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domingo, 23 de junho de 2024

CANGACEIRO VERSUS ABOLICIONISTA

Por Dr. Epitácio de Andrade Filho

Polêmica de Jesuíno Brilhante com Almino Affonso Ao longo dos tempos, descendentes de Almino Álvares Affonso (1840-99) têm mantido esforços para dar visibilidade a uma passagem pouco pesquisada na historiografia do cangaço: O enfrentamento que o abolicionista teve com o cangaceiro Jesuíno Brilhante (1844-79). Em manuscrito datado de 4 de julho de 1913, Moema Affonso (Filha de Almino) relata que seu genitor se graduou no curso jurídico pela Faculdade do Recife, em 1871. Antes, no ano de 1865, esteve no Catolé do Rocha para visitar a família. Em setembro daquele ano, tendo seu irmão Minervino sido perseguido por questões oriundas da advocacia em que trabalhava, pelo Dr. Mendes, rábula Baiano e consequente célebre Jesuíno Brilhante com seu séquito, fora forçado a retirar-se do Catolé, onde fora visitar seu irmão Diocleciano, que foi vítima dessa mesma perseguição, levando-o para o Coroatá (Rio Grande do Norte), donde seguiram (Almino e Diocleciano) para o Ceará, vindo mais tarde, Minervino reunir-se a eles.

Abolicionista Almino Afonso

Chegando ao Ceará, Almino foi nomeado secretário do presidente da província em 1874 e, depois, juiz municipal de Cascavel e Aquiraz, sendo também um dos comissários das secas de 1877/79, porém acerca do período de seu comissariado nos referidos fenômenos climáticos não foram encontrados registros de saques a comboios de víveres praticados por Jesuíno Brilhante.

Este documento de Moema está contido na Poliantéia (Coletânea de Memórias) “Almino Affonso – Tribuno da Abolição”, organizada por seu neto homônimo, então deputado Amino Affonso, publicada em 1998, pela editora do Senado Federal. Nos solos alencarinos para onde migrou a irmandade Álvares Affonso, Almino publicou uma carta no jornal “O Cearense”, cujo teor dá conta que um irmão foi barbaramente espancado no centro da província do Rio Grande do Norte, onde estava de licença. Sabendo da notícia, ele reuniu 100 homens, armara-os e seguira para o local do fato a fim de tomar uma desforra.

O genealogista Walter Wanderley narra que em 1874, chegou a Mossoró Dr. Almino Álvares Affonso e Diocleciano Ribeiro de Menezes, todos armados e municiados, vindos da Paraíba, a fim de se livrarem de Jesuíno Brilhante, que os quis matar. Diocleciano chegara gravemente ferido. Talvez o episódio mais determinante da desavença do cangaceiro Jesuíno Brilhante com os Álvares Affonso tenha sido quando autoridades de Catolé do Rocha sabendo que Brilhante estava escondido numa residência distante mandaram policiais, oficiais de justiça e o advogado Minervino (irmão de Almino Affonso) intimá-lo a se render. Quando o oficial de justiça fez a intimação, Jesuíno saiu atirando na tropa que correu, e Minervino ficou ferido. vivenciando sérios riscos de morte, o abolicionista migrou definitivamente para outras glebas, onde ocupou diversos cargos. Contraiu uma doença cardíaca em 1998 e no dia 13 de fevereiro de 1899 veio a falecer, em sua residência no Estado do Ceará, onde se encontra sepultado. 

Jesuíno Brilhante - Mapa do cangaço (1)

Jesuíno Brilhante seguiu no cangaço até ser abatido por uma diligência comandada pelo inimigo Preto Limão, no dia 21 de novembro de 1879, na zona rural de São José de Brejo do Cruz, Paraíba.

Enviado pelo autor.

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LUIZ PEDRO O CABRA MAIS FIEL DE LAMPIÃO

 Por Cangaço Eterno

https://www.youtube.com/watch?v=RGbr_1cuHSE&ab_channel=Canga%C3%A7oEterno

Este vídeo trás uma biografia a respeito do cangaceiro Luiz Pedro, sua entra no cangaço, suas ações e sja morte.

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LAMPIÃO QUER VINGANÇA - O ASSASSINATO DO CORONEL LUIZ GONZAGA

 Por No Rastro do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=PZwwQD6iyQk&ab_channel=NoRastroDoCanga%C3%A7o

Lampião, o rei do cangaço, havia prometido ao chefe cangaceiro Sinhô Pereira que vingaria a desfeita que o Coronel Luiz Gonzaga havia feito com seu primo Ioiô Maroto. O coronel Luís Gonzaga, também conhecido como Major Gonzaga, além de fazendeiro era também comerciante, dono do maior armazém da cidade, vizinho da sua residência, na praça da igreja. Lampião entrou em Belmonte com uns 70 cangaceiros na madrugada de 20 de outubro de 1922. Levava em sua companhia o jovem Tiburtino Inácio de Sousa, vulgo Gavião, filho de Zé Inácio do Barro, amigo de todas as horas de Sinhô Pereira. Chovia muito. Gonzaga e os vizinhos acordaram com uns estrondos, que a princípio pensaram ser trovões — eram os cangaceiros derrubando o portão do muro e em seguida a porta da cozinha a golpes de machado...
Temas relacionados:
Sertão Nordestino, Lampião e Maria Bonita, Grota do Angico, Contos do cangaço no sertão, Cangaço Lampiônico, Cangaceiros de Lampião, cabras de Lampião, História Nordestina, Literatura do Sertão Brasileiro, Crime de castração, história do eunuco, Lampião a raposa das caatingas, o governador do sertão, lampião mata inocente, crimes de Lampião, lampião herói ou bandido, Volantes Policiais no cangaço, volante policial Nazarenos, Volante Zé Rufino, Volante Mané Neto, Padre Cícero, Rota do cangaço, cangaceiro Corisco, cangaceiro Moreno, Cangaceiro Zé Baiano, cangaceiro Gato, histórias e contos, filmes completos, canais de cangaço, A morte do cangaceiro Corisco.
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RELATO DO CANGACEIRO MORENO - CANAL CANGAÇO EM FOCO

 Por Cangaço em Foco

https://www.youtube.com/watch?v=-v73naSSgIQ&ab_channel=CANGA%C3%87OEMFOCO

RELATO DO CANGACEIRO MORENO - CANAL CANGAÇO EM FOCO 🤠🌵 extraído do documentário Rede Minas. Pesquisador: Getúlio Moura.

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AS MULHERES...

 Por Helton Araújo

As mulheres tiveram grande relevância na história do cangaço e no ano de 1976, o Globo Repórter apresentou uma matéria abordando esse tema, contando com entrevistas de diversos personagens que viveram o cangaço.

No vídeo de hoje (17) em nosso canal no YouTube, apresento essa matéria para ajudar na compressão do estudo para aqueles que se interessam pelo tema. O link do vídeo está logo ai abaixo, para assistir basta clicar no mesmo.

https://youtu.be/6x_1qqvmsZQ?si=8jc-0sw9T0BxXdAg

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"ESTOU EM PAZ"

 Por Robério Santos

Um dos grandes volantes de nosso estado de Sergipe. Meu parente. Quem já ouviu falar dele?

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LAMPIÃO MORRE EM SERGIPE.

 Por Robério Santos

Em Sergipe Lampião morreu e eu sempre fui curioso para saber como eram os municípios em 1938. Pois bem, tá aí um mapa mostrando. Gostaram?

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MANOEL VITÓRIO E O FILHO BENJAMIM FORAM CASTIGADOS PELOS CANGACEIROS ZÉ FORTALEZA, SUSPEITA, MEDALHA E LIMOEIRO

 Por José Mendes Pereira

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O escritor Alcino Alves escreveu em seu livro “Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico” que Manoel Vitório dos Santos era proprietário da Fazenda Cassussu, e casado com uma moça do ribeirinho do Bom Sucesso. O casal construiu numerosa prole, Temistocles (popularmente chamado de Temisto das Queimadas), sendo este famoso coiteiro de Lampião, Benjamim, Geminiano, Alice, Porcina, Bela, Júlia e mais dois filhos, uma menina e um menino. Os dois últimos filhos de Manoel Vitório com Maria das Virgens, esposa de um senhor chamado Cante e, sendo, mãe do cangaceiro Canário.

Cangaceiro Canário

Em fins de 1934, o cangaceiro Zé Fortaleza, chefe de um bando de cangaceiros, ficou arranchado com os seus comandados aos arredores da fazenda Cassussu, e lá, uma rês foi morta. Como precisavam cozinhar a carne, alguns cangaceiros foram até a pequena fazenda pedir uma panela emprestada. Com desejos de agradar aqueles delinquentes, o próprio Manoel Vitório foi até ao coito deixar a panela.  Mas o catingueiro não sabia que aquele gesto de humildade, iria trazer problemas terríveis e cruéis, tanto para ele, como sua generosa e amada família.

Ao chegar, entregou a panela e, animadamente conversou com os bandoleiros sem temer nada. Recebeu um agrado (gorjeta), e por Zé Fortaleza, foi advertido não espalhasse na região que eles estavam ali, arranchados.

Elesbão, filho de Maria das Virgens com o Manoel Vitório, estava passando uns dias com os seus irmãos, filhos da moça de Ribeirinho de Bom Sucesso, vendo os cangaceiros na casa do pai, ao retornar para Poço Redondo, contou o que viu, isto é, a presença dos cangaceiros na fazenda Cassussu do seu pai. E logo, a notícia se espalhou, e a partir daí, a desgraça estava preste a acontecer.

Os desocupados fuxiqueiros que não faltam em uma comunidade qualquer, correram e foram contar a Zé Fortaleza o que estava se passando. Raivoso, o facínora põe toda culpa em cima do fazendeiro Manoel Vitório, e com desejo de vingança, disse que o Manoel Vitório iria ter o seu castigo, pela sua fraqueza de ter espalhado a sua presença com os seus comandados aos arredores da sua fazenda.


Como o sertão nordestino estava em dificuldades, devido à grande seca que assolava aquelas regiões, Geminiano foi morar no Estado de Alagoas, e lá, arrumou um pequeno trabalho numa fazenda chamada de “Soledade”, de um senhor chamado Neco Brito. E como as dificuldades continuam lá na Fazenda Cassussu, Geminiano levou o seu irmão Benjamim para sua companhia, e arranjou um trabalho numa fazenda de nome “Horizonte”, bem perto de onde ele morava. Benjamim havia se casado com uma moça de nome Mila, uma das filhas do renomado alagoano Joãozinho Correia.

No ano de 1935, o inferno foi muito bom em toda região nordestina, farturas e mais farturas estavam nas mesas dos camponeses. O mês de junho, o mês das festividades juninas, Geminiano convidou o pai Manoel Vitório para passear pelas aquelas belas terras alagoanas, que tão bem haviam o acolhido e o seu irmão Benjamim.

Uns quinze dias das festas de São João, seu Vitório chegou à fazenda “Soledade”, O baile, as fogueiras e os fogos foram na Fazenda “Mata Grande”, de um senhor chamado Pedro Cadeira, um dos seus parentes alagoanos. Os dias se aproximavam para os festejos, e seu Vitório nem se lembrava, que as festas seriam no dia seguinte. 

Geminiano conversava com o pai, e o avisou que as festividades juninas seriam no dia seguinte:

- Papai, amanhã nóis vamos para a Mata Comprida. Vamos para o São João de lá.

O velho põe-se a pensar nas festividades de Poço Redondo, e sem querer ir, Mata Comprida, de imediato disse para o filho Geminiano:

- Vá, meu fio, vá! Pode ir! Destá, meu fio, que eu cuido dos afazeres da fazenda. - Garantiu ele ao filho.

O velho ficou sozinho. Bem perto da Fazenda em que estava, trabalhava o seu filho Benjamim na Fazenda “Horizonte”. A sua esposa tinha ido às festividades, mas ele permaneceu em casa, na propriedade, junto com um dos seus amigos, um senhor de nome Pedro Serafim.

Nesse dia, era um domingo. Na “Soledade”, Manoel Vitório foi cuidar de apartar os bezerros. A noite chegou e o velho foi para o telhado cuidar de lavar os pés. Depois, cuidou de um café, assou carne de bode, e ali mesmo, comeu misturada com farinha, e de costume, procurou dormir.

Por volta da meia noite, deste domingo, o visitante da Fazenda “Soledade”, o seu Manoel Vitório foi convidado para abrir a porta. Mesmo não sendo daquelas terras, abriu-a sem nenhum receio, e viu de cara os velhos cangaceiros Zé Fortaleza, Limoeiro, Suspeita e Medalha.

O chefe do grupo, o Zé Fortaleza que não tinha a mínima ideia aonde estava morando Manoel Vitório, e o reconhecendo, mas mesmo assim, lhe faz uma pergunta:

- O senhor é o Manoel Vitório lá da Fazenda Cassussu?

Manoel Vitório não temendo nada, respondeu-lhe:

- Sim senhor, sou eu mesmo, o Manoel Vitório!

- Que bom! Fazia um bom tempo que nóis istava a sua porcura. No seu rasto. Você sabe aonde fica o Cabôco?

- Não, num sei não. Eu sou lá das terras de Sergipe, e por aqui eu não cunheço nada não sinhô!

Zé Fortaleza estava querendo vingar aquele boato que saiu, que eles estavam acoitados próximo à sua Fazenda Cassussu, perguntou-lhe:

- Você tá lembrado quando nóis fizemos coito perto da sua fazenda e lhi pidimo uma panela emprestada, e você ispaiou a nutiça onde a gente tava, e si esqueceu que eu lhi pidi qui num dissesse nada a ninguém?

- Seu Zé Fortaleza, o sinhô pode acreditá qui eu num falei nada a ninguém! – Respondeu o Manoel Vitório.

- E quem contôu?

- Deve ter sido o meu fio Alesbão. Eu me arrecordo que naquele mesmo dia eli foi pra Poço Redondo. – Responde o sertanejo com desespero.

O Manoel Vitório mais ou menos já estava sabendo o que iria acontecer com ele, vez que marginal, principalmente cangaceiro, não perdoa nada a ninguém.

Apoderado de ódio, o Zé Fortaleza perde o seu controle emocional, dizendo-lhe:

-Tá cunvessando, veio safado! Só pruquê si cumpricou, agora Istá quereno colocá o rabo de fora, e cum isso, acusa o seu fio, hein?!

E em seguida, ordena a um dos seus comandados:

- Medaia, amarre esse miseravi traidor!

Agora o velho sertanejo está amarrado, e irá passar por coisas que, até o momento, não tinha acontecido.

Os facínoras o levaram até a fazenda onde o seu filho Beijo (Benjamim) trabalhava. Beijo um rapaz fortíssimo e destemido. Como a sua esposa Mila tinha ido para as festas juninas, e ele estava acompanhado do amigo Pedro Serafim, Beijo está dormindo na sala, sobre um banco, apoderado de um travesseiro, o chapéu e uma faca peixeira, esta, iria ser o instrumento de sua desventura.

Os bandidos estão ali, e logo um bate em sua porta, fazendo acordar os moradores. O primeiro a atender é o Pedro Serafim, e sem ter como reagir, o alagoano ficou totalmente dominado por dois cangaceiros, Limoeiro e Suspeita. Os outros dois, o Zé Fortaleza e Medalha tomaram de conta da casa, invadindo-a.

Despreocupadamente, ou possivelmente ainda não havia percebido o que ganhara naquele momento, Beijo continuava deitado sobre o banco. Medalha vai e por uma das pernas, o fez cair ao chão. Os facínoras não esperavam a reação do Beijo que era dono de muita força física, sem medo, o enfrentou, e o Medalha é dominado.

O cangaceiro Zé Fortaleza que acompanhava a luta do Beijo e do Medalha resolveu ajudar o seu companheiro. Vendo a faca do Beijo no chão, apanhou-a, e aproximou-se dos dois lutadores, e cortou os órgãos genitais do pobre Beijo. Feito esta castração, Beijo deu um enorme grito, e em seguida, ficou totalmente desacordado.

O pai, o Manoel Vitório continuou amarrado, e nada pode fazer em favor do filho. E acreditava que ele estava sendo judiado, sangrado pelas mãos dos perversos, mas sem nunca imaginar, que o filho tinha sido castrado. Desesperado, fez pedido aos que se diziam justiceiros:

- Pelo amor de Deus, num mate meu minino! Eli é um inocente! Num fez nada! Deixi meu minino viver!...

O companheiro de Beijo, o Pedro Serafim que estava na sua companhia, não sofreu nada, e o Beijo estirado ao chão como morto. O Manoel Vitório enlouquecido, urrando como uma rês. A dor que sentia o Manoel Vitório era maior do que a dor que sentia o seu filho.

O velho iria pagar pelo o não feito. Os cangaceiros acreditavam que ele havia espalhado o boato,  acoitados lá nas terras de Cassussu.

Zé Fortaleza estava escalado para eliminá-lo deste planeta, e sem nenhuma piedade, misericórdia ou outra coisa semelhante, com a mesma faca que castrara Beijo, desferiu 13 facadas, e um tiro no infeliz sertanejo das terras de Poço Redondo. Feito a vingança, a malta saiu da fazenda “Soledade”, e foi embora, feliz por ter justiçado um homem injustamente.

Pela manhã, a triste notícia tomou rumo a todos os lugares do sertão alagoano. Geminiano levou os amigos e transportaram o Beijo para cidade de Pão de Açúcar, para os devidos procedimentos médicos.

Infelizmente, Beijo ficou sexualmente inutilizado, mas tinha em casa, a Mila, uma senhora honrada, e que nunca desrespeitou o seu nome e nem manchou o nome do marido; cuidava dele com carinho e muito amor. Beijo e Mila só se separaram quando a morte os levou para seu mundo desconhecido.

Depois das perversidades feitas pelos os 4 cangaceiros, Zé Fortaleza, Limoeiro, Medalha e Suspeita não sabiam que o destino iria lhes cobrar o que fizeram com aqueles pobres inocentes. Ao chegarem ao município de Mata Grande, encontraram a morte juntamente com o civil Félix Alves.

Fonte de Pesquisas

Livro: "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico
Páginas: 205, 206, 207 e 208
Edição: 3ª.
Autor: Alcino Alves Costa - O Caipira de Poço Redondo

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LAMPIÃO MANDA EXECUTAR O CANGACEIRO VULCÃO - O DESERTOR

 Por No Rastro do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=6ZFjOgOOowc&t=727s&ab_channel=NoRastroDoCanga%C3%A7o

Lampião, o Rei do Cangaço, não admitia traição no Bando. Era implacável com delatores, covardes e traidores. O cangaceiro Baiano, de alcunha Vulcão, decidiu abandonar o Cangaço sem permissão de Virgulino Ferreira, e aí foi sua perdição. O chefe cangaceiro determinou que o desertor fosse cassado e exterminado sem dó nem piedade.
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O GIGANTE DE MOÇAMBIQUE!

Gabriel Estevão Monjane, o gigante de Manjacaze, media 2,45 metros de altura e era considerado o homem mais alto do mundo, fazendo parte do Livro de Recordes do Guinness.

O gigante de Moçambique, como era conhecido, veio pela primeira vez a Portugal em 1969, causando grande alvoroço e curiosidade: em circos, feiras ou eventos privados, Gabriel era exibido pelo país como coisa rara e insólita, tendo viajado por todo o mundo. Regressou a Moçambique após a independência. Por lá, as coisas não lhe correram de feição e rareavam os espectáculos. Casou-se e teve três filhos, vivendo do que lhe dava o restaurante que criara com o dinheiro (pouco) ganho com as exibições.

Voltou uma segunda vez a Portugal, em 1979, mas o infortúnio perseguia-o: no Coliseu de Lisboa deu uma queda ao tentar subir as escadas, o que lhe provocou danos graves numa perna e a necessidade de um implante que foi fazer na África do Sul.

Regressou pela última vez a Lisboa em Setembro de 1989, alvo da mesma curiosidade de sempre e vítima dos mesmos interesses que o faziam deslocar-se penosamente pelo mundo.

Uma nova queda, em Janeiro de 1990, no quintal da sua casa em Mandlakazi, a sua terra natal, foi-lhe fatal: fez um grave traumatismo craniano, do qual não recuperou, e morreu no Hospital de Maputo com apenas 45 anos."

https://www.facebook.com/guilherme.machado.75992484502

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O COLIBRI

Por José Mendes Pereira

Todas as tardinhas, eu me deslocava para o quintal da minha casinhola, na intenção de usufruir um pouco dos ventos que vinha do Norte, e posteriormente direcionava-se para o Sul. E lá, eu me aconchegava a uma touceira de babosa viçosa, que em anos longínquos, eu tinha plantado uma muda que adquiri no meu amado berço "BARRINHA", e com o passar dos anos, ela foi se expandindo, até que formou uma ramagem bastante esverdinhada e de forma arredondada.  

E todas as tardinhas, um colibri chegava e entre as folhas espessas da babosa, enfiava o bico fino e alongado nas flores em desenvolvimentos, e ficava sugando as gotículas fertilizantes. E em um pequeno espaço de tempo, ele se apoderava de um voo entre o pomar frutífero verdejante, em direção a um outro lugar. O colibri desaparecia, e minutos depois retornava, e com a sua lentidão, repetia tudo o que tinha feito antes. Eu ali, apenas acompanhava os pequenos movimentos das suas asas e corpo. O colibri tinha diversas cores, mas a que mais predominava, era a azul celeste.   

E com o passar dos dias, ele foi permitindo que eu me aproximasse cada vez mais dele. O colibri ficava como se estivesse paralisado, e apenas com uma tremura nas asas e no seu pequeno corpo, eu notava que ele estava em movimentos. 

https://br.freepik.com/fotos-premium/um-por-do-sol-acima-das-nuvens-com-o-sol-brilhando-por-entre-as-nuvens_46463957.htm

Mas quando ele percebia que no horizonte, um lençol amarelado formado por nuvens encarneiradas, dando sinal aos viventes do planeta, que o pai da natureza já estava se preparando para se deitar, o colibri tomava o último voo daquele dia, e desaparecia no gigantesco espaço do universo. Depois disso, só no dia seguinte, ele retornava para repetir tudo de novo, colhendo as novas gotículas fertilizantes que a natureza tinha autorizada a sua reprodução. 

Certo dia, eu me apoderei de uma maldade de humano devastador, e tentei capturá-lo, mas o colibri não permitiu a minha ignorância, e apossou-se de um voo, e foi-se embora para nunca mais voltar. Nunca mais o vi!                 

Será que o colibri já tinha completado o seu ciclo vital aqui na nossa amada terra, e foi recolhido pela natureza, paralisando os seus movimentos para sempre?

https://www.alamy.com/stock-photo/dead-hummingbird.html?sortBy=relevant

Será que o pobre e infeliz colibri confiou em um humano, aproximando-se do perverso, logo  foi alvejado pela sua  carabina caçadora, que em vez de proteger os animais, findou eliminando-o com o seu instinto maldito?

Ou será que o colibri descobriu que eu pertenço a uma espécie de animais que rouba, mente, devasta, difama, odeia, desfaz do seu próprio criador, explode, implode, mata os rios, polui os mares e a natureza, com as suas invenções malditas, extingue os pássaros e os animais, e faz cilada para matar o seu semelhante?   

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