Seguidores

sábado, 24 de março de 2012

Clique neste link:

Governador do Sertão

Cangaceiros que gostavam de cavalos brancos
Durante o tempo em que esteve preso por Lampião, Pedro Paulo Magalhães Dias (ou Pedro Paulo Mineiro Dias), inspetor da STANDAR OIL COMPANY (ESSO), conhecido como Mineiro, testemunhou a vida dos cangaceiros e traçou o perfil de Virgulino, segundo sua avaliação. 
Lampião pediu à empresa um resgate de vinte contos de réis pelo prisioneiro e acertou que se o resgate não fosse pago, mataria Mineiro. Mineiro viveu os dias de cativeiro, atormentado por terrível temor de ser morto por Lampião. Finalmente, percebendo o estado de espírito do prisioneiro, Virgulino tranquilizou-o afirmando:
- "Se vier o dinheiro eu solto, se não vier eu solto também, querendo Deus". 
Resolveu libertar Mineiro, antes porém, teve uma longa conversa com ele. 
Falou para Mineiro, por sentir-se naquele momento Senhor Absoluto do Sertão, que poderia ser Governador do Sertão. Mineiro perguntou-lhe, caso fosse governador, que planos teria para governar.Ficou surpreso com as respostas, que revelaram ter Virgulino conhecimento da situação política da região, conhecento seus problemas mais urgentes. 
Lampião afirmou: 
- "Premero de tudo, querendo Deus, Justiça! Juiz e delegado que não fizer justiça só tem um jeito: passar ele na espingarda! 
Vem logo as estradas para automóvel e caminhão! 
- Mas, o capitão não é contra se fazer estrada? - objetou Mineiro. 
- Sou contra porque o Governo só faz estrada pra botar persiga em cima de mim. Mas eu fazia estrada para o progresso do sertão. Sem estrada não pode ter adiantamento, Fica tudo no atraso. 
Vem depois as escolas e eu obrigava todo mundo a aprender, querendo Deus. 
Botava, também, muito doutor (médico) para cuidar da saúde do povo. 
Para completar tudo, auxiliava o pessoal do campo, o agricultor e o criador, para ter as coisas mais barato, querendo Deus" (Frederico Bezerra Maciel). 
Mineiro ouviu e concordou com Virgulino. O que acabara de ouvir representava uma parte da sabedoria do cangaceiro. 
Lampião então, senhor de si, ditou para Mineiro, uma carta para o governador de Pernambuco, com a seguinte proposta: 
" Senhor Governador de Pernambuco. 
Suas saudações com os seus. 
Faço-lhe esta devido a uma proposta que desejo fazer ao senhor pra evitar guerra no sertão e acabar de vez com as brigas... Se o senhor estiver de acordo, devemos dividir os nossos territórios. Eu que sou Capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do sertão, fico governando esta zona de cá, por inteiro, até as pontas dos trilhos em Rio Branco. E o senhor, do seu lado, governa do Rio Branco até a pancada do mar no Recife. Isso mesmo. Fica cada um no que é seu. Pois então é o que convém. Assim ficamos os dois em paz, nem o senhor manda os seus macacos me emboscar, nem eu com os meninos atravessamos a extrema, cada um governando o que é seu sem haver questão. Faço esta por amor à Paz que eu tenho e para que não se diga que sou bandido, que não mereço.
Aguardo resposta e confio sempre. 
Capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do Sertão. 
Seria Mineiro o portador dessa carta, colocada em envelope branco, tipo comercial, com a subscrição: 
- Para o Exº Governador de Pernambuco - Recife" (Frederico Bezerra Maciel) 
Mineiro notou que quase todos os cangaceiros eram analfabetos. Lampião sabia ler bem, mas escrevia com muita dificuldade. Antonio Ferreira lia com dificuldade e não escrevia. Apenas Antônio Maquinista, ex-sargento do Exército, sabia ler e escrever. 
Enfim Lampião solta Mineiro, num ato que se transformou em festa, com muitos discursos e a emoção dos participantes. 
Mineiro reconheceu nos cangaceiros, pessoas revoltadas contra a situação de abandono do sertão. Agradeceu a Deus os dias que passou na companhia de Lampião e seus cabras. Teceu elogios a Virgulino por sua personalidade capaz e inteligente. Afirmou que levava a melhor impressão de todos e que iria propagar, que o capitão e os seus, não eram o que diziam deles. 
Lampião pediu então a Mineiro que dissesse ao mundo a verdade. 
Despediu-se mineiro de todos, abraçando um por um os cangaceiros: 
Luís Pedro, Maquinista, Jurema, Bom Devera, Zabelê, Colchete, Vinte e dois, Lua Branca, Relâmpago, Pinga Fogo, Sabiá, Bentevi, Chumbinho, Az de Ouro, Candeeiro, Vareda, Barra Nova, Serra do Mar, Rio Preto, Moreno, Euclides, Pai Velho, Mergulhão, Coqueiro, Quixadá, Cajueiro, Cocada, Beija Flor, Cacheado, Jatobá, Pinhão, Mormaço, Ezequiel Sabino, Jararaca, Gato, Ventania, Romeiro, Tenente, Manuel Velho, Serra Nova, Marreca, Pássaro Preto, Cícero Nogueira, Três cocos, Gaza, Emiliano, Acuana, Frutuoso, Feião, Biu, Sabino  Finalizando: Cordão de Ouro, Ferreirinha, Antônio Ferreira e Lampião.

Quem são os bandidos mais famosos da História?

Por: Yuri Vasconcelos
Al Capone

Não é mole fazer uma lista dos criminosos mais conhecidos. Afinal, sejam eles personagens lendários ou de carne e osso, a relação de foras-da-lei parece não ter fim! Para caber tudo aqui, tivemos que passar um peneira finíssima nos anais da criminalidade, até ficar com apenas seis meliantes que entraram para a história pela ousadia de seus atos ou por peculiaridades que os tornaram inconfundíveis. Alguns, paradoxalmente, até conquistaram a simpatia do povo! Com vocês, os baluartes imortais da vida bandida...
AL CAPONE
O mais famoso gângster americano, Alphonse Capone (1899-1947) dominou o crime organizado na Chicago da Lei Seca, faturando alto com o mercado negro de biritas e mandando matar muita gente - como no brutal Massacre do Dia de São Valentim. Precoce, o pequeno Al inaugurou sua carreira de delitos na sexta série, quando largou a escola no Brooklyn para se juntar aos delinqüentes do bairro. Foi quando uma briga de rua deixou a marca no rosto que lhe valeu o apelido de Scarface (Cara de Cicatriz). Com 28 anos, sua fortuna, fruto também do jogo e da prostituição, era calculada em 100 milhões de dólares. Graças ao agente federal Eliott Ness, Al foi preso por evasão fiscal. Os Intocáveis (1987), com Robert de Niro na pele do gângster, é um momento clássico na vasta filmografia sobre o facínora.
BARRABÁS
Todo mundo conhece a história do ladrão liberado da crucificação para dar lugar a Jesus Cristo. Mas pouco se sabe a respeito dessa figura fascinante, cujo nome em aramaico quer dizer "filho do pai" ou "filho do professor" (especula-se que seu pai era um líder judeu). Uma hipótese para sua condenação seria a participação num assassinato durante uma revolta contra o domínio romano em Israel - o que faria dele um revolucionário e não um larápio comum. Nem as escrituras sagradas dizem, nem os estudiosos da Bíblia sabem o que aconteceu com ele depois da sua libertação durante a festa da Páscoa. Mas Barrabás (1962), com Anthony Quinn no papel-título, imagina várias possibilidades no melhor estilo das superproduções hollywoodianas.
ROBIN HOOD
stephanieslovakia.blogspot.com
Vilão ou herói? A resposta é fácil: o salteador inglês que atazanava a vida do xerife de Nottingham entrou para a história como um bandido do bem, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Contemporâneo do rei Ricardo Coração de Leão, que comandou os destinos da Inglaterra no século XIV, Robin liderava um alegre bando de aventureiros que vivia aprontando contra os poderosos. Quando a coisa fervia, escondiam-se na floresta de Sherwood. Ainda hoje os historiadores discutem se ele existiu de verdade ou se é apenas fruto da fértil imaginação dos escritores medievais. Seja como for, a história rendeu dezenas de filmes bacanas, desde animações Disney ao clássico do capa-e-espada As Aventuras de Robin Hood (1938), uma das maiores atuações do grande Errol Flynn.
BUTCH CASSIDY & SUNDANCE KID
Imortalizados pelos bonitões Paul Newman e Robert Redford no filme homônimo de 1969 (premiado com quatro Oscars, dois deles para a música genial de Burt Bacharach), eles formaram a mais conhecida dupla de assaltantes do Velho Oeste americano no final do século XIX. Também tinham um quê de Robin Hood e eram adorados pelos necessitados. Depois de muitos assaltos a bancos, fazendas e trens, fugiram para a América do Sul, onde continuaram sua vida de contraventores. Ninguém sabe ao certo como morreram, mas a versão oficial conta que foram surpreendidos pela polícia e fuzilados num vilarejo perdido nos confins da Bolívia, em 1909.
LAMPIÃO
Virgulino Ferreira da Silva, o Rei do Cangaço, foi por muito tempo o inimigo número um da polícia nordestina. Sua carreira de fora-da-lei teve início em 1920, para vingar a morte do pai. Roubando, cobrando tributos de latifundiários e assassinando por encomenda ou vingança, ele viu sua fama correr todo o país. Para completar, foi anunciado como "enviado de Deus" pelo Padre Cícero e creditado como autor da imortal cantiga "Mulher Rendeira". Em 1938, depois de 18 anos no crime, sua vida chegou ao fim numa emboscada na Grota do Angico, interior de Sergipe. Lampião foi morto junto com a igualmente fascinante companheira Maria Bonita e boa parte da sua quadrilha. Sua cabeça, decepada, acabou exposta em praça pública. A clássica cinebiografia O Cangaceiro (1953) inaugurou uma série de filmes brasileiros dedicados ao cangaço - um número pequeno, porém, se comparado à sua presença na literatura de cordel.
MADAME SATÃ


donnacatarina.blogspot.com
Ele era um negro de poucas palavras, que não gostava de brincadeiras e adorava vestir coletes e camisas de seda. O dândi pernambucano João Francisco dos Santos, vulgo Madame Satã, foi um dos mais célebres bandidos que o Rio de Janeiro já conheceu. Homossexual assumido e perito na navalhada, o que mais adorava era surrar policiais. Sedutor, conquistou a amizade de gente famosa, como os cantores Noel Rosa e Francisco Alves, mas se vangloriava de ter matado com uma rasteira um dos maiores gênios do samba, Geraldo Pereira. Apesar disso, o cartunista Jaguar disse dele: "Foi o meu herói e melhor amigo". A história desse transgressor com T maiúsculo, que nasceu em 1900 e passou 27 anos mofando atrás das grades, deu um dos melhores filmes brasileiros dos anos 70, A Rainha Diaba, e voltará a ser contada num longa-metragem com estréia prevista para este ano.

Conhecê-los é preciso

Por: José Mendes Pereira

Quem gosta de estudar "Cangaço", quase fanático, com certeza tem vontade de conhecer uma boa parte dos cangaceirólogos, isto é aqueles que são responsáveis pelas pesquisas; alguns levando a vida quase nas caatingas, outros de vez em quando, e outros  se encarregam de divulgar o que viram e o que aprenderam com outros.

Quem não mora nas regiões onde viveram os cangaceiros, fica muito difícil de conhecer esta gente, mas se procurar participar de alguns encontros que acontecem em diversas cidades do nordeste, frequentar uma vez no ano o Cariri Cangaço, aos poucos irá ter o prazer de ouvir de algum ou alguns cangaceirólogos, quais os cangaceiros eles mantiveram contatos direto.

Quem não estuda "Cangaço" e não sabe o que é ser um estudante do tema, geralmente diz que o sujeito está perdendo o seu tempo, por viver diante de uma tela ou livros, lendo as histórias sobre cangaceiros.

Mas se engana. Sim senhor! O tema cangaço é um dos mais estudados em nosso Brasil. É uma literatura bem organizada, bem pesquisada, montada com pessoas responsáveis e interessadas para deixar para as futuras gerações. 

Morando no Rio Grande do Norte conheço apenas seis cangaceirólogos, mas pretendo ainda conhecer uma boa parte dessa gente.

São eles:


Rostand Medeiros

Este foi o primeiro cangaceirólogo que eu conheci, em junho de 2011, na capital de Natal. Rostamd Medeiros é historiógrafo, escritor e pesquisador do cangaço. Reside em Natal no Estado do  Rio Grande do Norte.


Paulo Medeiros Gastão

Apesar de morarmos em Mossoró, não tão distante, o conheci à noite, do mesmo dia em que conheci Rostand Medeiros, quando da entrega de um exemplar que o historógrafo mandou para ele. 

Paulo Medeiros Gastão é Pernambucano, da cidade de Triunfo. É empresário, professor universitário, escritor e fundador da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, tendo sido o primeiro Presidente desta.


Aderbal Nogueira

Conheci o Aderbal Nogueira através de um convite do Dr. Paulo Medeiros Gastão, em janeiro deste ano, quando ele se encontrava hospedado no Hotel Thermas de Mossoró, juntamente com esposa e filhos. Aderbal Nogueira é cineasta e pesquisador do cangaço e reside na capital alencarina - Fortaleza, terra da Iracema, de José de Alencar.

 
Maristela e o Capitão Bonessi

Maristela Mafuz

Também a conheci no Hotel Thermas. É a esposa do cineasta Aderbal Nogueira, ela sendo cineasta/fotógrafa particular do esposo. Maristela Mafuz é Gaúcha, residindo em Fortaleza-CE.


Lemuel Rodrigues

Também o conheci no Hotel Thermas no mesmo dia em que conheci o Aderbal Nogueira e a sua esposa, Maristela Mafuz. Lemuel é professor universitário, pesquisador do cangaço e atual presidente da SBEC. Reside na cidade de Mossoró - Estado do Rio Grande do Norte.

Antonio Kidelmir Dantas

O Kidelmir o conheci na minha humilde casinhola, tendo ele se mudado para o conjunto Ulrick Graff,  bairro Costa e Silva, Mossoró, Rio Grande do Norte, no mesmo bairro que eu moro. 

Kidelmir é poeta, escritor, pesquisador do cangaço e funcionário da Petrobras. Foi presidente da SBEC.

Estes são os únicos cangaceirólogos que eu conheço até o momento. 

A incrível história de Dona Bolinha, do Caldeirão do Deserto !

Por: Manoel Severo
Aderbal Nogueira, Manoel Severo e Seu Raimundo, no primeiro documentário Cariri Cangaço.
Nestas nossas caminhadas e aventuras por meio deste sertão maravilhoso de nosso nordeste, colhendo aqui e ali, fragmentos da verdade que constroe nossa história, acabamos ouvindo, vendo e vivenciando de tudo. São tantas as histórias que povoam os bastidores dessas aventuras, que certamente seriam facilmente transformadas em livro. Ali, o drama e a comédia conviviam sem nenhum preconceito e ajudavam a criar a atmosfera perfeita e o combustível necessário para o próximo desafio.
Um desses momentos imperdíveis, aconteceu ainda em 2009, quando nos preparavamos para o primeiro Cariri Cangaço. Nossa equipe percorreu os possíveis cenários para acolher nossos convidados e em um deles, o famoso sítio do Caldeirão do Beato José Lourenço, estava eu conversando amenidades com o morador do lugar, "seu" Raimundo, e repentinamente lembrei de uma foto clássica, feita ali, pelo grande fotografo Pachelli Jamacaru, onde temos a Capela de Santo Inácio e um cachorro devidamente pousado para a fotografia.
 
Bolinha e a clássica fotografia de Pachelli
Perguntei ao "seu" Raimundo: "Meu amigo e aquele cachorro da foto do Pachelli, ainda tá vivo?" e o homem respondeu: "Tá vivo, mas é uma cadelinha, já mora qui conosco a muito tempo" e voltei a perguntar: "Qual o nome dela?" 
Raimundo prontamente falou: "É Bolinha !"
Aderbal Nogueira e Danielle Esmeraldo, que nos acompanhavam na oportunidade, estavam na porta da casa da esposa do Raimundo, já prontos para se despedir e ouvindo "de revestrés" a nossa conversa, foram logo chamando a esposa do Raimundo:
"Dona Bolinha, já estamos indo..." gritou Danielle, no que foi seguida por Aderbal "Bolinha ? que nome esquisito!"

Foi aí que sai de meu tamborete e tirei os dois da enrascada, "pessoal Bolinha é o nome da cadela do casal, não é da esposa do Raimundo, que chama dona Maria..."
Dona Maria, seu Raimundo e Danielle Esmeraldo
Até hoje não sabemos se a dona Bolinha, digo, a dona Maria ouviu ou não o espantoso chamado, mas, foi melhor assim, ao final, entre mortos e feridos todos salvaram. O Caldeirão do Deserto do Beato José Lourenço foi palco anfitrião das duas primeiras edições do Cariri Cangaço, 2009 e 2010, e ficou guardado na memória de todos os participantes, mas... isso é outra aventura, depois eu conto.
Manoel Severo
Extraído do blog: Cariri Cangaço

Antonio Silvino


“Antônio Silvino, pernambucano, usou o rifle dezoito anos. Atravessou o Rio Grande do Norte, pacificamente” – diz o Dr. Raul Fernandes no livro que escreveu sobre Lampião. Este, ao contrário dos dois, foi a expressão máxima do cangaceiro nordestino. Implantou o terror. Foi em síntese, o crime personificado, matando pelo prazer de matar; roubando, pelo prazer de roubar.

No ano de 1901, Antônio Silvino acossado pela polícia paraibana, penetrou no Rio Grande do Norte. Foi exatamente quando se deu o chamado “Fogo da Pedreira”, na fazenda desse nome, pertencente ao Cel. Janúncio Salustiano da Nóbrega, do município de Caicó. Olavo Medeiros Filho residente em Natal, sabe como tudo aconteceu.

Ainda em 1901, há notícia de que esteve em São João do Sabugí. Dizem que, com a sua chegada, com exceção da casa do Sr. Manoel Amâncio, todas as outras da pequena povoação, foram fechadas. Na casa de Amâncio, Silvino foi pacífica e amistosamente recebido. Uma coleta de duzentos mil réis feita pelo seu hospedeiro entre as pessoas mais abastadas da terra, foi o suficiente para que o bandoleiro abandonasse a localidade “internando-se ainda mais neste Estado” – dizia o noticiário da época.
No ano de 1912, esteve em Jucurutu e Augusto Severo, atual Campo Grande. Muito embora Mossoró não tivesse no seu roteiro de visitas, os seus habitantes ficaram em polvorosa: “Uma notícia alarmante correu célere pela cidade nos dias agitados de maio de 1912. Teria sido visto no Alto da Conceição um presumível comparsa de Antônio Silvino” – é o que nos conta Lauro da Escóssia no seu livro de memórias, dizendo mais que “o comércio fechou as portas, o povo se aglomerou, enquanto as autoridades de imediato tomaram as providências cabíveis organizando a defesa da cidade. Mais tarde, tudo estaria esclarecido: Um comerciante da praça reconhecera no suposto ‘perigoso cangaceiro’, um seu freguês, também comerciante em Alexandria, que, quase pagava com a vida as canseiras da viagem” – conclui Lauro.

Vem dessa época, o fato que motivou esse relato. Na sua visita a Augusto Severo – por sinal bem sucedida – Antônio Silvino deixou um recado para o povo de Caraúbas, dizendo que em breve iria até ali, com o mesmo propósito. O recado foi transmitido pelo Padre Pinto, então vigário de Augusto Severo, ao Bel. Alfredo Celso de Oliveira Fagundes, que ali se encontrava em trânsito.
O Dr. Alfredo, recém-investido no cargo de Juiz Distrital de Caraúbas, cioso dos seus deveres de guardião da lei, não viu com bons olhos a descabida e pretensiosa atitude do bandoleiro e ao chegar a sua terra, onde também já havia chegado o “ultimatum” de Silvino, encontrou o chefe local e demais autoridades sobressaltados e desalentados ante a perspectiva da indesejável visita.
Foi quando o juiz tomou a arrojada decisão: assumiu a responsabilidade da defesa do lugar e mandou dizer ao bandoleiro que, “podia vir, mas que seria recebido à bala” – aquela mesma resposta que Rodolfo Fernandes daria mais tarde a Lampião.
É claro que Antônio Silvino não gostou da resposta e mandou-lhe o troco com esta terrível ameaça:

“Pois diga a esse dotôzinho, que breve irei lá. Vô rasgá a sua carta de dotô, queimar a sua casa, esquartejá-lo e depois dinpindurá os seus restos nos postes dos lampiões da luz...”.

Imediatamente a população foi mobilizada. Alberto Maranhão no Governo do Estado, cientificado, mandou “um cunhete de balas (1.000 cartuchos)”. As lideranças locais e fazendeiros convocados atenderam ao chamamento do juiz e de repente 40 rifles estavam a sua disposição. Vários dias a então vila de Caraúbas esteve em pé de guerra na expectativa do ataque iminente, mas Antônio Silvino não apareceu para “rasgá a carta do dotô...”.
De tudo ficou o fato e a foto documentando para a História um acontecimento, fruto de uma época de atraso que já se vai encobrindo na curva do tempo...

Peça logo o seu!

LAMPEÃO DE A a  Z

Autor: Paulo Medeiros Gastão

Para você adquiri-lo basta depositar
a quantia de
20,00 Reais
nesta conta:

José Mendes Pereira
Banco do Brasil
Agência: 3526-2
C/C 7011-4
Não se esqueça de enviar o seu endereço completo para:
josemendesp58@hotmail.com
josemendesp58@gmail.com
ou para o autor:

Alphonse Capone


Em Nova York, o principal mafioso era o siciliano Joseph Bonanno - apontado como a inspiração de O Poderoso Chefão (livro de Mario Puzo que se tornou um clássico do cinema). Já Dean O'Banion inundava o norte de Chicago com cerveja e uísque vindos do Canadá, enquanto Johnny Torrio contratava policiais para proteger seus interesses no sul da cidade. Mas nenhum gângster se tornou tão lendário quanto Alphonse Capone – o Al Capone.
A Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, foi decisiva para que a Lei Seca acabasse. Seus inimigos começaram a dizer que legalizar as bebidas criaria empregos, estimularia a economia e aumentaria a arrecadação de impostos.
Em março de 1933, dias depois de assumir a presidência, Franklin Roosevelt pediu ao Congresso que legalizasse a cerveja. Foi atendido. E, finalmente, em 5 de dezembro, a Lei Seca se tornou a única emenda da Constituição americana a ser revogada. O país viveu um clima de Réveillon antecipado, com fabricantes e bebedores saindo das sombras.
Capone chegou a faturar 100 milhões de dólares  por ano, durante a Lei seca. Ele controlava informantes, pontos de apostas, casas de jogo, bordéis, bancas de apostas em corridas de cavalos, clubes noturnos, destilarias e cervejarias. Em 1931, foi condenado pela justiça americana por fuga aos impostos, com 11 anos de prisão. Sua pena foi revisada em 1939, em decorrência de seu estado de saúde; ele tinha sífilis, apresentava traços de distúrbios mentais e morreu dessa doença em 1947.
Fonte:

Convite!

Prezados cangaceirólogos


Lembramos a todos os interessados que dia 27 de Março, terça-feira próxima, estaremos promovendo a palestra com o sociólogo Erivam Félix, (foto) discutindo seu recém-lançado livro " Coronelismo e Cangaço no Imaginário Social".
Endereço: Rua de Santana, 202, Casa Forte. Recife-Pernambuco
Informações no horário comercial : UBE-PE (81) 3441 7488.
A palestra é gratuita, acessível a todos os níveis. Contamos com a presença de todos.
 

Att. Rosa Bezerra

Enquanto não vem cangaço - Tremor de 5,3 graus sacode a zona central do Chile


O movimento telúrico, que durou vários segundos, ocorreu às 4h28 e teve seu epicentro 43 quilômetros ao nordeste da localidade de Casablanca, situada na região central de Valparaíso, segundo informou o Serviço Sismológico da Universidade do Chile.
O sismo, que teve uma intensidade de grau V na escala de Mercalli em Valparaíso e Santiago, também foi sentido nas regiões centrais de El Maule e O'Higgins.

O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha indicou que o tremor não reúne as condições para gerar um tsunami no litoral do Chile.
Sacudiu na madrugada deste sábado (24) a zona central do Chile, sem que tenha produzido vítimas, danos materiais ou alterações nos serviços básicos.
O movimento telúrico, que durou vários segundos, ocorreu às 4h28 e teve seu epicentro 43 quilômetros ao nordeste da localidade de Casablanca, situada na região central de Valparaíso, segundo informou o Serviço Sismológico da Universidade do Chile.

O sismo, que teve uma intensidade de grau V na escala de Mercalli em Valparaíso e Santiago, também foi sentido nas regiões centrais de El Maule e O'Higgins.

O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha indicou que o tremor não reúne as condições para gerar um tsunami no litoral do Chile.

Trasladei do blog: "petroleorn", do petroleiro Edicarlos Rocha