente que fugir e se esconder longe da sede nos dois municípios.

Ainda em Missão Velha, os agentes da repressão invadiram o escritório do Dr. José Lima Ribeiro e logo o prenderam. Sendo levado para o quartel na cidade do Crato. Vasculharam a sua biblioteca, buscando as ditas obras comprometedoras, notadamente as marxistas. Alertado pelos rumores e as notícias veiculadas pelo rádio, Ribeiro cuidou antecipadamente de esconder parte dos seus livros na casa da sua genitora(dona Letícia) no sítio Cachoeira. Zé Cadete teve tempo de fugir.(**) Mas, terminantemente se recusou a se esconder, dizendo ele que não podia, por um dever de consciência, visto que não havia cometido nenhum crime contra as leis, nem contra os homens, nem contra o Estado. De modo que, mesmo avisado e aconselhado por seus companheiros, decidiu ficar. E assim foi preso pela manhã em pleno oficio cotidiano, ou seja, no seu próprio local de trabalho(na oficina). O mesmo fora conduzido por policiais da capital à delegacia. E de lá, até à estação ferroviária local, quando em seguida, no começo da tarde seguiu de trem para Fortaleza.

Todos sentiram, como em si mesmos aquela injustiça. Aquele ato indigno e não puderam fazer absolutamente nada. Porém, em todo regime totalitário, onde quer que aconteça, a justiça sempre foi e será a primeira vítima a ser sacrificada. E a lei, quase uma sentença de morte antecipada.

Zé Cadete, era tido por todos, como um homem de bem. Um bom indivíduo de coragem e de fortes convicções. Portanto, bastante querido e admirado pela comunidade. De maneira que, segundo dizem até hoje, seguira naquela tarde no trem da RVC de cabeça erguida e semblante altivo. Sem esboçar nenhum constrangimento ou gesto de tristeza. De modo que, foi possível constatar com a saída do trem o real sentimento de tristeza e contrariedade de todos os que em profundo silêncio, testemunharam a partida de Cadete, para nunca mais retornar à Missão Velha em vida. Senão, em março 1990, para ali ser sepultado, posto que falecera aos 85 anos na cidade de Iguatu, vitima de um AVC. Quando finalmente foi livre em Fortaleza passou a residir em São Paulo.Tempos depois, já viúvo retornou ao Ceará indo morar na cidade de Iguatu, onde contraiu um segundo casamento e se tornara maçom, através do seu amigo o Sr. Aluisio Filgueiras. Tivera sete filhos, sendo quatro do primeiro casamento e três do último(*).

Zé Cadete nasceu em Barbalha em outubro do ano de 1904, mas muito jovem veio residir com os seus em Missão Velha, o solo sagrado que ele, desde muito, adotou como sua terra-mãe e, inclusive, pedira para que no chão de São José, um dia seu corpo fosse definitivamente sepultado. E assim foi feito...

# Prof. José Cícero

MV – CE.

foto: arquivo pessoal da filha de Zé Cadete - M. Aurélia.

(*) Informes: (*) de Maria Aurélia.

(**)da sobrinha do dr.J. L. Ribeiro - Celda Santiago.

(***) Revista Aurora (07), entre outros informações orais.

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