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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

SERGIA MARIA BULHÕES, NETA DE DADÁ E CORISCO

Devanier Lopes

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MAIS UM GRANDE MOMENTO CARIRI CANGAÇO


Por Manoel Severo

Bom dia, vem aí mais um grande momento com a marca Cariri Cangaço, dessa vez em Fortaleza. De 26 a 29 de abril a capital do Ceará receberá alguns dos maiores pesquisadores das temáticas; cangaço, messianismo e coronelismo, no Brasil; numa autentica festa da alma nordestina. Até lá, convidamos a todos a conhecer um pouco mais do Cariri Cangaço através de nossas edições anteriores. Dia a dia aqui neste perfil e em nosso blog, estaremos publicando o espetacular trabalho de nosso Conselheiro Aderbal Nogueira em sua Laser Vídeo, trazendo um pouco de nosso Cariri Cangaço até você...

Avante!!!

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CALANGO-MUNDO

*Rangel Alves da Costa

Estava de partida. E por isso mesmo, e pela última vez, apressou-se entre os matos rasteiros, vencendo os tocos das macambiras e dos croatás, passou por cima de espinhos e armadilhas da terra, para alcançar a pedra grande onde costumava ficar observando o seu mundo ao redor. Acostumava ficar lá no alto com o jeito tão próprio de qualquer calango: balançando a cabeça, virando de lado a outro, tudo tão rapidamente que parecia o novo surgindo a cada instante.
Era um calango, apenas. E já envelhecido demais para continuar ali na mesmice dos dias. Principalmente agora, quando seu olhar astuto e cheio da sabedoria do tempo, já divisava a chegada de um sofrimento tão conhecido. Não queria ter tal certeza, mas nada lhe negava que a estiagem não demoraria a chegar e com ela todas as consequências mais dolorosas ao homem, ao bicho, a tudo que fosse sertão.
A terra quente, escaldante, quase em braseiro por todo lugar, impulsionava e fazia com que o calango se apressasse ainda mais. Uma galhagem seca despencou do alto e quase estraçalha o seu rabo. Mas não tinha nada acaso fosse atingido naquele lugar. Já nem se lembrava mais de quantos rabos havia perdido na sua luta pela sobrevivência. E não demorava muito para já estar refeito. Certa vez, um machado afiado acertou-lhe em cheio. O rabo ficou e ele saiu como que voando pra dentro de uma toca. Duas semanas ali comendo formiga e outros insetos, até que já estivesse inteiro novamente.
Já tinha ouvido de seu avô histórias do arco-da-velha. Sempre recordava aquelas dizendo sobre Antônio Conselheiro e Lampião. Certa feita, dizia o velho calango, cruzou a vereda onde o Conselheiro passava e quase se dá mal. Apressou-se para fugir daqueles solados de couro cru, mas quando olhou pra cima era o cajado do homem que descia já rente à sua cabeça. É agora, pensou. Mas no instante seguinte, ouviu “aleluia”, e a madeira foi novamente levantada. Já Lampião gostava de treinar pontaria em cabeça de calango. Por isso que onde o bando estivesse lagarto nenhum chegava perto.
Muito sofrido ali, de vez em quando imaginava. Vida de calango não era fácil, dizia a si mesmo. Bicho afoito, miúdo, ligeiro, corredor, mas num sofrimento danado para fugir das surpresas da mata. Seu medo maior era sair em disparada e quando desse conta já estar na boca de uma cascavel ou de outra peçonhenta qualquer. E sabia que corria esse risco a todo instante, não só na sua correria como debaixo dos feixes de mato e dentro das locas de pedra. Não era nada agradável encontrar, lá no fundo da toca, uma peçonhenta pronta para lhe atacar.


Certa feita - e isso jamais lhe saiu da memória -, quase vira comida de gente. Gostava de estar correndo ao redor do casebre sertanejo mais adiante, após uma malhada mais limpa, quando estranhou que toda vez que chegava ali, logo aparecia um menininho, magricela e barrigudo, com uma vara à mão e tentando acertar-lhe a cabeça. Será que esse menino quer mesmo me matar? Indagou. Mas um dia, numa instante em que o garotinho estava dentro de casa, ele se aproximou devagarzinho e resolveu entrar pelo canto da porta.
Lá dentro, logo percebeu o menino chorando e dizendo que estava com fome. Os pais, tristonhos de acabar mundo, nada responderam. Certamente estavam com a mesma fome. Então o calango percebeu o motivo de aquele garotinho tanto correr atrás de sua cabeça com a vara à mão. Queria acertá-lo para depois jogá-lo sobre as brasas do fogão de lenha no quintal. Foi quando o calango chorou, e tão triste ficou que ficou como que entorpecido junto ao barro de um canto de parede. Só despertou quando ouviu o pai dizendo: É um calango, pegue, pegue...
Saiu tão desesperado que nem sentiu o braseiro lhe queimar quando fugiu pela porta dos fundos. Já ao longe e descansado da correria, novamente chorou e novamente sofreu pelo terrível sofrimento daquela família. Mas sabia que todo o sertão estava na mesma agonia. Sabia que por todo casebre e por todo barraco havia uma família no mesmo padecimento. E por isso mesmo comendo calango, cobra, folha, palma seca, o que encontrasse para fingir de comida.
Nunca mais retornou pelos arredores daquela casinha. Tinha vontade sim, um desejo imenso de avistar novamente aquele barrigudinho. Mas era melhor evitar. Talvez sofresse mais ou talvez encontrasse a mesma vara em sua direção. Agora corria e se apressava por outros caminhos, porém em cima do mesmo queimor de terra. E seu objetivo agora era alcançar logo a pedra grande e de lá de cima se despedir daquele lugar. Do alto olhar ao redor, avistar aquele seu misterioso. Despedir-se como alguém que dá adeus àquilo que tanto amou. Doía-lhe por dentro, mas tinha que partir.
Mas partir pra onde? Perguntou a si mesmo. Lá longe o asfalto é quente demais e o pneu é duro demais. Não há como sobreviver no mundo dos homens. Então desceu da pedra e foi em direção ao casebre daquele menino barrigudinho.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com 
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NOTA DE FALECIMENTO!


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ALAGOANO CABRA MACHO DA MOLÉSTIA DOS CACHORROS.


Por José Romero Araújo Cardoso

Alagoano cabra macho da moléstia dos cachorros. Gabava-se de nunca ter levado desaforo para casa. Introduziu na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro e depois na Guanabara o modus operandi peculiar ao Estado natal de sua época marcada por tragédias inenarráveis, cercando-se dos mais ferozes e leais jagunços. 


O General Goes Monteiro, o qual demonstrava simpatizar com gente da laia dele, presenteou-lhe com potente metralhadora que ele apelidou de "Lurdinha". 


Reza a lenda que todos os terreiros da Baixada Fluminense tocaram tambores ininterruptamente durante meses, a fim de fechar-lhe o corpo. 


Aos quarenta e oito anos tinha igual marcas de balas espalhadas por todas as partes de sua estrutura física, se bem que, na verdade, usava colete de aço. 


Angariou inimigos poderosos, os quais encarregaram-se de inclui-lo em lista de cassados, quando do advento do golpe de 1964. 


O baiano "Tonhão Malvadeza" foi o mais implacável e irascível desses desafetos. Sua residência em Duque de Caxias (RJ) foi transformada em verdadeira fortaleza, cheia de labirintos e passagens secretas. 


Durante os anos de chumbo da ditadura militar, muitos perseguidos procuraram guarida na fortaleza do "pistoleiro de Duque de Caxias".




Quem quiser saber mais sobre a figura, basta acessar:


José Romero Araújo Cardoso

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FALCONE



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... DA SÉRIE “OPINIÃO DOS AUTORES”


Por Sálvio Siqueira
https://www.youtube.com/watch?v=hugt_kwL37g&feature=youtu.be

HOJE: O ILUSTRE PESQUISADOR ANTÔNIO AMAURY, FALA SOBRE AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS “DE” E “EM” ANGICO ONDE FORAM MORTOS 11 CANGACEIROS E UM SOLDADO DA POLÍCIA DE ALAGOAS, EM 27 DE JULHO DE 1938.

Como tantos outros autores os quais nós trouxemos aos grupos de estudos sobre o temático e complexo cangaço, Fenômeno Social, ocorrido em sete Estados dos nove que compõem a Região Nordeste, suas opiniões particulares são muito importante para nós.

São opiniões particulares, deles, dos pesquisadores, que através de entrevistas e/ou depoimentos chegam até nós.

Importantes se mostram os dizeres e opiniões, suas diretrizes, dos pesquisadores/historiadores para nós, simples estudantes, para que, depois de lermos suas ‘crias’ e os escutarmos, possamos fazer uma análise, não só sobre o tema contextualizado, mas daquilo que os autores acham sobre o movimento em si e formamos nossas opiniões. 

De todos os mistérios que envolvem a história do cangaço, a morte dos cangaceiros na grota do Riacho Angico, na fazenda Forquilha, município de Poço Redondo, Sergipe, na manhã do dia 28 de julho de 1938 é, acertadamente, o maior deles. O fato é tão debatido e pesquisado que o pesquisador dedica-se em uma de suas obras quase que tão só exclusivamente a ele. 

“Terceira palestra sobre Angico, dessa vez com o mestre e amigo Antônio Amaury. LEMBRANDO - não serão aceitos comentários ofensivos que em nada contribuem para uma boa análise da história. Qualquer pessoa pode discordar ou não dos depoentes e palestrantes, mas quem faltar com o respeito terá o comentário deletado da postagem.”

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/

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TRABALHO (TCC) QUE ANALISA A HISTÓRIA DE LAMPIÃO E SUAS REPERCUSSÕES! ! TRABALHO DE 300 PÁGINAS.

Por Jose Irari



https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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LAMPIÃO E OUTRAS CELEBRIDADES DO CANGAÇO (GONÇALO FERREIRA DA SILVA)


LAMPIÃO E OUTRAS CELEBRIDADES DO CANGAÇO (GONÇALO FERREIRA DA SILVA).

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso


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VELÓRIO DO NAZARENO ODILON DE SOUZA NOGUEIRA "ODILON FLOR".

Por Geraldo Antônio de Souza Júnior

Odilon Flor foi um dos grandes e primeiros inimigos de Lampião. Dedicou grande parte de sua vida na persiga e repressão aos grupos cangaceiros sertão a fora.

Participou ativamente de vários combates contra Lampião e seus comandados. Sua valentia beirava os limites da loucura e era reconhecida pelo próprio Rei do Cangaço.

Uma das grandes frustrações de sua vida foi não ter eliminado o inimigo de longa data. Foi injustiçado e não teve o merecido reconhecimento por parte da Força Pública do estado da Bahia, da qual fazia parte a sua Volante, tendo sido reformado apenas como segundo Sargento da Policia do referido estado.


Odilon Nogueira de Souza “Odilon Flor” nasceu no estado de pernambuco no dia 12/01/1903 e faleceu na cidade de Itabuna na Bahia no dia 07/11/1950, vitimado por um câncer de garganta.

Esse foi o fim de um dos mais perigosos e temidos inimigos de Lampião. Um homem que dedicou grande parte de sua vida no combate ao banditismo/cangaceirismo, pelos sertões do Nordeste.

O fim de um bravo.
Fotografia gentilmente cedida por Hildegardo Luna Ferraz Nogueira.
Geraldo Antônio de Souza Júnior

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