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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A retrospectiva do poeta Ademar Rafael


Extraído do Blog CULTURA E COISA E TAL
do amigo Alexandre Morais
Resumo do que vi em 2010

Vi o Inter ganhar libertadores,
A Espanha vencer o mundial
Tiririca recordista nacional
Ser testado na aula dos “doutores”
Vera Fischer no rol dos escritores,
Sílvio Santos perder mais de um bilhão
Ficha Limpa limpar da eleição
Os políticos que fizeram falcatruas
E o Exército com tanques pelas ruas
Do Cruzeiro, da Penha e Alemão.

Vi a Dilma ganhar pra presidente,
Apesar do aborto e de Marina,
De Zé Serra e da Luta Campesina.
Vi São Paulo com Alckmin novamente.
Vi Nardoni dizer que é inocente
Quanto à morte da filha Isabella
Vi o Tropa Dois trazer para tela
Nascimento, o Bope e a família
Vi quando Zé Arruda em Brasília
Foi levado de casa para cela.

Vi Eduardo vingar
A surra do avô Arraes
Vi a Juliana Paes
Do esposo engravidar
Vi o Lula viajar
Pelos cinco continentes
Os países emergentes
Em Davos ser respeitados
No Brasil vários Estados
Sofrerem com as enchentes.

Vi um time de Salgueiro
Derrotar o Paissandu
Chegou o quarto baú
Do grande Dedé Monteiro
Bruno, do Mengo goleiro
Se envolveu em assassinato
Não renovaram mandato
Tasso, Artur e Maciel
Vi um saudável Fidel
E um Maradona mais chato.

Ademar Rafael - Marabá-PA.

Extraído da página
http://www.afogadosdaingazeira.com/

domingo, 30 de janeiro de 2011

Após ser operado, Tiririca pode receber alta na manhã de hoje



          Redação CORREIO - Copiado do Blog Correio

             A partir da semana que vem, o comediante toma posse na Câmara como deputado federal

                  
          O deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira (PR-SP), o Tiririca, pode receber  alta hoje  pela manhã. Tiririca está internado desde a última sexta-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde passou por uma operação para a retirada de pedras na vesícula.
                  
            O problema havia sido dectado por ele há um mês, quando Tiririca sofreu uma forte indisposição e precisou ser    internado em um hospital de Fortaleza.  
     
            De acordo com a assessoria do deputado, a sua operação teve a  duração de uma hora e transcorreu bem. Apesar de  Tiririca ter tido uma  boa evolução durante ontem, os médicos decidiram mantê-lo no hospital até a manhã de  hoje, visto que o tratamento é baseado em antibióticos.
                   
             A partir da semana que vem, Tiririca toma posse na Câmara como deputado federal, mas já garantiu que vai manter em paralelo as suas atividades artísticas e  parlamentares. Segundo ele, seu eleitorado formado por 1,3 milhão de pessoas não vai ter do que reclamar. Tirirca foi diplomado deputado no dia 17 deste mês. Dois dias antes, havia visitado a Câmara dos Deputados, em Brasília, pela primeira vez, após a polêmica em torno da suspeita de que ele seria analfabeto - acusação da qual foi absolvido.

Localizado primeiro corpo de vítima de desabamento em Belém


                Por  Lucy Silva
      Direto de Belém - Copiado do Blog Terra
                A Defesa Civil localizou, na madrugada deste domingo (30), o primeiro corpo de vítima do desabamento do prédio Real Class, que estava em construção e cedeu na tarde de ontem em Belém, capital do Pará. A vítima morava na casa vizinha ao local do desmoronamento.
                O corpo de Maria Raimunda Fonseca Santos, 67 anos, foi encontrado sob os escombros por volta das 4h10 da manhã, segundo informou a Defesa Civil Estadual. De acordo com as informações dos familiares, Maria Raimundo estava ao lado do pedreiro Raimundo Nonato Porto Rodrigues quando aconteceu o desmoronamento. "A vítima correu para a frente da casa, onde o escombro do prédio caiu", informou o major Augusto Lima, da Defesa Civil Estadual. Raimundo Nonato conseguiu se salvar porque correu para o quintal. Ele recebeu os primeiros socorros no Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti e já foi liberado.
              Pelo menos cinco operários que trabalhavam na obra na hora do desabamento podem estar sob os escombros. As buscas continuam nesta manhã. Ao todo, mais de 200 homens entre oficiais do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e forças armadas, além de agentes de saúde e voluntários da Cruz Vermelha, trabalham na operação de resgate e atendimento das vítimas.
               Major Lima explica que o trabalho das buscas é delicado e segue uma metodologia específica. "Primeiro entramos com os bombeiros, que fazem uma análise detalhada do local para verificar se não há indícios de corpos, para depois entrar com as máquinas. Assim garantimos a segurança das possíveis vítimas", disse.
Vistoria
              Também está prevista para esta manhã uma vistoria técnica no edifício Blumenau, localizado ao lado do prédio que desabou. O desmoronamento abalou as estruturas do prédio e os moradores foram retirados do local. "O Blumenau foi o único prédio em que não deixamos os moradores retornarem para apanhar seus objetos pessoais. Eles foram para casa de parentes", disse o oficial.
               Ainda segundo Lima, todo o quarteirão foi isolado, mas ainda não há um levantamento de quantas pessoas foram atingidas pela tragédia, seja desalojados ou desabrigados. O único dado oficial é que três famílias, totalizando 15 pessoas, ficaram desalojadas e tiveram que sair de suas casas. "Essas são pessoas que não tinham para onde ir e foram encaminhadas a hotéis", informou o major.

Sinhô Pereira - Por José Mendes Pereira

Foto do cangaceiro Sinhô Pereira - Acervo do Cariri Cangaço

Sebastião Pereira da Silva nasceu em Vila Bela, no Estado de Pernambuco, no dia 20 de janeiro de 1896 e faleceu em 1972.

Devido guerras contra a família Carvalho, ele foi obrigado a se tornar cangaceiro e chefe de cangaceiros. Em 1922, Lampião recebeu das  suas mãos o bando de fa´cinoras,  pois o Sinhô Pereira foi embora para Goiás, juntamente com o primo, o Luiz Padre, e só retornou a sua terra natal, que era Pajeú, em junho do ano de 1971, quando foi visitar a família lá em Serra Talhada, também no Estado no Estado de Pernambuco.

Foi o primeiro e único patrão de Lampião. Algumas vezes Lampião se juntava a outros cangaceiros, mas depois das invasões os bandos se separavam.

Em alguns textos que você já os leu, é provável que tenha encontrado Lampião agregado a outros bandos. Mas ele se aliava somente para fazer assaltos.

Apesar dos dois bandoleiros não serem parentes, jamais se desentenderam durante o período de cangaço.

O Sinhô Pereira quando deixou a vida de bandoleiro, mudou-se para outro lugar, pois tinha problemas reumáticos, e, nos últimos meses, estava sofrendo fortes dores. Não só as dores que vinha sentindo, e outros motivos contribuíram para a desistência da vida cangaceira, tais como: pressões de parentes, amigos, e até mesmo o Padre Cícero, o qual lhe deu uma carta de apresentação, encaminhada ao Vigário de uma cidadezinha do Sul do Piauí. E com essa carta, viajaram Sinhô Pereira e seu primo Luis Padre.




Ninguém sabia se a polícia já tinha conhecimento da partida deles para o Piauí. Mas o certo foi que ao entrarem no Estado do Piauí foram atacados pela polícia, que os obrigou a voltarem para Pernambuco. No mesmo ano fizeram outra tentativa, e conseguiram. O primo caminhou por uma região do Estado e o Sinhô Pereira por outra, levando consigo dois cangaceiros amigos, os quais iriam os escoltando para se encontrarem com Luís Padre que já se achava em um povoado de Goiás.

Lampião juntamente com o seu bando de cangaceiros e os remanescentes do bando de Sinhô Pereira, passou a chefiar o grupo, e se tornar um dos principais bandidos do Sertão.

Sinhô Pereira morreu rodeado de tristeza, pois queria passar o seu tempo ao lado dos seus familiares, e construído uma bela família, onde o acobertasse de felicidades.


                                              

                                              

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Para ser Juiz de Direito


Copiado do Blog do amigo Idivanio Leite
Notícias e Direito em geral
Na íntegra.
 
Damásio de Jesus
Julho/98
 

              Nos tempos de Faculdade, queria ser Juiz de Direito. Tanto que na porta interna do guarda-roupa do quarto 31 do antigo Hotel Tapajós, hoje Terra Branca, em Bauru, onde morei por alguns anos, escrevi um pensamento sobre o meu ideal de ser juiz, que esperava um dia transformar-se em realidade. Esse guarda-roupa ainda existe e foi adquirido, juntamente com todas as velhas mobílias do quarto (até a pia), pela minha filha Rosângela: pretende, no Complexo Jurídico Damásio de Jesus, montar uma sala de recordações. Apagada pelo tempo, lá ainda está a velha mensagem do meu sonho de estudante: "Serei Juiz".
             Em Bauru, morei em outros lugares: Pensão Excelsior, casa de aluguel, residência do Tiburcio de Matos etc. Sempre estudei muito. Não havia diferença entre sábados, domingos e feriados. Quem passasse pelo hotel, de sábado para domingo, às 2 horas da madrugada, veria uma luz de quarto acesa. Era eu estudando as Instituições de Direito Penal, de Basileu Garcia (não havia ainda escrito meu manual). Os colegas, que chegavam de madrugada de suas aventuras, diziam que eu estava desperdiçando a vida: só um louco, de sábado para domingo, fica estudando preso no quarto. Mas eu sabia que para tornar-me alguém na vida era preciso, naquelas madrugadas, ser um humilde e desconhecido estudante.
             Há muitas histórias e lendas a respeito, algumas verdadeiras; outras, não. Contou-me um colega do Ministério Público mais estas: que, na pensão, eu ia ao banheiro com a Revista dos Tribunais; trabalhando de dia e estudando à noite, nas madrugadas de frio, para não dormir, punha os pés numa bacia de água gelada. Consta que peguei algumas pneumonias…
             No segundo ano da faculdade, meu pai me comprou parte da coleção da Revista dos Tribunais. No começo, não entendia nada. Com o estudo, pouco a pouco fui entendendo a parte processual e de mérito dos acórdãos. No quinto ano, já entendia tudo. Morava em Marília, para onde ia nas férias da faculdade. Lá, conheci um grande advogado, Dr. Carlos Mastrofrancisco. Emprestou-me livros e revistas, que eu devorava com avidez. Sou-lhe grato.
            Estudava mais as matérias importantes no Concurso da Magistratura. Pela ordem: Processo Civil, Civil, Processo Penal, Penal, Constitucional e Administrativo. As outras, estudava para passar. Com média 7, passava-se de ano sem exames finais. Por isso, cuidava de obter 7 em todas as matérias. Não fazendo exames finais (última prova e orais), sobrava-me mais tempo para estudar as matérias de relevância.
             Um dia, passando pelo Foto Cabreúva, conheci uma morena muito bonita chamada Neuza. Ela, disfarçando arrumar coisas no ateliê – eu soube depois –, gostou daquele estudante de Direito que era a favor do casamento e discutia a respeito de divórcio e desquite. Eu a vi como a morena mais bonita que já tinha encontrado em minha vida. Marcamos um encontro para a mesma noite. Foi o começo de uma longa história, calcada nas sólidas bases morais da bela família que construímos.
            Formei-me e fiquei aguardando o edital do concurso no Diário Oficial. Ia todos os dias, religiosamente, ao Cartório do Sílvio Telles Nunes. Mas, eis que tive uma surpresa: a Lei do Interstício, exigindo, para concurso de juiz, dois anos de exercício como advogado. Não os tinha. Procurei o Dr. Sílvio Marques Júnior, Promotor de Justiça e meu Professor de Introdução à Ciência do Direito, narrando-lhe meu infortúnio. Aconselhou-me a ingressar no Ministério Público, que não exigia o biênio, e, passados dois anos, tentar o meu sonho: a Magistratura. Eu, que sabia mais Civil e Processo Civil, tive que estudar a fundo Penal e Processo Penal. Disseram-me, então, que havia uma obra nova com matérias que os autores clássicos, como Nélson Hungria, Magalhães Noronha e Basileu Garcia, não tratavam: Curso de Direito Penal, de José Frederico Marques. Estudei, pela primeira vez, tipicidade e tipo, especialmente a classificação dos elementos do tipo: objetivos, normativos e subjetivos. Enfrentei os elementos subjetivos do injusto. No Processo Penal, emprestei uma revista de um advogado, a Revista de Processo, que trazia um artigo sobre a correlação entre a acusação e a sentença criminal.
            Editais do concurso do Ministério Público: vinte vagas. Havia dez interinos. Sobravam dez. Inscrevi-me e fui à luta. Prova escrita. Dissertação: "Da correlação entre a acusação e a sentença"! Uma das perguntas de Direito Penal: "Conceito de elementos subjetivos e normativos do tipo"! Nem era preciso fazer a prova. Já era Promotor de Justiça! Vontade de me levantar e perguntar ao fiscal da prova: "Qual é a minha comarca?".
           Fui aprovado e gostei do Ministério Público, onde fiquei por 26 anos: Itu, Igarapava, Lençóis Paulista, Bariri, Pirajuí, Bauru e São Paulo. Havia sido seduzido pela Magistratura e acabei me casando com a Promotoria. Quando estava em Lençóis Paulista, fui convidado para ser assistente de Direito Penal de José Frederico Marques. Um grande orgulho para os meus 27 anos de idade. Aprofundei-me no Direito Penal. Um motivo a mais para ficar no Ministério Público. Não realizei meu antigo sonho de ser juiz, mas tenho participado do ingresso de muitos candidatos na Magistratura.
              Quer ser aprovado no concurso? Quer ser Juiz de Direito? Então faça neste instante uma opção de vida. A partir de agora, não há mais diferença entre dias comuns, sábados, domingos, feriados, Semana Santa, Carnaval, Semana da Pátria, Natal, 1.º de Ano, festinhas de sextas-feiras à noite, praia etc. Reduza o tempo de namoro, noivado, esporte, visitas, passeios etc. Em Bauru, nos meus tempos de estudo, noivo da Neuza, nosso namoro de sábado à noite era das 19h às 21h00. Terminado o tempo regulamentar, era "beijinho, beijinho, tchau, tchau". E lá ia o Damásio, da Av. Rodrigues Alves, n. 5-29, até o quarto 31 do Hotel Tapajós estudar o Basileu Garcia.
              Estabeleça dois planos, de vida e de estudo, conjugados num só. Planifique seus dias, semanas e meses. Coloque no papel as matérias que já estudou e as que ainda falta estudar. Não perca tempo. Dê maior carga horária de estudo às matérias que sabe menos. Estude mais Processo Civil, Civil, Processo Penal, Penal, Constitucional e Administrativo. Não descure das demais disciplinas. O plano de estudo depende de sua disponibilidade: estabeleça-o de acordo com as suas condições de tempo, trabalho etc. Se você só estuda, o plano é um; se trabalha e estuda, é outro. O seu plano pode ser para seis meses, um ano, dois anos... depende. Atente para o Português. O que mais reprova não é Processo Civil ou Civil. É o Português. Quantos bons alunos já tive que não superavam o escrito, tendo eu descoberto que era por causa da redação. No Ministério Público, quantas vezes examinadores já me disseram: "Damásio, tecnicamente a prova dele é excelente. Mas veja a redação. Como podemos mandar esse rapaz para uma comarca? Já imaginou como serão suas denúncias, petições e alegações?". Seja organizado. Arrume a sala ou quarto onde estuda: a mesa, a cadeira, a direção da luz, o lápis e a caneta, o livro, os códigos e a régua. Tudo é importante. A cadeira, por exemplo. Se não for confortável, meses de estudo o levarão a ter problemas na coluna vertebral. Não fume. Perde-se muito tempo tomando conta da "bituca". Avise a família e os amigos: "Estou mudando o ritmo de minha vida. Quero que me compreendam e me ajudem". Se não avisar e alterar repentinamente o seu modo de vida, vão dizer que ficou louco. Seja humilde. Vou lhe contar duas pequenas histórias. Há algum tempo, da fila para conseguir vaga em um curso preparatório saiu um advogado e procurou o coordenador: "Esta fila é humilhante. Sou advogado conhecido em São Paulo e não vou me sujeitar a ficar nela. Ou me arranja uma vaga ou vou embora". Ele foi embora. Naquela época, ficar na fila era o primeiro ato de humildade dos vitoriosos. Um aluno me contou o seguinte fato: "Professor, um dia, procurei alguém e lhe pedi conselho e orientação. 'Que devo fazer para ser Promotor de Justiça?' E aquela pessoa me respondeu: 'Vá para casa. Você está condenado à cadeirinha, com muita humildade, por dois anos'. Pedi-lhe explicação. 'Condenado à cadeirinha? Que é isso?' E veio a resposta: 'Você não estuda num quarto ou numa sala? Não tem uma cadeira? Se quer ser Promotor, vá já para casa e, com muita humildade, estude. Daqui a dois anos será Promotor'". E o aluno prosseguiu: "Aquela pessoa era o Senhor, Prof. Damásio, e o fato ocorreu há dois anos e meio. Cumpri a 'condenação'. Na próxima semana sairá o resultado do concurso do Ministério Público de São Paulo. Eis o meu nome", disse-me ele, entregando-me um papel com seu nome. "Estarei na lista dos aprovados". E estava. Estudar é "andar de caranguejo". Não é só para frente. É para frente e para trás: estudar matérias novas e recordar as já estudadas. Faça um mapa das matérias que já viu e das que falta ver. Se você estuda "posse" hoje, daqui a seis meses já esqueceu tudo. É necessário recordação constante.
              Estudar quantas horas por dia? Certa vez, perguntei a um velho professor dos meus tempos de faculdade: "Que devo dizer aos meus alunos para que sejam aprovados nos concursos?". "O que nós dois fizemos, Damásio, estudar, pelo menos durante seis meses, 24 horas por dia", respondeu-me. "vinte e quatro horas de estudo por dia" é maneira de dizer. Ele pretendia sugerir: durante pelo menos seis meses "dê tudo de si", "estude o máximo que puder". Como estudar? Prefiro perguntas e respostas. Use régua e caneta ou lápis. Leia e sublinhe só o mais importante. Alguns autores colocam a questão e passam páginas e páginas demonstrando a sua posição quanto à resposta. Leia tudo isso apenas uma vez, meditando e guardando na memória. Depois, anote um número ao lado da questão. No rodapé da página, coloque o mesmo número e faça a pergunta. Quando for recordar a matéria, não será preciso ler o livro inteiro. Procure responder às perguntas numeradas. Não sabendo alguma, veja a resposta no número superior respectivo. Em que livros estudar? Aqui, você precisa de auxílio: alguém que conheça os concursos e saiba quais os autores preferidos. Em cada disciplina, há um autor (ou dois) que geralmente é o preferido de todas as comissões examinadoras. Certa vez, um aluno me consultou sobre uma coleção que havia comprado para estudar. Naquela altura, a coleção já tinha 55 volumes. Eu lhe disse: "Ninguém faz pergunta abrindo esses livros. Com eles, você poderá estudar 20 anos sem passar nos concursos". Não se espante com a quantidade de pontos que são publicados nos editais dos concursos. Daquilo, só caem 30%. Quer dizer que não é preciso estudar páginas e páginas da relação de matéria? Isso mesmo, só 30%. Mas como saber quais são os 30%? Em primeiro lugar, estude os temas que estão em evidência em determinado momento. Em cada época, sempre existem matérias que estão sendo mais discutidas: divórcio, união estável, reforma do Código de Processo Civil, Código de Trânsito etc. Esses temas são de preferência do examinador, especialmente no oral. Depois, pesquise a própria "preferência do examinador". Procure saber se leciona, qual a matéria, do que ele mais gosta, se indica livro, se tem apostilas. Converse com os alunos dele: prefere a teoria clássica ou a finalista? É Barros Monteiro ou Sílvio Rodrigues? Certa vez, o examinador de Direito Civil do concurso da Magistratura de São Paulo, ilustre Desembargador, lecionava em Sorocaba. Mandei alguém investigá-lo na Faculdade. Descobrimos que tinha preferência por certos temas, inclusive divórcio e concubinato. Pedi ao meu professor que, disfarçadamente, três dias antes da prova escrita, revisasse esses temas. Domingo, dia da prova, dissertação: Do concubinato. Veja como a preferência funciona. Leciono Direito Penal. Há alguns temas de minha preferência: tipicidade, erro de tipo e de proibição, dolo, elementos normativos do tipo, prescrição etc. E há pontos que não motivam as aulas, embora importantes: medidas de segurança, reabilitação, efeitos da condenação etc. Suponha que eu fosse examinador: pediria medidas de segurança na dissertação? Claro que não. Se houvesse 300 candidatos, teria de corrigir 300 provas sobre medidas de segurança! Se você fosse candidato e eu examinador, deveria estudar erro de tipo, prescrição etc.
             Não faça o primeiro concurso que aparecer. Alguns dizem que sabem que não vão ser aprovados; querem fazer o exame "só para ver como é". Não aconselho. Não acredito que alguém goste de colecionar derrotas. É possível que objetivamente esteja dizendo "não faz mal, eu sabia que não ia passar" e seu subconsciente anote a derrota. Recomendo aos meus alunos que aguardem o seu "momento histórico": dia em que, abrindo a prova, você encontre a dissertação que estudou, a pergunta que viu, o tema que o professor deu em aula… É quando surge aquela vontade de perguntar para o fiscal da prova: "Qual é a minha comarca?". Não já. Agora você precisa estudar para o concurso. Mas, quando ingressar na carreira, não se esqueça de duas coisas: Inglês e Informática. São imprescindíveis para quem quer crescer. E, podendo, faça pós-graduação.
             Nunca desista. Quem bate à porta da Magistratura e ela não se abre, e continua batendo, "quer ser Juiz". Quem bate uma vez, ela não se abre, e desiste: nunca quis ser Juiz. Nos concursos, "não há antecedentes". A circunstância de prestar vários concursos não pesa contra o candidato. Ao contrário, revela seu ideal. Às vezes, a vitória está próxima, e o candidato não sabe. Vou lhe contar duas outras histórias. Um aluno de Rondônia, há alguns anos, no final de novembro, veio despedir-se de mim. "Fiz dois concursos este ano, Professor, e não passei. Estou voltando para casa. Vou desistir". "Quero vê-lo novamente aqui em fevereiro do próximo ano. É uma ordem", disse. Voltou. No final de novembro, novamente: "Professor, não deu. Fiz provas em três concursos e não passei. Estou desistindo". "Não senhor. Prossiga. Quero vê-lo no próximo ano, em fevereiro, no começo das aulas", insisti. Em outubro, procurou-me. "Professor, sou Juiz de Direito em Rondônia! Se não fosse a sua insistência, teria desistido no primeiro fracasso." Certa vez, um nadador se pôs a atravessar o Canal da Mancha. Saindo de Calais, na França, na direção de Dover, na Inglaterra, faltavam-lhe apenas algumas centenas de metros para chegar à praia quando, sentindo-se cansado, voltou para a França… nadando. Não desista. É possível que lhe estejam faltando apenas algumas poucas centenas de metros para alcançar a sua aprovação.

              Como citar este artigo:

JESUS, Damásio de, Para ser Juiz de Direito, in www.damasio.com.br, jul.1998

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Jesus, o Salvador - Por José Mendes Pereira


                 Jesus é a principal figura  do cristianismo. Para a maioria dos cristãos ele é Cristo,  a encarnação de Deus e o "Filho de Deus", que teria sido enviado à terra para salvar a humanidade.
               Jesus foi crucificado, morto e sepultado, e depois desceu à mansão dos mortos e no terceiro dia ressuscitou.
                Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa, transl. Īsā), Ibn Maryam "Jesus, filho de Maria".
               Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final.
              Alguns segmentos do judaísmo o consideram um profeta, outros um apóstata.   
              A Bíblia é a principal fonte de informação sobre ele. Jesus pregou  em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judéia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte e ressureição. Ele pode ser considerado como uma das figuras centrais da cultura ocidental.

Deus existe ou não? 

                  Muitas pessoas acreditam na sua existência, mas outros, não.  Acreditamos que mandou o seu filho para terra e este, foi   um homem que viveu 33 anos nela, lá em Israel, há quase 2000 anos. 
                 Quase todas as grandes religiões ensinam ao seu povo que Jesus foi um grande profeta, um bom mestre e além do mais piedoso. Mas a bíblia revela que Jesus foi infinitamente mais do que um profeta, bom mestre ou homem piedoso.

Será Jesus o próprio Deus?

                Deus é Deus e Jesus é Jesus, mas Jesus substitue Deus.  Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar tamanho preço (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21).
               Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nossa dívida. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer.
               A Salvação está disponível somente através da fé em Jesus Cristo!
              A natureza divina de Jesus é o motivo pelo qual Ele é o único caminho para salvação.
              A divindade de Jesus é o porquê de ter proclamado:
             “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).

              

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pelé - Por: José Mendes Pereira


                   Edson Arantes do Nascimento, nasceu no dia 23 de novembro de 1940, no Estado de Minas Gerais. Conhecido mundialmente pela Alcunha Pelé. Filho do jogador de futebol João Ramos do Nascimento e de Dona Celeste.
                 Durante o tempo em que participou da seleção brasileira foi campeão mundial em 1958, 1962 e 1970, tendo sido aclamado o rei do futebol, e em 15 de maio de 1981 foi eleito o atleta do século 20, eleição esta feita pelo jornal francês denominado “L´Equipe”.
                  No ano de 1943, aos três anos de idade, já mostrava o interesse pelo futebol, quando admirava o goleiro do time do seu pai, e com entusiasmo gritava: Defende Bilé!
                  O seu apelido teve origem de Bilé, pois na hora em que ele gritava defende Bile, as crianças que ali estavam presente só entendiam que o menino dizia Pelé. E com isso, ele passou a ser chamado pelas crianças de Pelé.
                  Aos cinco anos de idade seus pais se mudaram para Bauru, no Estado de São Paulo, e aos dez anos já era jogador infanto-juvenis. Como a situação financeira não era favorável, muito sedo se dedicou ao trabalho de engraxate.


                  Mas o pequeno moleque já mostrava o seu talento e com isso fez com que um senhor chamado Waldemar de Brito o colocasse para jogar no Bauru Atlético Clube. Satisfeito com o desempenho do garoto, em 1956, o levou para o Santos Futebol Clube.
                 O seu primeiro jogo no Santos foi contra o Corinthians, que nesta partida, o Santos fez sete gols contra um do Corinthians, sendo que Pelé deixou um gol na rede.
                 Em 1958, na copa da Suécia, Pelé se tornou artilheiro, colocando na rede seis gols. Em 1962, lá no Chile, sofreu uma distensão muscular, mas mesmo assim trouxe para o Brasil a Taça Jules Rimet.
                  Mas o grande desejo de Pelé era completar mil gols, e em 19 de novembro de 1969, o Brasil exageradamente gritava: Goool! Goool! Pelé tinha feito o milésimo gol.
                 No ano de 1975, foi jogar no New York Cosmos. Mas infelizmente para o Brasil, em 1977, o rei do futebol, Édson Arantes do Nascimento, o Pelé do Brasil, o Pelé de Três Corações, o Pelé mineiro, dependurou as suas belas chuteiras aos 37 anos.
                 Ao completar setenta anos de idade, recebeu muitas homenagens, inclusive do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima.
                 Pelé deixou o futebol enquanto estava vivendo o auge de sua fama, pois se tivesse ido mais a frente com o seu futebol, talvez tivesse perdido o trono para outro jogador de futebol.      
                Pelé fez mais do que certo. Abandonou a carreira de futebol no auge de sua fama.

Quem foi Lampião - Por Alfredo Bonessi

Este artigo foi publicado pelo Blog:  "Lampião Aceso", do amigo Kiko Monteiro. Passei para o meu Blog, mas na íntegra.
  

Quem foi Lampião.
 
                 Alto, magro, moreno escuro, quase pardo, esguio, meio corcunda, ágil, saudável, resistente a fadigas, manco do pé direito por causa de bala - segundo quem lhe conheceu - por causa de calos no pé segundo declarações dele mesmo, em estado espiritual, a um programa de televisão, com belida no olho direito, um leucoma, assim era o corpo de Virgulino Ferreira, vulgo Lampião.
                 De personalidade alegre, disposto, temperamento inconstante, sujeito a crises de fúria e descontrole, místico, religioso, rezador, intuição apurada, perspicaz, agudeza de raciocínio, inteligente, líder nato, exímio atirador de armas curtas e longas, fazendeiro, domador de animais de montaria, vaqueiro campeão, amante de bebidas finas, cigarros, charutos e mulheres, excelente trabalhador em couro e tecidos, narcisista, jogador de baralho sem sorte, impiedoso, cruel, vingativo, justiceiro - falso moralista, abusou sexualmente de algumas mulheres, embora, hoje, não sabemos se eram esposas ou filhas de inimigos. – mesmo assim são fatos lamentáveis e inaceitáveis para qualquer época de uma geração.
                Desconfiado, prudente, calculista, infiel mas respeitador das opiniões da companheira, maleável até certo ponto, principalmente em algumas decisões a ponto de alterar as ordens dadas por interferências dela, respeitado, temido, considerado, perigoso, astuto, inquisidor, julgador, musico, dançarino, corajoso, amigo, leal, acreditava nas pessoas, perfeccionista , gostava de tudo o que era bom, rico, comerciante, artífice, laborioso, habilidoso e estrategista.
                Lampião foi um homem notável para o seu século. Não existiu até o presente momento ninguém mais do que ele, igual a ele, em mesmas circunstâncias, fazer o que ele fez em um ambiente hostil, carente de meios e desprovido de tudo, por tanto tempo assim – mais de vinte anos - acossado por centenas de volantes policiais.

                   A impressão que se tem pela fotografia acima, é que em 1928 – na visita a Pombal, possuía um relógio de pulso no braço esquerdo.
                  Não sabemos até hoje como conseguiu gravar o seu nome e o de sua mulher no interior das alianças que ambos portavam e que simbolizavam a paixão que um nutria pelo outro. Gostava de tudo que brilhava, que reluzia. Quem o avistasse pela primeira vez ficava impressionado com aquele homem impecavelmente trajado de azul, ou brim caqui, apetrechos ricamente ornamentados de variadas cores e matizes, armas luzidias nas mãos prontas para o uso, tez da cor de cuia, olhar firme, voz rouca, sons profundos que calavam fundo na mente de quem o ouvia – de repente a pessoa, em seu intimo, sentia um arrepio, um frio, um medo, um temor – sentia a impressão que estava correndo um grande perigo, e aguardava, apavorada, a qualquer momento o bote daquela fera perigosa, de punhal em riste, e com a ponta do aço duro cutucar a veia jugular na tabua do pescoço, sangrando a vítima em questão de segundos.
 
 
                   O pavor que os nordestinos sentiram quando estiveram frente a frente com Lampião, sentiram também os homens que outrora conviveram com pessoas diferentes e superdotadas, como por exemplo, quem esteve nas presenças de Alexandre, O Grande, Julio César, Nero e Napoleão Bonaparte. – personagens da História, grandes personalidades em suas diferentes épocas, alguns líderes excepcionais, guerreiros, vencedores, que sucumbiram pela vontade do destino, dono absoluto da vida das pessoas importantes. Quem os visse, a princípio, sentiam-se admiradas diante de tanta beleza, depois de contemplá-los por alguns instantes sentiam um respeito profundo pelo que viram, depois eram possuídas por um temor inexplicável que lhe arrebatavam a alma e que lhes causavam calafrios, palidez nas face, suor frio e tremores nas pernas.
                 Não se pode desejar que lampião nasça em outro lugar, em outro país, em classes mais abastadas. Lampião nasceu e se criou no lugar exato em que todo o homem valente deseja nascer e ser criado - uma terra de homens corajosos, valorosos, que não tem medo de nada e de ninguém. Homens acostumados a vida dura, difícil, onde só o destemido, o persistente, o audacioso, os corajosos sobrevivem, tiram raças e prosperam em cima do solo duro, pedregoso, domando o gado hostil - animais bravios - em meios a serpentes venenosas, como a cascavel e rodeado de mata espinhenta por todos os lados.
                 Quem visita o lugar onde Lampião nasceu sente a alma envolta por um romantismo inexplicável, o ar circundante é adocicado pelo aroma das flores silvestres. Ainda pode se escutar o gorgeio livre da passarada ao amanhecer e ao entardecer; pode-se sentir o cheiro natural que brota da terra estrumada; pode-se ouvir o guizo da cobra oculta; pode-se escutar ao longe o mugido do gado na invernada; pode-se imaginar o fogo aceso, panelas ferventes, chiando nas trempes, o prato de bolinhos feitos pela Dona Jacosa, sua avó, o café fumegando na caneca, e as suas mãos ágeis enfeitando o couro dos arreios, o seu semblante concentrado mas feliz pela alegria que sentia de viver e de trabalhar, o prazer de tudo e por tudo, o gosto pelo que é bom.
                Toda essa vida boa, doce, tranqüila, prazeirosa, o destino ingrato retirou dos caminhos de Lampião, menos a fé em Deus e o amor puro que nutria pelos seus familiares. Mesmo nas horas mais difíceis de sua vida atribulada a paixão pela Virgem Santíssima nunca se arrefeceu de seus pensamentos ardorosos, forjados por uma fé inquebrantável – sentia um amor infinito e incompreensível pela Santa, a ponto de sempre rezar em sua homenagem, ao deitar, ao levantar, ao meio dia e as seis horas da tarde.
 

                  Lampião queria viver bem e feliz. Queria ser o melhor em tudo e por tudo, de acordo com o que Deus lhe dera. Por ser portador de qualidades inerentes a poucos seres humanos, foi invejado, odiado, perseguido, traído e levado a morte, embora tenha feito de tudo para que isso não acontecesse, pois era um amigo leal e de confiança, era muito bom para quem fosse bom para com ele – Lampião era um homem de palavra e não se apossava das coisas alheias por ser ladrão vulgar, salteador de beira de estrada, fazia o saque por necessidade de manter o bando de cangaceiros e por esse fato pedia sempre dinheiro as pessoas mais abastadas, por carta, bilhetes ou mensageiros, ou simplesmente tomava delas.
                 Lampião a frente de seus homens mantinha uma rede de informantes pagos a peso de ouro. Aliciava policiais e pessoas influentes, e quando não conseguia demover o perseguidor por bons modos, difamava-os, inventava historias cômicas sobre eles, dava-lhes apelidos depreciativos, contava piadas que fazia brotar risos na turma acampada aos redores das fogueiras, sobre esse e aquele oficial. Era temerário, mas não poderia ter negligenciado a capacidade combativa de Bezerra - o oficial que o matou- segundo Lampião, dito por ele mesmo, não tinha medo de boi brabo, quanto mais de bezerra.........o descuido, esse erro de avaliação foi-lhe fatal e custou-lhe a cabeça naquela manhã de 28 de julho de 38.

                    Criou para si e para seu bando sinais, códigos e gírias que significavam algo entre eles, que conheciam a chave para decodificação, como por exemplo o L formado pelo indicador e o polegar da mão direita que devia ser mostrado quando se aproximavam das sentinelas do grupo. A três pancadas nos troncos das arvores - mas não eram pancadas comuns, elas tinham intensidade, ritmo e freqüência, que só os do bando sabiam executa-las.
                  A manutenção dos esconderijos, os depósitos escondidos nos interiores dos troncos das arvores, de dinheiro, munição e armamento; a ocultação do cadáver do seus comandados, o sumiço dos rastros, a camuflagem, a dissimulação, a finda, o drible, a manobra audaciosa, o descarte dos dejetos dos acampamentos, a busca pela água e pelos alimentos, - o lampejo na mente iluminada pela escolha da decisão mais acertada, na hora certa e diante de grande perigo - fizeram o bando sobreviver por longos anos, diante de volumoso número de perseguidores, graças ao tirocínio de seu comandante, de sua visão combativa, de seu planejamento bélico, do seu sentido de direção, de seus objetivos previamente ajustados e na maioria das vezes bem sucedidos, e por esse fato granjeava a admiração e o respeito dos seus seguidores, a ponto de sempre confiarem nele e o considerarem invencível. Seu bando nunca andava a ermo, sem um roteiro estabelecido, se um objetivo, sem uma missão a cumprir. Seus deslocamentos sempre tiveram início, meio e fim.
                 Lampião morreu no tempo certo e na hora certa. Morreu no apogeu da vida e da saúde. Morreu em combate. Após o mortífero impacto da bala que lhe pos por terra, enquanto pode, enquanto tinha uma pouco de energia, tentou ficar de pé, não conseguiu, se contorceu até que o tiro final esgotou todas as possibilidades de vida. Um espírito muito forte retornava a sua morada divina.
 

                    Lampião pode ter sido o que seja, mas um dia voltará para cumprir a sua missão terrena em uma nova chance dada pelo criador. Esperamos que tenha mais sorte desta vez. Analisando a vida de grandes malfeitores podemos dizer que Lampião não teve as mesmas chances e as oportunidades de fazer o bem que tiveram Reis, Rainhas, Religiosos e Políticos da Nova Era. – pelo contrário – foram até muito pior do que ele. As centenas de pessoas que caíram pelo aço de seu punhal ou pelas balas de suas armas nem de longe se comparam aos milhões de mortes causadas pela inquisição religiosa e nos porões das masmorras ideológicas. Talvez seja por isso que Lampião mereça uma nova chance nesse mundo de pecado.

                     Alfredo Bonessi. (Foto: Coroné Severo)
                    Estudante Pesquisador – Membro da GECC - Grupo de estudos do cangaço do Ceará e SBEC - Sociedade Brasileira de estudos do cangaço.
                 

                   1 comentários:


                   Anônimo disse...
 
         O capitão Alfredo Bonessi me parece que escondeu este belo trabalho entre as muitas páginas do Lampião Aceso. Mas como eu sou insistente e persistente, fui devagarzinho e o encontrei adormecido no material do confrade Kiko Monteiro. Eu acredito que na calada da noite, mais outro e mais outro desse mesmo nível, encontrarei. Não adianta escondê-los, pois eu os acharei. Parabéns ao ilustre escritor, pelo seu maravilhoso trabalho.
        Desejo ao capitão Bonessi, aos seus familiares e também a Juliana Ischiara: UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO?.         José Mendes Pereira - Mossoró-RN.

Mona Lisa

Mona Lisa guarda em pupila a chave de sua identidade, segundo nova teoria.

                   
                    Londres, 13 dez (EFE).- A Mona Lisa de Leonardo da Vinci guarda em sua pupila esquerda a clave da identidade da modelo em que o pintor se inspirou, segundo o investigador italiano Silvano Vinceti, cujas teorias são divulgas nesta segunda-feira pelo jornal "The Guardian".
                  De acordo com Vinceti, que é presidente da comissão nacional de patrimônio cultural em seu país, o gênio renascentista, amante dos códigos, pintou uma série de letras pequenas nas duas pupilas de Mona Lisa.
                 "Invisíveis ao olho humano e pintadas em preto sobre verde e marrom, estão as letras LV em sua pupila direita, obviamente as iniciais de Leonardo, mas o mais interessante está em sua pupila esquerda", afirma o investigador, em declarações recolhidas pelo jornal.

Leonardo Da Vince

         Vinceti mantém que no olho aparecem as letras "B" e "S",além de, possivelmente, as iniciais "CE", o que considera de vital importância para averiguar a identidade da modelo.
             Esta foi identificada frequentemente como Lisa Gherardini, a esposa de um mercador florentino, mas o investigador italiano não está de acordo, já que mantém que a Mona Lisa foi pintada em Milão.
              "Atrás do quadro aparecem os números 149, com um quarto número médio apagado, o que sugere que Da Vinci o pintou quando estava em Milão na década de 1490, usando como modelo uma mulher da corte de Ludovico Sforza, o duque de Milão", declara ao jornal.               
             "Leonardo gostava de utilizar símbolos e códigos para transmitir mensagens, e queria que descobríssemos a identidade da modelo através de seus olhos", prossegue o italiano, que deve detalhar suas conclusões no próximo mês.
             O mistério da Mona Lisa já foi objeto de teorias também na ficção, como no caso do romance "O Código Da Vinci", na qual o autor, Dan Brown, sugere que o nome é um anagrama para Amon l'Isa, em referência a antigas divindades egípcias. EFE.

Pesquei no Blog BOOM, do amigo André Vasconcelos



                

domingo, 23 de janeiro de 2011

Lampião não morreu em Angico? Por José Mendes Pereira


Lampião

Eu acho que esta história de dizer que Lampião não morreu na madrugada de 28 de julho de 1938, lá na grota de Angico, no Estado de Sergipe, é uma verdadeira aberração.  Agora são três pesquisadores contrariando a literatura lampiônica.  

O escritor Alcino Alves

O escritor Alcindo Alves da Costa, em seu texto “Os 70 anos da morte de Lampião – Publicado em 18/06/2008, diz o seguinte: “Jaques Cerqueira, subeditor do Viver do Jornal Diário de Pernambuco, é o autor de um artigo intitulado “A outra morte de Lampião”, que saiu no jornal Página Certa, de Mossoró, no Rio Grande do Norte, afirmando com convicção de que Lampião não morreu em Angico, e sim em setembro de 1981”. Continua o escritor: “Lampião e Zé Saturnino – 16 anos de luta”, de autoria de José Alves Sobrinho, que era sobrinho em segundo grau de José Saturnino, o inimigo número 1 de Lampião, este respeitável senhor atesta com convicção que, Lampião não morreu em Angico, e sim aos 83 anos de idade, na fazenda Ouro Preto, em Tocantinópolis, Goiás”. Continua o escritor: “José Alves ainda afirma: O Capitão Virgulino tinha o olho esquerdo com pálpebra arriada, e não o olho direito fechado como o da cabeça decepada pela polícia e mostrada no Museu”. 

O José Alves Sobrinho, o fotógrafo José Geraldo Aguiar e o Jaques Cerqueira, eu não os conheço, mas com certeza são talentosos. Mas em minha humilde opinião, os depoentes que cederam informações a estes senhores, fundiram respostas fantasiadas. Quem é que não quer ser famoso? Alguém que na época parecia com Lampião, se dizia ser realmente o rei do cangaço. 

O Sinhô Pereira afirmou a uma repórter que Lampião estava morto. Pois se ele estivesse vivo, com certeza teria o procurado. 


Sinhô Pereira
Essa história é idêntica a que se passou em Mossoró, nos anos 70. Em um dia de finados, um senhor muito parecido com Lampião, estava no cemitério, dizendo ser Lampião. E tinha vindo visitar a cova do cangaceiro Jararaca.

Ora, se Lampião estivesse vivo e a cova fosse do cangaceiro Corisco ou Luiz Pedro, até que dava para se acreditar, por eles terem sido muito amigos. Mas o Jararaca que só passou um ano e meio como soldado de Lampião, isso não passou de uma brincadeira do sósia de Lampião.

Por tanto respeitando o senhor José Alves Sobrinho, o José Geraldo Aguiar e o Jaques Cerqueira, que me desculpem, jamais os senhores e nem ninguém, me alienarão com uma história dessas.                        

Lampião morreu mesmo na grota de Angico. Se ele tivesse escapado da chacina de Angico, com certeza teria voltado às suas origens, e ter dito para todos:

 "-Eu, Lampião ou capitão Virgulino, estou vivo, gordo e sadio". 
 
Ninguém me convencerá que Lampião não morreu em Angico. Mesmo que os escritores: Alcino Alves, Frederico Pernambucano de Melo, Antonio Amaury, capitão Bonessi, Rostand Medeiros, Ivanildo Alves Silveira, Romero Cardoso, Paulo Gastão, Aderbal Nogueira, Juliana Pereira Ischiara, Kydelmir Dantas, João de Sousa, e outros tantos, que vivem nas caatingas, comendo do pão que o diabo amassou, na finalidade de registrarem fatos verídicos, eu não acreditarei. Se eles um dia forem favoráveis (coisa que eu acho difícil), a não acontecida morte do rei na grota de Angico, não me renderei. Lampião foi morto na Grota de Angico em 1938.

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