A Defesa Civil localizou, na madrugada deste domingo (30), o primeiro corpo de vítima do desabamento do prédio Real Class, que estava em construção e cedeu na tarde de ontem em Belém, capital do Pará. A vítima morava na casa vizinha ao local do desmoronamento.
O corpo de Maria Raimunda Fonseca Santos, 67 anos, foi encontrado sob os escombros por volta das 4h10 da manhã, segundo informou a Defesa Civil Estadual. De acordo com as informações dos familiares, Maria Raimundo estava ao lado do pedreiro Raimundo Nonato Porto Rodrigues quando aconteceu o desmoronamento. "A vítima correu para a frente da casa, onde o escombro do prédio caiu", informou o major Augusto Lima, da Defesa Civil Estadual. Raimundo Nonato conseguiu se salvar porque correu para o quintal. Ele recebeu os primeiros socorros no Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti e já foi liberado.
Pelo menos cinco operários que trabalhavam na obra na hora do desabamento podem estar sob os escombros. As buscas continuam nesta manhã. Ao todo, mais de 200 homens entre oficiais do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e forças armadas, além de agentes de saúde e voluntários da Cruz Vermelha, trabalham na operação de resgate e atendimento das vítimas.
Major Lima explica que o trabalho das buscas é delicado e segue uma metodologia específica. "Primeiro entramos com os bombeiros, que fazem uma análise detalhada do local para verificar se não há indícios de corpos, para depois entrar com as máquinas. Assim garantimos a segurança das possíveis vítimas", disse.
Vistoria
Também está prevista para esta manhã uma vistoria técnica no edifício Blumenau, localizado ao lado do prédio que desabou. O desmoronamento abalou as estruturas do prédio e os moradores foram retirados do local. "O Blumenau foi o único prédio em que não deixamos os moradores retornarem para apanhar seus objetos pessoais. Eles foram para casa de parentes", disse o oficial.
Ainda segundo Lima, todo o quarteirão foi isolado, mas ainda não há um levantamento de quantas pessoas foram atingidas pela tragédia, seja desalojados ou desabrigados. O único dado oficial é que três famílias, totalizando 15 pessoas, ficaram desalojadas e tiveram que sair de suas casas. "Essas são pessoas que não tinham para onde ir e foram encaminhadas a hotéis", informou o major.
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