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domingo, 7 de julho de 2019

NO XAXADO COM LAMPIÃO - A OCTOGENÁRIA ALZIRA MARQUES RECORDA OS BAILES ANIMADOS, ORGANIZADOS PELO REI DO CANGAÇO

Por Denize Guedes*

Publicado em 15 de julho de 2010 por Lampiaoaceso.blogspot.com

Noite de sábado para domingo, fim de setembro de 1936. Faltava só passar o pó no rosto, espalhar o perfume atrás da orelha e calçar as alpercatas. Cabelos negros e encaracolados na altura da cintura, dentro do seu melhor vestido, a menina de 12 anos, que, se os pais se descuidassem, trocava o estudo pela dança, estava pronta para o seu primeiro baile no alto sertão sergipano com o bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva o Lampião.


Não havia escolha, só mesmo confiar na bênção da tia de criação antes de sair de casa engolindo o medo.


“Eles mandavam apanhar a gente. Vinha aquela ordem e tinha de cumprir. Se não, causava prejuízo depois”, conta Alzira Marques, que completa 86 anos em agosto. Ela lembra detalhes das incontáveis festas cangaceiras a que foi em fazendas que já não existem mais e que deram lugar à planejada Canindé de São Francisco, com o início da construção da hidrelétrica do Xingó, em 1987. Canindé Velho, como a sertaneja chama o local onde nasceu, à beira do Velho Chico, foi demolida por conta da usina, hoje fonte de renda para a cidade – atrai quase 200 mil turistas por ano com o Cânion do Xingó.



O auge de Lampião em Sergipe vai de 1934 a 1938, quando o cangaceiro foi morto ao lado de Maria Bonita e outros nove do bando, em 28 de julho, na Grota do Angico, município de Poço Redondo. “Este é o estado onde ele encontrava mais proteção, aliando-se aos poderosos locais, como o coronel Hercílio Porfírio de Britto, que dominava Canindé como se fosse um feudo”, explica Jairo Luiz Oliveira, da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço. “São os chamados coiteiros (quem dava proteção ao cangaço), políticos de Lampião. Melhor ser seu amigo que inimigo.”


Foi nas terras de Porfírio de Britto que Alzira mais arrastou as sandálias. “Na primeira vez, encontrei Dulce, que foi criada comigo em Canindé Velho e tinha virado mulher do cangaceiro Criança. Eles também eram de muito respeito e nunca buliram com gente minha. Pronto, não tive mais medo”, relembra. Temporada de baile era fim de mês, quando as volantes da Bahia e Pernambuco – as polícias mais algozes no rastro de Lampião – voltavam a seus estados para receber o soldo. “Aí os cangaceiros viam o Sertão mais livre para fazer festa”, diz.


Dia de dança, Alzira tinha de sair e voltar à noite para não levantar a suspeita dos vizinhos. Às 22 horas, punha-se a andar 2 quilômetros até o local onde um coiteiro escondia os cavalos. Outras meninas iam junto. Montavam e seguiam morro acima por uns 15 minutos. “Quando a gente chegava, ia direto dançar o xaxado, forró, o que fosse, até 4 horas da manhã.” Mesmo caminho de volta, chegava com um agrado do rei do cangaço: uma nota de 20 mil réis. “Era tanto do dinheiro, mais de 300 reais na época de hoje. Dava tudo para minha tia.”

Apesar de festeiro não era sempre que o líder do bando dava o ar da graça. Quando ia, porém, não se fazia de rogado: no mato à luz de candeeiro, onde o arrasta-pé comia solto, brilhantina no cabelo, dançava com as moças do baile sem sair da linha. Média de 20 homens para 15 mulheres. “Ninguém era besta de mexer com a gente. Eles nos respeitavam demais. Lampião era o que mais recomendava: ‘Olha o respeito!’” Maria Bonita – que para Alzira “não era lá essa boniteza, Maria de Pancada era mais bonita” – não tinha ciúme.




O cangaceiro mais conhecido do Brasil gostava de cantar e levava jeito para compor. Quem não se embalou ao som de Olé, mulher rendeira / Olé, mulhé rendá? Ou de Acorda, Maria Bonita / Levanta, vai fazer o café? Alzira conta que era comum ele pedir ao sanfoneiro Né Pereira – outro intimado do povoado – para tocar essas canções, enquanto ele mesmo cantava. “Letra e música dele, além de ser um exímio tocador de sanfona”, confirma Oliveira.

Os bailes eram como banquetes. “Tinha comida e bebida de toda qualidade. Peixe, galinha, porco, carneiro, coalhada, bolo, cachaça limpa”, diz Alzira. Outro ponto que se notava era o aroma: os cangaceiros, que podiam passar até 20 dias sem tomar banho, gostavam de se perfumar. 


Coronel Audálio Tenório

O coronel Audálio Tenório, de Águas Belas (PE), chegou a dar caixas de Fleurs d’Amour, da marca francesa Roger & Gallet, para Lampião. “Era perfume do bom, mas misturado com suor. Subia um cheiro afetado. A gente dançava porque era bom”, afirma a senhora, que se entrosava mais com Santa Cruz e Cruzeiro.

Mais de 70 anos depois, Alzira ainda sonha com aquelas noites e sente falta da convivência com os amigos: muitas festas aconteciam em Feliz Deserto, fazenda que Manuel Marques, seu então futuro sogro, tomava conta. Não raro, o brilho da prata e do ouro das correntes, pulseiras e anéis dos cangaceiros visitam sua memória, assim como a imagem de Lampião lendo a Bíblia num canto da festa. “Ele era muito religioso.” No seu pé de ouvido fica o xa-xa-xá das sandálias contra o chão, som que deu nome ao xaxado, segundo Câmara Cascudo, ritmo tipicamente cangaceiro que não se dança em par.

Testemunha de um período importante da história do País, conta que nunca teve vontade de entrar para o cangaço nem considerava Lampião bandido: “Não era ladrão, ele pedia e pagava, fosse por uma criação, por um almoço. Agora, se bulissem com ele, matava mesmo”. Na cidade é conhecida como a Rainha do Xaxado. No último São João, que antecipou as comemorações do centenário de nascimento de Maria Bonita (8/3/1911), foi uma das homenageadas.

Balançando-se na rede na entrada de sua casa, satisfeita com os dez filhos, 40 netos e 37 bisnetos, Alzira aponta para um dos locais onde dançou com Lampião: uns 100 metros adiante, a Rádio Xingó FM. “Continua lugar de música.” Mas e Lampião, dançava bem? “Ah, ele dançava bom.”

(Foto: Cesar de Oliveira)

*A repórter viajou a convite do Ministério do Turismo e da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).
Publicado originalmente na coluna Brasilianas, edição nº 604 da essencial revista Carta Capital.
link para conteúdo online: CLIQUE AQUI


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99 ANOS DO NASCIMENTO DE RAIMUNDO SOARES DE BRITO


Nesta data, 23 de abril de 2019, o pesquisador, escritor e historiador Raimundo Soares de Brito, o nosso “Raibrito”, completaria 99 anos de idade.  E é sobre ele que falaremos hoje, pois Raibrito, além de ter sido  o guardião do mais completo acervo histórico da região do Oeste potiguar, foi ele próprio história viva, testemunha ocular de diversos acontecimentos que marcaram a nossa história. Jorge Guillen, escrevendo sobre Federico Garcia Lorca nas “Obras Completas” do grande poeta, disse que “perto de Lorca não fazia frio nem calor, fazia Federico”.  Digo o mesmo de Raibrito. Em sua residência, na rua Henry Coster, nº23, no Conjunto Walfredo Gurgel, onde ainda hoje é mantido o seu precioso acervo, perdíamos a noção do tempo. Às vezes chegávamos a ser inconvenientes, mas é que para os amantes da pesquisa, aquela casa era como um santuário, onde o discípulo buscava os ensinamentos do mestre. Nascido em Caraúbas/RN, no ano de 1920, chegou a Mossoró vinte anos mais tarde, onde permaneceu por quase toda a vida. Autodidata, costumava dizer que foi formado pela faculdade da vida. Seu interesse pela pesquisa começou quando, em seu treinamento para admissão como agente estatístico, em Natal, nos idos de 1041, foi levado a preencher dados sobre a história socioeconômica de Caraúbas, sua terra natal. O resultado dessas pesquisas foi “Caraúbas Centenária”, publicado em 1959 na revista comemorativa do Centenário da Paróquia de Caraúbas, pela Tipografia Centro de Imprensa S/A, de Natal/RN. Publicou, posteriormente, mais de cinquenta títulos pela Coleção Mossoroense. Mas não foi fácil fazer com que Raibrito publicasse os seus trabalhos. O professor Vingt-un Rosado, outro baluarte da cultura e editor da Coleção Mossoroense, contou essa história: “Um dia procurei-o. Sabia que ele estava escrevendo um livro sobre a história da região. Disse-lhe: Raimundo, tenho um saldozinho de uma verba da Sudene, quero publicar o seu primeiro livro. Você tem uma semana para me entregar os originais. Deu certo. ” Raimundo Soares de Brito foi Presidente da Academia Mossoroense de Letras, Membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, membro do Instituto Cultural do Oeste Potiguar, sócio fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, além de fazer parte de outras entidades culturais. Recebeu, no dia 24 de abril de 2006, o título de Cidadão Natalense, por iniciativa do vereador George Câmara. Afinal, as homenagens foram uma constante na vida de Raibrito. Em 1995 recebeu o título de “Doutor Honoris Causa”, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em 1997 ganhou o Diploma “Amigos da Cultura” e em 2002 o Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte entregou ao historiador a comenda “Alberto Maranhão”, numa homenagem pelos serviços prestados na catalogação incansável dos feitos que marcaram a cultura potiguar, em especial, a cultura mossoroense. “Todas as homenagens prestadas a Raimundo Soares de Brito foram mais do que justas e oportunas, por sua grandeza humilde e por seu abnegado trabalho”, declara o escritor Elder Heronildes da Silva. Raimundo Soares de Brito faleceu no dia 27 de novembro de 2012, na cidade do Natal, onde estava morando, aos 92 anos de idade. Foi grande o pesar da cidade pelo guardião da sua história. Que nossas orações possam iluminar sua alma, meu amigo, e que Deus Pai Todo Poderoso, o proteja. 


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UMA PIÇARRA DA "FAZENDA PIÇARRA" DE ANTÔNIO DA PIÇARRA.

Por Geraldo Júnior

Uma pequena, mas importante lembrança, que recebi de presente do amigo Jose Francisco Gomes De Lima Francisco. Uma pequena pedra oriunda da Fazenda Piçarra, localizada no município de Porteiras no estado do Ceará, que no passado pertenceu ao senhor Antônio da Piçarra, notório coiteiro de Lampião em terras cearences.

Foi nos limites dessa fazenda que no dia 27 de março de 1928 o bando de Lampião foi atacado pela Força Volante comandada por Arlindo Rocha com o apoio do Nazareno Manoel Neto e do Tenente Eurico Rocha (Cearense). Durante o ataque o cangaceiro Sabino das Abóboras foi atingido, tendo que ser removido do local com a ajuda de outros cangaceiros.

Devido a gravidade do ferimento e na iminência da morte, Sabino pede para que Lampião o execute, para facilitar a fuga do bando e poupando-o assim das fortes dores que sentia.

"Se você é meu amigo, acabe com meu sofrimento..." (Sabino)

Lampião a princípio recusa o pedido do amigo moribundo, mas devido ao sofrimento e a insistência de Sabino, acaba por ceder a sua vontade.

Os cangaceiros presentes se recusam a eliminar o companheiro de armas, até que finalmente o cangaceiro Mergulhão I (Antônio Juvenal da Silva), se prontifica para a missão.

Sabino das Abóboras pede alguns minutos para rezar e fazer a recomendação de sua alma e em seguida com o rosto coberto com um pano, recebe o tiro de misericórdia, tiro que calou para sempre um dos homens mais valentes e perigosos a trilhar nas veredas cangaceiras em todos os tempos.

Por ter sido responsabilizado pela morte de Sabino das Abóboras e por ter levado, ainda que involuntariamente, a polícia até o local onde os cangaceiros estavam acoitados na ocasião, Antônio da Piçarra passou a ser um dos alvos da vingança de Lampião e durante algum tempo o cangaceiro Moreno (Antônio Ignácio da Silva), escalado por Lampião para a missão, "arrodeou" a Fazenda Piçarra na tentativa de eliminá-lo, mas por razões desconhecidas não chegou a concretizar a vingança.

Nas quebradas do sertão.

Geraldo Antônio De Souza Júnior


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OS CASCAVÉIS E SEUS RIFLES

*Rangel Alves da Costa

Um sertão sombreado de pavor e medo. Cheiro de sangue, de ódios, de embrutecimentos. Os bichos da mata correm ante a presença de outros bichos, mas estes humanos, ou talvez. Seres desumanos, perversos, cruéis, a crueldade agindo em forma de gente.
E que mundo é este, onde as cruzes pontuam por todo lugar, onde os troncos de paus estão marcados de balas, onde os tufos de mato ainda cheiram a podridões. Carnicentos, desalmados, frios assassinos, matadores vorazes. Por todo lugar eles estavam. Ou ainda estão.
Os ecos dos gritos ainda ecoam. Dizem ouvir os estampidos, os açoites das balas e os baques sangrando o chão. Homens na valia de nada. Seres humanos tocaiados, emboscados, alcançados na traição, e derrubados como coisa qualquer. E os bichos ainda sedentos de sangue, ainda querendo mais.
A mata fervilha. Em meio aos carrascais sertanejos, os bichos parecem conhecer aquelas botinas que lentamente cortam seu chão. Os bichos, talvez amedrontados, abrem passagem à outra fera: o matador.
Jagunço, assassino de paga, pistoleiro de mando, voraz matador, desalmado capanga, pistoleiro feroz, bandoleiro a sangue frio, a bestialidade em pessoa. Ou, para muitos, o pior dos cascavéis sertanejos: aquele que faz tocaia ou emboscada e faz do rifle sua arma de fim de tudo.
Os bichos tinham razão em temer a passagem do desalmado. Boa coisa ele não ia fazer. Caminhando assim por dentro do mato, como que rastejando sua presa, já de rifle à mão, certamente logo daria o bote certeiro. Mas contra quem daquela vez?
Qualquer um poderia ser vítima daquela sanha assassina. No mundo sertanejo, qualquer inimigo ou desafeto do patrão, do coronel ou do mandante, poderia ser derrubado pela cuspida certeira daquele desalmado cascavel.
Cascavel por que uma das peçonhentas mais temidas das caatingas, dos tufos de matos e das distâncias de mataria. Ao invés de balançar o chocalho do rabo antes do ataque feroz, aquele cascavel mirava sua vítima, ajeitava o cano da arma, firmava sua mão no gatilho, e lançava seu bote.
A cada bote dado um ser desvalido. A cada bote cuspido do rifle, da arma de língua de fogo, era como se não houvesse mais salvação para nada. Muitas vezes, bastava um tiro, um disparo apenas, e o baleado já caia estrebuchando. E em meio a uma poça de sangue, a espera somente das aves carnicentas.


Um mundo de cascavéis perigosos era aqueles sertões. Cascavéis empunhando armas tão poderosas quanto as iras lançadas pelos senhores do poder. Cascavéis a serviço do mal, da maldade, do cruel comprazimento em ceifar vidas pelas estradas, pelos escondidos, nas curvas dos caminhos, nas passagens costumeiras.
Cascáveis cuspindo fogo e abrasados até os dentes. Uma gente tão desumana que sequer queria saber a motivação daquele que iria morrer por meio de seu bote certeiro. Apenas tocaiar, apenas emboscar, apenas matar e pronto. O trabalho estava feito. A paga? Um vintém de nada.
Vintém de nada por que muitos dos jagunços, capangas e matadores, já viviam escravizados nas mãos de seus poderosos patrões ou coronéis sertanejos. Cometiam crimes, buscavam proteção nas varandas dos latifúndios, e então se tornavam como que objetos de mando. Bastava haver uma disputa ou desavença entre poderosos, ou mesmo entre um poderoso e um zé-ninguém, para que os cascavéis fossem chamados ao bote.
Na maioria das vezes, bater à porta do coronel e pedir abrigo e proteção era sentenciar seu destino. Dali não sairia mais de jeito nenhum. Passava a guardar segredos que jamais poderia revelar, e bastava pensar em sair para ser cuspido de fogo por outros cascavéis.
Uma escravização da morte, pois daí em diante serviriam apenas para apertar gatilhos, para cuspir fogo e cortar orelhas ou dedos como provas do serviço feito. Não havia outra sina: matar, matar e matar. Na tocaia, no escondido do mato, poderiam esperar horas ou dias, mas só retornavam depois da cuspida de fogo.
Jagunços, assassinos e cascavéis. Tudo numa só maldade. O homem bicho, o homem peçonhento, o homem sanguinário, o homem carregando consigo o veneno letal. Todo o veneno no rifle. Na ponta da arma aquele olhar traiçoeiro de cascavel, no cano da arma os dentes afiados da peçonhenta. E bastava o bote.
Assim a vida nos carrascais sertanejos, num chão manchado de sangue e envenenado por homens desalmados. Quando as peçonhentas furtivas se ajeitam entre os tufos à espera de vítima, ali a certeza de mais uma morte de tocaia que logo acontecerá. Ali o matador ajeitando a mira, o cascavel preparando o seu bote.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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A MORTE DE SABONETE 2 | O CANGAÇO NA LITERATURA #184

ps://www.youtube.com/watch?v=tjwJRH_goVY

O Cangaço na Literatura
Publicado a 16/07/2018

Dia 31 de março de 1937, na fazenda Capitão, em Geremoabo, uma volante sediada em Queimadas, comandada pelo cabo João Virgilio de Souza, juntara-se a civis e policiais, que partiram de Paripiranga, comandados pelo soldado Pedro Alves da Silva, no rastro de cangaceiros que a rondavam. Afinal, travaram contato com um grupo comandado por José Sereno e Balão, formado, provavelmente, por Bom-de-veras, Cajazeira, Canário, Colchete, Creança, Cuidado, Marinheiro, Mergulhão, Moreno, Pancada, Ponto Fino, Sabonete, Santa Cruz, acompanhados de Sila e Enedina.1 2 Após um fogo de horas, caído era um cangaceiro chamado Sabonete, cuja cabeça foi exposta, em Paripiranga. A ação despertou entusiasmo e o cabo foi promovido a 3° sargento. Foto de Maranduba https://www.youtube.com/watch?v=aTml0...

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ZÉ SERENO - DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO (PARTE II)

Cangaçologia
Publicado a 15/10/2015

Um fantástico e surpreendente depoimento, onde Zé Sereno, um ex cangaceiro do bando de Lampião, fala sobre sua vida durante o período em que integrou as hostes cangaceiras e como ele e sua companheira Sila, escaparam da morte naquela manhã de 28 de Julho de 1938 em Angico, quando a Força Volante Alagoana deu cabo de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Detalhes impressionantes que farão vocês repensarem sobre os momentos finais da vida do Rei do Cangaço.

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ZÉ SERENO - DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO (PARTE I)


Publicado a 19/07/2015

Um fantástico e surpreendente depoimento, onde Zé Sereno, um ex cangaceiro do bando de Lampião, fala sobre sua vida durante o período em que integrou as hostes cangaceiras e como ele e sua companheira Sila, escaparam da morte naquela manhã de 28 de Julho de 1938 em Angico, quando a Força Volante Alagoana deu cabo de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Detalhes impressionantes que farão vocês repensarem sobre os momentos finais da vida do Rei do Cangaço.

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ROBERTO CARLOS EM MOSSORÓ


Relembrando Mossoró
Foto de 1964 no Cine Teatro Pax em Mossoró

O maior ídolo da música brasileira de todos os tempos Roberto Carlos esteve em Mossoró, em 1974, com este visual e figurino, em apresentação no Estádio Leonardo Nogueira, quando lançava seu disco do ano anterior, que traz dentre outros sucessos: O Homem, A Cigana, Rotina,etc. 

Com este instrumento ele acompanhava a canção "A Cigana". ..."na distância vi seu vulto, desaparecer, nunca mais seu rosto eu pude ver..." Curiosidades: 

O Rei foi hóspede do Esperança Pálace Hotel*** Roberto chegou ao Nogueirão no Opala de José Maria Brasil (do Lions Club).

Antonio Pereira de Melo - Coronel Pereira

Antes do show, o Coroné Pereira fez a locução. Uma banda local (não recordo qual) tocou no gramado enquanto Roberto não subia ao palco. 

Em início de carreira, dez anos antes, (1964) Roberto Carlos havia se apresentado no Cine Teatro Pax. (Foto: produção do show RC).


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PINTURA A ÓLEO DO CANGACEIRO "JURITI"



Seu nome de batismo era "Manoel Pereira de Azevedo"

Lampião queria colocar-lhe o apelido de "maçarico", porém, o próprio Manoel escolheu ser, a partir dali, conhecido nas hastes do cangaço como "Juriti".

Juriti tem um histórico perverso. Gostava de maltratar e era bastante cruel. Após torturar suas vítimas, as sangrava sem compaixão alguma.


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PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO 10 ANOS

Por Manoel Severo
PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO
10 AN0S
Quarta-Feira 
Dia 24 de Julho de 2019 

18h – Solenidade de Abertura 
Salão Nobre da URCA
Universidade Regional do Cariri - Crato,Ceará

 Mestre de Cerimônia
ROSSI MAGNE
Propriá-SE

18h20min – Formação da Mesa de Autoridades e Hino Nacional
Prefeitura Municipal de Crato
JOSÉ AÍLTON BRASIL
Instituto Cariri do Brasil
MANOEL SEVERO BARBOSA
URCA - Universidade Regional do Cariri
FRANCISCO LIMA JUNIOR
SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
BENEDITO VASCONCELOS
Conselho Alcino Alves Costa
ELANE MARQUES
ICC - Instituto Cultural do Cariri
HEITOR FEITOSA MACEDO
GECC-Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará
ÂNGELO OSMIRO BARRETO
GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço
NARCISO DIAS
Academia Lavrense de Letras
CRISTINA COUTO
IHGP - Instituto Histórico e Geográfico do Pajeú
AUGUSTO MARTINS

Entrada do Estandarte do Cariri Cangaço
CÉLIA MARIA E QUIRINO SILVA
João Pessoa-PB

18h40min – Apresentação do Cariri Cangaço
Por Conselheiro
JOÃO DE SOUSA LIMA
Paulo Afonso-BA
O
18h50min - Fala das Autoridades

19h15min - Posse de Novos Conselheiros Cariri Cangaço
MANOEL SEVERO BARBOSA
Cariri Cangaço

19h20min - Entrega de Diplomas a Instituições
URCA-Universidade Regional do Cariri
ICC-Instituto Cultural do Cariri
Associação de Cordelistas do Crato
Museu de Luiz Gonzaga – Pedro Lucas Feitosa
Por Conselheiros e Pesquisadores 
HONÓRIO DE MEDEIROS
Natal-RN
VALDIR NOGUEIRA
São José de Belmonte-PE
WESCLEY RODRIGUES
Sousa-PB
RODRIGO HONORATO
Exu-PE

20h - Palavras das Instituições Homenageadas
Representados pelo Escritor
HEITOR FEITOSA MACEDO

19h40min - Comendas de Mérito do Conselho Alcino Alves Costa 
NAPOLEÃO TAVARES NEVES
Por Conselheiro 
LEANDRO CARDOSO FERNANDES
Teresina-PI

19h45min - Comendas do Mérito Cultural a Personalidades
HUBERTO CABRAL
ESPEDITO SELEIRO
ANTONIO VICELMO
FRANCISCO JOSÉ BRITO

Por Conselheiros 
ADERBAL NOGUEIRA
Fortaleza-CE
ANTONIO VILELA
Garanhuns-PE
RANGEL ALVES DA COSTA
Poço Redondo-CE
JORGE REMÍGIO
Custódia-PE

20h - Palavras dos Homenageados
Representados pelo Jornalista
FRANCISCO JOSÉ BRITO

20h -  Comenda ao Coronel João Bezerra da Silva
"in memoriam"
"Personalidade Eterna do Sertão"
PAULO BRITTO
Por Conselheiros
IVANILDO SILVEIRA 
PROFESSOR PEREIRA

20h10min -  Comenda ao Pesquisador Paulo Medeiros Gastão
"in memoriam"
"Personalidade Eterna do Sertão"
MARIA DAS GRAÇAS E PATRICIA GASTÃO
Por Conselheiros
MANOEL SEVERO e JULIANA PEREIRA
Cordelistas
ROSÁRIO LUSTOSA E NEZITE ALENCAR

20h15min – Lançamento da Revista Itaytera
Edição Especial 10 Anos do Cariri Cangaço
EMERSON MONTEIRO
Crato-CE

20h30min – Lançamento da Revista da Academia Lavrense de Letras 
Edição 10 Anos 
JOÃO TAVARES CALIXTO JUNIOR
Juazeiro do Norte-CE

21h - Entrega da Medalha Fideralina Augusto Lima 
Academia Lavrense de Letras a Personalidades
MADRE FEITOSA
OTONITE CORTEZ
DIVANI CABRAL
Por Acadêmicos
CRISTINA COUTO
EMERSON MONTEIRO
JORGE EMICLES
QUINTA-FEIRA
Dia 25 de Julho de 2019
8h - Saída para Visita Técnica
Missão Velha-CE

8h45min - Jamacaru 
Casa  do Coronel Liberato Manuel da Cruz
Descerramento de Placa da Rota Turística Cariri Cangaço

 10h30min – Câmara Municipal de Missão Velha
Missão Velha-CE

10h35min - Lançamento da Música "Cariri Cangaço"
CECÍLIA DO ACORDEON
Redenção-CE

10h40min – Formação da Mesa e Hino Nacional

10h50min – 
Fala das Autoridades
Prefeitura Municipal
DIEGO GONDIM FEITOSA
Instituto Cariri do Brasil
MANOEL SEVERO BARBOSA
Conselho Alcino Alves Costa
JOÃO BOSCO ANDRÉ
11h30min - Homenagens às Personalidades
PREFEITO DIEGO GONDIM FEITOSA
DR WASHINGTON FECHINE
CHARLES CRUZ
Por Pesquisadores
LÍVIO FERRAZ
Fortaleza-CE
MANOEL BELARMINO
Poço Redondo-SE
NOÁDIA COSTA
Teresina-PI

"Quinco Vasques - O Bravo Caririense" 
LUIZ AÉLIO VASQUES e HERNESTO VASQUES 
Por Conselheiro
LUIZ RUBEN
Paulo Afonso-BA

  "Cel. Liberato Manuel da Cruz"
GERALDA FURTADO
Por Conselheiro
ARCHIMEDES MARQUES
Aracaju-SE

12h -  Almoço em Missão Velha
13h45min - Visita a Casa de Isaías Arruda
Entrega de Comenda ao Cel. Isaias Arruda
"in memoriam"
DONA ORLANDINA ARRUDA
Por Conselheiro e Pesquisador
HONÓRIO DE MEDEIROS
Natal-RN
JOÃO TAVARES CALIXTO JUNIOR
Juazeiro do Norte-CE

14h30min - Visita à Fazenda Padre Cícero
Entrega de Comenda a Sinhô Dantas
"in memoriam"
JOSÉ IVO DANTAS FILHO
Por Conselheiros
JUNIOR ALMEIDA
Capoeiras-PE
EDVALDO FEITOSA
Água Branca-AL

"O Início da Querela entre os Paulinos e os Arruda"
JOÃO TAVARES CALIXTO JUNIOR
Juazeiro do Norte-CE

15h30min - Visita à Fundição Linard
Entrega de Comenda a Antônio Linard
"in memoriam"
MARATON LINARD
Por Conselheiro e Pesquisador
GERALDO FERRAZ
Recife-PE
GETÚLIO BEZERRA
Brasília-DF
"O Torno de Lampião"
AMÉLIA LINARD 
16h - Engenho Santa Tereza

(Berço dos Terésios)
Dr. CICERO LANDIM CRUZ

16h30min - Visita à Carnaúba dos Vasques
LUIZ AÉLIO VASQUES e HERNESTO VASQUES 
FAMÍLIA VASQUES

NOITE

19h30min - Auditório do Hotel Lagoa Lazer

Lançamento e Aprovação da Ata de Criação
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E ARTES DO CANGAÇO 
ARCHIMEDES MARQUES
Aracaju-SE

"Lampião em Paulo Afonso" e
"Lampião e os Coronéis Baianos"
JOÃO DE SOUSA LIMA
Paulo Afonso-BA

Conferência e Debate
"O Tiro que Matou Lampião"
IVANILDO SILVEIRA
Natal-RN
LEANDRO CARDOSO FERNANDES
Teresina-PI
ADERBAL NOGUEIRA
Fortaleza-CE
SABINO BASSETTI
Salto-SP

SEXTA-FEIRA
Dia 26 de Julho de 2019

8h - Saída para Visita Técnica à Lavras da Mangabeira

9h40min – Fazenda São Domingos
Lavras da Mangabeira-CE

"Passagem de Lampião por Lavras da Mangabeira, em 1927"
JOÃO TAVARES CALIXTO JUNIOR
Juazeiro do Norte
VICENTE FERRIER TOMAS FERRER
RAIMUNDINHO AUGUSTO
Lavras da Mangabeira
11h45min - Almoço Fazenda Pau Amarelo
Lavras da Mangabeira-CE
GUSTAVO AUGUSTO LIMA BISNETO

Homenagem ao Vaqueiro das Caatingas
QUIRINO SILVA E CÉLIA MARIA
João Pessoa-PB

"Coronel Gustavo Augusto Lima"
JORGE EMICLES PINHEIRO
Crato-CE

14h30min - Câmara Municipal de Lavras da Mangabeira
14h35min - Palavras de Boas Vinda
CRISTINA COUTO
Academia Lavrense de Letras

14h45min - Entrega da Comenda do Mérito Cultural
DEPUTADO HEITOR FERRER
Fortaleza-CE 
ALEMBERG QUINDINS
Casa Grande Nova Olinda-CE
Por Conselheiros 
EMMANUEL ARRUDA
João Pessoa-PB
MANOEL SERAFIM
Floresta-PE

15h10min - Lançamento e Debate

"Lampião e o Nascimento de Maria Bonita"
VOLDI RIBEIRO
Paulo Afonso-BA

"Lampião e Sua Falsa Patente de Capitão"
DANIEL WALKER
Juazeiro do Norte-CE

17h - Visita à Casa de Dona Fideralina Augusto Lima
Lavras da Mangabeira-CE

Comenda à Matriarca Fideralina Augusto Lima
"Personalidade Eterna do Sertão" 
ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS
HEITOR FERRER
Por Conselheiros e Pesquisadores
CRISTINA COUTO
Lavras da Mangabeira-CE
FÁTIMA LEMOS
Lavras da Mangabeira-CE

SÁBADO
Dia 27 de Julho de 2019

7h30min - Saída para Visita Técnica à Brejo Santo

8h30min - Recepção dos Pesquisadores. 
Local: CineTeatro Professor Júlio Macêdo Costa
Brejo Santo-CE 

8h50min - Formação da Mesa 

9h - Saudações do "Menino do Cordel e do Baião"
PEDRO POPOFF
Bauru-SP

9h15min - Fala das Autoridades
 Secretária de Cultura de Brejo Santo 
MIRAN BASÍLIO
Instituto Cariri do Brasil
MANOEL SEVERO BARBOSA
Câmara Municipal de Brejo Santo 
CARMEM MARTINS 
Prefeita Municipal de Brejo Santo
TERESA LANDIM 

9h40min - Diplomas a Personalidades
DR. MIRAN BASÍLIO
DEPUTADO GUILHERME LANDIM
PREFEITA TERESA LANDIM
Por Conselheiros:
SOUSA NETO
Barro-CE
MÚCIO PROCÓPIO
Natal-RN
CELSINHO RODRIGUES
Piranhas-AL

9h50min - Diplomas 
"Personagens da História do Sertão"
ANTONIO DA PIÇARRA
Ivanilda Teixeira Ferreira e Wilton Santana Filho
CHICO CHICOTE
Djalma Inácio de Lucena
ANTONIO MORENO
Neli Conceição e Familiares
ARLINDO ROCHA
Arlindo Rocha Filho
FAMÍLIA DO MAJOR ZÉ INÁCIO
Maria do Socorro Martins Cardoso 

Por Conselheiros e Pesquisadores
SOUSA NETO
Barro-CE
LOURO TELES
Calumbi-PE
HERTON CABRAL
Fortaleza-CE
BETINHO NUMERIANO
Floresta-PE
10h30min - Visita Técnica à Nascença, antigo Sítio Nascença,
Local assaltado pelo então Virgulino. 

12h - Almoço - Local:Projeto ABC 
Lançamento do Cordel
"José Inácio do Barro-O Coiteiro Cangaceiro"
Baseado no livro José Inácio do Barro de Sousa Neto
PAULO DE TARSO
O Poeta de Tauá

13:30 - Visita Técnica: Gruta de João Calangro. 

14h -  Visita ao Tumulo Major Firmino
 Filho do Major Zé Inácio do Barro -  Vila Cachoeirinha.         

17h - Retorno a Juazeiro do Norte

NOITE

19h30min - Auditório do Hotel Lagoa Lazer

"Dom Quixote como Arquétipo da Saga dos Beatos e Cangaceiros" 
DAMATA COSTA
Natal-RN
DOMINGO
Dia 28 de Julho de 2019
9h - Congratulações de Encerramento

Realização
INSTITUTO CARIRI DO BRASIL
Co-realização
ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS
O
Apoio
PREFEITURA MUNICIPAL DE MISSÃO VELHA
PREFEITURA MUNICIPAL DE BREJO SANTO
URCA-UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI
SBEC- SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO
GECC - GRUPO DE ESTUDOS DO CANGAÇO DO CEARÁ
GPEC-GRUPO PARAIBANO DE ESTUDOS DO CANGAÇO
ICC - INSTITUTO CULTURAL DO CARIRI
IHGP - INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PAJEÚ

Mídia e Redes Sociais
LAMPIÃO ACESO
GRUPO LAMPIÃO CANGAÇO E NORDESTE
GRUPO OFICIO DAS ESPINGARDAS
COMUNIDADE O CANGAÇO
GRUPO HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO
O CANGAÇO NA LITERATURA
GRUPO SERTÃO NORDESTINO
ODISSÉIA DO CANGAÇO


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