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sexta-feira, 2 de junho de 2017

A BARRIGA, A SERRA E A NOTÍCIA

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de agosto de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.678

 É pena que muitas notícias boas cheguem quando predominam a negatividade e ofusca as alvíssaras. Os episódios da História de Alagoas com a bravura do Quilombo dos Palmares correram mundo. O grito e o sangue derramado pela liberdade negra tornaram-se orgulho do povo alagoano. A história dos Palmares deveria ser mais estudada, pesquisada e entendida nas escolas do estado com maior frequência e profundidade. Afinal, no dia da Consciência Negra chega gente para subir a serra, de todas as partes do planeta. Em nosso livro ainda inédito, “Repensando a Geografia de Alagoas”, fornecemos uma lista completa das Comunidades Quilombolas e cada população; até mesmo a comunidade de Tabacaria que foi devastada pelas chuvas em Palmeira dos Índios. Ainda em nosso outro livro já publicado, “Negros em Santana”, defendemos teses importantes baseadas nos movimentos negros da grande serra.

SERRA DA BARRIGA. Foto (divulgação).

“Símbolo de resistência a escravidão imposta ao povo negro do Brasil, a Serra da Barriga localizada no município de União dos Palmares, Alagoas, foi aprovada como Patrimônio Cultural do Mercosul. A escolha ocorreu na tarde desta terça-feira, 30, na XIV  Reunión de la Comisión de Patrimonio Cultural / CPC / Mercosul Cultural, na Argentina”.
Como foi dito, é pena a notícia ter chegado em momento de tanta dor na região litorânea e na zona da Mata com as enchentes devastadoras. Mas não deixa de trazer imensa alegria para os defensores da causa negra no estado e para os vários segmentos e intelectuais alagoanos. Para o Brasil, um marco importantíssimo que irá repercutir por todos os recantos do Globo.
Mesmo assim, apesar dessa retumbante vitória, continua uma luta difícil de todas as comunidades quilombolas registradas no estado. A pobreza é fator primordial nessas áreas onde as opções continuam mínimas e, o básico como Educação, Saúde e Trabalho remontam ao tempo da escravidão.
Quantas e quantas vezes planejei levar alunos até o alto da serra e nunca deu certo! Fazer o quê! Muitas coisas na vida que parecem tão perto se tornam tão longe!...
O importante, porém, é o dever cumprido, a contribuição diária para uma humanidade mais feliz, mesmo que ela seja apenas um tiquinho.


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UM FIM DE TARDE ASSIM

*Rangel Alves da Costa


Iniciei este texto já passado das cinco horas da tarde desta quinta-feira, primeiro de junho. 17h12min precisamente. E veio-me a inspiração exatamente pelo que acabei de avistar do outro lado do portão, em direção aos horizontes.
O dia inteiro foi de mais nuvens do que réstia de sol, num tempo nublado de chover a qualquer momento. Mas agora, na junção das nebulosas cores do entardecer, sem as chamas do sol nem a vermelhidão entre as nuvens, o tempo ficou mais entristecido e pesaroso.
Daí estar um fim de tarde assim, assim sombrio, tristonho, nublado, escurecido, melancólico e até angustiante. Paisagem de chuva de uma chuva que não vem, horizontes de cores outonais apenas a espera de mais escuridão da noite que logo vai chegar.
Tudo fica mais triste num fim de tarde assim. Não há nem por de sol nem nuvem carregada, não há nem as cores avermelhadas e tão próprias do instante nem a escuridão fechada dos instantes que antecedem os temporais. Apenas um fim de tarde assim, assim diferente.
Na solidão em que estou agora, onde qualquer coisa já desperta saudade, tristeza, melancolia, uma nostalgia de perfeita feição, avistar paisagens assim é o mesmo que ser chamado ao sofrimento sem dor, às saudades sem retratos avistáveis ao pensamento.
Sim, motivos de saudades eu teria muitos, pois distante de pessoa que guarnece de amor o meu coração, mas as saudades perante este fim de tarde são muito diferentes, pois apenas surgidas como se abrindo velhos baús e buscando reencontrar os caminhos distantes.


Mas creio que não somente eu estou mais entristecido num fim de tarde assim. As pessoas passam mais cabisbaixas, mais pensativas, mais silenciosas, mais reflexivas. Não avistei sorrisos nem palavras, apenas pessoas que passam como se caminhassem distantes de tudo e alheias a tudo.
Os carros com suas buzinas sequer são ouvidos. Não há pressa, não há correria. Talvez muitos se esqueçam de passar na padaria para comprar pão e leite. Talvez outros sequer saibam por que caminham, para onde vão, e o que vão fazer logo mais.
Os chuviscos não caem. Apenas o tempo fechado, nublado. O sol escondido nas nuvens, apenas vai sumindo sem deixar rastros. Os prenúncios de chuva talvez não se confirmem. É mais fácil chover quando o dia inteiro não se mantem assim carregado.
Será certamente uma noite sem lua, sem estrelas. Talvez os meninos sequer apareçam para jogar bola por cima do asfalto. As mulheres sempre temem sentar nas suas portas em noites nubladas e indefinidas. Será uma noite chegada mais cedo e muito mais alongada.
Levantei por um instante e novamente lancei o olhar pelos arredores. Ainda são 17h39min, mas é como se a noite já tivesse chegado inteira, completa e escurecida antes do tempo. As sombras avançam e o noturno atormenta ainda mais a minha solidão. Até gosto da solidão, mas não quando ela chega em noite antecipadamente assim.
Já se foi o que era do fim de tarde. Não houve boca da noite nem partida do sol para a chegada da lua. Os espaços estão sem lua e as ruas parecem sonolentas e cada vez mais tristes e também solitárias. Um gato passou sem mio, também cabisbaixo, lento, vagarosamente remansoso.
Talvez chova a qualquer momento. Ou talvez a noite avance sem um chuvisco sequer. Seria bom que chovesse e os telhados molhados acalantassem os sonos difíceis de adormecer. Muita gente gosta de adormecer ouvindo o barulho da chuva, sentindo o mundo molhado ao redor.
Voltarei novamente ao portão. E perante a noite fechada sentirei tudo que a mim vier como saudade, tristeza ou aflição. Não vou mais fugir da memória nem do que desejo reencontrar. Que tudo venha na noite. Já não tenho medo da escuridão.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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LANÇAMENTO DO LIVRO DE NOSSO BOM AMIGO Gilson Souto Maior SOBRE A HISTÓRIA DA TELEVISÃO NA PARAÍBA:

Por Evandro da Nóbrega

MUDA APENAS O LOCAL DE LANÇAMENTO DO LIVRO DE NOSSO BOM AMIGO Gilson Souto Maior SOBRE A HISTÓRIA DA TELEVISÃO NA PARAÍBA: 


Será no Anexo da Câmara Municipal, na mesma rua, prédio amarelo, fronteiro à sede da Edilidade... Não deixem de comparecer! É a primeira História da TV na Paraíba já surgida! Tem coisas lá do arco-da-velha... 


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O CINEASTA DO CANGAÇO ADERBAL NOGUEIRA INDICA!

Por Aderbal Nogueira

É bom antes de dizer que Rufino assassinou Corisco ler esse relato de Zefinha. Por que não se entregaram? Ele poupou Dada, ou não? foto do livro de Sérgio Dantas "CORISCO a Sombra de Lampião".


Fonte: facebook
Página: Aderbal Nogueira
Grupo: O Cangaço
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10213265024886793&set=gm.1584976621515450&type=3&theater

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UM LIVRO COMPLETO SOBRE CANGAÇO QUE AINDA NÃO TINHA SIDO PUBLICADO


Você que no estudo do cangaço já ouviu falar sobre Antonio Matilde, mas ainda não sabe quase nada sobre a sua identidade,  convido você para comigo ir até à casa deste, somente para fazermos uma pequena biografia.

1 - Qual é o parentesco de Antonio Matilde com os Ferreiras?
2 - Era tio deles?
3 - Era primo deles?
4 - Era cunhado de José Ferreira da Silva?
5 - Era sobrinho de dona Maria Sulena da Purificação?
6 - Tinha um parentesco muito com dona Jacosa?
7 - Não fazia parte da família de dona Jacosa?
8 - Qual o seu parentesco com Cassimiro Honório?

Estas e outras respostas você as encontrará no livro: "Lampião a Raposa das Caatingas", de José Bezerra Lima Irmão. a partir da página 89.

Esta maravilhosa obra você poderá adquiri-la através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br.

Com o professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba. Ainda não foi lançada uma obra sobre cangaço maior do que esta. São 736 páginas - Tamanho Ofício - 4 centímetros de altura...

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ASSEMBLEIA 05-06-2017


Informamos que na próxima segunda-feira (05-06) serão realizadas duas assembleias. A necessidade das convocações separadas se dá pela obrigatoriedade de que a escolha do representante para o CONAD seja feita em uma assembleia exclusiva. A primeira assembleia terá início às 9h e a segunda se inicia às  10h. 

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

C O N V O C A Ç Ã O

A Diretoria da Associação dos Docentes da UERN – ADUERN/Seção Sindical do ANDES/SN, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os professores da UERN para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará na Área de Lazer Prof. FRANCISCO MORAIS FILHO, no dia 05 de junho de 2017, segunda-feira, em primeira convocação, com 20% do número de sindicalizados, às 08:30 horas, em segunda convocação com 10% do número de sindicalizados, às 08:45 horas, ou, em terceira e última convocação, com qualquer quórum, às 09:00 horas, oportunidade em que será apreciada os seguinte ponto de pauta:

1.  ESCOLHA DE UM DELEGADO PARA O 62º CONAD A SER REALIZADO NO RIO DE JANEIRO/RJ, NO PERÍODO DE 13 A 16 DE JULHO DE 2017   

         Mossoró (RN), 01 de junho de 2017

Prof. Lemuel Rodrigues da Silva
Presidente

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
C O N V O C A Ç Ã O

A Diretoria da Associação dos Docentes da UERN – ADUERN/Seção Sindical do ANDES/SN, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os professores da UERN para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará na Área de Lazer Prof. FRANCISCO MORAIS FILHO, no dia05 de junho de 2017, segunda-feira, em primeira convocação, com 20% do número de sindicalizados, às 08:30 horas, em segunda convocação com 10% do número de sindicalizados, às 08:45 horas, ou, em terceira e última convocação, com qualquer quórum, às 10:00 horas, oportunidade em que será apreciada os seguinte ponto de pauta:

1.  ESCOLHA DE UM REPRESENTANTE DOCENTE (SUPLENTE) PARA A COMISSÃO DE ACUMULAÇÃO DE CARGOS – CAC;
2.  ESCOLHA DE UM REPRESENTANTE DOCENTE (SUPLENTE) PARA O CONSELHO CURADOR;
3.  ESCOLHA DE UM REPRESENTANTE DOCENTE PARA A COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE – CPPD, NA CATEGORIA AUXILIAR.
4.  ABERTURA DE CONTA PARA O FORUM DOS SERVIDORES PUBLICOS DO OESTE POTIGUAR. 

         Mossoró (RN), 01 de junho de 2017

                             Prof. Lemuel Rodrigues da Silva
                                            Presidente
Jornalista
Cláudio Palheta Jr.
Telefones Pessoais :

(84) 88703982 (preferencial)  
Telefones da ADUERN: 
ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O BODE PRETO DO SERIDÓ

Por Sálvio Siqueira
Coronel João Damasceno Pereira de Araújo - O Bode Preto do Seridó

Na cidade de Caicó, Rio Grande do Norte, existiu um líder político chamado João Damasceno Pereira de Araújo, filho de Antonio Pereira de Araújo, e de Maria José de Medeiros, Antônio, filho por sua vez de João Damasceno Pereira,  3º filho do 1º Tomaz de Araújo Pereira, e Maria José de Medeiros, filha do 3º Tomaz de Araújo.

O velho Tomaz de Araújo Pereira(3º), que já se achando cego, achou por bem casar a neta Tereza, a quem criava, com João Damasceno que tinha 15 anos.

Casa Grande da Fazenda Saco do Marins Foto: George Stephenson Batista   

O destemido, ou temido 'coronel', fez de sua primeira residência a fazenda Bulhões, no Acari, localizado na bacia do Gargalheiras. Ali, manobrou, desdobrou, fez e desfez com suas "ordens e ações". Foi um verdadeiro chefão político nas terras acariense até passar, em 1868, seu poder político para o

Coronel Silvino Bezerra de Araújo Galvão, que além de afilhado, era seu sobrinho. Nada diferente do que outros, muitos, coronéis fizeram sucessivamente na 'mantença' do poder regional.

O Governador do rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, nos passa os seguintes aspectos sobre o coronel: 

"- alto, forte e notável cavaleiro, era muito respeitado, em todo o Seridó, por suas qualidades de caráter e por sua energia. A estima que gozava entre os seus parentes, e o respeito que soube manter junto ao povo durante sua longa vida, o consagrou como um dos legítimos patriarcas seridoenses(...)neto de Tomaz de Araújo Pereira, primeiro presidente do Rio Grande do Norte, após proclamada a independência do Brasil, irmão do Padre Tomaz Pereira de Araújo, Deputado provincial do Rio Grande do Norte, nos períodos de 1835/37, 1838/39, 1840/41, 1848/49 e 1860/61 e vigário de Acari, durante mais de sessenta anos, concorreu para firmar seu prestigio, que soube manter por uma linha de conduta firme e igual, enquanto viveu(...) ".

Casa Grande da Fazenda Saco do Marins - Foto:  George Stephenson Batista   


Manoel Rodrigues de Melo, também faz alusão sobre o famoso chefe político, através do seu livro “Patriarcas e Carreiros ": "(...) João Damasceno era alto, forte, de força agigantada. Fazendeiro, rico, poderoso, dono de muitas terras, possuindo cabroeira numerosa e organizada, era, no seu tempo, uma das maiores influências políticas no município de Caicó(...)".

Em certa época, naquelas quebradas, no Saco dos Martins, apareceu um certo tipo pedindo-lhe apoio e proteção. O coronel, depois de saber sua 'graça', também ficou ciente de que o mesmo andava escondido, nas serras, usando as grutas com refúgio, por estar sendo perseguido por crimes que cometera.

Tratava-se do cangaceiro 'Pereirão'. O coronel deu-lhe apoio e proteção. colocando-o em suas terras, onde seu poder era total, nada nem ninguém tocava nele. antes de dar-lhe guarida, o chefe passa-lhe as coordenadas de como deverá comportar-se e agir daquele momento em diante.

'Pereirão' era meio maluco, não ligava pra nada, nem com nada se importava. Por diversas vezes foi repreendido pelo coronel, porém, foi não foi, saia da linha. Tanto que chega um momento que é 'despedido', mandado, pelo próprio coronel ir-se embora.

Ficando na região, começa a aprontar das suas e, o pior, lasca a língua no mundo, descendo o 'cacete' em Damasceno, proferindo insultos e outras mais...

O coronel Damasceno não era do tipo que ficava em sua Fazenda, sentado/deitado na 'preguiçosa', embaixo do alpendre, só mandando. Pelo contrário, era afoito, corajoso e costumava estar a frente de suas empreitadas. Quando soube do que Pereirão andava a dizer e a fazer com o povo da região, seus 'protegidos', resolve prende-lo. aproxima-se do cangaceiro e grita seu nome. Pereirão vira-se devagar e estende-lhe a mão. Nesse momento o coronel, ao pegar-lhe a mão, dar-lhe uma chave e o derruba no chão. Pede que alguém traga-lhe uma corda e amarra o azarada cangaceiro.


Casa Grande da Fazenda Saco do Marins - Foto : George Stephenson Batista   

Depois de amarrado, o cangaceiro e levado para a Fazenda Saco do Martins debaixo de muita pancada. Lá chegando, os homens do coronel dão um "trato especial" em Pereirão. O coronel manda três de seus homens de confiança levarem o prisioneiro para a cadeia de Caicó. Naquela cidade norte rio-grandense, chega a notícia que chegará, preso e amarrado, um cangaceiro procurado, pelos homens do coronel Damasceno. A notícia chegou, porém, até hoje, espera-se a chegada do cangaceiro Pereirão naquela localidade.as autoridades, através do Alfere da Comarca, manda dizer ao coronel que fará uma visita as suas terras, afim de fazerem uma investigação. O coronel manda a resposta, pelo mesmo portador:
“Diga ao Alferes que o Saco do Martins só tem uma entrada e não tem por onde sair”.

Imaginem se o Aferes, ou outra pessoa qualquer,  foi 'farejar','fuçar', alguma coisa naquela propriedade?

Outros 'causos', sobre esse personagem, contaremos depois, "pro'cês" apreciarem...

Fonte: Ob ct.
Foto:  arissonsoares.blogspot.com   


http://oficiodasespingardas.blogspot.com.br/2015/10/o-bode-preto-do-serido-por-salvio.html?spref=fb

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LAMPIÃO EM POMBAL | O CANGAÇO NA LITERATURA #03 | VOM #46


Publicado em 2 de jun de 2017

O Cangaço na Literatura sai novamente do estado de Sergipe e adentra nos limites entre Sertão e Agreste. Fomos desta vez à cidade de Ribeira do Pombal, onde Lampião fez uma fotografia incrível. Tá curioso? Eu estou muito! Compartilhem com os amigos, valorize nossa cultura!
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VARADOURO/ JOÃO PESSOA/PB IGREJA SÃO FREI PEDRO GONÇALVES POR FORA E DENTRO

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

VARADOURO/ JOÃO PESSOA/PB IGREJA SÃO FREI PEDRO GONÇALVES POR FORA E DENTRO. 

Jerdivan Nóbrega de Araújo








Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ANTES DA BATALHA NA SERRA GRANDE! Parte II


... apertou a mão de Zé amigavelmente, ele segurou com força tentando impossibilitar qualquer reação dele. José, notando a trama dos cangaceiros, em vez de no primeiro momento tentar desvencilhar-se da mão que segurava a sua, com a que estava solta, saca do revólver que tinha colocado na cinta na altura da cintura, na parte posterior, em suas costas, e, em ato de reflexo, abre fogo contra os cangaceiros, se soltando da mão do “Rei dos Cangaceiros”, o qual também teve que soltar a mão de Zé e atirar-se ao chão rolando para defender-se das balas, pega seu rifle e protege-se dentro de um quarto, começando uma grande troca de tiros.

Em uma rede, alheio a isso tudo, estava deitado, e talvez até dormindo, José Pereira Lima, o filho com sete dias de nascido de Zé de Esperidião. Inevitavelmente a criança é atingida nos membros inferiores, deixando-a com um defeito físico para sempre.

“(...) No tiroteio o menino foi baleado nas duas pernas, tendo sido acertado o dedo do pé deixando-o aleijado por toda a vida (...).” (Ob. Ct.)

O mundo se fecha na bala. O tiroteio é terrível. Zé não dá chances para que os cangaceiros o matem. Os cangaceiros, mesmo em número de 116, não conseguem entra e matar aquele homem valente, pois cada um sabe que morreria ao transpor o batente da porta, e mesmo sendo cangaceiros, quem tem... tem medo. O que mais incomodava José eram os gritos e o choro de seu filhinho. Parando por alguns instantes de responder ao fogo dos atacantes, Zé grita para Lampião, pedindo garantias para a vida da criança. Lampião responde que garante a vida dele e ordena a Rosa, esposa de Zé, a ir pegar seu filho que estava baleado, sangrando e deitado numa rede armada na sala daquela residência. Após a mãe retirar o menino, os cabras voltam a atacar José com mais afinco, no entanto, Zé não permite que nenhum entre na casa, pois sabia que seria seu fim. Em determinado momento, Titino Estevão, estando próximo, tenta socorrer Zé, entrando pela casa do irmão deste, Antônio Esperidião, que ficava logo ao lado, no entanto é notado por alguns cangaceiros que abrem fogo na direção dele. Uma das balas atinge o batente da porta, não dando chances alguma do amigo combater em defesa de José.

A luta prolonga-se por um tempo não calculado por Lampião. Estava demorando muito acabar com um só homem, coisa que não fora prevista pelo chefe cangaceiro. Quando já se iniciava à tarde do dia 25 de novembro, vendo que não conseguiriam desalojar, nem matar, à bala, o inimigo dentro do quarto, Lampião ordena que os ‘cabras’ arranquem a madeira seca da cerca, varas e estacas, e fizessem um monte em volta da casa. Depois de terem colocado muita madeira em volta da casa, Virgolino obriga sua esposa, dona Rosa, a atear fogo na madeira. As chamas começam a queimar a madeira e, consequentemente, a casa vai sendo destruído por elas, terminando por queima-la quase completamente, ficando um dos quartos, exatamente aquele em que se encontrava José de Esperidião, sem ter sido destruído pelo fogo. José de Esperidião morre, mas não pelas balas ou punhais dos cabras de Lampião, mas por sufocamento devido a quantidade de fumaça. Morreu sentado numa cama com seu rifle em pé e seu dedo indicador no gatilho, tendo uma bala na agulha, tanto que, quando seu irmão, Tibúrcio Esperidião, foi retirar seu corpo dos escombros, ao tentar retirar a arma de sua mão, essa dispara antes que se conseguisse o intento.

Lampião, percebendo que não havia mais resposta de fogo de dentro da casa, reconheceu que Zé estava morto. Deixando a mãe e o filho, segue seu caminho rumo a Serra Grande. Por volta das 16:00 horas da tarde daquele dia, Lampião e seu bando acampam no engenho de cana na fazenda Tamboril, propriedade rural do senhor Serafim, cuidada pelos irmãos Tino e Antônio Serafim, filhos do proprietário, onde é morta uma rês, a qual tinha ele comprado dias antes, para que os cangaceiros se alimentassem. Vendo os presos que Lampião levava, Tino Serafim pede pela vida de Silvino Liberalino, coisa que Lampião garante que não iria mata-lo.

Após ser liberto por Lampião, Vieira coloca o velho calhambeque para correr até Vila Bela. Lá estando, Benício relata para o Comandante Geral, major Theófanes Torres, tudo que aconteceu na estrada e como fora incumbido, pelo “Rei dos Cangaceiros”, para arrecadar o dinheiro para o resgate de Pedro, o homem da ESSO, isso no mesmo dia, 24 de novembro. Imediatamente o comandante passa a ordem para o tenente Higino José Belarmino para que o mesmo fosse ao local onde se dera o sequestro e, de lá, ‘pegassem’ o rastro dos cangaceiros. Ao mesmo tempo, o major telegrafa para Flores e ordena que o soldado comandante “Ducarmo”, Manoel Antônio de Araújo, partisse com seus homens para o mesmo local. Em princípios do dia 25 de novembro de 1926, em Vila Bela, o comandante geral das Forças Volantes contra o banditismo, major Theófhanes Ferras Torres, ordena, aos seguintes comandantes:

“sargento José Olinda de Siqueira Ramos, sargento Arlindo Rocha; Cabo Manoel de Souza Neto, cabo Euclydes de Souza Ferraz, cabo Domingos Gomes de Souza”, com seus comandados, para se deslocarem rumo a Varzinha, a fim de darem combate a Lampião e seu bando.

Após estarem juntas, a tropa do tenente Higino e a do soldado Ducarmo, partem seguindo os rastros deixados pelos ‘cabras’ de Lampião, fazendo o mesmo percurso, rumo a Varzinha.

Já pelo outro lado da região citada, estavam a fechar o cerco àquelas colunas que haviam partido, na manhã do dia 25, de Vila Bela em direção a Varzinha. Na tarde daquele mesmo dia, o cabo Manoel de Souza Neto, consegue prender o ‘negociador’ do sequestro de Pedro Paulo, o homem da ESSO, onde o mesmo levava consigo a soma de cinco contos de réis para pagar o resgate. Além de prender aquele portador, Mané Fumaça ordena que seus homens deem uma sova no infeliz.

Devido o tempo gasto com a prisão do roceiro que levava o dinheiro para o resgate, as volantes atrasam-se e têm que pernoitar nas terras da fazenda Tamboril. Lampião tinha dito ao amigo/coiteiro Tino Serafim, que ele saísse de casa e procurasse o mato. Lá ficasse até as coisas se acalmarem, pois, por uns dias aquela região iria ‘pegar fogo’, e estaria infestada de soldados. Tino não obedeceu ao conselho e, na manhã do dia 26 de novembro de 1926, é pego pelas volantes. O seu inquiridor é o cabo Manoel Neto. Os soldados começam a descer o cacete lá mesmo, no roçado, onde prenderam o coiteiro. Os espancamentos são muitos, chegando até a colocarem uma cangalha em suas costas e alguns andarem montado nela. Dentre os homens da tropa, havia dois que conheciam Tino Serafim e interviram por ele, reclamando a um companheiro de alcunha “cocada de sal”, que era o que mais batia.

Mesmo tendo apanhado muito, Tino Serafim ainda encontra forças para tentar aconselhar o cabo Manoel Neto, dizendo para ele não ir até a Serra Grande:

“-Coronel, vou lhe pedir que não vá atrás de Lampião na serra não, pois ele ta virado no cão e disse que hoje acordou com vontade de matar macaco.”

Particularmente, acreditamos que esse ‘conselho’ de Tino Serafim ao comandante de volante, era exatamente para ter efeito o contrário. Ele era sabedor do temperamento do nazareno, e sabia, com certeza, que passando essa informação, em vez de não prosseguir, servia de ‘combustível’ para que ele fosse mais rápido ainda.

Em conversa com o tenente Hygino, Ducarmo relata ao mesmo que tudo que estava acontecendo era uma armadilha montada por Lampião. O tenente chegou a mesmo conclusão e, nesse momento envia um soldado, a cavalo, para que ele transmitisse aos outros comandantes de volantes que não subissem a encosta da serra, que os mesmo esperassem a sua chegada.

As cinco volantes vindas de Vila Bela, chegam primeiro ao pé da Serra Grande. Em seguida chegam às outras duas que vinham em direção diferente, a do tenente Higyno e a do soldado Ducarmo. O contingente das sete volantes juntas era mais de 300 soldados, que iriam enfrenta os 116 cangaceiros comandados pelo “Rei dos Cangaceiros” naqueles 26 dias de novembro de 1926.

Em determinado local, já na entrada do sovaco da serra, é encontrado um punhal em uma árvore, e nele uma bilhete do “Rei dos Cangaceiros”, endereçado diretamente ao cabo Manoel de Souza Neto:

“(...)Manuel João de lima, filho de João Serafim, disse que antes que antes de entrar no Boqueirão da Serra, Lampião tinha deixado um punhal encravado em um pé de angico com um bilhete que foi visto e pego por Manoel Neto. 

No papel tinha escrito:

-Mané Neto se quiser subir tome outro caminho que eu vou tomar uma fuga no boqueirão. Assina lampião.

Ao ler, falou Manoel Neto:

-Aperta o passo rapaziada que o cabra ta se afrouxando! (...).” (Ob. Ct.)
O tenente Higyno, após analisar o terreno, cita que uma das volantes, ou parte de uma delas, deveria contornar a serra e irem postarem-se em determinado local, para impedirem de uma emboscada pelo boqueirão oposto por parte dos cangaceiros. O sargento Arlindo Rocha e o cabo Manoel de Souza neto, discordam do tenente, dizendo ao mesmo para não dividir a tropa e que, pelos vestígios no solo, ao mato estava bastante amassado, Lampião deveria era estar com medo de enfrentar um contingente militar tão grande. Conversa vai, conversa vem, o cabo e o sargento conseguem convencer o tenente.

“(...) O soldado Manuel Ferreira de Sousa, conhecido como mané Grande contava que os cangaceiros subiram machucando o mato, pareciam estar com medo, mas fizeram assim para confundir as Volantes (...).” (Ob. Ct.)

Não só os comandantes das volantes, mas, e principalmente, todos os homens das volantes estavam com a certeza de que ali, naquela serra, eles acabariam com o famigerado fora-da-Lei, Virgolino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, o terror do Sertão nordestino, e o que levou a essa ‘certeza’, fora exatamente à quantidade de soldados ali presente.

Chegando as volantes no Boqueirão da serra, Mané Neto e Euclides são ultrapassados pelo afoito Arlindo Rocha. Arlindo, já dentro do Boqueirão, posiciona-se a esquerda, enquanto Mané Neto e Euclides, vindos depois, se posicionam a direita, esses dois últimos ficaram exatamente onde estaria observando tudo, lá do alto da serra, Lampião.
Às oito horas da manha do dia 26 de novembro de 1926, após consultar seu relógio de algibeira, o tenente Higyno disse:

“- Quem for homem, suba a serra e escape quem Deus quiser.”

Nesse momento, escutou-se Manoel de Souza Neto, quando grita:

“-Venho de longe com mais de trinta léguas no encalço e quero é brigar!
Já estou com o pé na embocadura da serra, já vou subindo!”

Quase que o cabo Mané Neto não finda suas palavras, quando se escuta a voz de Euclides Ferraz dizendo:

“- Com meu pelotão da morte também vou subindo a grande serra.”

Depois de tudo isso, Arlindo Rocha grita para todos:

“- Ah, ta bom. Eu hoje quero é almoçar bala mais Lampião.

...continua na matéria: “... DURANTE A BATALHA DA SERRA GRANDE!”
Fonte Ob. Ct.
Foto Ob. Ct.
Tokdehistória.com
Google.com

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: Historiografia do Cangaço
Link: https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/permalink/1778863452426158/

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PARQUE DE LUIZ GONZAGA LANÇA CONCURSO LOUVOR AO VAQUEIRO; PARTICIPE!


I CONCURSO “LOUVOR AO VAQUEIRO”

REGULAMENTO

I – Do Evento e seus Objetivos

Art. 1º – O Primeiro Concurso LOUVOR AO VAQUEIRO, em homenagem ao famoso personagem da cultura nordestina, cantado por Luiz Gonzaga na música “A Morte do Vaqueiro”, é uma realização do Parque Cultural “O Rei do Baião”, da Fazenda São Francisco, município de São João do Rio do Peixe-PB, no dia 20 de agosto de 2017, na programação do X FESMUZA – Festival de Músicas Gonzagueanas.

Art. 2º – O Patrono do Concurso é o Dr. Francisco Gomes de Araújo Júnior (Júnior Araújo).

Art. 3º – Poderão inscrever-se no Concurso todos os admiradores desse tema e da vida e obra do Gonzagão, de todas as regiões de qualquer país, que concorrerão em absoluta igualdade de condições.

Art. 4º – Os textos devem ser exclusivos no idioma português, inéditos e originais.

Art. 5º – O Concurso LOUVOR AO VAQUEIRO tem como objetivos:

a) – Homenagear o vaqueiro, uma categoria muito defendida por Luiz Gonzaga, principalmente na música “A Morte do Vaqueiro”;

b) – Os textos terão obrigatoriamente que versar sobre o vaqueiro, importante personagem da cultura nordestina.

II – Das Inscrições

Art. 6º – As inscrições deverão ser feitas na Fazenda São Francisco, zona rural de São João do Rio do Peixe (PB), ou ainda no endereço: Rua Dr. José Guimarães Braga, 70, Vila do Bispo, Cajazeiras (PB), CEP – 58.900-000, pelos telefones: (83) 99615-7942 / (83) 99379-1893, pelos e-mail: chicocardoso.caldeirao@gmail.com

a) Maiores informações no site: www.caldeiraodochico.com.brgonzagaodobrasil.blogspot.com.br e no programa “Caldeirão Político”, na Rádio Oeste da Paraíba.

§ 1º – Serão aceitas inscrições por e-mail, pessoalmente ou via correio.

§ 2º – O período de inscrições será de 07 de março a 31 de julho de 2017.

Art. 7º – A formalização das inscrições se processará mediante a entrega dos textos digitados em espaço simples (Office Word), fonte Times New Roman 12 ou Arial 11, acompanhados da identificação do autor (nome, uma fotografia recente para fazer parte do mural dos inscritos, telefone de contato, endereço residencial completo, endereço eletrônico e breve currículo).

§ 1º – Na cópia do texto não deverá constar o nome do autor, apenas o nome da obra. A identificação completa deverá ser feita em folha à parte e anexada.

§ 2º – Cada escritor só poderá inscrever um texto, e o mesmo não poderá conter mais do que uma página.

Art. 8º – A Comissão Organizadora do Concurso não se obriga a devolver o material utilizado para as inscrições, ficando o mesmo na guarda da referida Comissão.

Art. 9º – O ato da inscrição implica, automaticamente, na aceitação integral por parte dos concorrentes dos termos deste Regulamento.

III – Do Julgamento

Art. 10º – O Julgamento dos textos será feito por uma comissão formada por três jurados de reconhecida experiência na cultura regional, no prazo de 15 (quinze) dias após o término das inscrições, sendo sua decisão soberana, não cabendo qualquer manifestação contrária.

Parágrafo Único – Em caso de empate entre os primeiros colocados o desempate se dará por decisão de três jurados, convocados extraordinariamente para esse fim.

IV – Da Premiação

Art. 11º – A premiação do Concurso LOUVOR AO VAQUEIRO acontecerá no dia 20 de agosto de 2017, dentro da programação do X FESMUZA, na Fazenda São Francisco, São João do Rio do Peixe-PB – Parque Cultural “O Rei do Baião”.

Art. 12º – O Campeão receberá o Troféu “LOUVOR AO VAQUEIRO” e Certificado Digital de Participação.

Art. 13º – Os demais inscritos receberão Certificado Digital de Participação.

Art. 14º – Os casos omissos a este regulamento serão resolvidos pela Comissão Organizadora.

Fazenda São Francisco, março de 2017.
Francisco Alves Cardoso
Presidente do Parque Cultural “O Rei do Baião”
Luiz Claudino de Oliveira Florêncio
Coordenador de Planejamento
Francisco Álisson de Oliveira
Produtor Cultural


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com