Por José Mendes Pereira
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Por Antônio Corrêa Sobrinho
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Aos valorosos amigos do Facebook, ADERBAL NOGUEIRA e RAIMUNDO GOMES, cearenses dos quatro costados, um pouco do jornalista e poeta alencarino, FRANCISCO DE PAULA NEI, em crônica de Zozimo Lima, de 1972.
O BOÊMIO PAULA NEI
Por Zozimo Lima
Muito se tem escrito sobre notáveis brasileiros que se impuseram à admiração pública como escritores e artistas plásticos. Entre eles era sobremodo conhecido e idolatrado pelo povo o grande boêmio, tribuno formidável, o cearense Paulo Nei.
Fora ao Rio estudar medicina mas aos poucos fora faltando às aulas para ingressar no grupo de Coelho e Neto, Pardal Malet, José do Patrocínio, Guimarães Passos e outras notabilidades literárias que procuravam guarida na coluna dos jornais.
Fugia de aparecer na imprensa com seu nome, tornando-se apenas repórter dos mais disputados pelas redações e pelos grêmios onde se projetavam rapazes de cultura como Bilac e José Veríssimo. O tribuno e jornalista Zé do Pato era o seu ídolo.
Ao sair dos trabalhos das redações caía nas farras tumultuosas, nas quais tomavam parte sedutoras mulheres de vida fácil. Quando se tratou de fundar a Academia Brasileira de Letras, cujos idealizadores foram Medeiros e Albuquerque e Lúcio de Mendonça, riscaram da lista o nome de Paula Nei, dizem que por insistência de Machado de Assis, que não suportava as fulgurações do talento tribunício do fogoso cearense.
Quando “papai” Basílio de Morais, em 1906, deflorou oito órfãos do “Recolhimento Santa Rita”, do qual era diretor, foram seus terríveis acusadores, no Júri presidido pelo Dr. Ataulfo Nápoles de Paiva, os advogados Lima Drumond, Duque Estrada e Paula Nei.
O promotor Bulhões Pedreira atacou violentamente o réu “papai” Basílio. A imprensa ficou ao lado das vítimas da sensualidade de Basílio de Morais. Fez-lhe a defesa seu filho, já rábula brilhante, depois bacharel, Evaristo de Morais.
Casou-se Paula Nei, cansado da vida de boêmio, com a senhora Julia, que trazia três filhos menores, viúva de Júlio Cesar de Freitas Coutinho. Foi esposa admirável de Paula Nei, que abandonara o foyer das casas de espetáculos, o Pascoal, o Ravolt, a Colombo, o Café Papagaio... Vivia exclusivamente, já enfermo, para a família. Chorou dolorosamente a morte de seu filho de três anos de idade. Teve outros depois.
Certa feita levou a esposa, muito bela, atraente, de rico vestido verde, ao espetáculo. Um galanteador começou a olhá-la fixamente. Paula Nei dirigiu-se ao sujeito e declarou com violência: - “Olhe, meu amigo, esta senhora está vestida de verde... Mas não confunda! Ela não é capim”. Era muito ciumento.
A 24 de novembro de 1917 falecia Paula Ney, pobríssimo, deixando, entre outros, este belíssimo soneto sobre FORTALEZA, sua terra mui querida:
Ao longe, em brancas praias embaladas,
pelas ondas azuis dos verdes mares,
a Fortaleza, a loira desposada
do sol, dormita à sombra dos palmares.
Loira do sol e branca de luares,
como uma hóstia de luz cristalizada.
entre verbenas e jardins pousada
na brancura de místicos altares.
Lá canta em cada ramo um passarinho,
há pipilos de amor em cada ninho,
na solidão dos verdes matagais...
É minha terra! a terra de Iracema,
o decantado e esplêndido poema
de alegria e beleza universais!
Gazeta de Sergipe – 23.09.1972
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*Rangel Alves da Costa
Depois disso, depois que a juventude vai despertando o ser com outro pensamento e ideias, os caminhos passam a ser escolhidos com mais vagar e os passos dados sem muita pressa de chagar. Compreende-se a vida como um estranho livro.
Quando a idade avança, e vai avançando cada vez mais, aqueles caminhos passados, aqueles passos dados, tudo é retomado pelo pensamento, pela memória, pela nostalgia. E sabe que daí em diante pouco irá caminhar, e sequer em busca de sonhos tão desejados e jamais alcançados.
Tudo se torna difícil demais. As estradas são apenas os passos, as realizações são aquelas rotineiras e de pouco fazer. Olhar que se lança saudoso aos horizontes, coração que ainda sente pulsar desejos antigos. Mas tudo apenas alento para afastar as angústias da solidão.
Solidão que chega como companhia inafastável. Na velhice há uma solidão que, mesmo não estando sozinha, a pessoas se sente como distanciada de tudo, como se não puder mais ter ao lado as coisas tão cativantes.
E depois vem a soleira da porta como horizonte de vida. Foi assim que aconteceu com um conhecido e acontece com muita gente.
Na soleira da porta, ele via tudo passando. Os ódios, os rancores, as falsidades. Tudo passava e ele continuava feliz...
Na soleira da porta, bem em cima do batente e ladeando a portada, ele via as folhas secas esvoaçando em fúria. Entristecia, mas pensava na próxima estação e continuava feliz.
Na soleira da parta, logo ao amanhecer, ele viu o menino do pirulito passar e comprou uma porção só pra lhe causar contentamento. O menino estava triste, mas o seu novo sorriso também lhe trouxe felicidade.
Mas houve um tempo em que ele ia muito além da soleira da porta. Cortava estrada, seguia distante, chegava perto do céu no seu cavalo alazão. Retornava no suor na luta, mas sempre feliz pelo seu ofício.
Dono do mundo. Avô, pai, tudo. Cheio de força e disposição, não sentia cansaço nem quando o ofício do dia parecia querer testar suas forças. Vencia espinhos, pontas de pedras, tocos de pau, e sem jamais perder o encorajamento em busca da felicidade.
Olhos acostumados a avistar o conhecido e o espantoso. Mãos que se alongavam como se quisesse alcançar o sol e a lua. Uma sabedoria de mundo, tudo aprendido no livro da luta, que nenhum mestre de academia jamais saberia igual.
E hoje, ou já desde algum tempo, apenas ali na soleira da porta. E da soleira da porta avistando o mundo que era seu e que não é mais. Não entristece, não lacrimeja, não se atormenta por dentro. Tudo conseguiu, e por isso é feliz.
Tudo conseguiu, mas o que conseguiu? Sobreviver em meio a tanta dificuldade, ter o pão de cada dia em meio a tanta panela vazia e prato sem pão, ter a honradez de olhar para o passado e dizer que foi honesto em cada passo que deu.
Mas hoje está na soleira da porta. Noutros idos, costumava sentar num tamborete pela calçada ou mais adiante na malhada, em cima de um tronco de pau deitado. Conversava com os bichos, com o passarinho, com a pedra grande, com o vento açoitando.
Não reclamava de não poder cortar estrada e tomar poeira no meio do mundo. Não entristecia poder não poder mais se achar o dono do mato, das catingueiras floridas e das pedras molhadas do riachinho. Tudo tem seu tempo, dizia.
Contentava-se com o seu mundo na soleira da porta. Até podia andejar pelos arredores, colocar cadeira debaixo do sombreado da jaqueira, conversar lá fora com o calango e passarinho.
Era ali que gostava de ficar matutando as coisas da vida. De vez em quando conversando sozinho (porque achava bom fazer assim), sentenciava: Pensando bem... A gente vale tão pouco aos outros, que num instante a gente não vale mais nada!
Pensando bem... A idade da gente devia ser repartida. Quem não soubesse viver a fatia dada, mais adiante essa fatia seria perdida até retornar ao tempo perdido, com a obrigação de aprender a viver.
Contudo, um mistério há nessa história toda. Ele sempre está ali na soleira da porta, entre o vão de fora e o vão de dentro, por um motivo angustiante e pesaroso demais. Dali daquele local deu adeus à velha companheira quando ela partiu para a eternidade.
E depois disso, feito menino teimoso, ali, ali na soleira da porta, fica a esperar que um dia ela volte. E crê que a morte é ressuscitada em nome do amor. E acredita que quando o amor é profundo demais nenhum adeus será de última despedida.
Assim, na soleira da porta também está o amor.
O combate da Serra Grande foi um dos maiores fogos entre policiais e cangaceiros da história do cangaço e uma das maiores estratégias de combate armada por Lampião. O número exato de participantes nunca foi totalmente contabilizado, fala-se em torno de 60 cangaceiros e 400 soldados. Vídeo: Benjamim Botto Imagens ilustrativas, porém reais da época do cangaço.
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Por Robério Santos
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Por Manoel Severo
Sem sombras de dúvidas uma das mais significativas e ao mesmo tempo polêmicas personalidades de nosso nordeste e porque não dizer do Brasil, foi o santo padre do Juazeiro do Norte, o cearense do século. O Cícero Romão Batista nascido no Crato, ordenado em Fortaleza e que realizando sua Missão sacerdotal no antigo "Tabuleiro Grande" viria a se tornar a figura mais estudada do clero brasileiro, com mais de cinco centenas de publicações a seu respeito, despertando amor e ódio entre todos aqueles que entraram em contato com sua controversa historia e legado.
Para debater os 150 Anos de sua Ordenação Sacerdotal, Manoel Severo Barbosa recebe os renomados pesquisadores da vida e da obra de Cicero Romão Batista; José Carlos Santos, Fatima Pinho e Renato Dantas, além da presença preciosa do Reitor da Basilica de Nossa Senhora das Dores, padre Cicero José, ou seja: IMPERDIVEL, Amanha, sexta-feira dia 27, as 20 horas em nosso Canal do YouTube. Ate lá !!!
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Material do acervo do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antônio
Excerto do depoimento de José Mutti de Almeida, em sua publicação "Reminiscências de um ex-comandante de volante.", publicada em brochura, pelo mesmo, em 1982, em Alagoinhas, Bahia.
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Por Aderbal Nogueira
Numa guerra o fator surpresa é uma tática de guerra usada quase sempre com sucesso, prova disso é Lampião ter tido 20 anos de reinado. Isso não é covardia, é esperteza. Quem baixa a guarda perde.
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Por Antônio Corrêa Sobrinho
Procuro em vão o LAMPIÃO
que não se vê nos livros,
nos jornais, nas revistas,
nos cordéis,
nas páginas literárias,
no palco do teatro,
na tela do cinema…
Procuro em vão o Lampião,
nos seus 7300 dias de cangaço,
quando não estava em tiroteios,
nem a cometer crimes.
Procuro em vão
o desconhecido e oculto LAMPIÃO.
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