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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Semana dedicada ao escritor Alcino Alves Costa

Por: Aderbal Nogueira


Amigos:

Ao longo do tempo conheci várias pessoas nessa andança em busca das histórias do cangaço.  Através de Paulo Gastão cheguei à figura de Alcino Alves, em 1997. Unanimidade não existe, mas Alcino se aproxima dela. Pessoa que cativa a todos que tiveram e tem o prazer de conhecê-lo.

Escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa

Nesse último 28 de julho de 2012 estivemos mais uma vez na grota de Angico para prestar homenagem às 12 pessoas que lá tombaram em combate. Nessa mesma ocasião fizemos uma visita a Alcino, que se encontrava adoentado, para prestar-lhe uma justa homenagem a tão brilhante serviço em prol da historiografia do seu sertão natal e, em especial, à história do cangaço.



Esse modesto clip é o reconhecimento a essa pessoa que muito me orgulhou de chamá-lo de AMIGO.


Aderbal Nogueira


Abraço a todos
Ivanildo Alves Silveira
Colecionador do cangaço
Membro da SBEC
Membro do Cariri Cangaço
Natal/Rn

http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?tid=5774736103937986748&cmm=624939&hl=pt-BR

...Ficar na Memória do Verdadeiro Nordestino

Por: Archimedes Marques
Archimedes Marques e Manoel Severo

Amigo Manoel Severo, dentre as muitas tristezas que tive no final de ano passado, em especial as perdas do nosso querido e inesquecível amigo Alcino Alves Costa em 01/11/2012 e da minha estimada mãezinha Maria Isabel Melo Marques em 18/12/2012, recebo agora com imensa alegria a noticia da efetiva realização do CARIRI CANGAÇO 2013, que absoluta certeza tenho, além de um evento grandioso, será dos melhores de todos os tempos. Assim, dentro desse contexto, o amigo pode contar com a nossa presença, além de contar também conosco para qualquer tipo de ajuda que for possível.

O sucesso do CARIRI CANGAÇO 2013 será também o sucesso dos seus organizadores e de todos os presentes, que aliás forma uma grande familia, uma familia composta de pessoas comprometidas com a verdade, com o resgate da verdadeira história do cangaço, esse tema tão empolgante quanto intrigante e misterioso que não pode e não deve se perder no tempo, muito pelo contrário, precisa mais e mais ficar na nossa memória, na memória do verdadeiro nordestino.

Saúde, Paz e Prosperidade!
Archimedes Marques
Aracaju-SE

http://cariricangaco.blogspot.com

O Paraíso dos Mossoroenses III - 02 de Fevereiro de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento

O mais antigo registro que existe sobre a Praia de Tibau data de dezembro de 1810 e foi feito pelo inglês Henry Koster no seu livro “Travels in Brazil”, que foi publicado em Londres em 1916. Esse livro foi traduzido para o português pelo historiador Luís da Câmara Cascudo em 1942, com o título “Viagens ao Nordeste do Brasil”. 
               
Henry Koster era um inglês nascido em Portugal que vivia, desde dezembro de 1809, em Pernambuco. Tuberculoso, fugiu do inverno europeu e veio a se instalar em Itamaracá, onde possuía um engenho. Lá ele era conhecido por Henrique da Costa. 
               
Em 1810 Koster realizou uma jornada fabulosa, de Recife a Fortaleza, ida e volta, a cavalo, varando o interior, olhando tudo e tudo registrando com clareza e verdade. É o primeiro e melhor depoimento sociológico e etnográfico da região. Diz Koster em seu registro: “A volta do meio dia, passamos perto de uma choupana onde residia o vaqueiro de uma fazenda e imediatamente deparamos o monte de areia, chamado Tibau, junto do qual se vê o mar”. E mais adiante: “Paramos para descansar ao meio dia numa pobre choça, erguida no alto da duna pelos moradores da fazenda e servindo para preparar o pescado. Tinham-na construído bem no cima, por estar completamente exposta ao vento. A descida para o mar era rápida, mas não perigosa, e a frouxidão do areial prevenia contra qualquer possibilidade do cavalo escorregar e rolar até em baixo”. 
               
Mas o que significa o vocábulo Tibau? Luís da Câmara Cascudo, na tradução do “Viagens ao Nordeste do Brasil” recorda Teodoro Sampaio, o autor do “Tupi da Geografia Nacional” TIBAU, TIPÃO – Entre duas águas. Em uma Acta Diurna, de maio de 1942, sobre “Praias do Rio Grande do Norte” o mestre Cascudo sugere que Tibau viria do TI-PAUM: “entre duas águas, entre dois rios”. Seria a localização do Tibau entre os rios Mossoró e Jaguaribe. 
               
O Dr. Carl Friedr. Phil. Von Martius no seu “Glossaria Linguarum Brasiliensium”. Erlangen, 1863, definiu Tibau:TIBÃO, TIBAU (RGN, Serra, Povoação) Itic, derribar, pabe tudo. Sylva tota caesa. 
               
TIBÃO Baixa mar, recessus maris TIM extremo, pabe todo. Aliis tupy extremo, opào acabou. Aliis tupy fundo, pabe de todo. Essa informação é do historiador Luís da Câmara Cascudo e foi registrada por José Lacerda Alves Felipe e Vingt-un Rosado Maia no livro “Tibau, Espaço e Tempo (Coleção Mossoroense, Série “C” – Volume 1215 – Março de 2002 – 3ª Edição – pag. 39). Para Cascudo, Martius se inspirou em Frei Onofre. O Dicionário Português Brasiliano é de 1795, na sua primeira edição, mas a edição completa, com a identificação do nome do autor, foi feita por Plínio Airosa, que publicou também o Dicionário Brasiliense Português. Para Frei Onofre, Tibau significa “baixa-mar”. 
               
O desenvolvimento de Tibau foi bastante lento. A região foi descoberta pelo navegador holandês Gideon Morris de Jorge em fevereiro de 1641. Após constatar a existência de salinas do Rio IWIPANIM (hoje, rio Mossoró) e maravilhado com a variedade de areias, observadas através de uma luneta, chamou pela cor que predominava: Morro Vermelho. Em 5 de julho de 1708 foi dado um importante passo para a exploração e povoação do território. Foi nesse dia que Gonçalo da Costa Faleiro recebeu das mãos do Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, Sebastião Nunes Colares, uma sesmaria compreendendo vasta extensão de terra a partir do Morro do Tibau. Com relação ao desenvolvimento da região, em 23 de dezembro de 1948, pela Lei número 146, o povoado chegou a condição de distrito. Mas a autonomia política só chegou muito tempo depois: exatamente no dia 21 de dezembro de 1995, pela Lei número 6.840, Tibau foi desmembrado de Grossos, tornando-se um novo município do Rio Grande do Norte. 
               
Hoje o município conta com uma população projetada de 4.000 habitantes, distribuídos numa área de 169 Km2. Mas no período de dezembro a fevereiro de cada ano, a cidade se enche de veranistas, principalmente de mossoroenses que elegeram Tibau como o seu paraíso.

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Autor:
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O estranho caso do Padre Longino - 03 de Fevereiro de 2013

Por Geraldo Maia do Nascimento


O Padre Longino foi o primeiro sacerdote mossoroense a celebrar missa na então Capela de Santa Luzia de Mossoró. Mas não foi esse fato que o tornou famoso na região, fazendo com que sua história fosse contada por gerações seguidas. Foi sua bravura, sua maneira diferente de ser. 
               
Francisco Longino Guilherme de Melo nasceu na Fazenda Cumurupim, no Arraial de Santa Luzia do Mossoró, sendo filho de um rico fazendeiro da Ribeira, o capitão Simão Balbino Guilherme de Melo.
               
No dia 2 de fevereiro de 1827 chega o mesmo a Mossoró, vindo de Olinda, onde se ordenara. Toda a população da Ribeira estava presente para assistir a primeira missa cantada pelo novo sacerdote, primeiro mossoroense a se ordenar. Os habitantes da Ribeira viam no novo sacerdote uma nova era de luz e prosperidade para Mossoró. Não sabiam eles como estavam longe da verdade.
               
Padre Longino mostrou bem cedo que não havia nascido para vestir batina e sim uma farda militar. Por causa de desentendimentos, passa a ter vários inimigos, principalmente João Ferreira Butrago, homem de má índole e assassino. Para se vingar do padre, forma um bando de marginais. O Padre Longino, por sua vez, mandou vir capangas do sertão, os quais reunidos a alguns de seus parentes, formaram também um outro grupo armado, pronto para enfrentar os inimigos. E Mossoró passa a assistir uma série de batalhas, uma verdadeira guerra entre os dois grupos. Diz a tradição que dentre os muitos encontros armados entre os dois grupos, salientaram-se dois que são considerados como os mais sangrentos, nos quais o grupo do padre tomara a defensiva, repelindo os Butragos com perdas de algumas vidas.
               
Várias emboscadas foram armadas para o padre pelos Butragos, sendo que o mesmo sempre conseguia escapar, graças a sua astúcia.
               
O comportamento guerreiro do padre fez com que a população o desprezasse e jamais assistisse um ato religioso celebrado por ele.
               
Em 1842 foi criada a Freguesia de Santa Luzia; em 1844 foi nomeado Vigário Colado desta Freguesia o Padre Antônio Joaquim Rodrigues.
               
Em 1845 o Padre Francisco Longino retira-se de Mossoró, indo morar por algum tempo pelo interior da Província do Ceará, internando-se mais tarde pelas Províncias do Piauí e Maranhão.
               
Com a saída do Padre Longino, os Butragos, que já não moravam mais no povoado, acalmaram-se também e a paz volta a reinar em Mossoró. E por muito tempo não se ouviu falar do padre bandoleiro. Até que em 1872, depois de vinte e sete anos de ausência, volta a Mossoró o Padre Longino, velho, cansado e quase cego. E pra sua surpresa, encontra uma grande quantidade de cavaleiros, que tomando conhecimento de sua vinda, vão esperá-lo na entrada da cidade, curiosos para conhecer o Padre Longino, personagem viva de tantas histórias de bravura. A curiosidade ambiente era tão grande que uma multidão se acotovelava para vê-lo. O Padre Antônio Joaquim o acolheu fraternalmente, com a piedade unânime da população. Embora muito mudado pelo tempo, o gênio era o mesmo. Quando lhe perguntaram: - Então o senhor cegou?... Longino respondeu, feroz: - É verdade. Ceguei. Ceguei de ver gente ruim...
               
Desde que deixara Mossoró, o Padre Longino tornara-se vigário de várias freguesias do Piauí, indo algumas vezes à cidade de São Luís do Maranhão, onde encontra-se com o Bispo da Diocese. E foi num desses lugares, no centro do Piauí, que travou conhecimento com uma tribo de índios e dedicou-se a catequiza-los. Conseguiu batizar toda a tribo, educando-os no trabalho agrícola.
               
Chegando em Mossoró, Padre Longino ainda encontra alguns dos seus inimigos vivos, entre os quais João Ferreira Butrago, que já contava com mais de noventa anos. Este, em conversa com o Padre Antônio Joaquim, teria dito que não procuraria ofender ao Padre Longino, porém, se tivesse oportunidade de o encontrar, levando uma arma de fogo, daria um tiro no mesmo. Quanto ao Padre Longino, morou por algum tempo em Mossoró, residindo na Rua da Palha, onde serviu como capelão e mais tarde, em Areia Branca. Adoecendo, volta a Mossoró em 1876, morrendo nesse mesmo ano já em idade muito avançada. Foi sepultado na capela do cemitério público.
            
\"Aos trinta de março de mil oitocentos e setenta e seis, sepultou-se na Capela do Cemitério de São Sebastião, filial a esta Matriz de Mossoró, o Reverendo Francisco Longino Guilherme de Melo, idade setenta e quatro anos, envolto em hábito preto e pelo Reverendo João Urbano de Oliveira encomendado. Do que mandei fazer este assento a assino. (a) Vigário Antônio Joaquim Rodrigues. 

            
Publicado no jornal \"O Mossoroense\" de 03/02/2013

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

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Visitação da expo no RIO

Por: By Liara
 

Oi Kydelmir, 
Meu abraço

Estou enviando esse e-mail do Bené, pois acho que lhe interessa. O Bené vai lançar no dia 24 desse mês, no MNBA  no Rio de Janeiro, o livro sobre Luiz Gonzaga. A visitação está com mil pessoas por dia.  E eu fico feliz, pois participo com 11 peças, e é um dos Museus mais importantes da América Latina. Depois ela segue para São Paulo

bj Liara

Continua no MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES a Exposição "O Imaginário do Rei" – Visões sobre o Universo de Luiz Gonzaga. Período: até  24 de fevereiro de 2013. No último dia o Curador BENÉ FONTELES lançará livro sobre o Rei do Baião. Endereço: Av. Rio Branco, 199 - Centro (Cinelândia) - Rio de Janeiro- RJ.

Liara,

A mostra está com 1.000 por dia lá no Rio. Fico esperando o dvd que muito me interessa. Dia 24 de fevereiro vai ser lançado no último dia da mostra de Gonzagão o nosso livro com palestra sobre poética Gonzaguena.

Abração do Bené.

Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço:

 Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Leitura: Cangaceiros de Lampião de A a Z.

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião

O presente trabalho Cangaceiros de Lampião de A a Z, do escritor e pesquisador Bismarck Martins de Oliveira, é uma obra excepcional. Apesar de não ser nada fácil catalogar todos os cangaceiros que seguiram Lampião e lutaram ao seu ou obdeceram suas ordens, durante seus mais de vinte anos que aterrorizou o nordeste, este livro possui muitas informações da vida desses homens nômandes que percorreram muitos dos estados nordestinos do Brasil.

O que me chamou atenção, foi haver alguns nomes de cangaceiros que eram natural do estado do Rio Grande do Norte. Pois muitas pessoas que conheço e até eu mesmo acreditavámos que o único cangaceiro que era natural do RN, foi na verdade Jesuino Brilhante (Patu-RN) e Massilon (Luiz Gomes-RN). O escritor Bismarck relata na página 4 que “o maior problema para que se faça uma catalogação dos sertanejos que enveredaram pelos caminhos do cangaço é, sem dúvida, a tática que usavam os chefes de cangaceiros – de substituírem as baixas nos grupos por outros recém-recrutados na região, que recebiam o mesmo nome daqueles a quem iriam substituir”. Concordo com o escritor. Realmente temos que tirá o chapéu para esses chefes de bandos de cangaceiros que foram excelentes estrategistas.

Fiz abaixo uma relação de nomes de cangaceiros que consta no livro serem natural do Rio Grande do Norte, porém não há informação do local de nascimento, há não ser o de Massilon.
Julio Porto pg 148; Juriti II pg 150; João Batista Soares; Latejo pg 156; Lucio Brilhante pg 163; Luis Brilhante pg 163; Massilon Massilon Leite de Oliveira – Benevides pg 188; Moderno Virgínio Fortunato da Silva pg 197; foi casado com uma irmã de Lampião; Pau Ferro – pg 223; Vicente Brilhante, pg 273.

Como vemos acima, alguns homens do RN entraram para o cangaço, e estiveram lado a lado com o rei do cangaço. Alguns participaram de ações juntamente com Lampião e logo depois o abandonou. Talvez só pra conseguir algum dinheiro para escapar da mazela da seca que devastava o nosso sertão, se vingar de algum coronel fazendeiro ou até mesmo da perseguição das volantes.

Caro escritor e pesquisador Bismarck Martins de Oliveira, seu livro “Lampião de A a Z” é de um valor histórico e bibliotecário excepcional. A história nordestina é extraordinária. Está recheada de fatos marcantes. Temos que agradecer a esses escritores e historiadores que, com muita dificuldade e perseverança, segue a trilha que esses cangaceiros percorreram a muitos anos atrás.

Parabéns pelo excelente livro, Neto – Natal-RN.

http://afnneto.blogspot.com.br