Por Sálvio Siqueira
“Peço licença
pro cês”
Estou um pouco
afastado dos estudos sobre a história do fenômeno cangaço, mas não deixo de
sempre dar uma ‘espiadinha’. Revendo meus arquivos, que não são muitos, estava
vendo capturas inéditas daqueles que fizeram parte do fenômeno... cangaceiros,
volantes, coiteiros e vítimas, quando parei em uma e resolvi dividir com vocês.
O aniversário de Lourival Batista, Louro do Pajeú, é no dia 6 de janeiro. Nessa
data, tínhamos o prazer de revermos e/ou conhecermos pessoas, figuras
importantes, que vinham parabenizar o ilustre aniversariante, como Geraldo Amâncio,
Pinto do Monteiro, Gregório Bezerra...
A família continua realizando a festa
todo dia de seu aniversário. Pois bem, em uma destas data, tivemos o imenso
prazer de conhecermos a ex-cangaceira Sila. Hospedou-se na casa do ilustre Antônio
Bezerra, Antônio de Catarina, 1º tenente reformado da aeronáutica.
Ela pernoitou
do dia 5 para o dia 6 na casa do amigo. Ainda há os dois tornos, nos quais foi
armada a rede em que Sila dormiu. O que chamou atenção foi o relato de que ela
usou um ‘tamborete’ para poder deitar na rede, por ter rodas de arame farpado
no chão, a rede ficou muito esticada, muito alta, mas, a fera não sentiu receio
e nela dormiu.
Na manhã do dia 6, foi à casa de Lourival Batista. Em certo
momento, pegou uma viola, e junto a Antônio de Catarina, cantaram um ‘baião’. Esta
captura foi realizada na área da casa do aniversariante. Coisa muito boa, e que
foi o que me chamou a atenção para o cangaço... poesia, viola e cangaço. Para
mim, não são separados, se interligam historicamente.
Foto arquivo
pessoal de Antônio de Catarina
Fonte:
facebook
Página:
Sálvio SiqueiraCangaçofilia
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