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sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Os cangaceiros voluntários do grupo de Lampião "Mourão e Nascimento"
Os cangaceiros
“Mourão e Nascimento” voluntários do bando de cangaceiros de Lampião.
Postagem
dupla. Paripiranga na época do Cangaço e dois "voluntários" do bando
de Lampião. O que faziam os cangaceiros capturados a delatarem seus ex-companheiros? Eram forçados? Recebiam para isso? Indulto de pena? Safadeza
mesmo?
Fonte: facebook
Página: Robério Santos
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
O cangaço na Paraíba
Por Professor Josias
A sociedade
é constituída pelos homens e para os homens. Todos devem participar de seus
benefícios e de seus encargos: é o princípio da igualdade perante a lei. E é
por desrespeito à lei, ligado aos problemas sociais, que surgem os maiores
conflitos. A história registra em passado não muito distante a atuação de
milhares de bandoleiros nos sertões do Nordeste. Poucos, entretanto, chegaram a
ser famosos. O Nordeste viveu longos anos de agitação, pelas lutas sangrentas
entre soldados (chamados de macacos) e cangaceiros.
O cangaceiro Chico Pereira
Ao contrário
do que teve muitos cangaceiros, sobressaindo-se apenas dois: Chico Pereira e
Osório Olímpio de Queiroga, coincidentemente nascidos na região de Pombal. Como
ninguém nasce cangaceiro, os dois entraram no cangaço para vingar a morte dos
seus pais. O primeiro foi assassinado pela Polícia Militar do Rio Grande do
Norte, no município de Acari. E o segundo, absorvido na comarca de Pombal,
ingressou na PM da Paraíba, tornando-se um oficial respeitado, sensato e
equilibrado, reformando-se no posto de coronel.
Ao contrário
do que muitos pensam, Manoel Batista de Morais, o Antônio Silvino, não era
paraibano. Nasceu em Afogados de Ingazeiras, em Pernambuco. Viveu muitos
anos na Paraíba, morrendo aos 69 anos na cidade de Campina Grande, no dia 9 de
outubro de 1944, ainda certo do grande trabalho prestado à comunidade
sertaneja, pois ainda ninguém conseguia convencê-lo ao contrário, como afirma o
jornalista e escritor Barroso Pontes, autor de quatro livros que tratam do
cangaceirismo no Nordeste.
O cangaceiro Antonio Silvino
No verão 1914,
Antônio Silvino invadiu a cidade de Mogeiro, na Paraíba. A cerca assolava
terrível e levas de flagelados exibiam a sua miséria pelas estradas
ressequidas. Silvino, ao apossasse da cidade, não cometeu nenhuma violência
contra pessoas físicas, mais se apoderou dos gêneros alimentícios estocados, depois seria
preso, quando ferido em combate com a força do então major Teófanes Torres (da
Polícia Militar de Pernambuco) numa fazenda do distrito de Frei Miguelino, município
de Vertentes onde costumava se acoitar. De fatos como aquele, acontecido na
cidade de Mogeiro recheia a história de Antônio Silvino e a sua fama ainda hoje
corre pelo mundo.
Antônio
Silvino, Jesuíno Alves de Melo Calado, vulgo Jesuíno Brilhante e Virgolino
Ferreira da Silva, o famoso Lampião, que tiveram atuação na Paraíba, embora
este último “não tenha levado boa vida”, em virtude da perseguição do comando
militar chefiado pelo coronel Manoel Benício da Silva.
O escritor
Barroso Pontes, por sua vez, informou que Antônio Silvino foi posto em
liberdade no dia 20 de fevereiro de 1937, tendo logo em seguida telegrafado ao
ministro José Américo de Almeida: “-Solicito de Vossa Excelência um emprego federal
pelos relevantes serviços que prestei ao Nordeste”.
Não se sabe se
o emprego foi dado, embora algum contivesse que sim.
A história
registra que o privilégio do combate ao cangaço coube ao presidente João
Pessoa. Se não conseguiu a extinção, é o responsável maior pelo início do
combate, feito numa época “em que a transição política impunha novos métodos,
sem menos prezar a ação dos autênticos líderes interioranos implantando
costumes tanto compatíveis ao tempo, como inaceitável aos nossos dias”.
É ponto pacífico
que o mais temido bando de cangaceiros era o de Lampião, com atuação nos
Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Sergipe e
Bahia. Foi também o de maior duração, com vinte anos consecutivos de atuação. O
segundo, com 16 anos, foi o de Antônio Silvino. Conta a história que Antônio
Silvino tinha uma formação diferente de Virgolino Ferreira da Silva. Ao passar
por uma localidade e observando irregularidades, por culpa de administradores, chamavam
os responsáveis e mandava corrigi-las.
Virgolino
Ferreira da Silva, o Lampião, foi tragicamente morto no dia 27 de julho de
1938, acredita-se, ainda hoje, que o coiteiro Pedro Cândido, que o traiu tenha
se vendido a polícia. Pedro Cândido teria sido encarregado de introduzir, com o
auxílio de uma agulha de injeção, um veneno letal nas garrafas de vinho
destinadas a Lampião e seu bando. O trabalho foi feito com arte e não provocou
nenhum dano as rolhas de cortiça dos vasilhames.
Jesuíno
Brilhante, o primeiro dos três, foi tido e havido como o cangaceiro
gentil-homem e bandoleiro romântico, morreu em 1879, no lugar Santo Antônio,
entre Caraúbas e Campo Grande, no mesmo Estado onde nasceu.
Jesuíno foi o
maior cangaceiro do século XIX, como afirmou o historiador cearense Gustavo
Barroso, em seu livro Heróis e Bandidos. Era de família abastada,
conservando-se fiel às tradições sertanejas, respeitando o alheio, acatando a
honra das donzelas, primando pelo comprimento da palavra empenhada, sendo por
isso considerado homem de caráter e sempre exaltado pelas populações sertanejas
do seu tempo. As vezes que cometeu assaltos fê-los no sentido de ajudar alguém,
já que dedicava a melhor atenção a pobreza, tudo fazendo para prestar seu apoio
aos necessitados.
Em relação a
Jesuíno Brilhante, sabe-se ainda que invadiu, de madrugada, a cadeia pública de
pombal, liberando seu irmão e os demais presos.
Assis Chateaubriand
O imortal
paraibano Assis Chateaubriand definia o fenômeno cangaceirismo como sinônimo de
virilidade e coragem pessoal, pioneirismo, inovações, impetuosidades e decisões
agressivas.
Dizem que
cangaceiros autênticos, reais, o Nordeste só conheceu três: Jesuíno Brilhante,
Antônio Silvino e Virgolino Ferreira, o Lampião.
CANGACEIROS DA
PARAÍBA
Para destacar
os principais, que entraram no cangaço, não por vocação, mas por obrigação, que
a própria época exigia, destacam-se Francisco Pereira e Osório Francisco
Ferreira, ainda jovem, de família conceituada, por força do destino entrou no
cangaço, para vingar a morte do pai, barbaramente assassinado. Seu pai era um
homem pacato, fazendeiro honrado, que antes de morrer pronunciou as seguintes
palavras: “Vingança não”.
Disse diante
desse pronunciamento, à família, especialmente os filhos, ficaram num dilema,
porque era determinação da própria sociedade, da época, a vingança. Mas
resolveram atender o pai. O filho, Chico Pereira, procurou a Polícia, registrou
a queixa e insistiu com o delegado para que fosse feita a prisão do assassino
do pai, tendo a autoridade policial afirmado: “Chico, a gente solta uma vaca e
para achá-la, não é fácil, imagine um criminoso perigoso, como este que matou
teu pai”. Chico Pereira, desejando dar satisfação à família, pediu uma
autorização ao delegado, por escrito. Logo depois encontrou o criminoso,
dormindo. Com rara dignidade, mandou que o sujeito acordasse e o levou preso,
para a Polícia. Volta para casa e a família ficou satisfeita com o episódio da
prisão. Um dia depois o criminoso se encontrava em liberdade. Chico compreendeu
que não havia justiça. Chico compreendeu que não havia justiça e se viu na
contingência de fazê-la com as próprias mãos.
Na mesma
região de Pombal, registrou-se outro caso, Osório um garoto de poucos meses de
nascido, encontrava-se numa rede quando o pai chegou baleado, quando afirmou:
“Este gatinho que está na rede vai vingar minha morte”. À medida que ia
crescendo, Osório ouvia de outro: a determinação do pai. Ao completar 18 anos,
recorreu a justiça da época, o rifle, e matou o assassino do pai e outros que
cruzaram seu caminho. Osório Olímpio de Queiroga foi realmente um cangaceiro
respeitado. Depois conseguiu absolvição, na comarca de Pombal, e ingressou na
Polícia Militar da Paraíba, chegando a coronel e se conduzindo sempre como um
militar digno e correto. O mesmo chegou a ser prefeito de Catolé do Rocha.
O problema do
cangaceirismo e coronelismo vem, segundo consta, da Guerra Brasil-Paraguai,
quando foi fortalecida a guarda nacional e, entre as pessoas recrutadas, eram
dadas patentes.
Nos séculos
passados, no entanto, a Paraíba teve inúmeros grupos de bandidos, que invadiam
as cidades, saqueavam o comércio e matavam. As causas principais eram a seca e
a fome. No ano de 1887, registraram-se invasões e violências. A polícia nada
podia fazer para garantir a vida do cidadão e da propriedade alheia, sempre
ameaçada pelos bandidos. Os jornais da época denunciavam a insegurança nos
sertões, sem que qualquer providência tivesse sido adotada para coibir o abuso.
José Américo
de Almeida, no Livro A Paraíba e seus problemas, relacionou inúmeros grupos de
bandidos que agiam impunemente no sertão. O grupo de Jesuíno Brilhante, com
atuação no século passado, foi um exemplo. Ele residiu, por alguns anos, na
localidade Boa Vista próxima a Pombal, sem qualquer diligencia da polícia para capturá-lo.
Foi dessa maneira que a miséria juntou-se ao terror. Fazendeiros abastados, que
poderiam resistir à crise, durante alguns meses, emigraram sem demora,
temerosos de assaltos.
Em maio do
mesmo ano, a cadeia de Campina Grande foi arrombada e muitos indivíduos
implicados ao movimento do quebra-quilos fugiram. Dentro de mais algumas
semanas, outros presidiários fugiram, entre os quais o famigerado Alexandre de
Viveiros, chefe do levante de 1874. Ainda foi arrombada a cadeia de Mamanguape
e, ao mesmo tempo muitos sentenciados caíram fora.
José Américo
de Almeida conta, também, que, desta maneira, iam-se tornando mais terríveis as
correrias com a aquisição de novos profissionais do crime da Paraíba e do
Ceará. Ressalte-se a fraqueza das autoridades que permitiam que fossem
engrossando os grupos, como o do Calangro, evadido da cadeia do Crato e
cabeça dos 60 assalariados de Inocêncio Vermelho: o de Sebastião Pelado,
inimigo dos primeiros: e dos irmãos Viriatos, formado de mais de 40 bandidos: e
dos Mateus, entre outros. Um desses bandos assaltou duas propriedades em
Alagoa Grande.
O senhor
Gustavo Barroso, por exemplo, retrata o comportamento de Viriato, um dos
principais cangaceiros da época: “O Viriato foi um dos cangaceiros mais
célebres, mais rasteiros e mais tortuosos do Cariri. Era um miserável estabanado
nos atos, com uma infinidade de predisposições redutíveis ao roubo, ao estupro
e ao assassinato. Inventava torturas para as vítimas. Gostava mais de matar a
facadas do que de fuzilar, dizia que era “mais barato”. Esse bandido obrigou um
fazendeiro de São João do Cariri a casar-se com a irmã de seu compassa
Veríssimo.
Foi
assassinado, de emboscada, no lugar Riachão, o Dr. Vicente Ribeiro de Oliveira,
quando voltava da Bahia para reassumir o Juizado de Direito da Comarca de
Piancó. Esse crime foi atribuído aos cangaceiros.
Lampião o invencível - duas vidas, duas mortes
Por Virgulino Ferreira da Silva
Quero
chamar a atenção dos historiadores, pesquisadores, escritores dessa matéria que
publiquei de um péssimo livro, cheio de mentiras. Os senhores que apreciam o fenômeno
cangaço, observem quantas mentiras. Muitos escritores querem ou tentam mudar a
história do cangaço, para ver se ganham um dinheirinho a mais. Fiquei pasmo com
tantas mentiras. Vejam o conteúdo.
1 - Manoel Neto, primo de Lampião.
2 - Mulher de Américo Nogueira, prima de Lampião.
3 - Lampião teve 17 filhos.
4 - Lampião Resolveu fugir do Angico, fazendo um acordo com o tenente João Bezerra e o
governador do Estado, Eronides de carvalho.
5 - No acordo feito, saiu do Angico no dia 20-07, deixando Maria Bonita no
coito para ninguém desconfiar.
6 - Fez uma dupla sertaneja quando jovem com Américo Ferraz, cantando nas festas
em toda região.
7 - No dia 28-07, naquela famosa foto das cabeças, a de Maria Bonita e de Lampião não estavam presentes.
8 – No dia 19-07 fez uma grande festa de despedida no Angico, tomando uísque
cavalo branco (importado), na saída, furou um olho de um cabra, para pensarem
que era ele.
9 - No Angico, tinha vários cachorros no bando. (só tinha o guarany).
10 - Ninguém da região nunca viu os corpos em Angico.
11- Lampião invadiu o jenipapo em Nazaré para vingar a morte do pai.
12 - O velho Gomes Jurubeba de Nazaré foi morto em Nazaré, junto com muitos policiais num "fogo".
13 - Lampião invadiu Água Branca-Al, para matar os dois filhos da baronesa que mataram o pai dele.
14 - Foi ao Juazeiro a pedido de Padre Cícero para o padre aconselhá-lo para não atacar mais a baronesa.
15 - Pedro de Cândido foi morto em 1931 pelo tenente João Bezerra.
16 -Queimadas na Bahia fica na beira do rio São Francisco.
Adendo: http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Mentiras e mentiras mentirosas
5 - No dia 20 de Julho Lampião já estava na Grota de Angico? Eu não tenho certeza.
8 - O ataque aos cangaceiros foi na madrugada de 28 de Julho, e a festa de despedida foi tão cedo assim, por quê?
8 - O ataque aos cangaceiros foi na madrugada de 28 de Julho, e a festa de despedida foi tão cedo assim, por quê?
10 - E as fotos que foram feitas no Angico, ninguém viu e quer dizer que só a máquina fotográfica viu?
14 - O que tem a ver o fundo com as calças? E por que ele mesmo não resolveu deixar em paz a baronesa? Para isso teve que recorrer ao padre Cícero?
Pedro de Cândido à esquerda
Pedro de Cândido à esquerda
15 - Pedro de Cândido foi morto em 1940, e não em 1931.
Eu não diria que o fotógrafo José Geraldo Aguiar mentiu, porque ele escreveu o que lhe informaram, mas o seu depoente foi um verdadeiro mentiroso, e mentiu muito.
Como dizia o coroné Ludugero:
"- O depoente é mei proético".
Fonte:
facebook
Página:
Virgulino
Ferreira DA Silva
Ilustrado por José Mendes Pereira
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
O PANEMA E O PINTOR DA NATUREZA
Por Clerisvaldo B.
Chagas, 12 de setembro de 2014. - Crônica Nº
1.259
O mestre
pincelava aqui, retocava ali. Recordo com nítida clareza o quadro bucólico
apreciado dos fundos das residências. Fundos das residências da hoje Rua
Antônio Tavares que deslumbrava fatia urbana do rio Ipanema.
(Foto: identificação abaixo)
Lavadeiras
pobres sob jirau de varas finas, nas areias grossas do rio seco. Palhas
descoloridas pelo tempo e tecidos baratos sombreando as mulheres de cócoras à
beira da cacimba.
Cem metros a
montante, o botador d’água abastece as quatro ancoretas. Está ajoelhado diante
da cacimba com tonel sem fundo. O caboclo vai retirando o líquido pesado com
uma cuia de cabaça e passando para o funil acoplado na ancoreta. O chapéu de
palha protege-o do Sol escaldante do Sertão. O jumento, ao lado aguarda
pacientemente o complemento da carga e a voz conhecida do seu dono.
Ali perto,
garotos jogam bola no campinho improvisado pelas últimas cheias do Panema. Lá
adiante e mais acima, adolescentes caçam rolinhas que procuram a bebida dos
minúsculos poços. Os garotos fazem manobras entre pedras e moitas com suas petecas
improvisadas.
Uma vaca
magrela muge sobre grama e ramagens.
Cavalos,
burros, jumentos, pastam isoladamente presos por cordas de caroá.
Um caçador,
traje em molambo, corta ao meio a paisagem bucólica com espingarda à mão.
Uma banda do
céu se encurva e azula o cenário nordestino da década 1950.
O tinido do
ferro na bigorna dita o ritmo do tempo no compasso que preenche o vazio do
vale, do sertão, da vida encravada na simplicidade das coisas, das páginas de
Deus.
Tira uma sesta
o serrote do Gonçalinho, o serrote do Cruzeiro, a serra Aguda, os píncaros da
Remetedeira.
O pintor vai
encerrando a cena quando fiapos de brancas nuvens passam como lenços
brancos, acenando para o dorso encardido do velho Panema.
* Foto
histórica e rara de Laércio Luiz em:
LIMA. Ivan
Fernandes. Geografia de Alagoas. 2ª ed. São Paulo, Do Brasil, 1965.
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Sílvio bulhões e rosa Maria Murtinho
O Professor e
economista SILVIO BULHÕES (filho dos cangaceiros DADÁ e CORISCO), sempre se
destacou por ser uma pessoa inteligente, cortês e atenciosa, com todos aqueles
que o procuram, seja para bater um papo sobre sua origem; a história de seus
pais e amenidades. Nessa FOTO, ele está num evento social, ao lado de um importante
personagem, em PENEDO.
Rosa Maria Murtinho
Vale salientar que o BETO MAIA no facebook arrebentou. Matou logo de
cara, quem é o personagem que está com DR. SILVIO BULHÕES.
Realmente, essa foto é da década de 1970/1980, da outrora belíssima ROSA MARIA
MURTINHO.
Abraço. Volta Seca
Foto: Arquivo da família
Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
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O CANGAÇO - UMA FOTO RARÍSSIMA DE ANTÔNIO SILVINO - O RIFLE DE OURO
Manuel Batista
de Moraes, o Antônio Silvino, foi durante muito tempo o Rei do Cangaço antes da
chegada de Lampião. Nascido em
Afogados da Ingazeira-PE em 2 de novembro de 1875 e faleceu em Campina Grande,
PB, 30 de julho de 1944. Filho de Francisco Batista de Morais e Balbina Pereira de Morais.
Adota o nome
de guerra de Antônio Silvino em homenagem a um tio, Silvino Aires Cavalcanti de
Albuquerque, também bandoleiro. Por outros, é
apelidado de o "Rifle de Ouro".
Conforme a
pesquisadora da Fundaj, Semira Adler Vainsencher, ele representou, um pouco
antes de Lampião, o mais famoso chefe de cangaço, substituindo cangaceiros
célebres tais como Jesuíno Brilhante, Adolfo Meia-Noite, Preto, Moita Brava, o
tio - Silvino Aires - e o próprio pai.
Entre suas
façanhas, arrancou trilhos, prendeu funcionários, e sequestrou engenheiros da
Great Western, que implantava o sistema ferroviário na Paraíba.
Nesse estado,
um dos seus maiores perseguidores, nos primeiros anos do Séc. XX, foi o alferes
Joaquim Henriques de Araújo, que mais tarde viria a ser Comandante da Polícia
Militar paraibana.
Em Pernambuco,
uma década depois, foi perseguido pelo alferes Teófanes Ferraz Torres, delegado
do município de Taquaritinga, que finalmente o prendeu em 1914, no governo do
general Dantas Barreto.
Tornando-se o
prisioneiro número 1.122, da cela 35, do Raio Leste da antiga Casa de Detenção
do Recife, teve comportamento exemplar. Em 1937, é
libertado através de um indulto do presidente Getúlio Vargas.
Faleceu no dia
30 de Julho de 1944 na cidade de Campina Grande-PB.
Obs: Esta foto
fora gentilmente cedida por um familiar de Antônio Silvino, residente na cidade
de Campina Grande-PB, à amiga Sulamita De Souza Buriti (Campina
Grande-PB) que nos presenteou com uma cópia da imagem... e que agora
compartilhamos com todos(as) vocês.
Nossos
agradecimentos.
Fonte:
facebook
Página:
Geraldo Júnior
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Lavras em Festa: Programação Cariri Cangaço Lavras da Mangabeira 2014
Sexta Feira -
12 de Setembro
18h30min: Solenidade
de Abertura
Câmara
Municipal
Lavras da
Mangabeira;
19h30min: Palestra
"Padre
Cicero, a participação de Lavras
e a questão do
Juazeiro"
Dimas Macedo
20h00min:
Apresentação Cultural;
Mesa de
Debate;
Lançamento de
Livros.
Sábado: 13 de
Setembro
8h30min:
Encontro do Grupo na Praça da Matriz 9h00min: Visita Casa de Dona Fideralina;
9h30min: Praça
da Igreja de Nª. Srª. do Rosário Distrito de Quitaius
Apresentação
dos Penitentes;
10hs: Visita a
Casa de Cazuza Clemente;
11hs: Visita a
Casa de Joaquim Leite;
12hs:
Encerramento na Vila Passos Feliz.
Cariri Cangaço
Lavras da Mangabeira 2014
Cristina Couto
Manoel Severo
A FORÇA DOS CORONÉIS : ZÉ ABÍLIO E CHICO HERÁCLIO
O coronel
Chico Heráclio reconhece que os tempos, hoje, não estão mais favoráveis aos
chefes políticos do interior. Lembra-se de 1951, na eleição para a Prefeitura
de Limoeiro: em quase 11 mil eleitores, a oposição não alcançou 5% da votação.
Em 1952, o candidato a governador adversário só conseguiu 47 votos no
município. O voto, então, já era secreto, mas conta-se que a coisa funcionava
assim:
O coronel dava
toda a assistência ao eleitor. E lhe entregava, na boca da urna, o envelope com
as cédulas, tudo prontinho. Às vezes o matuto perguntava se podia ver o nome
dos candidatos. O coronel respondia:
— Pode não,
oxente. Não sabe que o voto é secreto?
O coronelismo
em Pernambuco estava então no auge. E não era só em Limoeiro. Em Serrita —
quase divisa com o Ceará.
O coronel
Chico Romão entendeu de pôr para fora o juiz de Direito da cidade. Sua força
junto ao governo, entretanto, não valia muito no caso, pois juiz é inamovível.
Chico Romão
resolveu usar seus próprios meios: proibiu toda a cidade, inclusive bares e
empórios, de fornecer água ou comida ao juiz. Seu controle sobre a população
era tão grande que o juiz não teve outra saída — foi embora.
Com um
adversário político, que depois viria matá-lo a tiros, Chico Romão fez coisa
parecida: comprava todas as casas onde ele fosse morar, e o despejava em
seguida. O homem acabou se mudando para uma cidade vizinha, Salgueiro, onde
afinal se deu o crime.
Zé Abílio, coronel de Bom Conselho, conseguiu o cargo de inspetor do Instituto
do Açúcar e do Álcool numa terra que não tinha um só pé de cana:
— Se passar
algum caminhão carregado de açúcar por aqui — dizia — eu inspeciono ele.
Até 1962,
nenhum coronel tinha sido processado por assassinato, o que só ocorreria com
Chico Romão, pouco antes de sua morte. O próprio Zé Abílio passou um susto
certa vez, acusado da morte de dois cabras em plena rua, mas não chegou nem a
ser pronunciado. E continuou batizando e casando, em Bom Conselho, apesar da
opinião de monsenhor Damaso, vigário da paróquia:
— Abre-se o
Código Penal ao acaso. Em qualquer página que cair, ele pode ser enquadrado em
todos os artigos.
0 domínio dos
coronéis era intocável. Criminoso que conseguisse asilo de um deles — LAMPIÃO e
muitos cangaceiros haviam usado essa proteção, no seu tempo — estava salvo, não
era mais procurado pela Polícia. Em compensação, quem caísse em desgraça, não
tinha garantia nem com a Polícia inteira ao seu lado.
Conta-se que,
um coronel chamou um dos cabras e lhe perguntou:
— Você conhece
o padre Olavo?
— Conheço não,
seu coronel. Mas já estou com raiva dele.
— Não é nada
disso, oxente: é só pra levar este peru pra êle.
( FONTE :
REVISTA REALIDADE — Novembro. 1966 )
Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
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