Por Alfredo Bonessi
Parabéns Dr.
Pinho por mais um trabalho bem construído e com uma reflexão perfeita sobre as
origens do Brasil.
O insucesso
brasileiro se origina na miscegenação, na mistura de três culturas diferentes.
O fracasso brasileiro é também original: o Brasil foi criado para ser uma
colônia exploratória.
Nessas
condições a ideia de patriotismo foi relegada - substituída pela ganância de se
ganhar dinheiro, não importa de que forma.
O censo
normalmente se destina a uma investigação governamental para se ter um domínio
sobre a população- como se fosse um balanço contábil; não se destina a uma
preocupação social com os destinos das pessoas para o bem mas uma forma de
explorar a sociedade para o mal, cobranças de impostos, e adoção de medidas de
restrições para infernizar a vida das famílias. Censo é pura má fé.
Enquanto pelo
mundo os cidadãos roubavam para seus países, no Brasil a população rouba para
si mesma.
Hoje os
dominantes escravizam a população brasileira - que é escrava dessa gente - que
dividiram o Brasil em cor da pele, e onde ser patriota é pichado de nazista,
fascista e perseguido pelos doutores da lei,
O brasileiro
perdeu a fé, perdeu a alegria de viver pela insegurança, perdeu a confiança nas
autoridades, desconfia dos seus atletas, e está fugindo dos ladrões que impedem
que as pessoas saiam às ruas para trabalhar e nem mesmo está seguro dentro de
suas casas.
O Brasil é a
pior colônia escravocrata da face da terra, bem pior que as colônias dominadas
nos tempos das ditaduras romanas.
O Brasil está
muito parecido com o Inferno de Dante.
O pior é que
perdemos tudo e o que temos não nos pertence; pertence aos ditadores políticos,
os ditadores do judiciário, e aos juízes do tráfico de drogas.
O que vale
mais no Brasil não é a vida, mas o dinheiro público roubado.
Bonessi
- Autorizado
publicar- citada a fonte.
Em 1 de jul.
de 2023, à(s) 12:46, Pedro Pinho <pedroapinho652@gmail.com> escreveu:
DOS JESUÍTAS
AO CONSENSO DE WASHINGTON, HÁ FUTURO PARA O BRASIL?
“A população
do Brasil atingiu, em agosto de 2022, 203.062.512 (203 milhões) habitantes.
Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do
país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de
crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série
histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país”
(Ministério do Planejamento e Orçamento, 28/06/2023).
Além de todas
mazelas, nos falta memória. A pedido do Ministro da Justiça do Império, Eusébio
de Queiroz Matoso Câmara, o médico Roberto Jorge Haddock Lobo realizou, em
1849, o levantamento populacional da sede da Corte, a cidade do Rio de Janeiro.
O que nos importa neste levantamento, possivelmente com alguma falha
metodológica ou técnica, é revelar que a capital do “Império do Brazil” era
povoada, majoritariamente, por escravos: 41,2% de africanos e 13,5% de
brasileiros.
O professor de
História, da Universidade da Califórnia, Thomas H. Holloway tem, no entanto, a
seguinte avaliação do trabalho do doutor Haddock Lobo: “Durante a segunda
metade de 1849, foi realizado o primeiro levantamento demográfico do Rio de
Janeiro feito em moldes modernos, com questionários distribuídos e recolhidos
em todo o Município Neutro seguido por uma apuração minuciosa dos dados
estatísticos. O diretor da tarefa, Roberto Jorge Haddock Lobo, escreveu um
ensaio introdutório que é, em si, um valioso documento histórico. Haddock Lobo
fez comentários detalhados sobre a importância de estatísticas precisas, e
descreveu os procedimentos pelo qual se realizou o recenseamento. O propósito
deste prefácio não é de repetir nem de substituir as observações tão
instrutivas e reveladoras de Haddock Lobo”, Holloway prossegue comentando, em
1988 (historia_demografica.tripod.com/bhds/bhd50/thrj.pdf).
Um país de
escravos não é apenas nódoa que não se tira da vida de um povo; deforma também,
para os senhores, a compreensão do outro, gera a falta de humanidade, que
produz a sociedade doente, apta a receber a exclusão do “Consenso de
Washington” com tranquilidade e deixar à mingua, sem vacina, com fome e sem
teto toda a população do País.
MENSAGEM DO
CENSO
O que podemos
adicionar a este mais recente censo? Que o Brasil, como um todo, aquele que
populacionalmente crescia, que foi exportador de manufaturados, se desenvolvia
tecnológica, econômica e socialmente, via o futuro com esperança, não mais quer
ter filhos. Os que ainda os têm, se esforçam para exportá-los, na expectativa
de que, fora do Brasil, eles viverão melhor.
Se for da
classe média, ou melhor provido de meios, cursa universidade no Brasil,
forma-se engenheiro, e será angariador de fundos, vendedor de ilusões, para
seus pais, parentes, amigos e colegas, ou, neste mundo globalizado, qualquer
outro de formação ideológica semelhante, para interesse e proveito de banco
internacional, ou nos Estados Unidos da América (EUA), ou na Argentina ou na
longínqua Cingapura. E o Brasil, que o sustentou por toda a vida estudantil, ao
chegar à vida adulta o perde como colaborador do desenvolvimento nacional. E
isso nos ocorre desde 1980, quando sentimos aqui a desregulação financeira,
formadora do decálogo escravista, o “Consenso de Washington” (1989).
Caros
leitores, essa é a realidade, não decorre de qualquer ideologia, nela estão
mergulhados a direita bolsonarista, a falsidade da esquerda identitária,
ambientalista, financiada por Soros & Ford & Bilderberg e mesmo os
comunistas, que ainda hoje lançam pedras em Getúlio Vargas.
O Brasil
sofreu, como toda América Latina e é o que nos une e deveria construir nosso
processo conjunto de libertação, a colonização de duas potências do atraso: os
reinos ibéricos e a igreja católica.
Pode-se
imaginar os primeiros povos brasileiros, amigáveis na grande maioria,
compostos, em toda faixa costeira das tribos tupis (conforme Mapa organizado
pelo Museu Nacional), aqui e ali com algumas características mais agressiva,
como os cariris, mais para o interior e do grupo tapuia, vivendo em condições
climáticas menos favoráveis, ao receber os fedorentos, estranhos e todos
vestidos portugueses, sedentos de sexo, algo tão natural para aquelas populações.
O antropólogo
estadunidense Clark David Wissler elaborou o mapa das áreas de alimentação das
Américas, reproduzido por Arthur Ramos (“As culturas indígenas”, 1943), onde o
Brasil está situado na área da mandioca. Isso pode nos dar o grau
civilizacional do nosso índio, não o do caçador coletor, mas já no estágio da
agricultura.
Toda a mais
avançada área andina, dos maias e astecas aos incas, está identificada como “de
agricultura intensiva”, contrastando com as pradarias argentina e central do
atual EUA, como “áreas de caça” (guanaco, bisão, caribu).
É sempre
complexa e discutível a formação cultural de qualquer povo, especialmente de um
povo miscigenado, como é o brasileiro. Porém não resta dúvida que a cultura
fundiária, dos portugueses, e a extraterrena, dos jesuítas, foram basilares
para a pedagogia colonial que formou os brasileiros.
Estamos mais
por misticismo do que por fé, entregando nosso futuro a “Deus”, assim como
aceitamos que os donos da terra, os que representam o poder, sabem o que fazer,
no mínimo, melhor do que nós.
Esta base
cultural, que nos chega inconscientemente desde o nascimento e é reforçada pela
educação formal, pelas comunicações de massa, pela pressão da sociedade se
torna a grande responsável por nosso atraso.
Como Anísio
Teixeira, Darcy Ribeiro, Felipe Maruf Quintas, Fernando Corrêa de Sá e
Benevides, e outros estudiosos da sociedade brasileira já apontaram: o Brasil
cresceu em poucos momentos, quase sempre com governos autoritários, que
enxergaram, divisaram o instante de oportunidade, e corajosamente enfrentaram
as forças do atraso e impuseram o desenvolvimento nacional. E os vencedores de
sempre, pois o Brasil continua colônia neste século XXI, irão se referir a
estes heróis nacionais como ditadores, chamariam de corrupto se lhes fosse
possível, porque pessoas dessa fibra não visam seus interesses mas os da Nação.
Sob a condução
do “Consenso de Washington”, o Brasil que precisaria hoje ter, no mínimo, o
dobro, quiçá o triplo da população, para conduzir desenvolvimento compatível
com sua riqueza natural, encolhe proporcionalmente, senão contabilmente.
SOB DIREÇÃO
DAS FINANÇAS
O domínio das
finanças é o da concentração, mais riqueza e renda para cada vez número menor
de pessoas. Portanto, o fator demográfico é um dos inimigos que este poder
apátrida tem a combater. Já afirmei outras vezes que esta luta é ainda mais
importante porque é mais avassaladora na manutenção do status financeiro.
Examine, caro
leitor, apenas neste século de 23 anos de idade, quantos vírus já foram
identificados, já causaram mortes e consequências graves nas populações em todo
mundo? E sua proliferação não se deu pelos avanços nas ciências relacionadas às
epidemias, que nem foram tão notáveis nestes últimos 50 anos.
As pesquisas
são no sentido de desenvolvimento de vírus em ritmo superior a descoberta de
vacinas. Nesta guerra da OTAN contra a Rússia, travada na Ucrânia, foram
descobertas meia dúzia de laboratórios, orientados por farmacêuticas
estadunidenses e europeias, próximas à fronteira com a Rússia. Por que?
A pedagogia
colonial tem feito sua parte no Brasil, com a redução do número de crescimento
populacional. O ex-presidente Bolsonaro e sua equipe de governo também fizeram
a sua, retardando a compra/fabricação de vacinas, criando cortinas de fumaça em
torno do covid 19 e outros crimes a investigar.
Como João
Fragoso e Manolo Florentino, dois excepcionais historiadores brasileiros deram
título a um de seus livros, “o arcaísmo” aqui não é um acaso, é um “projeto”: a
reprodução da sociedade colonial, transformando, cada vez mais, os
trabalhadores em escravos, em “ubers”, em “MEI”, e com o Supremo Tribunal
Federal (STF) e tudo retirando direitos previdenciários de pensionistas viúvos.
Celso Furtado
(“Formação Econômica do Brasil”, 1959/1976): “a Colônia estava integrada nas
economias europeias, das quais dependia. Não constituía, portanto, um sistema
autônomo, sendo simples prolongamento de outros maiores”. Soberania, zero;
autonomia, nenhuma.
É a leitura
que fazemos deste CENSO 2023: um Brasil que regride, que é governado por
interesses estrangeiros, nem de um país mas de um sistema, ainda mais cruel, o
financeiro apátrida com grande participação de capitais marginais.
Não serão
eleições, com “centrões”, rituais inconsequentes, que mudarão esta triste
realidade, é a consciência do povo, é entender que este poder que nos governa é
nosso inimigo, só um sistema nacional, construído no Brasil, entregue a
nacionalistas poderá nos libertar, nos fazer crescer, começando pela população.
Pedro Augusto
Pinho é administrador aposentado, foi membro do Corpo Permanente da Escola
Superior de Guerra (ESG), Consultor das Nações Unidas (UN/TCDD) e, atualmente,
preside a AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobrás.
Enviado pelo pesquisador do cangaço Capitão Alfredo Jorge Bonessi
http://blogdomendesmendes.blogspot.com