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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Deixa viver eternamente com dignidade quem já morreu.

Por: José Mendes Pereira


Lampião e Maria Bonita já foram crucificados aqui na terra

Devido certos fatos sem sentido, que muitas vezes os governos: Federal, Estaduais e Municipais não gastam com a cultura brasileira. Veja que coisa sem graça, escritor escrevendo coisas sem nexo para entregar às futuras gerações, afirmando que


Lampião era homossexual e Maria Bonita era adúltera. Procura instruir os nossos estudantes do cangaço com coisas educativas, não repassar para eles coisas ridículas.
Ainda dizem que dinheiro é imagem do cão. O cão se ver quando se está liso. Aí sim, ver-se ele de todas as formas.  
Quanto custará um volume deste trabalho? Podemos chamá-lo de cultura? Eu mesmo nem sei dizer. Que Deus tenha dó da nossa cutura!

Eu não acredito que algum órgão do governo vai patrocinar este trabalho.
Disse um poeta:
"Um país se faz com homens e livros"
Mas será que são  quaisquer  livros que com eles se faz um país? Ou será feito com homens e com bons artigos escritos com seriedade por pessoas talentosas, sem denegrir a imagem do outro, e instruindo uma nação? Que coisa, hein!
Que Deus tenha dó da nossa cultura. Se é que este trabalho sobre os desrespeitos que afirmam de Lampião e Maria Bonita, podemos chamá-lo de cultura. Quantas coisas interessantes temos para explorar sobre o tema "cangaço"? Muitas e muitas.
O ser humano é assim mesmo: honrado é ele, o outro é desonrado; bonito é ele, o outro é horrível; rico é ele, o outro é um mendigo, quem se veste bem é ele, o outro é um espantalho; quem conversa bem é ele, o outro é um verdadeiro matuto; quem fala a verdade é ele, quem mente é o outro...
Agora se quiser ver ele rodar a baiana, como diz o velho ditado, desonre-o de qualquer forma, que você irá direto à delegacia para provar. E ainda irá passar pela justiça para pagar "danos morais".
No tema "cangaço" eu sendo estudante, ainda não li desrespeitos sobre a vida sexual de Lampião, escrito pelos melhores escritores do cangaço, e nem muito menos de Maria Bonita, apenas o coiteiro
Mané Félix disse ao jornalista
Juarez Conrado, que certa vez viu
Luiz Pedro dar uma palmadinha nas nádegas de Maria Bonita. Mas isso não quer dizer que ela era uma adúltera. Eu acho que pelo tempo de convivência no grupo, Maria Bonita tinha Luiz Pedro como um irmão.
Você leitor do cangaço, compraria este livro? Eu mesmo respondo por você. NÃO!  Ser desonrado é muito ruim. Desonrar os outros é um bom prato.


Um dos maiores conhecedores do "Tema Cangaço" segundo os seus admiradores e amigos da SBEC,

o escritor Alcino Alves Costa reagiu contra a afirmação do juiz de Direito aposentado Pedro de Morais de que Lampião era homossexual e Maria Bonita adúltera. "Lampião jamais foi gay. Aliás, em toda a história do cangaço, desde os seus primórdios, não se registra nenhum homossexual nos grupos de cangaceiros", escreve Alcino na edição de hoje do Jornal da Cidade. As insinuações de Morais, que lança amanhã o livro "Lampião, o mata sete", já foram feitas antes pelo antropólogo e fundador do grupo gay da Bahia, Luiz Mott, porém seus argumentos jamais convenceram os pesquisadores do cangaço. A pergunta que se faz é: estivesse Lampião vivo e aterrorizando o Nordeste com seu bando de jagunços, Pedro Morais, Luiz Mott e tantos outros teriam coragem de chamá-lo de boiola?

Leia o que escreveu o Capitão Alfredo Bonessi, dirigido ao escritor e pesquisador
do cangaço, Wescley

Artigo sobre o livro de Pedro de Morais

Por: Capitão Alfredo Bonessi

Olá Wescley!
A professora Aninha, Lili e Wescley
Bom Trabalho - lembrei-me de quando era aluno de mestrado e recebi esses conhecimentos dos meus orientadores e professores.
Parabéns pelas colocações acadêmicas das tuas palavras - estão perfeitas, próprias e pertinentes para o caso em tela.
Mas amigo como separar o joio do trigo?  Como separar o escritor responsável do escritor irresponsável?   Como impedir que pessoas livres se manifestem através da escrita, afinal vivemos em um fim de democracia - (logo, logo quem escrever algo em nosso País atacando o partido do governo e o próprio governo irá parar em um  paredão a moda Cuba de Fidel e tudo mais).

Acabei de escrever ao Escritor Sabino Basseti sobre esse fato, desse cidadão escrever esse livro taxando pessoas que não existem mais nesse mundo, com  impropérios e pejorativos desagradáveis, sem comprovação e sem a possibilidade dessas pessoas se defenderem  e sem um embasamento técnico e muito menos cientifico.  Pelo meu lado, acho que nós os estudantes sérios do tema cangaço estamos preocupados com a verdade sobre os fatos e só publicamos coisas corretas, documentadas, estudadas - se bem que de outras formas literárias  as vezes - mas sem desvirtuar, sem distorcer o tema e o foco principal dos fatos e personagens. Mas dentre em breve virão os romances, as ficções, as alegorias,  as piadas, histórias fantasiosas,  casos e mais casos - e nós teremos que aceitá-los porque achamos que isso é natural. Fique certo disso: lixo é para o lixo!!!
Entendo que cabe aí aos familiares das vítimas, caluniadas indevidamente, o devido reparo judicial, na amplitude, forma e proporção que a indigesta  situação  exige.
Abraço
Alfredo Bonessi - SBEC - GEC
Enviado para este blog: Capitão Alfredo Bonessi 
Se você quer ler livros com seriedade, escritos pelos melhores escritores e pesquisadores do "Tema Cangaço", entre em contato com o Professor Pereira.


Com ele você irá adquirir as melhores histórias escritas pelos grandes e responsáveis escritores. Histórias que não contrariam as verdades do cangaço, que não difamam, pesquisadas nas fontes, colhidas através de remanescentes e pessoas que participaram diretas e indiretamente do cangaço. Não deixe a sua mente acreditando em coisas ridículas, sonhadas, fictícias, montadas sem nenhuma credibilidade sobre o "Tema Cangaço". Quem escreve afetando a imagem de alguém, não tem nenhum compromisso com a formação de uma nação.

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A CHAPA VAI ESQUENTAR

A CHAPA VAI ESQUENTAR: ESCRITOR LANÇA LIVRO "LAMPIÃO, O MATA SETE" E AFIRMA QUE LAMPIÃO ERA BOIOLA E MARIA BONITA ERA ADULTERA...
O TRIANGULO AMOROSO SERIA ENTRE LAMPIÃO, MARIA BONITA E LUIS PEDRO, SENDO QUE ESSE ÚLTIMO SERIA O ÚNICO ATIVO, VEZ QUE ALEM DE TUDO LAMPIÃO ERA IMPOTENTE...
VEJA ALGUMAS MATERIAS PERTINENTES QUE FORAM LANÇADAS NOS SITES E PUBLICADA NO JORNAL ESCRITO CINFORM:

Polêmica à vista - http://alagoastempo.com.br/noticia/10929/arapiraca/2011/11/23/advogado-diz-em-livro-que-lampiao-era-gay.html

Advogado diz em livro que Lampião era gay
23 de Novembro de 2011 09:40

Ailton Avlis / OAB/Sergipe

Advogado diz em livro que Lampião era gay

Virgulino Lampião

site oficial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Aracaju, capital do Estado de Sergipe, informa que o advogado Pedro de Morais lança seu livro 'Lampião, o Mata Sete' amanhã, dia 24 de novembro, às 18h.

Já no dia 1º de dezembro, no mesmo horário, Pedro lançará seu livro na sede da OAB/SE localizada na Av. Ivo do Prado, nº 1072, São José, Aracaju.

No livro o advogado conta que o Rei do Cangaço era Gay e que Maria Bonita entrou no bando para afastar " a má fama ".

VEJA A DEFESA DO NOSSO QUERIDO AMIGO ALCINO:


Lampião não era gay - http://www.infonet.com.br/adiberto/ler.asp?id=121103
Em toda a história do cangaço, não se registra homossexuais
O escritor Alcino Alves Costa reagiu contra a afirmação do juiz de Direito aposentado Pedro de Morais de que Lampião era homossexual e Maria Bonita adúltera. "Lampião jamais foi gay. Aliás, em toda a história do cangaço, desde os seus primórdios, não se registra nenhum homossexual nos grupos de cangaceiros", escreve Alcino na edição de hoje do Jornal da Cidade. As insinuações de Morais, que lança amanhã o livro "Lampião, o mata sete", já foram feitas antes pelo antropólogo e fundador do grupo gay da Bahia, Luiz Mott, porém seus argumentos jamais convenceram os pesquisadores do cangaço. A pergunta que se faz é: estivesse Lampião vivo e aterrorizando o Nordeste com seu bando de jagunços, Pedro Morais, Luiz Mott e tantos outros teriam coragem de chamá-lo de boiola?
CONTINUA OS SITES:

quarta-feira, 23 de novembro de 2011 - http://abaladanoticia.blogspot.com/2011/11/lampiao-era-gay-sera.html#.Ts2EB7KD-_w

Lampião era gay, será?

Deu no Blog do Ancelmo Gois. Será lançado amanhã o livro "Lampião, o mata sete", do juiz e pesquisador sergipano Pedro de Morais. Polêmico, diz que Lampião era gay, e Maria Bonita só entrou no bando para afastar sua "má fama". Há controvérsias.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011 - http://bezerrosenoticia.blogspot.com/2011/11/lampiao-era-viado.html
Lampião era viado...

Lá vem confusão...

Vai ser lançado amanhã o livro Lampião, o mata sete. Na obra do pesquisador sergipano, Pedro Morais, a polêmica revelação de que o rei do cangaço sentava na boneca. O casamento com Maria Bonita servia apenas para afastar a má fama.

O pesquisador repete o que já foi dito pelo sociólogo Luiz Mot, presidente dos frangos da Bahia. Mot pesquisou a forma de dançar e se vestir de Lampião e também concluiu que ele pertencia ao sindicato.
MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL CINFORM:

Título: "Lampião era boiola e não tinha não tinha capacidade de ereção"
Data: 21 de novembro de 2011/Fonte: Cinform - Capa e Pág. 05

É o que defende o escritor e juiz Pedro de Morais no livro "Lampião, o mata sete". Ele não poupa convicções de que Virgulino Ferreira da Silva erâ homossexual e que Maria Bonita, a Dona Deia, uma adúltera. "Luiz Pedro era amante dele e de Dona Deia. Existia um triângulo amoroso. Lampião não tinha capacidade de ereção".

"LAMPIÃO ERA BOIOLA E NÃO TINHA CAPACIDADE DE EREÇÃO"

Em "Lampião, o mata sete", o juiz e escritor Pedra de Morais desmistifica a imagem do Rei do Cangaço e revela detalhes da vida íntima dele e de Maria Bonita.
Poderia ser apenas mais um livro retratando a vida de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, tão difundido no imaginário popular um sertanejo pemambucano que empreendeu suas andanças e matanças pelos sertões nordestinos por uma questão, até hoje, irrevelada.Mas o advogado Pedra
de Morais, de 67 anos, resolveu empreender a sua aventura literária por um caminho alternativo e desconstrói, sem poupar afirmações de toda espécie, a imagem endeusada e, segundo ele, equivocada que se fez daquele que é amplamente conhecido como o Rei do Cangaço. Um dos pontos nervosos do escritor em "Lampião, o mata sete" vai direto na sexualidade do casal mais famoso do cangaço; Pedro de Morais defende, com profundas convicções, que Lampião era "boiola" e que Maria Bonita, a Dona Deia, sua companheira de aventura, uma adúltera. "LuizPedro era amante dele e de Dona Deia. Existia um triângulo amoroso. Lampião não
tinha capacidade de ereção. Em 1922 foi atingido por rnna bala que lhe rompeu a bolsa escrotàl Na verdade, era Luiz Pedro quem gozava das delícias do prazer conferido pela mulher do cangaço'' sustenta o historiador.

Numa entrevista 
exclusiva ao Cinform, este sergipano de Estância revela detalhes do processo de produção do seu livro, relata como conseguiu contato com os remanescentes do cangaço e evidencia sua indignação pela forma como a história dos cangaceiros foi construída e amplamente difundida. "Lampião, o mata sete" vai ser lan ado nesta quinta-feira, 24, às 18 horas, na Livraria Escariz do Shopping Jardins.

Cinform - No livro que o senhor lança nesta quintafeira, parerehavermna vontade muito forte de desmistificar a figura de Lampião como sendo um herói e justiceiro. De onde partiu esse interesse? Pedro de Morais - Como eu sempre limuito sobre Lampião, eu ficava muito aborrecido com isso. Para se ter uma ideia, no dia 28 de julho a Igreja Católica celebrava eu só estou uma missa em sufrágio da alma homem era e ve do cangaceiro, e isso é uma estupidez. O homem era um bandido.

Cinform - Em "Lampião, o perverso e criminoso de péssima mata sete", o senhor defende qualidade. Eu digo no livro que essa tese ele foi um dos piores homens que um homossexuaL Como natureza produziu.

PM - Um dos maiores nomes escrevendo o livro, e mostro que da medicina legal do pais, o méele era um homem perverso, sem dico alagoano Estácio de Lima, já nenhuma virtude. Eu não sei por faziareferência ao lado afeminado que pegaram Lampião, puseram do cangaceiro Lampião. Há, numa galeria como se fosse um também, muitos outros 'registros herói, e passaram a endeusá-Io, que documentam a volúpia da espetacularização que ele tinha. Também há registros que mostram que ele adorava meninos, e isso levanta questionamentos entre os autores. Por que ele queria meninos no bando se eles eram de chorar e não de lutar? Então, eu tenho muitas referências. Existem "ene" provas circunstanciais, já que materiais é impossível Existe, inclusive,uma tese da Universidadede Sorbone, em Paris, que trata justamente do jeito' afeminadode Lampião. Eu fui até lá, mas na porta da universidade lembrei quenão sabia falar francês e

Cinfonn - Essa não seria uma afirmação perigosa?
PM - Não creio, porque" issonão é invenção nem criação minha. Até porque, hoje a grandevantagem é ser gay, e nós, oshéteros, é que somos discriminados.Eu não faço, em razãodisso, nenhuma discriminação deorientação sexual.
Cinfonn -E o que outros historiadores pensam disso?
PM -Um antropólogo e sociólogobaiano já fez essa afirmação. Vários livros também abordamessa questão. Eu também ouvi
.iss da boca dos sertanejos remanescentes.Certa vez, eu ês-"tava com uma pesquisadoravisitando os remanescentes docangaço e ela perguntou a um deles: "Lampião era boiola?".Exatamente com esse termo. Elerespondeu que sempre ouvia o pai~mentando isso. Teve também uma cangaceira, que eu conhecipessoalmente, e me confirmou que o capitão era "falsa bandeira" para usar os termos da época. Ela disse ainda que todo mundo sabia disso e ela tinha ouvido do próprio Luiz Pedro, um cangaceiro amante de Lampião e de Dona Deia, que ficou conhecida como
Maria Bonita.
Cinfonn - Essa história de que Luiz Pedro era amante de
Lampião procede?
PM - Luiz Pedro era amante dele e de Dona Deia. Existia um triângulo amoroso. Lampião não tinha capacidade de ereção. Em 1922, foi atingido por uma bala que "lhe rompeu a bolsa escrotal. Aqui, em Sergipe, ele teve uma parceira a fim de esconder essa má fama que trazia do outro lado do rio. Além disso, Luiz Pedro queria levá-Ia para o cangaço e dar uma nova versão de 9uem era o "capitão". Mas, na verdaae, era Luiz Pedro quem gozava das delícias do prazer conferido pela mulher do cangaço,
Cinfonn - Então qual era o papel de Maria Bonita no cangaço?
PM - Nenhum. Ela foi a peste para o cangaço. Mulher pirracenta, bruta, mal-educada, estúpida. Ela era companheira de Luiz Pedro, e também de um canoeiro com quem vivia e passeava. O papel dela era o de esconder a
homossexualidade de Lampião. Essa era a função de Maria Bonita no cangaço. E ela queria sair. No dia que precedeu o morticinio em Angico - 28.07.1938 -, disse que não aguentava mais a vida no cangaço e que queria desistir. Ninguém aguentava mais, na verdade.
Cinfonn - A vaidade típica de Lampião e traduzida nas suas vestes e acessórios seria algurntipo deexteriorização da orientação sexual dele?
PM - Sim. Dizem que ele tinha o dom da espetacularização. Estudiosos
falam do lado feminino dele e até o tratam por estilista. Isso foi reproduzido até num jornal aqui de Sergipe, no qual dizia que ele era um estilista - função que não era dos machos, como queriam dizer que ele foi. Na batalha de Maranduba, o que mais Lampião implorava era' para que não perdessem a máquina de costura dele.
Cinfonn -Certamente houve um vasto processo de pesquisa para recolher essas infonnações, Como se deu o processo de produção do seu livro?
PM - Eu viajei bastante. Fui a Santa Brigida, na Bahia, Canindé
e Poço Redondo, em Sergipe. Onde eu sabia que tinha trilha remanescente, eu ia. E o que me encantava era que os discursos se encontravam. O que me contavam num lugar, contavam-me em outro da mesma forma. Eu também li vários jomais da época. Li muito João Gomes de Lira e o sergipano Ranulfo Prata.
Cinfonn - Como o senhor chegou aos remanescentes? Essa experiência enriqueceu a sua obra?
PM - Eu era juiz de Canindé e Poço Redondo, e lá eu acabei tendo contato. Certa vez, um deles foi me pedir um favor, e eu tive a 
oportunidade de conversar. Falei até com gente que era íntimo do chamado "Capitão" e que me garantiu que ele era capaz de tudo. Encontrá-Ios foi muito importante. Eu pude ver o que eu já tinha lido e relido, e saber o que era verdade e o que não era. Dizem muito que Lampião era um justiceiro, mas isso é mentira. Quando mataram os pais dele, ele já tinha quatro anos de
cangaço, E isso não tinha nada a ver com ser justiceiro.
Cinfonn -O senhor está otimista quanto a aceitação do
seu livro? "
PM - Eu não tenho nenhuma experiência como escritor. Até então, eu era advogado, juiz. Mas acabei sendo influenciado pelos meus amigos que me incentivaram a escrever. O que eu posso adiantar é que quem leu, gostou do que eu escrevi. Uma pessoa disse, inclusive, que o
meu relato foi o mais próximo do que ele ouvia o pai falar.
  Autor:   Vários sites

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o+mata+sete+e+afirma+que+lampiao+era+boiola+e+maria+bonita+era+adultera

A RESTAURAÇÃO DO ENGENHO MACHADO – UM EXEMPLO A SER SEGUIDO


Sempre que viajo pelo Nordeste, uma das coisas que me chama atenção são as seculares edificações existentes nas antigas fazendas da nossa região, tanto no sertão como no litoral.
Casa Grande do Engenho Machado, Rio Formoso, Pernambuco - Foto - Rostand Medeiros
Sejam as casas que serviam de lar para os proprietários, ou as antigas senzalas onde padeciam os escravos, ou os velhos engenhos, este tipo de ambiente me atrai.
Em muitos casos chama atenção a arquitetura, a imponência da estrutura, os materiais utilizados, a relação das edificações com o entorno, a significação ds edificações para a história de um determinado município, etc.   Infelizmente a maioria destes importantes locais para a nossa história se encontram em ruínas ou em processo de destruição pela falta de conservação.
Frente do casarão - Foto - Rostand Medeiros
Não se pode negar que manter um centenário casarão é extremamente oneroso e necessita dedicação. Muitos dos materiais utilizados no passado, como a madeira, custam atualmente muito mais do que valiam no passado e alguns podem ser raros.
Em breve só restará de muitas destas antigas edificações que tenho visitado apenas os alicerces. É raro um caso como o da Fazenda Trigueiro, em Pereiro, Ceará, anteriormente apresentado no nosso “Tok de História” (Ver –  http://tokdehistoria.wordpress.com/2011/07/08/1583/).
Cidade de Rio Formoso, início dp século XX. Foto pertencente ao museu histórico de Rio Formoso-PE
Por esta razão, em uma recente viagem ao litoral sul de Pernambuco, fiquei muito feliz ao visitar um destes imponentes e antigos casarões, que está sendo arduamente reformado pelo seu atual proprietário. Trata-se da casa grande do Engenho Machado, no município de Rio Formoso, a cerca de 90 quilômetros de Recife.
Localizado a cerca de três quilômetros da cidade de Rio Formoso temos a entrada para esta propriedade, em uma porteira as margens da rodovia PE-060. Seguimos então por cerca de dois quilômetros por uma estrada de terra em boas condições, subindo elevações que no passado estiveram cobertas de plantações de cana-de-açúcar e mais remotamente, da quase extinta Mata Atlântica.
Paisagem a partir do Engenho Machado. Ao fundo vemos a foz do Rio Formoso e a badalada Praia dos Carneiros - Foto - Rostand Medeiros
Em certo ponto avistamos o antigo casarão e neste local é a paisagem da Ponta de Guadalupe e da famosa Praia dos Carneiros que enchem os olhos dos visitantes. Estamos a menos de seis quilômetros em linha reta destas belas praias do litoral sul de Pernambuco.
Mas o que impressiona de verdade é a reforma no antigo casarão.
Aspecto da reforma - Foto - Rostand Medeiros
O atual proprietário está tendo muito trabalho para conservar este verdadeiro monumento histórico da antiga sociedade patriarcal agrária do litoral pernambucano. Dá para ver a colocação de inúmeras vigas de concreto como reforço estrutural. Não foi possível entrar no belo imóvel, mas o responsável pelo local, conhecido como “Val”, que recebeu este visitante da melhor maneira, informou que está sendo utilizado na reforma um critério aonde o conceito da preservação vem em primeiro lugar. Até mesmo fotos antigas são utilizadas para um melhor trabalho. Infelizmente a antiga senzala e o engenho se encontram atualmente nos alicerces e a intenção do atual proprietário é que isto não venha acontecer com a imponente casa grande.
É bastante louvável esta atitude. Realizada estritamente através de uma ação privada e, até onde soube, sem nenhum tipo de ajuda governamental.
Antigas telhas coloniais, com as marcas das pontas dos dedos do oleiro que a produziu no passado - Foto - Rostand Medeiros
O atual proprietário, que soube apenas ser um funcionário de carreira do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, está fazendo um grande trabalho de resgate histórico. Dá para perceber que em termos econômicos, era mais rentável colocar o casarão abaixo, construir uma moderna casa e aproveitar a bela vista do litoral que o terreno proporciona.
Em relação aos fatos históricos ligados a este casarão, pouco descobri. O fato mais relevante, comentado por várias pessoas na região de Rio Formoso, foi que neste local ficou hospedado o Imperador Dom Pedro II, sua esposa Dona Tereza Cristina de Bourbon e as princesas Isabel e Leopoldina.
Dom Pedro II, a Imperatriz e as princesas

Infelizmente não consegui uma documentação comprobatório que Sua Majestade Imperial e sua família estiveram neste casarão. Mas na página 4 do “Relatório que a Assembleia Legislativa Provincial de Pernambuco”, lida em 1 de março de 1860, por Luiz Barbalho Moniz Fiuza, então dirigente do executivo pernambucano, afirma que em 22 de novembro de 1859, Dom Pedro II e sua família chegaram a bordo de naves da Marinha ao porto de Recife.
Na capital pernambucana a família imperial ficou hospedada no Palácio do Governo, que havia sido reformado pera receber a ilustre visita. Consta que em homenagem às filhas do Imperador, que brincavam nos jardins, o Palácio tomou o nome de Campo das Princesas.
A família imperial brasileira em 1861
Depois, segundo Moniz Fiuza, o Imperador seguiu a visitar Olinda, Goiana, Igarassu, Cabo, Escada, Sirinhaém, Vitória e Rio Formoso, onde pretensamente se hospedou na casa grande do Engenho Machado. Em todos os locais que visitou em Pernambuco, o Rei foi recebido com imensas demonstrações de carinho. Estas visitas faziam parte de um desejo de Sua Majestade de conhecer as províncias do Império, mesmo as mais distantes.
Existe um pequeno museu histórico na antiga sede da prefeitura de Rio Formoso e lá estão expostos mobiliários que pertenceram aos antigos proprietários do Engenho Machado e teriam sidos utilizados pelo Imperador quando da sua estada na propriedade.
Antigo móvel utilizado pelo Imperador Dom Pedro II quando esteve no Engenho Machado - Foto Rostand Medeiros
Consta que no começo do século XX este engenho pertenceu a destacada empresa societária “Mendes Lima & Cia”, cujo maior acionista foi Manuel Mendes Baptista da Silva, que em 1933 presidia o sindicato dos usineiros de Pernambuco.
Em relação a esta reforma na casa grande do Engenho Machado, ainda bem que existem pessoas preocupadas e interessadas em reverter este tipo de situação e preservar a nossa história.
Diante da casa grande do Engenho Machado Foto - Isa Cristina

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COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO DO DR. IVANILDO ALVES DA SILVEIRA

Por: Francisco Nunes
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTxPUTRJqVUm2fxcML6ZQuR0XHs2Z8tehH-2Qs8X0kaccjWjXtE
Foto do cangaceiro Chico Pereira

Este é um comentário de Francisco Nunes, sobre o artigo "O Cangaceiro Chico Pereira", http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2011/08/o-cangaceiro-chico-pereira.html, escritor pelo Dr. Ivanildo Alves da Silveira.

Boa noite Dr. Ivanildo Alves,


Concordo com o senhor, que Chico Pereira foi o sertanejo mais destemido do sertão paraibano. Chico Pereira prendeu o assassino que matou seu Pai João Pereira e entregou o preso vivo ao delegado, o delegado na mesma semana soltou o preso Chico Dias, foi uma armação macabra dos poderosos da Cidade de Sousa.

 Chico Pereira revoltado matou o assassino Chico Dias, Aproniano também de muita coragem, mas ele cai numa armação bem planejada e mais uma morte misteriosa.

A família Pereira da Fazenda Jacu foi à família mais torturada psicologicamente de todos os Cangaceiros.
Gostaria de lembra ao amigo, que depois da traição de


João Suassuna, PB e


Juvenal Lamartine - RN para matar Chico Pereira. Mês depois a casa de


Café Filho no Bairro das Rocas, na Cidade de Natal, foi invadida pelos os mesmo Militares que matou Chico Pereira; praticaram Vandalismo e torturas com a família de Café Filho.


Parabéns Dr. Ivanildo.
Sou um admirador da Cultura Sertaneja.
Francisco Nunes

28 de Julho - Dia da Morte de Lampião

Por: Portal São Francsico

A partir da metade do século XIX, diante da dura realidade do Sertão Nordestino, onde predominava a intensa miséria e injustiça social, criou-se uma manifestação caracterizada pelo banditismo: o Cangaço.

A organização já era conhecida desde 1834 e se referia a certos indivíduos que andavam armados, com chapéus de couro, carabinas e longos punhais entrançados que batiam na coxa. Levavam as carabinas passadas pelos ombros. Os cangaceiros surgiam em grupo, ao comando de um companheiro mais temível.

Em 04 de junho de 1898, nasceu Virgulino Ferreira da Silva, na fazenda Ingazeira, de propriedade de seus pais, no Vale do Pajeú, em Pernambuco. Terceiro filho de José Ferreira da Silva e D. Maria Lopes, Virgulino, que entraria para a história com o nome de Lampião, viria a tornar-se o mais notório cangaceiro.

Até entrar para o cangaço, Virgulino e seus irmãos eram pessoas comuns, pacíficos sertanejos que viviam do trabalho na fazenda e na feira aonde iam vender suas mercadorias. Virgulino Ferreira da Silva na certa teria a vida de um homem comum, se fatos acontecidos com ele e sua família não o tivessem praticamente obrigado a optar pelo cangaço como saída para realizar sua vingança. Virgulino declarou que, tendo perdido seu pai por culpa da polícia, e responsabilizando-a pela morte da sua mãe, iria lutar até a morte, e se pudesse tocaria fogo em Alagoas.

A morte de Lampião é assunto que gera controvérsias. Existem duas hipóteses para a sua morte e de dez dos seus cangaceiros.

1ª hipótese: Em 1938, Lampião faz uma incursão no agreste alagoano, escondendo-se depois no Estado de Sergipe. A polícia de Alagoas ficou sabendo do esconderijo de Lampião e uma volante comandada pelo


Tenente João Bezerra da Silva juntamente com o Sargento Ancieto Rodrigues e sua tropa alagoana, conduzindo inclusive metralhadoras portáteis, cerca o bando. Na madrugada de 28 de julho de 1938 começou o ataque que durou aproximadamente 20 minutos e uma boa parte de cangaceiros conseguiram fugir.

Lampião e 10 cangaceiros foram mortos na gruta de Angico, suas cabeças foram cortadas e expostas em praça pública em diversas cidades. Angico era o esconderijo, a fortaleza de Lampião. É uma gruta de pedras redondas e pontiagudas que pertence ao Estado de Sergipe. O esconderijo foi apontado para os policiais por um homem de confiança de Lampião, Pedro Cândido, que depois foi morto misteriosamente em 1940.

2ª hipótese: Admite-se que houve um plano de envenenamento. Como Pedro Cândido era homem da inteira confiança de Lampião, ele poderia ter levado garrafas de quinado ou conhaque envenenadas, sem que as tampas tenham sido violadas. Outros historiadores afirmam que Pedro Cândido teria levado para os cangaceiros pães envenenados e como era de total confiança, os alimentos não foram testados antes de serem comidos.

Tal argumento se baseia nos urubus mortos perto dos corpos após terem comido as vísceras dos cangaceiros e também porque quase não houve reação às balas da volante policial.

A tropa, que tomou parte no fuzilamento e na degola dos cangaceiros, se compunha de 48 homens. O tenente João Bezerra que chefiava o ataque disse que foi rápido. Cercaram os bandidos num semicírculo. Um soldado da polícia foi morto, alguns ficaram feridos e 11 cangaceiros tiveram suas cabeças cortadas.

Fontes: Brasil Folclore; Soleis

Histórias e estórias que ouvi falar...

Por: José Cícero


O cel. Izaías Arruda e o Incêndio da ponte do rio Salgado
Ponte onde um dia ocorreu o Incêndio dos domentes pelos jagunços do Cel. Izaías Arruda
Ponte sobre o Rio Salgado/Aurora local do Incêndio em 1927

Fotos: 1-vestígios de ferros retorcidos pelo fogo, 2- Jc e o mateiro local, 3- Vista frontal da Ponte e 4 - equipe: J.Cícero, ladeado por Arnaldo da Ingazeira(guia) e Jean Charles(fotógrafo).


Há anos que esta história me intrigava. Algo que nunca saíra de vez da minha cabeça. Tanto que, depois de várias investidas em vão para saber o local exato onde o incêndio ocorreu – por sorte, alguns meses atrás terminei encontrando o que procurava, isto é – a ponte do Olho d’água localizada entre o povoado de Quimami (Missão Velha) e Ingazeiras(Aurora).
Quando já me dirigia para a ponte do Jenipapeiro nos rumos do riacho dos Porcos nas proximidades de Ingazeiras, distrito de Aurora tive a sorte de parar numa bucólica residência de um agricultor. Um senhor de aproximadamente 80 anos. Cordato e hospitaleiro. Após falar-lhe do que eu estava procurando, ele de súbito, disse saber de toda a história contada-lhe um dia pelo seu genitor já falecido. E mais, que eu estava errado quanto a localização. A tal ponte não era a do jenipapeiro e sim, uma outra situada um pouco mais a frente a uma légua e meia dali. A ponte do incêndio ficava na localidade rural de Olho d’água. Aquela dica para mim foi muito mais que uma surpresa agradável. Foi um lenitivo. E assim, seguimos(eu e a minha equipe). De moto, ficou mais fácil vencermos as léguas tiranas das estradas empoeiradas. Chegamos finalmente ao local procurado. A ponte era magnífica. Exaustos mas recompensados por mais uma constatação histórica.
No ano passado, havia ido a Missão Velha e tendo inclusive conversado com o pesquisador Bosco André acerca deste fato. Tudo estava, ainda como agora um tanto quanto nebuloso. Um mistério.
Bosco André e Manoel Severo

De lá fui até a ponte/pontilhão das Emboscadas. Por sinal uma bela obra de arquitetura. Confiante de que havia sido ali o ambiente onde tudo ocorreu. Só em seguida é que fiquei sabendo que também não era lá. De novo estava eu desolado.
E agora, diante do local exato pude constatar que se trata mesmo de uma bela ponte metálica de engenharia arrojada para os padrões da época. Logo que chegamos pude notar que bem ao lado, havia um canteiro de obras com vistas à construção da ferrovia denominada Transnordestina - obra do governo federal ainda da era Lula. Uma nova ponte estaria sendo projetada. E que será construída paralela a esta da Reffesa.
Torço para que, com a suposta desativação da antiga linha, que pelo menos a histórica ponte onde todo o fato ocorreu venha a ser preservada. Posto ser ela, um patrimônio arquitetônico e histórico não somente de Aurora e Missão Velha, mas de todo o Cariri.
A Pesquisa de campo:
Vasculhamos todo o matagal em seu entorno, assim como o leito do rio, quando pude, para minha alegria descobrir algumas peças antigas de ferro retorcido que estavam enterradas na lama, assim como cobertas pelo mato(ver foto). Tudo o que aquele senhor nos informou estava ali diante dos nossos olhos. Era a história viva e pulsante de um tempo ido, como que desafiando o olhar dos contemporâneos.
O rio estava belo, mesmo que rasgado e maltratado pelas máquinas que estavam a construir a nova ferrovia. Vi muita destruição em boa parte do percurso. Uma verdadeira agressão ao rico e ao bioma da nossa caatinga como um todo. Tudo em nome de um progresso devorador que parece puder tudo. Até mesmo devastar e destruir os nossos ecossistemas e a nossa própria história.
Era gozado a forma como os operários da Transnordestina nos olhavam. Talvez, por não compreender o nosso propósito de pesquisa. Ficavam curiosos. Vendo-me com a minha equipe a fotografar tudo, a esquadrilhar o ambiente em suas minúcias; como a procurar algo no vazio. Descobrimos peças de metais enterradas na areia do rio. Checamos restos de antigos dormentes. Buscando assim qualquer vestígio possível daquele remoto acontecimento, passado a mais de 80 anos. Era possível ver os sinais de fogo nos pilares da velha ponte. Tudo ali parecia está realmente carregado de antigas memórias.
Eu olhava para aquela ponte e imaginava o velho coronel Izaías Arruda e Zé Gonçalves com todo o seu bando de jagunço em suas infindáveis estripulias.
Lampião e seus comandados... Além dos grandes potentados e outras autoridades que um dia passaram por ali. Por fim, saber que por sobre aquela ponte do Salgado passou boa parte do antigo progresso do Cariri foi para mim uma sensação das mais indescritíveis. Um misto de saudade, alegria e curiosidade.
Como se deu todo o episódio:
O ainda hoje misterioso, o incêndio da ponte sobre o rio Salgado de 1927, foi uma dura resposta do cel. Izaías Arruda (então prefeito de Missão Velha) em retaliação a um imbróglio com os engenheiros da RVC, depois que a ferrovia decidiu romper um acordo verbal relativo a compra(fornecimento) de madeira de lei para a fabricação de dormentes. A referida madeira era retirada da propriedade do temível coronel. A RVC resolveu não mais aceitar o produto de Izaías em face do preço exorbitante, muito além do valor de mercado que era praticasdo na época. O coronel não aceitou de bom grado o rompimento do contrato. Achou que aquilo era uma desmoralização a sua posição de líder. Indignado com o fim do lucrativo negócio, resolveu se vingar.
De modo que deu ordem aos seus jagunços para que arrancassem quase um quilometro e meio de dormentes da estrada de ferro e fizessem uma grande coivara sobre a ponte. E foi o que promoveram: uma fogueira gigante. Os trilhos ficaram em alguns trechos, soltos sem a sua base de apoio. Uma grande tragédia estava prestes a ocorrer com o trem da feira que passaria ainda nos escuro da madrugada lotado de gente e mercadoria. Um iminente acidente estaria prestes a acontecer. Um verdadeiro atentado que poderia vitimar um grande número de passageiros inocentes. O coronel não estava nem aí para as conseqüências do seu tenebroso ato.
As labaredas de fogo podiam ser vistas a quilômetros dali. Disse-nos o tal senhor do Jenipapeiro. A ponte estava literalmente em chamas. Vez que grande parte da sua estrutura metálica, segundo relatos, com o fogo, estava vermelha em brasa viva.
Uma fogueira monumental alimentada por madeira de lei do tipo: aroeira, pau d’arco, cedro e mssaranduba dentre outras. “O ferro da ponte, como dizia meu pai, ficou em brasa viva”, disse o morador. O calor, segundo ele, era tanto que parte da estrutura metálica chegou ao ponto de alguns peças amolecer. Restos de ferros retorcidos ainda hoje depois de pouco mais de 82 anos daquele inusitado acontecimento ainda foram encontrados sob a areia do leito do rio. "A temperatura era altíssima e o fogo entrou pela noite. Foi uma coisa horrível, nem sei com a ponte não caiu por inteira".
E a tragédia só não foi maior porque um vaqueiro que residia nas proximidades (no Jenipapeiro), às escondidas, montou seu cavalo e rumou célere para à estação de Ingazeiras comunicando o fato ao agente local que de imediato telegrafou para as estações do Crato e Fortaleza. O trem daquele dia ficou pelas bandas de Iguatu ou do Crato mesmo. Por vários dias, quase uma semana o tráfego costumeiro do chamado trem da feira ficou interrompido até que funcionários da Rede Ferroviária Cearenses(RVC) sob segurança reforçada pudessem realizar os necessário serviços de recuperação da linha férrea e da própria ponte sobre o rio Salgado. Os prejuízos foram calculados em cerca de 300 contos de réis; uma verdadeira fortuna naquele tempo.
Mas o mistério ainda permanece até hoje. E algumas perguntas continuam, por assim dizer, inevitáveis. Ou seja, por que será que o coronel Izaías Arruda veio a escolher logo a ponte do Olho d’água a mais de duas léguas da estação de Missão Velha onde inclusive era prefeito? Por que justamente Aurora? Será que queria demonstrar força para os irmãos Paulinos com os quais mantinha uma rixa mortal? Ou quisera com isso, evitar quem sabe, que as volantes que se encontravam na parte baixa do Cariri não pudessem chegar a Aurora para dá cabo de Lampião junto com seu bando? Ou mesmo, queria que o próprio Lampião, fosse responsabilizado pelo incêndio aumentando assim, a ira do governo? Quanto a esta última suposição é notório ressaltar que muitos da época, inclusive alguns jornais da capital, chegaram a noticiar que aquele atentado tinha sido obra dos cabras de Lampião, em retaliação a perseguição das volantes, inclusive como consta equivocadamente na página 339 do livro: ‘A Marcha de Lampião, assalto a Mossoró’ de Raul Fernandes, filho do prefeito potiguar Rodolfo Fernandes, famoso por ter comandado a resistência de 27. Por fim, pelo modus operandi, que relação existiu entre o incêndio da ponte do Salgado e o da antiga estação de Missão Velha?
Ousado e temível em toda região, o coronel Izaías Arruda era de fato, um inegável fazedor de inimigos. Jogava bem, sobretudo nos bastidores e, como costumam dizer nossos matutos – com dois baralhos. De sorte que, não era tarefa fácil vencê-lo em seus domínios. Tinha, como se sabe ainda hoje, o seu exército particular de jagunços sempre pronto a agir nos mais diferentes ramos.
Contudo, adespeito de qualquer outra coisa, é preciso dizer que Izaías Arruda de Figueiredo foi um homem inteligente e de coragem que esteve muito além do seu tempo. A forma como se deu a sua morte foi uma prova inconteste de que pagara caro por tudo isso.
O coronel Izaías Arruda, era filho natutal de Aurora onde foi delegado e, quando ainda prefeito de Missão Velha, foi assassinado na estação de Aurora em 04 de agosto de 1928 pelos irmãos Paulinos, vindo a morrer quatro dias depois.

O sertão: da caatinga, dos santos, dos beatos e dos cabras da peste


Por conta das comemorações do seu sétimo aniversário, o Museu Afro Brasil – instituição da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo – está expondo, até o dia 1º. de abril de 2012, uma grande mostra:

“O sertão: da caatinga, dos santos, dos beatos e dos cabras da peste”. 

A exposição exibe aproximadamente 800 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, ex-votos, roupas, fotografias, instalações e documentos, reproduzindo o ambiente no qual vive o homem do sertão nordestino. Entre tantas obras em exibição chama a atenção dos visitantes as vestimentas do Beato


José Lourenço, líder da comunidade do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, localizada no município de Crato, além de fotos do acervo da Aba-Filme com retratos do Beato


Antônio Conselheiro, do


Padre Cícero e da Beata


Maria Araújo.

Fonte: Coluna Armando Rafael /


O Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e administrada pela Associação Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura.

O Museu conserva um acervo com mais de 5 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XV e os dias de hoje. O acervo abarca diversas facetas dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a diáspora africana e a escravidão, e registrando a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.
O Museu Afro Brasil é um museu histórico, artístico e etnológico, voltado à pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados ao universo cultural do negro no Brasil. Localiza-se no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, no "Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega" – edifício integrante do conjunto arquitetônico do parque projetado por


Oscar Niemeyer na década de 1950. Oferece diversas atividades culturais e didáticas, exposições temporárias, conta com um teatro e uma biblioteca especializada.
Inaugurado em 2004, o Museu Afro Brasil nasceu por iniciativa de


Emanoel Araujo, artista plástico baiano, ex-curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo e atual curador do museu. Em 2004, Araújo - que já tentara frustradamente viabilizar a criação de uma instituição voltada ao estudo das contribuições africanas à cultura nacional - apresentou a proposta museológica a então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Encampada a ideia pelo poder público municipal, iniciou-se o projeto de implementação do museu. Foram utilizados recursos advindos de patrocínio da Petrobrás e do Ministério da Cultura (Lei Rouanet).

Congresso das Direções Zonais do PT, com a presença de Aloizio Mercadante e Marta Suplicy

Para formar o acervo inicial, Emanoel Araujo cedeu 1100 peças de sua coleção particular em regime de comodato. Ficou decidido que o museu seria instalado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega. A 23 de outubro de 2004, o Museu Afro Brasil foi inaugurado, na presença do Presidente


Luís Inácio Lula da Silva e de outras autoridades.

Para conhecer, visite: