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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Novo livro na praça

 
"Coronelismo e cangaço no imaginário social" do sociólogo Erivam Felix Vieira.
O livro  tem como intento uma busca para a compreensão do imaginário e o cotidiano do Sertão nordestino, propondo não apenas relacionar o contexto histórico em que tais manifestações se inserem e situá-lo à nossa realidade, como gerar um ponto de análise sobre as diferentes percepções dos atores em relação a si mesmos e de uns em relação aos outros, onde o paradoxo e o excêntrico se fizeram presentes em importante acontecimento sociológico nacional.

Através das metáforas dos cordéis, explorando o mito libertário, temos uma história construída na qual o real e o imaginário se interligam surgindo um Lampião que torna-se cúmplice do seu próprio personagem e da sua ficção.

Portanto, não se pode negar que um olhar sob a historiografia, por essa perspectiva fará emergir a força do imaginário e do simbólico das lutas, retomando o significado dos conceitos de sujeição e banditismo, e de violência e poder, favorecendo uma visão de conjunto.

Valor R$ 30,00 (Trinta reais) com frete incluso
contato: erivamfv@hotmail.com

Lampião Aceso

Conhecedores da Nossa História

Por: Aderbal Nogueira


Caros amigos.
Estou enviando para vocês o primeiro vídeo CONHECEDORES DA NOSSA HISTÓRIA.
Trata-se de um projeto que quero levar para a rede todo mês com os mais diversos assuntos de nossa história. Nem sempre vou trazer algo ligado ao tema cangaço, mas vou procurar sempre trazer algo interessante.
Para começar, um tema bastante polêmico para nós que pesquisamos o cangaço: 'O relacionamento Padre Cicero - Lampião'.
Teremos os depoimentos de 4 renomados pesquisadores do tema. Cada qual de uma escola diferente e com opiniões bem definidas.
Nosso primeiro depoente é Ângelo Osmiro Barreto, Prof. de história, ex-presidente da SBEC e atual Pres. do GECC.
Os próximos entrevistados serão: Bosco André, Profª Luidgarde Barros e Prof. Renato Casimiro.
Espero que, com esses conhecedores da nossa história, possamos aprender algo mais e tirar nossas conclusões, ou então nos confundir mais ainda em um tema tão delicado.
Abraços. 
Aderbal Nogueira
Laser Vídeo
Sócio da SBEC, Diretor do GECC
Conselheiro Cariri Cangaço

Ângelo Osmiro e a Relação de Padre Cícero com o Cangaço


Pesquisador e Escritor Ângelo Osmiro, Presidente do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, Conselheiro Cariri Cangaço , Ex-presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço

CONHECEDORES DE NOSSA HISTÓRIA

Uma produção da Laser Vídeo

Enviado pelo cineasta e pesquisador do cangaço:

Aderbal Nogueira
blogdomenesemedes.blogspot.com

Não há sobreviventes após queda de avião com 127 a bordo no Paquistão

Equipes e moradores no local onde avião caiu no Paquistão; 127 a bordo morreram
Fotos: Aamir Qureshi/France Presse

Fontes da Aviação Civil informaram que foi dada autorização para o avião pousar, mas que a torre de controle perdeu o contato com a aeronave minutos depois. A aeronave caiu em uma vila a 3 km da principal rodovia de Islamabad, e à pouca distância do aeroporto internacional.
O mau tempo parece ser a causa mais provável do acidente. A capital era atingida por uma chuva intensa, com ventos fortes, no momento do acidente, às 18h40 (10h40 em Brasília).
Relatos de funcionários do governo paquistanês e de repórteres locais descrevem um cenário de destruição, com destroços espalhadas por uma grande área, danos nas linhas de transmissão e nas casas no local do acidente.
O ministro da Defesa Chaudhry Ahmed Mukhar, citando funcionários da avião civil presentes ao local da tragédia, havia dito ser "improvável" que houvesse sobreviventes.
RESGATE
A escuridão e a lama prejudicam o trabalho das equipes de resgate. Imagens da TV paquistanesa mostraram destroços do avião, como um pedaço do motor e um partes de uma das asas.
Equipes e moradores no local onde avião caiu no Paquistão; 127 a bordo morreram
Equipes e moradores no local onde avião caiu no Paquistão; 127 a bordo morreram
Segundo a rádio paquistanesa, os destroços do avião se espalham por uma ampla região, e que danificaram as linhas de transmissão de energia.


Familiares de passageiros se aglomeram em aeroporto de Karachi; segundo autoridades, todos a bordo morreram
A Bhoja Airline ainda não se pronunciou sobre o acidente. Todos os hospitais de Islamabad e da cidade vizinha de Rawalpindi foram mobilizados e colocados em alerta.


Rei do Baião: vida e obra no palco

Elenco é formado por 15 atores, que cantam, dançam e representam
 
Vida e obra de Luiz Gonzaga, ícone nordestino e eterno Rei do Baião, dão o tom no espetáculo musical "Cantigas do sol - O Dom Quixote de cordel", cuja pequena temporada se encerra hoje (sexta) no Teatro Alberto Maranhão, às 20h. A peça foi vencedora do Prêmio Míriam Muniz, da Funarte, e tem direção de Vital Santos. É definida como uma "ópera pobre brasileira", mas com a pretensão de um grande espetáculo.
"Cantigas do sol" foi criado dentro de uma perspectiva operística, inspirado nas composições de Zé Dantas, Humberto Teixeira, Zé Marculino e outras de domínio público, de forma a traçar um roteiro para contar a história de Luiz Gonzaga. O elenco é composto por 15 atores que, durante uma hora e meia de espetáculo,  cantam, dançam, representam e até fazem mágicas em algumas cenas. As canções são executadas ao vivo, representando o mote de violeiros   e a poesia popular marcante dos compositores nordestinos.

A montagem vai beber na fonte dos autos populares e na poética de Bertolt Brecht para dar beleza à riqueza de nuances e intenções, cujos signos  pretendem encantar pelo deslumbre estético e pela força das denúncias contidas, com objetivos políticos claros, resgatando na atual cena brasileira os grandes musicais. "O objetivo é apresentar uma cena com características de musicais do primeiro mundo, tendo como suporte um ótimo elenco. E também mostrar a musicalidade da nossa gente, refletida no jeito de andar, falar, dançar, e nas músicas", disse o diretor e ator Vital Santos.
Serviço:
Cantigas do Sol - O Dom Quixote de Cordel. Sexta, às 20h, no TAM. Entrada: R$40 (inteira) e R$20 (estudante). Desconto para assinantes da TN: 50% em 2 ingressos inteiros. 

Fontes:
tribunadonorte.com.br

ESTUDAR O CANGAÇO É UMA COISA FASCINANTE

 Por: Neto Silva
Eliza, esposa, e Neto
 
Conhecer as histórias do nordeste, em especial a vida dos cangaceiros, é uma coisa muito fascinante. Comecei a me apaixonar por esse tema e vida real dessas pessoas através de histórias contadas por meu pai e algumas tias minhas. Meu admirável pai é descendente dos “ferreiras” da Paraíba/PB e residiam nas proximidades de Catolé do Rocha.
Meu avô por parte de pai, veio morar em Baixa Verde/RN, hoje João Câmara, com o objetivo de dar uma vida melhor aos filhos. Comprou um pequeno sítio e viveu lá até seu falecimento. Não tive oportunidade de conhecê-lo, pois Deus o levou antes do meu nascimento. Mas sei que foi um excelente batalhador, pai de família e uma pessoa de muita fibra.
Como já falei, meu pai e minhas tias contavam muitas histórias dos cangaceiros, principalmente de Lampião e, de tanto ouvir, passei a gostar. Mesmo com poucas condições financeiras, compro um livro aqui/ali, para conhecer um pouquinho da vida desses homens.
 
Conheci um historiador por nome de Rostand Medeiros, que o admiro muito. Ele é um grande conhecedor e pesquisador do cangaço. Tivemos algumas reuniões para debatermos sobre o assunto, pois todo iniciante sempre tem dúvidas a tirar, e quer conhecer um pouquinho a mais.
Já faz alguns meses que não nos reunimos, devido eu estar focado em uma demanda que me foi solicitada no setor onde presto serviços à Petrobras, sem falar do nascimento da minha filhinha Yasmin, que tenho que dar muita atenção e carinho, e também ao meu filho Paulo.
Estou lendo um livro "O Incrível Mundo do Cangaço", do escritor
 
Antonio Vilela de Sousa, vol. 1. É um livro muito rico em informações e fotografias, e em breve postarei alguns assuntos dessas páginas nesse blogger.
Neto – Natal/RN

Adquira o seu, leitor!


Autor: Paulo Medeiros Gastão
 
Para você adquiri-lo basta depositar
a quantia de
20,00 Reais
nesta conta:
José Mendes Pereira
Banco do Brasil
Agência: 3526-2
C/C 7011-4
Não se esqueça de enviar o seu endereço completo para:
josemendesp58@hotmail.com
ou para o autor:

Filho procura mãe raptada por cangaceiro de Lampião

Marici Capitelli
Ângelo Roque - o cangaceiro Labareda
 
Uma decisão tomada em 1939 por um cangaceiro no interior da Bahia reflete ainda hoje na vida de uma família de Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. Aos 75 anos, José Grigório de Jesus procura pela mãe que foi raptada por Angelo Roque, o Labareda, um dos chefes do bando de Lampião. Entre as muitas ações nos últimos 40 anos para ter notícias da mãe, ele gravou depoimentos na internet, colocou anúncios em jornais, participou de programas de TV e rádios, visitou asilos, conversou com estudiosos do cangaço e cangaceiros e se prepara para uma viagem ao Nordeste em busca de pistas da mãe, que se estiver viva tem cerca de 90 anos.
Durante essas quatro décadas de buscas, José Grigório acabou encontrando uma tia e uma irmã, filha de sua mãe com o cangaceiro. Mas isso não é suficiente. “O que quero mesmo é encontrar a minha mãe, ou pelo menos saber onde ela foi enterrada. Ninguém desaparece da terra dessa maneira”, diz o idoso que chora enquanto conta a sua história. “Isso ainda me dói muito”, justifica ele, que é líder comunitário no Capão Redondo e dedica todo o tempo para melhorar a vida da comunidade local.
A baiana Ana Senhora de Jesus era dona de casa, mãe de quatro filhos e morava em um sítio em uma cidade que é chamada atualmente de Coronel João de Sá.
José Grigório tinha três anos e era o segundo da prole quando o cangaceiro Ângelo Roque chegou com seu bando numa tarde na propriedade da família, que tinha bom poder aquisitivo. “Meus parentes sempre contaram que ele estava armado e perguntou ao meu pai se ela era mulher dele.”
Diante da resposta positiva, Labareda teria dito que ela não era mais mulher dele a partir daquele momento. Ana, segundo o marido e os parentes, foi autorizada a pegar algumas roupas, foi colocada num cavalo e nunca mais ninguém da família teve nenhuma notícia dela.
Aos 13 anos, Grigório deixou a Bahia para nunca mais voltar e se mudou para São Paulo. Foi metalúrgico, líder sindical e acabou preso em algumas greves na época da repressão política.
Tinha vergonha de contar o passado da mãe e dizia para todo mundo que ela havia morrido. Não contou nem mesmo para a sua mulher Maria, com quem se casou em 1963. Mas, na década de 1970, quando ela assistia a um programa popular de TV viu uma mulher que procurava pelos filhos e citava o nome de José Grigório. Como ela era muito parecida com a sua cunhada, Maria pressionou o marido até ele confessar a verdade. “Foi só aí que ele admitiu que a mãe tinha sido raptada”, conta Maria que se tornou aliada na busca pela sogra.
O casal chegou a ir até a emissora de TV, mas não conseguiu contato com a mulher. A partir daí, as buscas por Ana Senhora nunca mais pararam. Algum tempo depois, José Grigório colocou anúncio em um jornal em busca da mãe. Um leitor disse que ela vivia em Itaquera, na zona leste. Maria fez várias buscas na região. “Também procurei em asilos por toda a cidade”, conta a mulher.
O idoso gravou depoimentos na TV Orkut. “A história dele sensibilizou muito os ouvintes”, lembrou o apresentador Nilo March, que fez uma campanha durante três meses à procura de Ana Senhora. Receberam uma informação que ela estaria vivendo em Santo Amaro, na zona sul, mas não foi possível confirmar.
Outros filhos e parentes
Dos quatro filhos de Ana Senhora de Jesus, só restam três. A mais velha, Joana, morreu há 17 anos. A caçula Maria José da Silva, de 73, compartilha do sonho do irmão em saber o paradeiro da mãe. Quando Ana foi levada, ela tinha 1 ano e 5 meses e estava nos braços dela. “Fui criada pelos padrinhos e só com 11 anos soube da verdade. Fiquei muito triste”, recorda.
O outro filho de Ana, José André dos Santos, de 74 anos, não tem vontade de rever a mãe nem de saber notícias. “Ela podia ter voltado.” Anita, filha de Ana e Ângelo Roque, também disse aos irmãos ter mágoa da mãe por ter sido abandonada ainda bebê.
Ângelo Roque raptou Ana Senhora em 1939, mas em 1940 ele se entregou à polícia. Solto, foi segurança no IML da Bahia e morreu no início da década de 1970.  Quando Ana foi levada, sua irmã Maria Senhora de Jesus nem tinha nascido. “Toda a minha família procurou muito por ela”. Os irmãos chegaram a ir a outros Estados em busca de notícias. “Nunca conseguimos nada. Nossa mãe morreu há uns 30 anos falando dessa filha raptada.”
Aos 67 anos, Maria sonha em encontrar ou ter notícias da irmã. “Pelo menos a gente resolveria esse assunto.” Dos sete irmãos, além de Ana, só ela e a irmã mais velha estão vivas. “Uma das maiores alegrias da minha vida foi ter reencontrado meus sobrinhos filhos da Ana.”
Mulheres no cangaço
As mulheres passaram a integrar os bandos de cangaceiros só nos últimos anos do cangaço. A presença delas começou com Maria Bonita que se tornou companheira de Lampião em 1931.
Moacir Assunção, estudioso do cangaço e professor da Universidade São Judas, explica que a maioria das mulheres entrava para os bandos de maneira voluntária, mas algumas eram raptadas, como
Dadá, mulher de Corisco, que depois se apaixonou por ele. “Muitas, na falta de expectativa em que viviam, seguiam os cangaceiros na esperança de uma vida melhor, com mais conforto”.
Antonio Amaury Correa de Araújo, estudioso do assunto e com 14 livros sobre o cangaço, conhece um pouco a história de Ana Senhora de Jesus. “Quando Labareda se entregou à polícia, ela o acompanhou e aparece nas fotos ao lado dele.” Ele conta que a família de Ana era coiteira -oferecia algum tipo de ajuda aos cangaceiros, que ia desde oferecer alimento até a conivência dos grandes latifundiários.
A historiadora Ana Paula Saraiva de Freitas, autora de uma tese sobre a presença feminina no cangaço, conta que as mulheres, depois que integravam os bandos, não tinham como sair. “Ou sofriam retaliações do próprio grupo ou da sociedade que também as via como bandidas.”

ESSAS MANGAS MADURAS QUE ME CHEGAM ASSIM (DOURADAS, OLOROSAS, APETITOSAS) (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

ESSAS MANGAS MADURAS QUE ME CHEGAM ASSIM (DOURADAS, OLOROSAS, APETITOSAS) 
Toda vez que chega esse tempo de delícias, que caminhando logo cedinho pelo mercado encontro bacias e cestos cheios de mangas da estação, começo a lembrar de passagens apetitosas contidas nos livros de Jorge Amado.
Em muitas de suas obras o maior dos escritores fala nas pequenas e grandes embarcações que vindo do recôncavo baiano, já cortando as águas a espalhar os deliciosos aromas de frutas, aportam trazendo uma imensidão de cestos, balaios e caçuás repletos de mangas maduras, amarelinhas, olorosas, derramando na pele o suor adocicado da mais sumarenta das frutas.
Lendo os seus livros me empanturrava de manga, devorava um cesto inteiro, apenas lavando nas águas do rio e saboreando com casca e tudo. Guloso que só, de repente o sumo amarelado descia pelos cantos da boca, encharcava as mãos, sujava a roupa. Tinha nada não, tinha nada não...
E ainda assim o voraz apetite implorando por mais uma amarelinha, um pouco menor que as outras, mas cuja doçura sublimava o espírito. E depois o doce trabalho de puxar com os dedos os fiapos que permaneciam entre os dentes. E tomar água em seguida, deitar na rede a sonhar? Nada disso, apenas caminhar pelos arredores para fazer digestão e talvez reabrir o apetite. Quem dera um pomar repleto, um quintal de mangueiras, um dia inteiro no meio da feira.
Jorge Amado diz que no ouro sumarento da manga está o exemplo maior do encantamento maravilhoso que há nas coisas simples da vida. O simples ato de colocar uma fruta madura na boca pode ser o encontro com os deuses das delícias que alimentam a alma e o espírito; o simples fato de o ouro amarelo escorrer pelo lábio e respingar pelo corpo já quer significar que a doce e saborosa riqueza acontece ao acaso da mordida na fruta.
Por isso mesmo que a fama da fruta se espalha. Fruta de beleza e sabor original, de polpa carnuda, deliciosa, perfumada, consistente, cheia de fibras e de açúcares. Basta a visão de uma manga madura para o pensamento ser aguçado, o desejo aflorar, a vontade sair da simples intenção. E ao beijar a fruta lembrar de lábios cujo respingo possui o mesmo doce sabor.
Mas nem toda manga surge como riqueza assim ao meu olhar. Até que admiro manga rosa, manga coquinho, manga carlota, dentre outras, mas tenho predileção pela manga espada, essa de feira mesmo. Esta já nasce diferenciada, em mangueira com folhas brilhantes e flores pequeninas e perfumadas. Ao surgir o fruto, este é um de um verdor que ao amadurecer vai ganhando uma cor dourada do lado de maior incidência do sol. E lá dentro o paraíso!
O meu amor também tem cheiro e sabor de manga morena, fruta mais deliciosa desse pomar onde antigamente só brotava solidão em meio a ervas daninhas, a mato qualquer desencantando os meus dias. Um dia jogaram semente, um dia choveu por aqui, um dia amanheci uma manhã diferente, e noutro dia já tinha um pomar. E um arvoredo somente de mangueiras, de manga espada, dessas que me adoça a vida.
Não quero doce em compota, não quero suco, não quero fatias arrumadas numa mesa chique, num ambiente de desconforto. Quero a manga da feira, a manga do quintal, a manga roubada, a manga achada na casa do parente, a manga encantadora. E a quero inteira, amarelinha, madura, com casca e tudo.
E quero morder, quero provar, quero deseducadamente me lambuzar de prazer. E não sei por que, mas toda vez que o doce da manga me entra pela vida sinto o mesmo prazer do amor provado pelo instinto da paixão verdadeira. Um amor semeado pela vida e colhido a cada amanhecer.

Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com
Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa


Amar um amor


Não amo mais
com palavras nem gestos
não amo mais
com doações nem pedidos
não amo mais
com sorrisos nem prantos
não amo mais
com ciúmes e retornos
não amo mais
com certezas nem temores
não amo mais
com sexo nem cigarro
não amo mais
com realidades nem fingimentos
não amo mais
com inocências nem pecados
não amo mais
com ficar nem partir
não amo mais
com fatos nem ilusões
não amo mais
com pensamento nem ação
não amo mais
com o sim nem com o não

não amo mais assim
não sou mais assim
não quero ser mais assim
hoje aprendi que amar
é simplesmente merecer
silenciosamente o outro
deixando que o amanhã
dê a resposta pelo que
verdadeiramente se ama.



Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

PRYCYLLA

Coisa de pai!





No final de Maio de 2012,  nascerá Ana Beatriz, filha de Maria Prycylla Paiva Pereira e David Nunes, a neta mais nova do administrador deste blog.