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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Canudos na Telinha - Antonio Conselheiro - Os Sertões e os Sermões


O programa Tela Brasil da TV Senado apresentou em 2011 este documentário - Aqui dividido em quatro partes - que resgata a memória de Antonio Conselheiro. Figura carismática, tornou-se conhecido como o maior beato da história brasileira, liderando milhares de sertanejos em um pequeno vilarejo no sertão da Bahia, o arraial de Canudos. Direção: Maria Maia.





Créditos: Taekwonmaster/ YouTube
http://lampiaoaceso.blogspot.com

CONTRIBUIÇÃO DO LEITOR

Por: Jair Eloi de Souza (*)

UM TEMPLO À ORAÇÃO DE PADRE JOÃO MARIA, FAZENDA -TRÊS RIACHOS.

Naqueles tempos, transcorria o terceiro quartel do Século XIX. Havia uma casa rústica, o dedo de Deus e um mestre escola. O cênico caseiro; uma fagulha de carência e de precisão material, mas a aselha do saber era o adereço nobre que estava sempre ombreado à fé inabalável do Clã Cavalcanti-Brito.  Para os comeres, a natureza ainda estava prenha de mel, perdizes e jacus, os cervos da caatinga e desdentados como o peba, o tatu-galinha. As aves aquáticas havia em abundância e, somadas às criações e legumes cultivados, eram a base alimentar daquele núcleo de sitiantes.

Mas as secas e o voo em travessia da asa branca fugitiva, sem comida, eram motivo de reflexão, que fazia do espírito e do estado d’alma um nicho de sabedoria e inconformismo para dois jovens daquela família. Amaro, o mais astuto, ambição de felino para evitar o ócio daquele lugar. João Maria, a mansidão e um olhar terno para a vida em comunhão cristã, de clausura, na qual em silêncio pudesse rezar e ouvir os cânticos gregorianos. Personalidades díspares, porém havia um pensamento comum entre aqueles dois varões: o de aprender a todo custo a língua mãe, o Latim. Esse idioma era o primeiro degrau e também o passaporte para aqueles infantes transporem fronteiras internas e até d’além mar.

Assim, a vontade divina e a sabedoria naqueles jovens se fazem na estrada da vida. Amaro tornara-se o jurisconsulto do Império, após oficiar como Consultor do Presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos da América, como prêmio pela tese da pós-graduação. Ainda, Ministro da Corte Internacional de Haia, na Holanda.  Deputado Geral, Senador, Prefeito do Rio de Janeiro, Ministro do Império e do Supremo Tribunal Federal, deixando tratados de Direito Público ainda consultados pelos doutos.

E João Maria, o Santo? Ah!... João Maria, após a ordenação sacerdotal,  tornara-se paladino da solidariedade humana. Apóstolo da assistência aos enfermos. Caminhava léguas e mais léguas, a fim de ofertar as últimas recomendações aos que estavam se despedindo deste mundo. Para as gentes pobres, a simbologia maior é endereçada para a obra apostolar e de solidariedade deixada exemplarmente por João Maria. Nenhum catequista das terras potiguares, dos sertões do Seridó, deixara legado maior com exclusividade para as gentes desvalidas na fome, na doença, que escutavam a pancada do mar.

A simplicidade caridosa de João Maria não almejava qualquer panteão que viesse a homenageá-lo, nem em vida, nem no pós-mortem. No entanto, os que sabiam ser sua obra de assistência dimensional, seja no plano material ou nas instâncias das coisas celestiais, nominaram-no em praças, logradouros, artérias citadinas. Jardim, seu berço, pois, é onde fica o antigo feudo Logradouro, hoje Fazenda Três Riachos, fizera um pouco mais. Construíra no lugar onde João Maria, o santo, esboçara o primeiro sopro de vida, um altar templário e sacro, para a comunhão dos cochichos da fé cristã. Quem sabe se não venha levantar-se de seu silêncio em Deus e faça renascer uma nova Jardim, na busca da cura dos dependentes em drogas, no respeito ao ancião, na melhor assistência à saúde das crianças pobres, na lisura quando no trato do dinheiro público, não só na forma zelosa quanto à utilização, mas, sobretudo, naquilo que traduza mais serventia.

A alma de Padre João Maria é uma eternidade, habita um lugar de destaque na Corte Celestial, mas, não acredito que continue em silêncio e não venha iluminar os caminhos da vida, do renascimento de uma Jardim, que utilize melhor a inteligência e bravura do seu povo.

Em tempos de lua crescente/2012.

(*) Professor de Direito da UFRN e escriba da cena sertaneja.
Fonte: Alcimar Araújo

Extraído do blog: Edna Araújo

Na PARAIBA é assim...

*** COPIADO DO JORNAL da PARAÍBA...

fonte: blog do Juazeiro

Carros de som devem ter licença da Semam para propaganda eleitoral em João Pessoa - Publicado em 21/07/2012 

Os proprietários de carros de som, trios elétricos e motocicletas, entre outros, que atuarão com propaganda eleitoral, têm que retirar Licença Ambiental ou Autorização Ambiental na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam). Para os veículos que circularão apenas durante a campanha eleitoral, será emitida a Autorização Ambiental. Já para os carros de som que circulam em qualquer período do ano é necessária a retirada da Licença Ambiental.
O valor do pagamento da Guia de Recolhimento é calculado com base na Unidade de Referência Fiscal (Ufir), considerando as características do veículo e a potência do equipamento de som. Não está autorizada a propaganda eleitoral em equipamentos de som instalados nos porta malas de carros de passeio.
Depois de dar entrada na documentação, os técnicos da Semam farão a aferição do som. A chefe da Divisão de Fiscalização da Semam, Anna Patrícia Ferreira de Araújo, explicou que é preciso respeitar o limite de horário, das 8h da manhã às 22h, todos os dias da semana, estabelecido pela Resolução nº. 23.370/2011, do Tribunal Superior Eleitoral.
Outras informações podem ser obtidas na Semam, pelo telefone 3218-9200, ou na sede da secretaria, localizada no Centro Administrativo Municipal (CAM), na Rua Diógenes Chianca, 1777, em Água Fria, das 14h às 18h, horário de atendimento ao público.
Documentação – Os usuários devem dar entrada na documentação na Divisão de Fiscalização da Semam, levando:
Documentos pessoais; Documento do veículo como o DUT, que traz a especificação do Detran (se é trio elétrico, recreativo, reboque, motocicleta equipada com caixa de som, de acordo com a resolução do Contran); Foto demonstrando o veículo, o equipamento de som e a placa, devidamente inspecionado e carimbado pelo Detran; Cópia do Certificado de Segurança Veicular (CSV), nos casos de motocicletas; Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável elétrico e mecânico, nos casos de veículos com três eixos; Autorização do proprietário do veículo para utilização do mesmo como veículo de propaganda; Comprovação do vínculo entre o solicitante e o proprietário, quando o veículo estiver em posse de terceiros (casos de alugados ou com contrato de compra e venda); Guia de Recolhimento, emitida na Semam, devidamente quitada.

Fonte: Redação com Secom/JP

Enviado pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas  

Hoje na História - 02 de Agosto de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

No dia 02 de agosto de 1912 deu–se a inauguração do Colégio Sagrado Coração de Maria, com afluência de famílias e populares, além de autoridades do município, dentre estas o Tent. Cel. Cunha da Mota, vice-Presidente do Conselho Municipal, em exercício, Padre André de Araújo, diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia, Cel. Bento Praxes e Tércio Rosado Maia.
               
A direção do referido estabelecimento de ensino destinado ao sexo feminino foi entregue às Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Portuguesas, refugiadas e expatriadas de Portugal pela perseguição religiosa de 1910.
               
As Irmãs Maria Leocádia do Menino Jesus (primeira Diretora) e suas auxiliares, Irmãs Rosária de São Francisco, Maria do Divino Coração, Maria da Visitação e irmãs Helena e Rute, estavam já dois meses em Mossoró, hóspedes do industrial Raimundo Fernandes, delineado planos que adotariam para a edificante missão que tomariam de responsabilidades.
               
O prédio do Colégio, construído em precária situação em 1904, passou por reformas por iniciativa e às expensas do poder público municipal. 
              
Sua capela, de invocação a S. Francisco de Assis, foi construída em 1917.

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É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.


Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:

Vilma Maciel na Bienal do Livro

Antônio Vilela, Ângelo Osmiro, Vilma Maciel e Kiko Monteiro

É com muita satisfação que convidamos a todos os amigos da Família Cariri Cangaço para prestigiar a presença de nossa querida amiga Vilma Maciel na Bienal do Livro, no próximo dia 12 de agosto no Parque de Eventos do Anhenbi em São Paulo.

A escritora de Juazeiro do Norte estará no Stand da Biblioteca 24 horas e apresentará suas obras: Caminhos Femininos, Lampião Luta, Sangue e Coragem. É esperar e conferir. Todos a Bienal !

Cariri Cangaço
http://cariricangaco.blogspot.com

Programação - 8ª Feira do Livro de Mossoró

Envio a programação da 8ª FLM.

Clique nas fotos para ampliá-las



Enviado pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE

Autor: Archimedes Marques


Preço: R$ 50,00
BANCO DO BRASIL
Agência: 3088-0
Conta: 33384.0
Em nome de Elane Lima 
Marques (Minha esposa).
E-mail

UMA VELA ACESA (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

UMA VELA ACESA

Ai se os meus olhos, diante dessa vela acesa, apenas enxergassem a luz, apenas vissem a chama, apenas sentissem o lume tremulando o seu instante! Ai se meu olhar não se transformasse em chama, não brandisse aceso, não subisse aos céus! Eis que essa vela acesa surge diante de mim além do objeto, além da cera e pavio, para receber minha fé e ser muito mais do que apenas a valsa da luz a flamejar na semiescuridão.

Não sei perante os outros, vez que a fé, a devoção e a religiosidade são muito próprias em cada um, mas em mim o ato de acender uma vela é o mesmo que entrar numa igreja, que assistir missa, que subir na montanha para segurar na mão de Deus, que dialogar com a divindade sobre o meu ser tão sem palavras. No fósforo, o passo, no pavio, o templo; na chama, o portal.


Manhã ou noite, qualquer hora que sinta necessidade de fortalecimento espiritual, de proteção, na intenção de alcançar uma graça, a pessoa segue em direção ao oratório ou qualquer outro lugar onde possa expressar sua fé, e então, após o ritual de chegada, acende uma vela e põe-se contrito para que a mente e os lábios leiam o livro da alma:

“Eis-me aqui, ajoelhado a teus pés, orando a prece maior, invocando aos céus e pedindo do fundo do peito que atendei os meus clamores. Eis-me aqui, cheio de fé e de devoção, humilde servo do teu piedoso gesto, clamando um clarear meu destino nesta estrada sombria. E veja, e sinta o meu semblante nesta vela acesa!”

Após esse instante de clamor e devoção, de expressão da espiritualidade religiosa e da fé, a pessoa retoma o seu cotidiano e a vela fica flamejando no seu cantinho. Para alguns, a cera e o pavio que vão queimando lentamente fazem parte apenas daquele momento ritualístico, sem qualquer importância futura. Já para outros é bem diferente.

Diferente, e com razão. A simples vela em si, enquanto objeto de cera com um pavio no seu interior e que serve como fonte de luz, já é vista de modo diferenciado. Quem deseja iluminar um ambiente onde não há energia elétrica, o faz com candeeiros ou lampiões, mas não especificamente com vela. Ao ser adquirida, esta certamente terá por objetivo outro uso, que será o religioso.

Mesmo quando são adquiridas para fins decorativos, as velas não perdem aquela feição de religiosidade. As pessoas apenas transferem o uso nas igrejas para suas residências. Do adorno ritualístico, tão comum sobre a mesa na celebração de missas e batizados, onde geralmente são colocadas em castiçais por cima de toalhas lindamente trabalhadas, passa a enfeitar os ambientes residenciais. E ainda aí aquela inspiração religiosa.

E basta que uma dessas velas seja acesa para ganhar outra significação, e já diferente da que se tem na igreja. E isto porque uma vela acesa na igreja não possui a mesma intencionalidade espiritual que uma acesa dentro de um lar. Ali é abrangente, amplamente significando a chama da crença e da fé, a presença divina, enquanto cá, no recanto de cada um, tem-se essa crença e essa fé internalizada espiritualmente, expressando o sentimento mais íntimo.


Ainda nesse passo, cabe ao olhar que se lança sobre a vela dar o seu significado. Seja na igreja, no lar ou em qualquer outro lugar, a vela não passará de simples chama se do seu fulgor flamejante não surgir um portal para o encontro com a divindade, a santidade, os seres angelicais. Diante da chama, a cada um caberá saber caminhar por entre seus mistérios, sua força e a intencionalidade do ser diante da luz.

O olho que mira a vela, sente a chama amarelo-avermelhada dançando para iluminar, não se contenta em apenas sentir a claridade, pois logo sente que o seu espírito procura ultrapassar aquela luz e logo se transformar numa momento indescritível: sentir a presença maior, se envolver por incontida fé, se entregar aos rogos para ser ouvido. É um diálogo tão intenso, travado entre o semblante e a chama, que de olhos fechados a pessoa se sente como iluminada.

E tão iluminada que pode enxergar a face de Deus!

Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com