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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

“O SUJEITO”

Por José Mendes Pereira
Churrascaria O Sujeito enchente 1961 - www.azougue.org

Lembrar de "O Sujeito" é reviver a nossa juventude de antes de ontem e ontem, aqueles tempos de ouro, ouro de melhor quilate, ouro misturado com doses românticas e olhares apaixonados, entre àquela multidão de pessoas que procurava acasalar-se, pelo menos naquela saudável noite, naquela temperatura fria, vindo do rio que ainda vivia alegremente sem nunca pensar em morrer; em meio da linda iluminação das luzes negras, afogada com as mais famosas músicas da época, como por exemplo: The Fevers com o seu “Mar de Rosa”. 


Esta música foi muito tocada naquela casa, e o controlista do som colocava uma outra, e outra, mas logo estava com ela de volta. O motivo dela ter sido tão rodada, porque o som é excelente para quem sabe dançar, e até mesmo para quem não dança nada. Ela ajuda o dançarino a se mexer. 


"O Sujeito" amparava também as belas músicas do "Renato e seus Blue Caps" com a música Playboy, que fazia sucesso em todos os locais da cidade, e outros tantos cantores famosos da época.

O sujeito não tinha férias, era de verão a verão, e todas as noites as suas dependências estavam lotadas de jovens que vinham de várias escolas de Mossoró.

Apesar do seu tamanho, o "Sujeito" foi um dos melhores clubes da cidade, com portas abertas, e pagar entradas, só quando eram contratados cantores.

O “Sujeito” deixou muitas recordações nos corações daqueles que nos anos 60 e 70 frequentavam diariamente aquela casa de diversão.

A nossa Mossoró tem história, o certo é que muitos guardam em suas lembranças, sem compartilharem com outras pessoas, que apenas, vez por outra, ouvem pequenos comentários dos fatos que se passaram nas décadas de 60 e 70, com a explosão musical.

O Brasil não teve como segurar a juventude, mas todos aqueles que faziam parte dela, era em prol de divertimentos, de boas causas. Era uma verdadeira tranquilidade. O sujeito saía à noite para se divertir em qualquer casa de shows em bairro de Mossoró, e tinha certeza que iria voltar em paz. Hoje é tudo diferente..., a certeza de voltar em paz para casa, é uma grande incerteza.

O grande amigo Expedito De Assis lembrou e me fala em comentário que eu esqueci, que todos daquela época, inclusive ele e eu, enfrentávamos as águas do rio Mossoró em período de muito inverno, quando elas em abundâncias transbordavam por todos os lugares, e invadiam o tablado de "O Sujeito". Não é que nós enfrentávamos o rio, e sim, sobre o tablado elas se espalhavam. Foi um tempo muito bom, inesquecível para todos nós que éramos jovens naquelas décadas.

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CONHEÇA OS TRABALHOS DO ARTISTA NELSON ITABERÁ GONÇALVES

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Som e Prosa - Nelsom Itaberá - PGM

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RELAÇÃO DE LIVROS DA LIVRARIA DO PROFESSOR PEREIRA


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O TRISTE FIM DE MARIA... BONITA.


“Quando os soldados a encontraram, ela (Maria Bonita) estava viva. O soldado degolou-a viva com um facão afiado. Morta, ela pertencia, finalmente, a todos. Eles se jogaram contra ela e, numa cerimônia macabra, numa visão saturada do mal cuja história brasileira é gulosa, despojaram o cadáver. Dividiram as jóias. O dinheiro, e expuseram o corpo numa posição grotesca, as pernas abertas e uma vara fincada na vagina, segundo testemunho do soldado Antônio Campos a diversos pesquisadores do cangaço; confirmado, pessoalmente, por José Panta de Godoy, morto em 2002”.


Trecho do livro “SILA – UMA CANGACEIRA NO DIVÔ de Daniel Lins e Ilda Ribeiro de Souza (Sila), em que é relatada a sanha e a ganância dos Soldados Volantes, naquela manhã de 28 de Julho de 1938... em Angico.

Foto colorizada por Rubens Antonio (Salvador/BA)
Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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MORRE O MOSSOROENSE ENGENHEIRO JOSÉ NILSON DE SÁ

Por Lindomarcos Faustino

Mais uma vez venho comunicar o falecimento de outro cidadão mossoroense, JOSÉ NILSON DE SÁ, grande engenheiro que faleceu hoje em Natal-RN, 15 de dezembro de 2015.

Ele fundou em 1951 a EIT – Empresa Industrial Técnica Ltda, junto com os sócios Antônio Pessoa Cavalcanti e Daniel Uchoa Bezerra Cavalcanti.

O foco da empresa era na área de pré-moldado, construções aeroportuárias, execução de obras de implantação e pavimentação de estradas, principalmente no RN.

Seis anos após a fundação da EIT, a empresa sediada em Recife foi transferida para Natal e houve a transformação em sociedade anônima.


Em 1970, foi feita uma reforma no estatuto da empresa, que, além de alterar a diretoria, ampliou a atuação da empresa, principalmente na área de engenharia pesada, incluindo pavimentação de estradas, terraplanagem, eletrificação, aeroportos, aeroportos e saneamento.

Destaque para construção do trecho da Transamazônica – iniciado em Itaituba (PA), com 230Km -; o gasoduto Brasil-Bolívia; construção da Via Costeira e da Rota do Sol (Natal-RN); construção da Avenida Litorânea (São Luís-MA), e a barragem Umari (Upanema-RN). Atualmente a EIT é uma das maiores empresas da indústria da construção civil.

José Nilson de Sá também foi presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte de 1967 a 1969.

NOSSO PESAR A FAMÍLIA.

Fonte: facebook

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DEPOIS DA TEMPESTADE

Por Rangel Alves da Costa*

Não há mal que não traga um bem, assim a máxima tão conhecida. Ou, noutras palavras, não há mar revoltoso que mais tarde não se aquiete em calmaria. Depois de tudo, da aflição e do sofrimento, a lição aprendida. Conhecido o mal, será preciso evitá-lo, conhecido o mar, será preciso respeitá-lo. Assim a vida numa linha do Eclesiastes: o que é agora não mais será adiante. E nisto vejo o momento brasileiro ou a realidade difícil que aflige a todos da nação. Menos aos culpados, logicamente.

Acaso se confirmem os ditados e as máximas, há de ser no chicote que virá o amansamento, há de ser na ferroada que surgirá a mansidão. Infelizmente será na dor e na sangria que surgirão os aprendizados das tempestades que açoitam o Brasil nos últimos tempos. Mesmo que secularmente já venham se acumulando os vícios das roubalheiras, das espertezas insidiosas e dos conchavos lamacentos, chegaria o dia de a limpeza começar a ser feita. E é isto que vem acontecendo na pátria aviltada.

Nos últimos tempos, nas páginas dos jornais, nos noticiários televisivos, nas mídias, nos diálogos entre as pessoas, alguns termos surgiram repetidamente e ainda ecoam sem perspectiva de silenciar. Corrupção, lamaçal, roubalheira, sonegação, improbidade, evasão, propina, fraude, desvio e uma infinidade de outros termos inescrupulosos, estiveram na percepção das pessoas como termos corriqueiros. Tanto surgem que já não espantam mais.

E todos como consequência de outros termos que apareceram com estardalhaço a partir de operações comandadas pela Polícia Federal: Mensalão (esquema ilegal de financiamento político para compra de votos a favor do governo Lula), Lava Jato (esquema de desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras), Petrolão (desmembramento da Lava Jato, esquema usado para desviar dinheiro da Petrobras, através de contratos superfaturados e dinheiro sujo para beneficiar políticos), Zelotes (esquema de sonegação fiscal), Erga Omnes (oriunda da Lava Jato, voltada para os atos de corrupção comandados pelos empreiteiros). Alguém se recorda da Operação Navalha, da Satiagraha e da Hurricane?


Em Sergipe, mesmo não sendo necessária uma súbita operação da Polícia Federal, recentemente surgiu o Escândalo das Subvenções, nome dado ao esquema de repasse e uso irregular de verbas públicas. Alguns deputados direcionavam verbas para associações e outras entidades e destas obtinham o retorno de vultosas quantias. Segundo o Ministério Público Federal, houve desvio para fins eleitoreiros de verbas que deveriam ser destinadas a instituições filantrópicas. Parlamentares já foram condenados pelo TRE/SE a pagamento de multa, perda de mandato e inelegibilidade. Na esfera criminal, se apura as práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros crimes.

Será preciso morrer para renascer, eis uma assertiva apropriada para ser utilizada nestes dias de turbulências e desesperanças. Como uma esperança reversa, foi preciso colher no sofrimento a perspectiva de um futuro melhor e mais honrado não só para Sergipe como para o Brasil. Significa dizer que os abusos e absurdos tiveram de chegar a tais patamares para que as escavações começassem. E o lamaçal saído desse poço fétido e profundo logo será visto como redenção. Pérolas surgirão desse emaranhado de lama e lodo.

Não há como pensar diferente. A cultura da corrupção estava tão enraizada no Brasil que ninguém imaginaria que pudesse algum dia ser combatida. Muito menos vencida. Ano após ano e escândalos e mais escândalos surgindo para serem esquecidos. Era fácil demais roubar dos cofres públicos, era até vantajoso demais praticar atos de improbidade e de corrupção. Ora, praticamente não havia condenação e logo tudo era devidamente esquecido. E mais adiante os mesmos meliantes dos cofres públicos voltavam a agir. E assim tudo se repetindo.

Mas será que agora tudo vai ser diferente, ou o que mudou para que se imagine um novo Brasil sem corrupção nem corruptos? Não se afirma acerca da absoluta moralidade e honradez do político, do governante ou do homem público. Logicamente que outros escândalos surgirão. O vício no roubo faz reincidir, o costume sujo nunca lava as mãos. Mas uma verdade se diga: daqui em diante nada será como antes com relação à impunidade.

A nova realidade já começa a ser visível a todos e a verdade é que jamais se viu, em toda a história do país, o andamento de tantos inquéritos e processos para apurar a roubalheira desenfreada. E muitos já foram levados à cadeia, em cujo caminho ainda muitos outros seguirão em procissão de condenados. Políticos renomados foram colocados atrás das grades, ricos empreiteiros amargam a pobreza das celas, diretores de estatais foram devidamente enjaulados. Os inquéritos e os processos continuam, as operações continuam à caça dos intocáveis, tudo num percurso sem precedentes.

Como afirmado, a corrupção, a improbidade e a roubalheira jamais deixarão de existir no Brasil. Mas a impunidade não será como antes nem as espertezas ficarão sem o devido troco. Mesmo que se imagine numa ação tardia, o que o Judiciário e a Polícia Federal vêm fazendo agora nos faz pensar em um Brasil diferente, possível, esperançoso, mais honesto e horando. Certamente que depois de todo espanto, dor e sofrimento da população. Mas um amanhã de horizonte muito menos tempestuoso. Neste sentido, as portas e janelas já estão sendo abertas à espera do sol.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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POR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO

Junior Almeida, Oleone Fontes, Francimary Oliveira, José Bezerra e Antonio Edson

O Cariri Cangaço é uma entidade cultural que a cada dia se agiganta e se impõe como um fórum de estudos e debates sobre temas relevantes da história do Nordeste, envolvendo cangaço, coronelismo, movimentos messiânicos, Padre Cícero, Antônio Conselheiro, etc. No recente encontro no Cariri, no Edição de Luxo em Setembro, deu-se ênfase a temas da história regional. Em Lavras da Mangabeira e Missão Velha, os painéis giraram em torno das figuras dos grandes potentados do Cariri no passado, com destaque para os Augusto, de Lavras, e dos coronéis Quinco Vasques, Izaias Arruda e Antônio Joaquim de Santana, de Missão Velha, tendo como palestrantes Manoel Severo, Heitor Feitosa, Urbano Silva, João Tavares Calixto, Cristina Couto e João Bosco André, atuando como mediadores Geraldo Ferraz e Archimedes Marques.

O encontro culminou com o painel “As Várias Faces de Cícero, o Santo do Juazeiro”, tendo como mediador Ângelo Osmiro e como palestrantes os juazeirenses Emerson Monteiro e Lailton Feitosa. Houve visita em Lavras à venerável residência de Dona Fideralina, matriarca da família Augusto. Em Missão Velha, o grupo esteve no Engenho Santa Tereza, de Cícero Landim, e na fazenda da família Olegário de Santana, onde almoçamos – vejam que privilégio! – ao lado da distinta Dona Orlandina, filha do coronel Izaias Arruda. Na Serra do Horto, ouvimos uma síntese do episódio conhecido como Sedição do Juazeiro, nas palavras do Padre Agostinho Justino, que não perde um encontro do CARIRI CANGAÇO, ou seja , Cariri Cangaço é sem dúvidas espetacular e imperdível, sempre.

José Bezerra Lima Irmão
Pesquisador e escritor
Salvador, Bahia-Brasil

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O PEQUENO GRANDE PEDRO POPOFF

https://www.youtube.com/watch?v=EzABnm_Y3pA&feature=youtu.be

Pedro Popoff é uma criança que vem se desenvolvendo assustadoramente sobre Cangaço e sobre o rei do baião Luiz Gonzaga.

Fonte: facebook
Página: Carla Motta

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JURITI SANGRA ZÉ JOAQUIM


Naquele tempo, Poço Redondo – SE, torna-se um ‘poço’ abastecedor das fileiras do cangaço.

Roceiros, vaqueiros, limpadores de mato... em fim, todo jovem que tinha uma profissão ou aprendia uma, debandeia-se para o lado negro e tenebroso do cangaço.


Estar ao lado de Lampião, naquela época, era ter dinheiro, respeito e status para o jovem sertanejo. Não prestava serviço algum a nenhum dos latifundiários, donos de roças de variadas espécies... eram os donos de ‘tudo’, faziam suas leis e estavam com o mito maior das quebradas do sertão. A coisa ficou de uma maneira que vemos em literaturas, que se faziam ‘festa’, forró, em comemoração daqueles jovens que estavam para ingressarem no Cangaço. Triste e inocente ilusão, que levaram a perda de inúmeras vidas naquele, e em outros, rincões.

Uma das coisas que sempre seguiu as trilhas da história do Fenômeno foram à traição, a invenção, a inveja e a mentira. Todas as citadas, infelizmente, levaram a perdas de vidas.

Certa feita, estando alguns rapazes, filhos dos rincões de Poço Redondo, João Preto, Tonho Paulo, João Mulatinho, Augusto, Gumercindo e Du, as vésperas de suas adesões, festeja-se a noite inteira... no outro dia, todos ressacados, três deles são chamados por Zé Sereno e Juriti.

Zé Sereno
Juriti

Os três, João Preto, Tonho Paulo e Augusto são incumbidos de realizarem sua primeira missão.Teriam que procurarem um cidadão chamado Zé Joaquim, dizer ao mesmo que fosse na casa do coiteiro chamado Gracinha, que lá estavam esperando por ele para festejarem sua volta. Já que há muito estivera ausente daquele pedaço de chão.


Assim fizeram.

Apesar de o corpo reclamar por descanso, Zé Joaquim se dispõe, no mesmo instante, de acompanhar aqueles rapazes. Todos eram seus conhecidos. Desde sua infância que se conheciam, e achando ser uma afronta não aceitar, partiu com seus ‘amigos’.


Lá chegando, notou logo que de festa nada por se parecia...

Adília encontrava-se presente e ele dirige-se ao seu encontro e vai cumprimentá-la, abraçá-la e, sentando-se ao seu lado, começam a prosear. Naquele momento se aproxima Juriti e diz que Zé Sereno e Balão estão na cozinha querendo falar com ele. Levanta-se e vai ao encontro dos dois, seguido de perto por Juriti. Sem nem ao menos dar-lhe as boas vindas, Zé Sereno lhe diz diretamente:

“- Cabra, você sabi o qui a gente faz quando argúem anda dizeno aos macacos adonde a gente ta?”(LAMPIÃO ALÉM DA VESÃO – Mentiras e Mistérios de Angico”- COSTA, Alcino Alves. 3ª edição. Pgs 311 a 321. Gráfica e Editora REAL. Cajazeiras – PB,2011).


Naquele instante, Zé Joaquim nota aonde foi se meter. Sabia do que acontecia com aqueles que traiam o cangaço... sabendo não ter muita chance, tenta argumentar na tentativa de defender sua vida, pois, nunca tinha traído ninguém.

“- Num mi façam mal. Eu nunca dissi nada a ninguém. Eu nunca falei nada de vocês.”(Ob. Ct.)

“- Você tem uma língua muito grande – diz Juriti – e nóis vamu cortá-la. Só assim essa genti si imenda. Teje preso cabra. Se aprepare pra morrer.”(Ob. Ct.)

“- Pulo amor de Deus num mi mati. Eu sou inocente. Eu num fiz nada. Gracinha, peça a elis pra deixari eu viver, eu perciso criá meus irmãos. Gracinha, diga a elis qui eu sou inocente.”(Ob. Ct.)

O coiteiro, junto com os outros que tanto o conheciam, se acovardam e lhe dão as costas...

“- Num queremo saber de nada – responde Juriti – Num queremo cunversa. Você tá preso e vai morrer.”(Ob. Ct.)

“(...) O prisioneiro é carregado. Levam-no para os ermos da caatinga. Chega à beira do riacho do Braz. O bando está embriagado. Tem início uma brutal tortura. Aos gritos e deboches os facínoras montam no rapaz e o cortam de esporas como se o mesmo fosse um animal. O sangue do supliciado empapa a ribanceira do riacho. Era pouco. Desejavam mais. Rasgam e furam o seu corpo com as pontas agudas de seus punhais (...)”.

Após se divertirem bastante, sem darem ouvidos para os gritos do jovem, que implorava e dizia pra eles que era inocente, Juriti, saca de seu enorme punhal e o sangra sem piedade. A lâmina dura, fria, dilacera sua carne como se fosse um ferro em brasa. Alguns instantes depois, mais um filho daquela ribeira tinha sua vida ceifada pela brutal guerra cangaceira.

“(...) Os que transportavam numa rede os restos mortais daquele que foi em vida um exemplo de homem, não suportaram a dor de ver aquele corpo, agora frio e rígido, dilacerado pelas marcas da esporas e dos punhais dos brutais inimigos do sertão e do povo(...) Aquela gente sertaneja, caída e sem forças para suportar tanto sofrimeto, olhava vencida e desesperada, a marca roxa do punhal homicida de Juriti, que havia sangrado o pescoço de Zé Joaquim(...)Na tarde daquele mesmo dia, acompanhado pelos parentes e inúmeros amigos, o pobre rapaz foi levado até o pequenino cemitério, onde uma cova rasa o esperava(...)A brutal e injusta morte do filho de Dona Antônia é um marco triste e doloroso na história sofrida de Poço Redondo(...)Era Zé Joaquim um exemplo de homem, de amigo e de filho. A sua medonha morte foi uma das maiores injustiças praticadas durante toda a guerra e campanha cangaceira(...)”. (Ob, Ct.)

Zé Joaquim foi vítima duas vezes. Uma por ter sido envolvido em ma tremenda mentira, surgida por inveja e, a outra, sua triste morte pelo punhal do cangaceiro Juriti.


Fonte/foto Ob. Ct.
Benjamin Abrahão
IDENTIFICAÇÃO DAS FOTOS NA SEQUÊNCIA:
Zé Sereno; Juriti; Local onde era a casa do coiteiro Gracinha; Juazeiros coito de Zé Sereno; Riacho do Braz,
2ª Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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A GRANDE MARCHA DE LAMPIÃO PARA MOSSORÓ - Parada 05 - RAPTO NA FAZENDA AROEIRAS (RN)

Por Geziel Moura

A Fazenda Diamantina foi o próximo local, visitado pelos cangaceiros, ao deixarem a Fazenda Bom Jardim (Postagem anterior), infelizmente, ela não existe mais, devido a isto, passarei a relatar os acontecimentos ocorridos na Fazenda Aroeiras, que foi a subsequente assaltada.

Antiga casa da Fazenda Aroeiras - in Lampião e o RN, de Sérgio Dantas.
Flagrada por; Salma Meira 

Por volta das 12 horas, ainda, do dia 10 de junho de 1927, a Fazenda Aroeira, do Coronel José Lopes foi atacada, o proprietário não encontrava-se em casa, apenas sua esposa D. Maria José e a criadagem, ato continuo, a esposa de Lopes foi presa.

D. Maria José Lopes - in Lampião e o RN, de Sérgio Dantas. - Acervo do autor

Os cabras "pintaram o sete e bordaram o oito" na propriedade, o vandalismo e algazarra foi a regra naquele momento, queijos e rapaduras divididos de qualquer jeito, garrafas de cachaça abertas com punhais, e serviram-se do angu que se destinava, aos operários do açude em construção.

Casa da Fazenda Aroeiras, atualmente. - Flagradas por Geziel Moura

Momento depois conseguiram encontrar, o Coronel José Lopes, e levaram para prosear com Lampião, este, sem delongas pediu 40 contos de réis pelo resgate da esposa. José Lopes famoso pela avareza, respondeu que não daria, pois sua esposa não valia nem 39 contos, quanto mais 40. Diante disso, a idosa D. Maria é colocada na garupa do cavalo, em que estava o Coronel Joaquim Moreira, provisoriamente, configurando, dessa forma, a segunda refém do bando de Lampião.

Fonte: facebook
Página: Geziel Moura

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ANTIGA CADEIA PÚBLICA MUNICIPAL DE MOSSORÓ/RN


Foto atualizada do prédio em que funcionava a antiga Cadeia Pública Municipal de Mossoró/RN, local para onde o cangaceiro Jararaca (José Leite de Santana) foi conduzido após ter sido capturado, no dia 14 de junho de 1927, ou seja, um dia após a fracassada tentativa de invasão à cidade por parte de Lampião e seu bando. Atualmente nesse prédio funciona o Museu Municipal.

Fotografia enviada gentilmente pelo amigo George Valery Ferreira Guimarães (Mossoró/RN)

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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