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segunda-feira, 11 de junho de 2012

2ª parte Lampião em Limoeiro

Por: Aderbal Nogueira

Nessa 2ª  parte da entrevista, consta também mais dois depoimentos resumidos que gravei com o irmão do Juiz e com uma outra senhora que presenciou a entrada de Lampião em Limoeiro.

Em breve deverei colocar outros depoimentos, pois quando estive em Limoeiro em 1996/97 gravei com várias outras pessoas.

Aderbal Nogueira

LAMPIÃO EM LIMOEIRO DO NORTE_parte 2

Enviado pelo cineasta e pesquisador do cangaço
Aderbal Nogueira

Escritora Luitgard realiza palestra em Paulo Afonso focando as comemorações da Semana Delmiro Gouveia

Por: João de Sousa Lima

A Escritora Luitgrad realizou palestra em Paulo Afonso, em comemoração a Semana Delmiro Gouveia.
Leiam a abaixo noticia sobre o evento vinculada no Jornal Folha Sertaneja On line, de Antonio Galdino:

Semana Delmiro Gouveia discute o desenvolvimento do sertão e homenageia Luiz Gonzaga

Antônio Galdino

A 15ª Semana Delmiro Gouveia começou em Paulo Afonso, nesse domingo, dia 3 de Junho, por uma iniciativa do Professor Edvaldo Nascimento, coordenador da programação organizada pela Fundação Delmiro Gouveia e continua na cidade de Delmiro Gouveia até o dia 05 Junho com intensa programação, com atividades que vão desde peças teatrais, exposições, ciclo de palestras, missa, exibição de filmes, visitas culturais e apresentações de Joquinha Gonzaga, Vicente Nery e Eliezer Setton.

A abertura da Semana começou com uma série de palestras realizadas no auditório da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, com o apoio do Professor Dorival Pereira, reeleito no dia 30 de Maio com 89% dos votos para um novo mandato na gestão da UNEB – Campus VIII  em Paulo Afonso, que traz forte ligação cultural com Delmiro Gouveia.

Ali, foi realizada uma mesa  redonda com o tema “Desenvolvimento do Sertão do São Francisco: Um Projeto Centenário”, com a presença de Professora Doutora Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros, o professor Doutor Moacir Palmeira, o mestre Dorival Pereira Oliveira (UNEB), o professor Doutor Edson Bezerra de Gouveia (UNEAL), o doutorando Clébio Correia de Araújo e o também Mestre Edvaldo Nascimento.

Nos dias 4 e 5 o evento continua em Delmiro Gouveia com vasta programação.  Para o professor e produtor cultural do evento, Edvaldo Nascimento, a Semana Delmiro Gouveia tem como objetivo principal resgatar a história do fundador da cidade, Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, bem como a cultura e a tradição atrelada ao lazer. “A Semana Delmiro Gouveia é um misto de história, tradição, cultura e lazer, onde a comunidade participa e insere-se no importante processo do resgate da vida do fundador da cidade”, frisou Edvaldo.

O evento conta com o apoio do Ministério do Turismo, Chesf, Governo do Estado de Alagoas, Universidade do Estado da Bahia, Universidade Federal de Alagoas, Prefeitura de Paulo Afonso, Sebrae, Fábrica da Pedra, Rádios Delmiro, IPHAN e Prefeitura de Delmiro Gouveia.

Joquinha Gonzaga, na Praça das Mangueiras, em Paulo Afonso

A presença de Joquinha Gonzaga, sobrinho do Rei do Baião, em Paulo Afonso foi uma parceria da Fundação Delmiro Gouveia com a Prefeitura de Paulo Afonso, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes,  parceria costurada pelo coordenador da Semana Delmiro Gouveia, Professor Edvaldo Nascimento que é também vereador  do município de Delmiro Gouveia e obteve apoio de vários outros órgãos para toda a programação.

A Praça das Mangueiras, no centro da cidade de Paulo Afonso, já se apresenta com a melhor opção para shows e atividades culturais como o Natal no Parque em todo o mês de Dezembro, organizado pela Prefeitura e o Quinta na Praça, organizado pela TV São Francisco durante todo um mês no primeiro trimestre de cada ano e outros shows como gravações de dvds e apresentações culturais ao longo do ano.

Neste espaço, Joquinha Gonzaga cantou os maiores sucessos do seu tio, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião que já esteve 9 vezes em Paulo Afonso, tem o seu nome ligado à Chesf que o homenageou com a Usina de Itaparica que leva o seu nome, Luiz Gonzaga e recebeu da Câmara o título de Cidadão de Paulo Afonso.

Joquinha Gonzaga apresentou-se para um público pequeno, que ficou na Praça até o fim da sua apresenção, cantado com ele as imorredoras músicas do Rei do Baião e outras de outros autores, também muito apreciadas por todos. Início de junho, um domingo, a concorrência da tradicional Festa da Rua D, foram desculpas meio esfarrapadas na tentativa de justificar o pequeno público que foi ali prestigiar Joquinha Gonzaga.

Quem esteve por ali, e foi chamado ao palco por Joquinha, foi um grande amigo de Gonzagão, o sanfoneiro já enraizado em Paulo Afonso, Elias Nogueira. Ele compartilhou com Joquinha de histórias vividas com o Rei do Baião com quem teve a oportunidade de tocar várias vezes, inclusive em grande show beneficente que Luiz Gonzaga realizou, a convite da Maçonaria e da Chesf, no então Estádio Ruberleno Oliveira, hoje Álvaro de Carvalho, quando foram arrecadadas 14 toneladas de alimentos, divididos com a população pobre de Paulo Afonso e Exu, cidade natal de Luiz Gonzaga.

Entre uma música e outra de um show com quase duas horas de duração, Joquinha contava, causos e histórias que ouviu de Gonzagão.

Joquinha, que está com a agenda com muitos compromissos até o fim do ano, sempre em homenagem ao tio Gonzagão, no ano do centenário do seu nascimento (13 e Dezembro), concedeu entrevista para o pesquisador João de Sousa Lima que está concluindo um livro e um DVD documentário, produzido conjuntamente com a Galcom Comunicações/Galvídeo, sobre Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. O livro e o documentário em DVD deverão estar sendo lançados até o final de Julho, em Paulo Afonso e na região.


O reencontro entre Luitgard e João de Sousa Lima desde o Festival de Cinema do Ceará em Fortaleza.


A Semana Delmiro Gouveia é sempre comemorada em parcerias com as cidades circunvizinhas. João representou a prefeitura de Paulo Afonso.


As boas vindas a Luitgard


A importância de se comemorar a Semana Delmiro Gouveia grande representante do crescimento nordestino.


Participantes das comemorações Semana Delmiro Gouveia.

 Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima

Lampião


Coitos de cangaceiros

De costas, um coiteiro recebendo dinheiro das mãos de Lampião, por ter prestado alguns serviços ao rei do cangaço

AUTOR DE LIVRO SOBRE O CANGAÇO DIZ QUE LAMPIÃO GOSTAVA DE BORDAR


Até o cangaceiro Lampião tinha o seu lado doce. Adorava desenhar, costurar e bordar os trajes que usava. A revelação está mo livro: Estrelas de Couro: A Estética do Cangaço. Um livro do historiado Frederico Pernambucano de Melo. Foram vários anos estudando os trajes dos guerreiros da caatinga.

- Quem olha a imagem de um cangaceiro não se confunde. A identificação é imediata, diz o autor.

fonte: Robson Pires

COMO MATAR BORBOLETAS (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

COMO MATAR BORBOLETAS

A que ponto o homem se desumaniza, se rebela contra si mesmo, se insurge contra as belezas da vida, se revolta contra os melhores sentimentos, e por tudo isso procura destruir a si mesmo e ao que encontra ao redor?

Aparentemente, não é coisa de gente normal sair por aí devastando canteiros, destruindo flores, matando borboletas e colibris. Só mesmo a insanidade para querer manchar a tela do entardecer, envenenar a nascente do rio de sua aldeia, erguer muros para impedir a passagem da brisa pela janela.

Seria um absurdo, mas tão verdadeiro como o espanto. Tem gente capaz de tudo, que só vive pensando negativamente, tramando destruições, agindo para que tudo dê errado na vida, torcendo para o pior acontecer.
E faz isto não só perante o mundo do outro como em desfavor do seu próprio mundo. Quem lentamente vai se autodestruindo, seja pelos vícios mundanos ou pela inatividade na preservação da saúde física e mental, certamente orgulha-se da destruição de tudo ao redor.


Tanto faz a vida como o viver. É daqueles que ajuda acumular o lixo nos bueiros e canais, destrói toda forma de vida que esteja no seu quintal ou ao seu alcance, sai por aí jogando bagulho nas ruas, riscando paredes, achando feio tudo que seja bonito.

Tanto faz como tanto fez que a floresta esteja sendo devastada, a natureza destruída, a poluição aumentando assustadoramente, os efeitos dos gases tóxicos se acumulando pelo ar e descendo destrutivamente perante as hortas, jardins e pomares.

O que seria então uma borboleta diante de tudo isso, diante do caos absorvido com gratidão e da satisfação com a má qualidade de vida sob todos os aspectos? O que seria de uma borboleta que inocentemente pousasse no ombro de gente assim, e bem no instante em que o mesmo estivesse de serra elétrica na mão para derrubar o flamboyant que ainda resta no canteiro?

                           
Ora, borboletas são quase nada. São apenas pequenos insetos da ordem dos Lepidópteros, cujas espécies são diurnas e ao pousarem geralmente suas asas ficam em posição perpendicular ao corpo; são insetos alados diurnos, que têm asas membranosas comumente coloridas e se desenvolvem a partir de uma lagarta.

Borboletas são quase nada. Ou são seres cuja metamorfose – pois geradas a partir de lagartas – simboliza a transformação, o renascimento e a imortalidade? Ou um mistério tão profundo abarcando um ser disforme e rastejante para se transformar numa inigualável beleza esvoaçante?

Borboletas não são nada. E nada porque não há nenhuma beleza ou magia no seu passo alado, no seu voo matinal, na sua viagem ao entardecer, no seu pouso e repouso sobre as flores e frutos, na sua amizade com a natureza e a vida. Não há nada ali, nada, absolutamente nada. O que significam cores querendo sorrir?


Nada. E nada porque talvez suas cores sejam insignificantes, seus tons contrastantes não produzam nenhum genial efeito, suas diversas espécies são apenas imaginação do olhar que não aceita qualquer beleza, muito menos inigualável beleza. Mas não há nada ali, apenas uma borboleta soltando versos encantados na manhã sonolenta...

Talvez as borboletas não existam, sejam apenas metáforas. E se acaso existentes será preciso matá-las, destruí-las, dizimá-las. Mas como fazer para matar borboletas, se igualmente às lagartas que lhe deram vida, não morram, apenas se transformem em outros seres alados que continuarão voando alegremente pelo jardim?

Só há uma maneira de matar borboletas, e de modo que elas não se transformem nem renasçam em outras espécies. E é muito fácil fazer isso. Feche sua janela, apague sua luz, apenas sinta a escuridão sem adormecer. Elas podem voltar no sonho.

E no dia seguinte não abra a porta. Não abra nunca mais. O que não aprecia a vida, não vive plenamente a vida, não merece viver. E só mais uma coisa: borboletas também passeiam por cima de túmulos.


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

A medida do ser (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa* 

A medida do ser


Ser tudo ou ser nada
contentamento em apenas ser
querer vereda ou estrada
ter outra e querer você

ser na medida exata
do merecimento em ter
nó górdio que se desata
precioso diamante em você

ter apenas o que mereço
humilde aldeão a se perder
buscando entregar o apreço
o que posso doar a você

ter tudo e muito mais
tesouro que veio aparecer
riqueza que não satisfaz
sem o que desejo em você

ter e ser
não tenho e nem sou
se tudo é você
e apenas estou
um ser sem ter
o amor que restou.


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com