Seguidores

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

RONINHO E SUAS ARTES NA ARTE

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.794

Artesão é aquele que trabalha com artesanato. Artesanato, por sua vez, é uma técnica manual utilizada para produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural. Normalmente os artesanatos são confeccionados por famílias ou por um só indivíduo, dentro de sua própria casa em uma pequena oficina. A técnica é praticada desde o período antigo denominado Neolítico, quando o homem polia as pedras para utensílios. O artesão é considerado um artista, pois seus produtos são verdadeiras obras de arte. A valorização comercial do artesanato é coisa ainda recente, desde que os europeus descobriram e mostraram interesse pelos trabalhos artesanais do nosso país. Foi assim com o valor nutricional da rapadura e da chamada Literatura de Cordel.

RONINHO, ARTE EM TELA. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas)

Em Santana do Ipanema existem exímios artesão que trabalham com as mais diferentes matérias como: madeira, ferro, zinco, tecido, palha, couro, osso, sola, vidro, barro, além de outros. Ultimamente está em evidência o artesão Roninho, morador do Bairro São José, cuja oficina tomou o espaço do antigo Bar do Bacurau, que foi ponto de encontro de literatos, músicos, cantores, cineastas, artesãos e desenhistas. Fiz uma visita de cortesia ao amigo Roninho, especialista na arte de produzir cenas do Nordeste seco na pobreza dos sertões, com ênfase em figuras de cangaceiros. O artista deixou um pouco de lado, as pinturas em tela e passou a trabalhar também reproduzindo figuras do cangaço em ferro, pesquisando, descobrindo e criando técnicas próprias dessas peças de variados tamanhos.
Há muito podemos classificar o artesão de mestre. O seu trabalho ganha fama por todos os lugares e o mestre também é chamado para reproduzir até casa de taipa e restaurar estátuas de vias públicas e de santos de oratórios caseiros. Roninho atua bem na região de Piranhas onde os turistas se encantam com o seu trabalho, compram e fazem encomendas. Roninho conquistou o seu espaço, atua em todo o estado de Alagoas e, atualmente no Sertão tornou-se estrela de primeira grandeza no que produz. Agora está fazendo, ainda, peças em ferro de caricaturas de pessoas famosas, sob encomendas.
Esse é o único trabalho que eu não quero que ele faça para mim. Nem de graça. Santana do Ipanema acha-se de parabéns pelo talento seco do MESTRE RONINHO.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PALAVRAS A AUDIANE

Por Rangel Alves da Costa

“Meu Deus, que tanta dor Senhor”, eis as palavras de Audiane que hoje leio numa sua postagem no facebook. Mas eu diria, menina Audiane, ainda nas suas palavras: “Meu Deus, quanta alegria Senhor!”.
E quanta alegria por saber que a dor sentida, muito mais que física, é a dor da razão enfim povoando sua mente. Dor certamente pelas dúvidas, pelas incertezas, pelas desilusões, mas dores que sinalizam o seu reencontro consigo mesma.
Ora, acaso aquela atitude tão impensada e tão extrema tomada contra si mesma recentemente, não houvesse despertado sua mente, então seria um tanto faz, como se o seu ato impensado fosse uma coisa comum de alguém simplesmente desiludida na vida. Mas não, eis agora o sinal que você, menina Audiane, está refletindo, está pensando, está se reencontrando.
E que graça divina que seja assim, que grande dádiva de Deus que seja assim! Audiane confesso-te agora uma coisa. Logo após aquele triste acontecido rabisquei algumas palavras com a intenção de publicar aqui mesmo no facebook. Mas depois resolvi que não.
E não por que achei melhor primeiro orar para sua rápida recuperação, para somente depois, com a certeza que Deus a colocaria novamente em meio aos seus familiares, filhas e amigos, escrever algo mais confortante e sem a tristeza daquele momento.


E agora, quando leio nas suas palavras uma imensa dor que sente, então resolvi abraçá-la em palavras, acariciá-la com as verdades de um amigo, ainda que sequer tenhamos proximidade.
Mas digo-te, menina Audiane, todas as vezes que avisto algum retrato seu, toda encantada e sorridente ao lado dos seus, toda vez que vejo um retrato de comemoração ao lado dos seus, sempre digo a mim mesmo do quanto você, menina Audiane, é bonita e cheia de felicidade.
Sim, linda e cheia de felicidade, pois você é feliz Audiane, você ama os seus, você ama as pequenas e lindas flores de seu jardim de mãe. E com o compromisso sagrado de cuidar de cada flor que é sua e que você tanto ama.
Por isso mesmo que nada será mais forte do que você mesma, nada será mais forte do que seu amor de mãe, nada será mais forte do que seu compromisso com uma vida bela e resplandecente.
Você está salva, menina Audiane, você está curada, menina Audiane, e livre de todos os males por um Deus que lhe ama e que lhe resguarda belezas e prazeres imensos na sua vida. Lembre, sempre lembre: Deus está contigo e dentro de ti!
E ao teu lado suas flores de mãe para serem cultivadas com amor e carinho. Por isso sorria, cante, grite a felicidade da vida, menina Audiane, pois toda paz e todo bem está contigo agora. Abraço-te, menina Audiane!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A PONTE DE TREM EM MOSSORÓ PRECISA DE UM REPARO URGENTE!

Por José Mendes Pereira
Foto feita por Gilberto Matias

Ontem, 03 de dezembro de 2017, em companhia do mecânico Gilberto Matias lá da cidade de Macau no rio Grande do Norte, e meu irmão Antonio Mendes Pereira fizemos uma visita à Ponte de trem de Mossoró, e notamos que ela precisa de ser feita uma manutenção urgente, porque já existem cantoneiras que a ferrugem já tomou de conta e se demorar ser feita o conserto, elas irão, com certeza, apartarem as ligações com outras cantoneiras. 

Foto feita por Gilberto Matias

Também precisa (urgentemente) ser usado um jato de areia para que retire toda ferrugem que está cobrindo as peças metálicas, e após este trabalho, pintar toda Ponte, para que ela aguente mais 100 anos sem precisar repará-la.

Foto feita por Gilberto Matias

Este reparo tem que ser feito por uma empresa que tenha interesse de colaborar e preservar os patrimônios históricos da nossa querida cidade de Mossoró.

Foto feita por Gilberto Matias

Vendo  sua estrutura através da foto, tem-se impressão que ela está perfeita, mas se engana, ela precisa ser feita manutenção e sem demora.

Foto feita por Gilberto Matias

Observando lá na frente o final da ponte, dá para o leitor ver que alguns dormentes estão soltos, e precisam ser contra pinados.

Foto feita por Gilberto Matias

A foto acima mostra uma cantoneira bastante estragada pela ferrugem, e deve ser substituída o quanto antes, para que não venha comprometer outros peças da ponte.

Foto feita por Gilberto Matias

Observe esta outra foto apresentando também alguns defeitos, causados pela ferrugem.

Foto feita por Gilberto Matias

Esta outra apresenta a mesma falha que mostra a outra fotografia. 
Foto feita por Gilberto Matias

Foto feita por Gilberto Matias

Foto feita por Gilberto Matias

Foto feita por Gilberto Matias

Um órgão que tem condições para recuperar a ponte seria a COSERN, porque é uma empresa de grande porte, e para ela, os gastos empregados não representam quase nada. 

Créditos das fotos: Gilberto Matias de Macau. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CEL. MANOEL NETO E, A CHACINA DA FAZENDA. TAPERA ( FAMÍLIA GILO)

Por Leonardo Gominho... (pesquisador/escritor)
...

Horácio Cavalcanti de Albuquerque, filho de Manoel Cavalcanti de Albuquerque (Dé - AFN, Ttn 84), nasceu em 23.08.1891. Foi, na vila de Floresta, aluno do velho professor Trindade, em 1901. Fortunato de Sá Gominho (Siato), seu colega de escola, recordou: “tivemos a oportunidade de nos submeter por mais de uma vez às boas sabatinas, com perguntas e respostas recíprocas e com palmatórias em nossas mãos, nos dias de sexta-feira. Enquanto eu, felizmente, sempre consegui sair das mesmas vitorioso, plenamente livre da palmatória indesejável, Horácio tinha grandes e boas mãos que bem suportavam a ação da festejada palmatória”.

Membro de uma das mais tradicionais, ilustres e honradas famílias de Floresta, Horácio foi, entretanto, uma ovelha desgarrada. Denunciado como implicado em furtos de animais, foi, segundo Billy Jaynes Chandler (Lampião, o rei dos cangaceiros, p. 92), “condenado ‘in absentia’, no meado de 1925”. Passou a integrar o grupo de Lampião. Diz Chandler: “Este acontecimento iria trazer terríveis conseqüências para a família Gilo, de Floresta, pois um de seus membros, Manoel, estava entre os que tinham acusado Horácio de roubo de cavalos.

Pouco antes do seu julgamento, Horácio e dois cangaceiros apareceram uma madrugada na fazenda Tapera, em Floresta, onde moravam os Gilo, e, depois de acordar todos que lá estavam, procuraram por Manoel por toda a casa, dizendo que iam matá-lo. Não o encontrando, ameaçaram matar seu pai, Donato, mas foram embora sem o fazer.”

Horácio tramou então uma das mais sangrentas chacinas verificadas naqueles tempos. É ainda Billy Chandler quem diz que chegou às mãos de Lampião uma carta, feita “como se fosse pelos Gilo, mas escrita pela mulher de Horácio”. Não só insultava como punha em dúvida a coragem do bandido. Aquilo era demais para Virgulino.

Sentindo-se ameaçado, Manoel de Gilo, temeroso, levou sua inquietação ao conhecimento do capitão Muniz de Farias, comandante de uma grande força volante estacionada em Floresta. Esclarece João Gomes de Lira (obra citada, p. 317) que o capitão aconselhou a Manoel de Gilo, “junto a toda a família, armarem-se na fazenda Tapera e aguardarem a vinda dos bandidos.” Assim, no momento de um ataque, “podia ficar Manoel de Gilo despreocupado, pois a Força daria retaguarda.” E Manoel voltou tranqüilo a sua fazenda.

Na madrugada de um sábado, dia 28 de agosto de 1926 (alguns autores, erradamente, indicam esse dia como sendo 26 de agosto), ainda turva a noite, “a barra ainda longe”, Lampião iniciou a execução do seu plano para massacrar os moradores da Tapera. Ao seu lado, Horácio Cavalcanti de Albuquerque. Batem à porta dos vizinhos de Gilo, prendendo todos. Amarradas as mãos atrás das costas, foram conduzidos a uma quixabeira que ficava perto da casa, sendo ali vigiados severamente.

Conta Malta Neto (Memórias de um cobrador de impostos, p. 93) que então “Lampião cercou a casa cuidadosamente, tomando os pontos aconselhados pela prudência e disparou alguns tiros para o ar, para despertar seus inimigos, pois sabia todos presos numa armadilha mortal, inteiramente a sua mercê”.

A resposta dos Gilo não se fez esperar. O tempo se fechou. Cerca de 40 cangaceiros disparavam sobre a casa de taipa; os demais tomavam a estrada que levava a Floresta, aprisionando os feirantes que para ali se dirigiam, ou se posicionavam à espera da força que esperavam vir da cidade em socorro aos atacados. Não queriam surpresas.

A notícia do ataque, entretanto, chegou a Floresta. Diz João Gomes de Lira que o capitão Muniz de Farias, “sem saber o que fazer, corria de um lado para o outro sem tomar nenhuma resolução”.

“As famílias da cidade de Floresta, penalizadas e compadecidas com a situação, dirigiam-se ao capitão pedindo que fosse socorrer aquela gente”. “O capitão mandava tocar reunir e logo mandava tocar debandar.”

O jovem anspeçada Manuel Neto fazia parte da força do capitão Muniz. Com o braço na tipóia, ainda sentindo o ferimento recebido na Caraíba, insistia com o superior, pedindo-lhe uma tropa para socorrer os Gilo. O capitão discordava. Alegava que não poderia deixar a cidade desguarnecida.

Manuel Neto insistia: se 10 homens o acompanhassem, iria por conta própria lutar com o grupo de cangaceiros, que sabia dispor de mais de cem bandidos. Passaram para o seu lado dez policiais.

Nesse momento ainda interferiu João Gominho Filho, amigo de Farias. Pediu-lhe que “o auxílio fosse melhorado suficientemente, de vez que tínhamos força bastante e não iria fazer falta à nossa cidade uma pequena tropa”, conta Siato (Memórias). Não foi atendido.

O anspeçada não mais esperou. Seguiu correndo, acompanhado dos companheiros, em direção à Tapera, distante cerca de duas léguas. Conta Malta Neto (obra citada) que Manuel Neto, a uns três quilômetros do campo da luta, “dispôs seus homens em três grupos, caminhando por dentro do mato, com cautela, para evitar as desagradáveis surpresas que Lampião sabia tão bem armar, e que ele, Manuel Neto, conhecia tão bem pelas longas batalhas que havia travado com o bandido.

Nem por isso deixou de ser surpreendido”. Foi atacado de repente, quando ainda não esperava. A luta que se seguiu foi furiosa e cruel. Os bandidos procuravam envolver a pequena força. Balas caíam “como pingos de chuva”, seguindo-se um combate de cerca de duas horas. João Ferreira de Paula, soldado, tombou varado por balas, quase aos pés de Manuel Neto.

Vendo a munição se acabar, o anspeçada, pesaroso e amargurado, teve de abandonar o infernal fogo. Devido aos movimentos bruscos, sangrava-lhe o ferimento do braço. Ficava, assim, toda a família Gilo à mercê de Horácio e de Lampião. Diz Malta Neto que a taipa da casa foi cedendo aos poucos, “ficando os varais nus, sem a proteção do barro, até o extremo de não restar mais nenhuma argamassa para proteger os lutadores presos na armadilha da morte.”

Billy Chandler (obra citada, p. 93) esclarece que, por volta das 10 horas (o fogo se iniciara às 4 horas), cessaram os tiros dentro da casa. O mais velho dos Gilo - o único homem ainda vivo, na casa - saiu ou foi arrastado. “Lampião puxou do bolso a carta que ele acreditava ser do homem à sua frente, e começou a lê-la.

Gilo protestou e negou a autoria, acrescentando que não sabia ler nem escrever. Lampião, conforme dizem, estava propenso a acreditar na sua inocência, quando Horácio, que estava perto, levantou a pistola, atirou e matou seu inimigo. Ao todo morreram 12 pessoas na fazenda Tapera naquele dia, e, conforme disseram as testemunhas, os corpos estavam espalhados por toda a casa. Das 12 pessoas presentes, só não morreu a mulher de Gilo”. Acrescenta também que morreu uma pessoa que tinha sido detida na estrada, além do soldado. Dos Gilo, morreram Manoel, dois de seus irmãos, seu pai e diversos outros parentes. A tragédia foi total.

Conta Siato que, depois de tudo consumado, “chegou ainda ali o capitão Muniz de Farias, com maior contingente de força, mas nada mais fez a não ser, após informado da situação, regressar para Floresta, deixando de seguir no encalço do grupo, como desejava e pedia o bravo e destemido anspeçada Manuel Neto.”
...

Fotos: pescadas no Google para enriquecer a matéria, acima..
A foto de Horácio encontra-se no excelente livro "As cruzes do cangaço..." de Marcos e Cristiano...)

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=764181713783805&set=gm.738820972993516&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

EX-CANGACEIRA " DADÁ" E, OS OSSOS DO SEU AMADO, O CANGACEIRO "CORISCO "..!

Acervo do Volta Seca
...
Era setembro/1972, Dadá se desloca de Salvador para a cidade de Miguel Calmon-BA, onde estão enterrados os ossos do seu amado.

A cabeça e o braço direito de Corisco que se encontravam em exposição pública no Museu Nina Rodrigues/Salvador, já haviam sido enterrados, após forte pressão popular e dos familiares dos cangaceiros.

No cemitério da aludida cidade é localizada a sepultura. Os OSSOS são desenterrados. Sentada em sua cadeira de rodas, DADÁ pega um a um, examina-os, e, guarda-os, com muito carinho.

Após recolher todos os ossos do seu ente-querido, DADÁ se recolhe ao seu quartinho de hotel (pensão), e, durante grande parte da noite, passa a mesma, chorando e, lavando os OSSOS daquele que foi o seu amado, o cangaceiro CORISCO.

Após essa árdua tarefa, no dia seguinte, encontra forças para retornar a Salvador, onde mora, com o seu valioso troféu.

O RESTO DA HISTÓRIA, a gente conta depois..abs..
Foto: Revista O Cruzeiro

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=763350973866879&set=gm.737816646427282&type=3&theater&ifg=1

http://blogodmendesemendes.blogspot.com

DADÁ...A EX-CANGACEIRA QUE ADORAVA OS PÁSSAROS E ANIMAIS..!

Acervo Volta Seca
...

Na imagem, acima, visualiza-se a famosa ex-cangaceira brincando com seu PAPAGAIO de estimação. Assim, era DADÁ... Braba (espírito bravio de uma onça Sussuarana), mas dócil com os animais e, com quem era queria bem...

Poucas horas antes de sua morte (morreu de câncer), ainda, no leito de um hospital em Salvador, chegou para a enfermeira e disse:.."pentei meus cabelos; bote meu batom e me maquei, pois quero chegar bonita lá em cima ..."... Logo após a realização desses atos, ele dormiu o sono profundo...

Que o bondoso DEUS a tenha em um bom lugar...!
Essa mulher fez história...
Foto: Revista Cláudia (acervo Volta Seca).

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ESCRITO PELO PESQUISADOR DO CANGAÇO GEZIEL MOURA


Esta postagem é desdobramento daquela produzida pelo Charles Garrido, sobre, entrevista concedida do cangaceiro Vinte e Cinco, e que gerou algumas dúvidas, acerca dos lugares e momentos, em que os grupos de Português e Pancada, depuseram as armas no sertão de Alagoas. Para este debate que, ainda, encontra-se "em aberto", vou me basear em jornais da época, que noticiaram as entregas.

1 - Segundo, o Jornal de Alagoas (09.09.1938), o cangaceiro João Marques Correia, o Barreira, pertencente ao grupo de Português, entregou-se ao Ten. José Tenório em Pão de Açúcar (AL), e fora conduzido para o quartel da polícia em Santana do Ipanema (AL);


2 - O Jornal de Alagoas (18.10.1938 e 25.10.1938) noticiou que o cangaceiro José Lino de Sousa, o Pancada, e seu bando, formado por: Maria Jovina, Cobra Verde, Vinte e Cinco, Peitica, Vila Nova II e Santa Cruz, foram presos, em Poço Redondo (SE) pelas volantes dos sargentos Juvêncio (AL) e Amâncio (SE), e enviado para Piranhas (AL);


3 - Para o jornal Correio de Aracaju (19.10.1938), o grupo de Pancada chegou no dia 18.10 1938 em Santana do Ipanema (AL);

4 - O Gazeta de Alagoas (01.11.1938) assinala a chegada do grupo de Pancada em Maceió (AL);


5 - O Jornal de Alagoas (18.11.1938), informou que Pancada, Cobra Verde, Vinte e Cinco, Peitica, Vila Nova II e Santa Cruz, além de Barreira, foram conduzidos a Santana do Ipanema (AL), para ajudar a convencer seus antigos companheiros a entregarem-se;

6 - Jornal de Alagoas (17.12.1938) disse que Pancada, ajudou a "convencer", o cangaceiro Velocidade, do grupo de Português a se entregar, e que fora conduzido para Santana do Ipanema;


7 - De acordo, com o Jornal A Noite (25.12.1938) o Cangaceiro Francelino José Nunes, o Português, foi preso na região de Água Branca (AL) e conduzido a Santana do Ipanema (AL);

8 - Para o jornal Diário da Manhã (28.12.1938) os cangaceiros Pedra Roxa, Barra de Aço e Maria Quitéria, entregaram-se na região de Mata Grande (AL);

9 - O Jornal A Noite (10.01.1939) noticiou que os cangaceiros: Velocidade, Português, Pedra Roxa e Maria Quitéria, foram enviados para Maceió.

Diante do exposto, e das identificações dos lugares, propostos, pelo escritor Frederico Pernambucano de Mello, em sua obra Guerreiros do Sol, é possível pensar que as imagens flagradas, ocorreram em dois lugares diferentes: Quartel da Polícia Militar em Santana do Ipanema (AL) e Maceió (AL), de acordo com aquela obra mencionada anteriormente. Portanto, minha hipótese inicial, é que a foto que deu origem ao debate foi mesmo em Maceió, após comparar as datas, informações jornalísticas e imagens similares.

https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ARISTIDES DE MOURA PUBLICAÇÃO ADERBAL NOGUEIRA

https://www.youtube.com/watch?v=FibxGuprcmc&feature=youtu.be

ARISTIDES DE MOURA, FILHO DE FLORESTA – PE, O TENENTE POMPEU, É ADMITIDO, INCLUÍDO, POR MANOEL DE SOUZA NETO NA TROPA PARA PERSEGUIR LAMPIÃO.

NESSA ENTREVISTA, O TENENTE REFERE SOBRE:

“A vestimenta nas volantes, Coronel Ângelo da Gia, Antonio Ferreira, os dias e a sede dentro da caatinga; Rastejando dentro dos matos, Optato Gueiros, onça nas caatingas, a morte de Lampião, mulher no cangaço, a importância do chapéu na vida de um homem.”

Produção Aderbalvideo
Publicado em 11 de fev de 2012

A vestimenta nas volantes, Coronel Ângelo da Gia, Antonio Ferreira, os dias e a sede dentro da caatinga, Rastejando dentro dos matos, Optato Gueiros, onça nas caatingas, a morte de Lampião, mulher no cangaço, a importância do chapéu na vida de um homem.
Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

ENTREVISTA COM SINHÔ PEREIRA ANTIGO CHEFE DE LAMPIÃO NO CANGAÇO.


Entrevista concedida por Sinhô Pereira, antigo chefe de Lampião, ao senhor Luiz Lorena no ano de 1971.

Seu nome na pia batismal deve-se ao fato de ter nascido no dia de São Sebastião, 20 de Janeiro de 1896.

Sebastião Pereira e Silva "Sinhô Pereira" (Foto) nasceu em Vila Bela, em meio à uma áspera guerra entre as famílias Pereira (a sua) e Carvalho. Foi chefe de cangaceiros e das suas mãos Lampião recebeu o bando.

Sinhô Pereira foi embora para Goiás no ano de 1922 e só voltou beber das águas límpidas e saborosas do Pajeú no ano de 1971 (mês de junho), quando veio visitar a família em Serra Talhada, PE.

Naquela ocasião Luiz Lorena e Sá, da família Pereira , travou o seguinte diálogo com seu brioso parente, que fora no passado o braço armado do clã:

Lorena - Qual o momento que marcou sua vida de maneira indelével?

Sinhô - Foram tantos os momentos dramáticos no meu trajeto que seria impossível escolher um.

Lorena - Qual seu dia de maior alegria?

Sinhô - Chegar a Serra Talhada 50 anos depois e ser recebido por todos os parentes com carinho que me dispensaram, foi na verdade motivo de muita alegria.

Lorena - Qual seu dia de maior tristeza?

Sinhô - Estando eu em Lagoa Grande, distrito de Presidente Olegário/MG, recebi a noticia do falecimento de Luiz Padre, em Anápolis, Goiás. Nem ao sepultamento compareci.

Lorena - Você tem alguma grata satisfação do seu tempo de guerrilheiro?

Sinhô - Não. Nasci para ser cidadão, casar-se e constituir família. Fui namorado da moça mais bonita do Pajeú.

Lorena - Por que se envolveu nessa tragédia?

Sinhô - A impunidade em Vila Bella teve seu auge em minha juventude; do assassinato de seu Né - meu irmão - nem inquérito policial foi aberto.

Lorena - Você reconhece o que seus contemporâneos dizem sobre o seu espírito guerreiro e de ser você o mais valente entre esses?

Sinhô - havia homens valentes até quase a loucura, entretanto, brigavam para matar. Na hora de morrer, até fugiam do campo de luta. Naquelas circunstâncias matar ou morrer para mim, seria a mesma coisa; daí a diferença.

Lorena - Desses confrontos, qual o que você teve mais proveito?

Sinhô - A família Pereira (minha família) vivia atormentada em face de minhas ações. Era imperativo mudar a face da história.

Lorena - Quais os fatos que mais perturbavam você?

Sinhô - Vários. No começo tudo o que eu fazia errado dava certo. Com o passar do tempo tudo o que eu fazia certo dava errado.

Lorena - Entre estes, você poderia destacar um?

Sinhô - Sim. A morte de João Bezerra, em Bom Nome. Na forma como eu procedi, acelerou minha decisão. O meu estado de espírito estava de tal forma desajustada que já não tinha condição de conduzir as ações do grupo que comandava.

Lorena - Em que circunstância Lampião apareceu em sua vida?

Sinhô - Ele e os irmãos chegaram de Alagoas depois do assassinato do pai, dispostos a confrontar com José Saturnino, seu inimigo comum.Não tinham condições financeiras nem experiências. Procuraram-me e participaram com muita bravura de alguns combates.

Lorena - Por que Virgolino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?

Sinhô - Num combate, a noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dê Araújo comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste.

Lorena - Você não quis Lampião em sua viagem para Goiás?

Sinhô - Ao despedir-me dele na Fazenda Preá, no município de Serrita/PE, pedi para não molestar ninguém da família Pereira. Ele prometeu e cumpriu. Não quis, entretanto, seguir viagem comigo.

Lorena - Depois de instalado em Goiás você convidou Lampião para ir morar naquela região?

Sinhô - Sim. Quintas (meu irmão) foi o portador da carta. Ele respondeu verbalmente, dizendo que não aceitava o convite para não me criar embaraços.

Lorena - Você recebeu o convite de alguém para atacar Antônio da Umburana em Queixada (Mirandiba)?

Sinhô - Não. Tudo aconteceu por minha conta e risco.

Lorena - E o seu problema com Isnero Ignácio, como aconteceu?

Sinhô - Naquele tempo chegou para se agrupar comigo o meu parente Luiz Pereira Nunes (Luiz do Triângulo) acompanhado dos primos Chiquito e Teotônio do Silveira, valente ao extremo. Depois de várias refregas, explicou-me que estavam comigo por que foram escorraçados da sua propriedade na região de Santa Rita pelo primo Isnero Ignácio. Estavam se preparando para desforra e esperava o meu apoio.

Lorena - Qual foi sua reação?

Sinhô - Ponderei que já bastavam as inimizades já existentes e que Sinharinha, mãe de Isnero, era filha de tia Donana, figura considerada sagrada pela minha mãe.

Lorena - E Luiz do Triângulo, como reagiu?

Sinhô - Ficou contrariado, sem aceitar minhas ponderações. Entretanto, concordou que eu fosse com Luiz Padre pedir a interferência de Antonio Inácio de Medeiros também primo de Isnero, Sr. Sebastião Inácio de Oliveira, concordou. Isnero e mãe Sinharinha foram radicais, não aceitaram qualquer forma de reconciliação, inclusive proibiram o parente Luiz do Triângulo de voltar a sua propriedade.

Lorena - E daí, o que aconteceu?

Sinhô - Foi uma estupidez o que fizemos. Ateamos fogo na Fazenda Santa Rita, deixando em cinzas o roçado, o canavial, o engenho, os currais e a casa da fazenda.

Lorena - Dos oficiais da policia militar que o combateram, qual o de maior respeito?

Sinhô - O capitão José Caetano era um bravo. Intrépido e leal no mais duro da refrega.

Lorena - Qual o combate mais dramático que você participou?

Sinhô - Foi na Serra da Forquilha, numa semana em que estávamos repousando. Éramos doze homens, cercados num casebre, por cento e vinte policiais. Sem outra alternativa bradamos para que segurassem as armas porque iríamos para a luta de corpo-a-corpo e de corpo a punhal.

Lorena - O que aconteceu?

Sinhô - O que aconteceu? Saltamos e fugimos ilesos.

Lorena - Por que a idéia de avisar aos sitiantes, nessa e em outras oportunidades, que continuariam a luta, mas, na verdade, abandonavam o refúgio?

Sinhô - Enquanto aqueles procuravam entrincheirar-se, nós fugíamos.

Lorena - Você viajou para o Planalto Central desprovido de recursos financeiros?

Sinhô - Não. Isidoro Conrado e Né da Carnaúba financiaram a nossa viagem com dinheiro que compraríamos duzentos bois.

Lorena - Em Dianópolis, onde se instalaram, tudo correu bem?
Sinhô - Vivemos uma epopéia mais dramática do que aqui, expressar numa entrevista nem vale a pena...

Lorena - Por que essa expressão! "minhas navegações" quando sabemos que navegar é próprio do oceano?

Sinhô - Ouvíamos dizer que o mar é uma imensidão de água, e como a extensão de nossa desgraça não tinha limites, usávamos a expressão "nossas navegações".

Lorena - É verdade que você anteviu a genialidade de LAMPIÃO?

Sinhô - Dos homens que deixei em armas no Pajeú, só Virgolino podia chegar à celebridade. Os demais eram formiga sem formigueiro. Minha profecia foi cabalmente comprovada. Lampião nada aprendeu comigo. Já nasceu sabendo".

Sinhô Pereira faleceu numa manhã no final do ano 1979, em Lagoa Grande - Estado de Minas Gerais, deixando para trás uma vida e uma história marcadas de angústia, dores e vontade de viver feliz com sua família e amigos.

Luiz Conrado de Lorena e Sá.

Transcrição: "Coronel" Ivanildo Silveira.


 https://cangacologia.blogspot.com.br/2017/12/entrevista-com-sinho-pereira-antigo.html?spref=fb

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MUSEU DO SERTÃO VAI REALIZAR A XXII MANHÃ DE CULTURA E LAZER NO DIA 10 DE MARÇO DE 2018.


A parte cultural desse evento constará de uma palestra sobre a "A VIDA SERTANEJA DE ANTIGAMENTE", proferida pelo PROF. BENEDITO VASCONCELOS MENDES, EXPOSIÇÕES DE ARTES, APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS e de entrega de COMENDAS E DIPLOMAS às diversas personalidades do mundo empresarial, cultural e político.


Centro professores Susana Goretti e Benedito Vasconcelos Mendes

O MUSEU DO SERTÃO localiza-se na FAZENDA RANCHO VERDE, ás margens da Estrada da Alagoinha, a 4 quilômetros da cidade de Mossoró.

EVENTO CULTURAL:
XXII Manhã de Cultura e Lazer no Museu do Sertão


- DATA 10 de março de 2018 (Sábado)
- HORÁRIO: De 7:30 às 12 horas
- INGRESSO: um quilo de alimento não perecível, entregue diretamente , no LAR DA CRIANÇA POBRE DE MOSSORÓ (Irmã Ellen).
(Prof. Benedito Vasconcelos Mendes)

https://www.facebook.com/susana.goretti

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ÚLTIMA EXPEDIÇÃO A CANUDOS


 Tenho disponível este raro livro. Contato franpelima@bol.com.br e whatsapp 83 9 9911 8286.


Quem desejar adquirir: franpelima@bol.com.br e whatsapp 83 9 9911 8286



Excelente livro de Memórias de autoria do filho José Alves Sobrinho sobre seu pai Seu Luiz de Cazuza.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com