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quarta-feira, 20 de maio de 2015

ENTENDER O CANGAÇO, COMPREENDER LAMPIÃO

Por Rangel Alves da Costa*

O fenômeno cangaço sempre se mostrou instigante em todos aqueles que por interesse investigativo ou curiosidade já lançaram um olhar sobre seu percurso histórico, contexto e acontecimentos. É deveras provocante, indagativo, pois à medida que se envereda nas suas trilhas mais se quer conhecer de seus escondidos. Por isso mesmo a afirmação de ser o cangaço a saga como mais revelações surgidas a cada dia.

Novos elementos da trama surgem a cada seminário sobre o fenômeno, a cada livro publicado, a cada tese defendida. Os historiadores não se cansam de vasculhar a história e, tantas vezes, ir além dos fatos por pura provocação. Ou lançar entendimento novo para questões tidas como resolvidas. Um redemoinho no cangaço, e do começo ao fim. Mas no centro dos debates geralmente as opiniões acerca do banditismo ou do heroísmo de Virgulino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião.

Quando as considerações se voltam para o caráter heroico ou bandido de Lampião ou mesmo para os seus aspectos comportamentais enquanto líder cangaceiro, logicamente que se discute apenas a face do cangaço enquanto bando atemorizando os sertões e desafiando o sistema legal vigente. Não há nenhuma preocupação em lançar um olhar para o cangaço como um todo, desde o clamor da terra sertão por justiça ao que motivou tantos homens a adentrar na difícil jornada. 

Ora, nada surge ao acaso. Certamente nenhum daqueles rebeldes primitivos um dia cismou de brigar contra o mundo, deu um grito empunhando arma e foi acompanhado por tantos outros. Não foi por mera casualidade que homens se entrincheiraram nas caatingas e a partir daí começaram uma guerra sangrenta. As explicações e os entendimentos das reais causas ensejadoras do cangaço serviriam muito bem para afastar conclusões apenas pessoais e desarrozoadas. Avista-se a colcha do cangaço estendida, mas poucos têm o cuidado de procurar saber como e por que cada pedacinho foi sendo juntado.

É a compreensão do cangaço de forma generalizada, e não nas suas entranhas, que faz surgir partidarismos de todos os tipos e com os mais diversos objetivos. E logo se diz daquele bando de marginais que jogavam criancinhas para o alto e as esperavam na ponta do punhal, ou se afirma da justa luta dos cangaceiros contra os poderes opressores do sertão e do sertanejo. Ou ainda que Lampião não passava de um bandido cruel, feroz e sanguinário. E na defesa se afirma que o Capitão chamou para si a guerra que cabia a todo oprimido fazer. E por aí vai, com afirmações quase sempre exacerbadas ou distantes da realidade. 

Certamente que nenhum daqueles homens das caatingas enveredou na luta inglória porque achava bonito viver na mira da volante, correndo constante risco de morte, tendo aos pés a incerteza da estrada. Certamente que o rapazote Virgulino não preparou nenhuma tocaia para o seu próprio destino. Seria dizer que o seu destino cangaceiro foi por ele mesmo semeado. E os fatos por trás disso tudo, por que tanto teimam em esquecer? Será que por desejo próprio ele forjou uma sangrenta situação para depois abrir caminho e mais tarde ser reconhecido como valente e destemido, e por isso mesmo reconhecido no bando de Sinhô Pereira?

O homem em si, o filho de Seu José Ferreira e Dona Maria Lopes, o companheiro de Maria Bonita, o pai de Expedita Ferreira, este nem sempre é compreendido. Acostumou-se com a visão mundana do homem sem se ater ao fato que ali também estava um ser espiritual, um indivíduo com alma e sentimentos. Sim, nele também residia a compreensão do sagrado e do pecado, do erro e do acerto, os limites do homem no mundo. Mas se poderia dizer então que um sujeito assim não cometeria tantas atrocidades. A resposta estaria na compreensão do sujeito enquanto produto do meio, principalmente quando o meio ou o embrutecia ou o submetia.

Mas o meio moldando o caráter de Lampião não foi somente aquele vivenciado quando decidiu ser cangaceiro, ou a partir de 1921, quando entrou para o bando de Sinhô Pereira, ou quando, mais tarde, assumiu o comando dos revoltosos. O meio desde o berço de nascimento nas terras de rixas e vinditas sangrentas de sua Vila Bela. Desde criança que Virgulino se rodeou de rivalidades, traições e todo tipo de violência. O rapazote logo foi forçado a partilhar dessa desdita sangrenta. Quando foi ser cangaceiro já estava marcado pelo ferro da opressão.

Contudo – e eis a grande verdade -, o Lampião não desumanizou Virgulino, nem este permitiu que aquele esquecesse o ser humano que havia dentro de si. Do contrário, acaso prevalecesse a ideia de que o homem nascido e crescido na violência tenderia a ser totalmente desumanizado, a grande maioria dos nordestinos não passaria de bestialidade em pessoa. Ora, naqueles idos chovia mais bala do que pingo d’água na região nordestina. E nem por isso o seu povo deixou de ser reconhecido pela fervorosa religiosidade.


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"Noite Ilustrada" de 09 de agosto de 1938 que traz a famosa reportagem de Melchiades Rocha - Parte I

Por Angélica Bulhões

Com a cortesia e generosidade do escritor e pesquisador Sérgio Dantas compartilho com os amigos o "Santo Graal" das revistas sobre o cangaço, A raríssima "Noite Ilustrada" de 09 de agosto de 1938 que traz a famosa reportagem de Melchiades Rocha, o primeiro jornalista em Angico, falando sobre o último dia de Lampião... vejam o valor que estão pedindo por ela no Mercado livre:


Caso alguém queira compartilhá-la em outros grupos, blogs, páginas pessoais, etc... aponte o acervo em que foi disponibilizado, por uma questão de ética e elegância. Bons estudos!











CONTINUA...

Fonte: facebook
Página: Angélica Bulhões

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O VOLANTE ADRIÃO PEDRO DE SOUSA

Por José Mendes Pereira

Na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angico, em terras da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, no momento do ataque ao bando aos cangaceiros do bando do rei Lampião (inclusive ele e sua Maria Bonita foram atacados e mortos), foi morto também o soldado Adrião Pedro de Sousa, que alguns pesquisadores afirmam que pode ter sido vítima de fogo amigo.

Alguns historiadores lamentavam e se perguntam: por que o nome do policial Adrião Pedro de Sousa não foi lembrado nas duas cruzes, e nem na placa de metal que foi colocada depois no local do combate ao bando de Lampião? Esta é mais uma pergunta que continua sem resposta em relação o que aconteceu na Grota de Angico na madrugada de 28 de Julho de 1938.


A outra face do Cangaço - Vida e morte de um praça

Depois da merecida homenagem em Angico Clique aqui para rever a matéria o escritor pernambucano Antonio Vilela de Souza autor de "O Incrível mundo do cangaço", volumes I e II apresenta o resultado de sua mais recente obra sobre o assunto em pauta.

A presente obra custa R$ 20,00 (Vinte reais) + frete a consultar. Tem 102 páginas, fotos inéditas e está sendo comercializado exclusivamente pelo autor via email :  incrivelmundo@hotmail.comou telefones: (87) 3763 - 5947 / 8811 - 1499 / 9944 - 8888 (Tim)

Soldado Adrião - O herói esquecido

Resenha de Ivanildo Silveira

Por muitos anos, em que pese a vasta produção literária sobre a morte de Lampião e seu cangaço, pouco se falou sobre o soldado Pedro Adrião de Souza, o único do lado da força a morrer no combate de Angicos, ocorrido em 28 de julho de 1938. Ainda hoje,  há polêmica sobre esse assunto...

E, as perguntas não querem calar: Vejamos:

1º) Teria o soldado Adrião sido morto  por balas disparadas pelos cangaceiros?

2º) Teria ele sido vítima do chamado "fogo amigo'?
3º) Ou, teria sido eliminado, de propósito, por algum colega no calor da refrega?

O novo livro, recentemente lançado, " A outra face do cangaço: Vida e morte de um praça ", de autoria  do professor pernambucano, Antonio Vilela de Souza, procura jogar mais lenha na fogueira, e tenta, na sua ótica, esclarecer as indagações, acima citadas...

Vamos aguardar, o que os estudiosos do tema nos trarão de conclusão, sobre essa obra, e, sobre esse mistério que, ainda, paira sobre o combate de Angicos....

Ivanildo Silveira
Colecionador do Cangaço
Membro da SBEC e conselheiro consultivo do Cariri Cangaço
Natal, RN

Leia mais sobre o volante clicando nos links abaixo:

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2012/06/novo-livro-na-praca_26.html
http://www.lampiaoaceso.blogspot.com.br/2012/04/grota-do-angico-historia-revisitada.html

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CONFIRMADA AS PARTICIPAÇÕES DOS PESQUISADORES DO CANGAÇO ANA LÚCIA SOUZA E ANTONIO VILELA AO CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015


Pernambuco terra de Virgolino Ferreira decidiu invadir Piranhas, de todos os recantos os Vaqueiros da História confirmam suas participações. De Petrolina confirmada a professora, historiadora e escritora Ana Lucia Souza e da bela Garanhuns, Terra das Sete Colinas, o incomparável Antonio Vilela. Então que venha o Cariri Cangaço Piranhas 2015 !!! Saiba como tudo vai acontecer:

http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
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RETRATOS DO CANGAÇO - LAMPIÃO E SEUS SOLDADOS


Fotografia tirada por Benjamin Abrahão Botto no ano de 1936, época em que acompanhou, filmou e fotografou Lampião e seu bando no seu dia-a-dia.

Na imagem acima da esquerda para a direita estão os cangaceiros: MARRECA, VILA NOVA, CACHEADO, JURITY, SABONETE, PONTO
FINO II e LAMPIÃO.

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Grande Geraldo Antônio de Souza Júnior, eu não conhecia esta foto da cabroeira de Lampião, inclusive ele aparece na fotografia. 

Parabéns pela excelente publicação.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administração)

Fonte: facebook

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COITEIROS DE LAMPIÃO CORONEL ÂNGELO DA GIA


Um dos pontos mais visitados por Lampião e seus cangaceiros foi a fazenda Poço do Ferro, de propriedade do Coronel Ângelo da Gia.

A fazenda, na época do cangaço, pertencia a cidade de Floresta e hoje pertence a Ibimirim, ambas cidades pernambucanas.

Ângelo da Gia foi um dos mais importantes coiteiros de Lampião em Pernambuco, inclusive foi na Fazenda Poço do Ferro de sua propriedade que aconteceu o acidente com a arma de fogo, que vitimou Antônio Ferreira irmão de Lampião.

Foto e informações: João de Sousa Lima

Clique no link para você saber mais um pouco sobre o coronel Ângelo da Gia

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2015/05/as-pisadas-de-joao-de-sousa-lima.html

Fonte: facebook

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QUANDO O CANGAÇO PERDEU A CABEÇA

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