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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

SILA A CANGACEIRA

Por Fernando Kidelmar Dantas de OLiveira 

 Grande Mendes, cumprindo meu compromisso.

 Um pequeno encontro e uma grande impressão

Ao encontrar a cangaceira Sila no lançamento de seu livro intitulado "Sila: Memórias de Guerra e Paz, 1995 em Caruaru-PE, me deparei com dois fatos interessantes, primeiro o próprio encontro, afinal estava em contato direto com uma guerreira que conviveu diretamente com Maria Bonita e Lampião e, segundo com seu relato, pois este ficou em minha memória de maneira inquietante. 



Sila relatava com muita, mais muita mesmo admiração sobre seu convívio com os dois "cangaceiros chefes" aos quais tratava de "minha comadre e meu compadre, Maria Bonita e Lampião, respectivamente. Porém ao ser interpelada a falar sobre estes, Sila falava com sublime respeito que era de uma altivez que chamava atenção e, deixava claro o quanto tinha sofrido naqueles tempos idos, mas também o quanto tinha de registros memoráveis sobre seus compadres. As palavras respeito e admiração são pequenas para o quanto Sila tinha de bons registros de Maria Bonita e Lampião.

Saudações Paraibanas,
Prof. Kidelmar Dantas
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente


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MUNDO VOLÚVEL E VOLÁTIL

(*) Rinaldo Barros

A conversa de hoje segue o rumo das inquietações e perplexidade em relação à irrealidade do nosso mundo contemporâneo. Ando angustiado porque tenho um entendimento de que, neste Milênio, não estamos atravessando apenas mais um momento de turbulência.

Estamos dentro do viveiro das incertezas, no olho do furacão. Sem bússola.
            
Uma perplexidade que, espero, não seja somente minha, mas de todos os que ainda almejam construir a cidadania e vivem as dificuldades para manter a dignidade e colocar em prática os valores civilizatórios.
            
Estou cada vez mais convicto de que a sociedade, acuada pela insegurança física e moral, desaba diante dos olhos de um Estado cada vez mais fraco, da impunidade que beira à anomia (pode ir ao dicionário), e de práticas indecentes por parte dos dirigentes e governantes, disseminadas por todos os segmentos sociais.
            
Lamento informar, mas estamos num mundo volúvel e volátil pautado pelos caprichos do capital financeiro, sem pátria, sem regras e sem lei que o regule. Um mundo que gira como uma roleta, como uma banca de apostas onde o único valor é o lucro fácil, alimentado pelo consumismo exacerbado, sem qualquer compromisso com o desenvolvimento das sociedades.
            Recentemente, encontrei respaldo para minhas suspeitas no sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro “Tiempos Líquidos”, Tusquets editores, México, 2008. Bauman ajuda a entender melhor esse nosso tempo sem raízes, sem memória, através um conjunto de análises que ajudam a elucidar esses descaminhos.
            
Aprendi que a modernidade resultou na fragmentação do que antes era sólido.
            
Bauman aponta cinco pontos representativos dessa mudança de curso, sem precedentes na História.

1)      Desmantelamento das organizações sociais - a velocidade das alterações ocorridas nas organizações sociais fez com que estas não mais consigam manter seu formato e se dissolvem rapidamente. O controle social se desmancha gradativamente, em marcha acelerada.

2)      Fragmentação do Estado moderno - o poder antes era circunscrito ao Estado de cada nação. Hoje, o poder é globalizado e se afasta na direção de um espaço global, planetária; mas - contraditoriamente - o poder local continua sendo exercido em cada lugar, de forma fragmentada, pulverizada, desarticulada. O Estado nacional tende a se tornar impotente frente às grandes questões sociais e econômicas.

3)      O mercado, o consumismo, substitui as relações sociais - a comunidade, como forma de se referir à totalidade da população que habita um território soberano, perde substância e significado. Os laços inter-humanos se tornam cada vez mais frágeis e descartáveis porque são regulados pelas leis do deus-mercado. A exposição e submissão das pessoas aos caprichos do mercado de força de trabalho, de mercadorias e de serviços inspiram e promovem a divisão do trabalho, a competição e o individualismo; em detrimento da colaboração, da cooperação e do trabalho em equipe.

4)      Colapso do pensamento - estão cada vez mais relegados a segundo plano o pensamento formulador, o planejamento e as ações de longo prazo, do que resulta o enfraquecimento das estruturas sociais; e coloca em risco a construção do desenvolvimento sustentável. Dessa forma, a vida fica fragmentada, sem continuidade histórica. O conhecimento do passado não assegura a probabilidade de vitórias futuras. Na correria cotidiana, não há tempo para reflexões ou novas construções teóricas; não se planeja e não se tem noção para onde estamos caminhando.

5)      Desequilíbrios da economia global - metade do comércio mundial e mais da metade do investimento global beneficiam apenas 22 países, os quais acomodam apenas 14 por cento da população mundial. Noventa por cento da riqueza total do planeta estão nas mãos de apenas (01) hum por cento de seus habitantes. E não há qualquer instrumento ou mecanismo à vista capaz de deter essa maré global de polarização entre o poder e a riqueza, de um lado, e a crescente miséria material e espiritual, na ponta dos famélicos esquecidos; e manipulados por alguns sabidos.

Até porque, diferentemente do que acreditei um dia -  miséria não gera consciência.

Pelo andar da carruagem, as consequências desta globalização são e serão desastrosas, pois o que se vê é a concentração de riquezas e de poder, ao lado da expansão do desemprego, da miséria, da exclusão social, da intolerância, e da violência urbana, com drogas e criminalidade crescentes.

Ingenuamente, talvez, como queria Agostinho (354 a 430 d.C), só me resta continuar a lutar com a Esperança, ao lado de suas duas filhas lindas, a Indignação e a Coragem; ainda uma vez mais, com a única arma que possuo - a palavra - gritando para (tentar) contribuir com a construção de um mundo melhor.

(*) Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

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ENQUANTO OS CANGACEIROS REPOUSAM - HOJE É DIA DE SÃO SEBASTIÃO


São Sebastião (França256 d.C. – 286 d.C.) originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).

São Sebastião, por Marco Palmezzano.


Ele teria chegado a Roma através de caravanas de migração lenta pelas costas do mar mediterrâneo, que na época era muito abundante de causa do mar mediterrâneo e o sahara e os dias não tão quente por causa da latitude em torno de 40°. De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado noexército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado a 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.[3] [4.

Sandro Botticelli 054.jpg
Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: o édito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.

O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.

São Sebastião na Umbanda[editar | editar código-fonte]

Nas tradições de afro-brasileiras, o Orixá Oxossi na Umbanda é sincretizado como São Sebastião. Oxossi é o grande Orixá das florestas e das relações entre o reino animal e vegetal. Grande caçador, comumente é representado nas florestas caçando com seu arco e flecha.

São Sebastião no folclore, na literatura, no cinema, na música e nas artes[editar | editar código-fonte]

Recompensa de São Sebastião -Eliseu Visconti - 1898 - Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro

São Sebastião foi o ícone de várias expressões artísticas. Foi tema de pintores da Renascença. Na literatura, São Sebastião teve sua trajetória contada no livro "Perseguidores e Mártires", do escritor italiano Tito Casini. Ainda na literatura, foi um dos personagens centrais do romance "Fabíola" (também intitulado "A Igreja das Catacumbas"), escrito em 1854 pelo CardealNicholas Wiseman.

Em 1911, Debussy produziu um misto de cantata, drama lírico e de balé, "Le Martyrre de Saint Sébastien". A obra de Wiseman foi filmado por Alessandro Blasetti em 1949 na França, estrelando Michèle Morgan, e com o ator italiano Massimo Girotti no papel de São Sebastião. Foi refilmado por Nunzio Malasomma em 1961, na Itália, como "La Rivolta degli Schiavi("A Revolta dos Escravos ), protagonizado pela estrela estadunidense Rhonda Fleming, com o romano Ettore Manni como o santo mártir.

O pintor brasileiro Eliseu Visconti teve sua tela "Recompensa de São Sebastião" premiada com a medalha de ouro na Exposição Universal de Saint Louis, realizada em 1904 nos Estados Unidos.

Festejos em homenagem a São Sebastião[editar | editar código-fonte]

Escultura de São Sebastião datada de 1992 na Catedral São Sebastião, no município brasileiro de Coronel FabricianoMinas Gerais.
 
Igreja Matriz de São Sebastião,EncantoRio Grande do Norte.
 
Igreja São Sebastião. PainsSanta Maria / RS.
Santuário Diocesano de São Sebastião, Porto FerreiraSão Paulo.

No Brasil, ele é celebrado com festas e feriados no dia 20 de janeiro como padroeiro de várias cidades:

AlagoasJoaquim GomesMessias, Rio Largo, Barra de Santo Antônio ,Belém, Ibateguara e Monteirópolis

Bahia: São Sebastião do Passé, Seabra e Vale do Capão (município de Palmeiras) onde é Padroeiro, BrumadoCaturama, Ibiassucê, AlcobaçaCaravelasIlhéusItambéTrancosoIgaporã, Cumuruxatiba, BarreirasMaraúMascote, Barra do Rocha, Pau a Pique (município de Casa Nova), Una. Festa do Bumba Meu Boi (América Dourada).

CearáApuiarés, Cuncas (Barro), ChoróIpaumirimIpu, Mangabeira (Lavras da Mangabeira), Maranguape, Icapuí (Manibú), Monsenhor TabosaMulunguNova Olinda, José de Alencar (Iguatu), Lima Campos (Icó), Fazenda Facão, Distrito de Belém (Quixeramobim), Pedra Branca, Candeia São Sebastião (Baturité), Laranjeiras (Banabuiú), Campanário (Uruoca), Dom Quintino (Crato), Sítio Areias (Abaiara), Itapipoca (segundo padroeiro), Aquiraz (segundo padroeiro).

MaranhãoAçailândiaBacuriPresidente DutraPassagem FrancaMatinhaCarutaperaCodó, Ribamar Fiquene(Sumaúma), Vargem Grande, Capinzal do Norte, Nazaré do Bruno (Caxias).
Rio de JaneiroRio de JaneiroBarra MansaTrês RiosAperibéAraruama, Nilópolis, Mesquita e Macabuzinho( 2º distrito de Conceição de Macabu).


Em Portugal, há comemorações semelhantes em Santa Maria da Feira, na conhecida Festa das Fogaceiras, a maior festa do concelho, a cargo da Câmara Municipal. Comemora-se ainda, em várias localidades do concelho de Mirandela, entre outras, no Bairro de S. Sebastião (no segundo Domingo de Setembro), em Cabanelas (no dia 20 de Janeiro), em Vale de Prados (no terceiro Domingo de Janeiro), em Vila Boa de Quires, bem como no concelho de Santarém, em Amiais de Baixo, onde se celebram todos os anos as Festas em honra de Mártir São Sebastião. Também em Rio Tinto se festeja este Mártir na Capela que lhe é dedicada, no dia 20 de Janeiro e fim de semana seguinte (com procissão nesse domingo). É Santo Padroeiro de Vale de Juncal, do mesmo concelho, cujas festividades seculares ocorriam no primeiro Domingo de Fevereiro de cada ano. É ainda Padroeiro da Aldeia do Peral, onde existe uma Igreja que lhe é dedicada e a festa em sua honra realiza-se no dia 20 de Janeiro de cada Ano. Também na aldeia de Pisões, freguesia de Pataias, concelho de Alcobaça, Portugal, existe uma capela em sua honra em cujo adro se fazem as festas, por finais de Maio.

Padroeiro da Freguesia de Granja de Penedono, sendo as festividades comemoradas no primeiro fim de semana a seguir ao dia 20 de Janeiro.

https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o

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FIGURA MOSSOROENSE

Por Licomarcos Faustino

Alzinete Faustino de Oliveira é filha do ferroviário Adauto Faustino. Ela nasceu numa família de músicos, sendo que seu irmão tocava violão e o outro tocava e cantava, mas depois com muita timidez ela começou a cantar também. Depois seu pai contratou um professor de violão para ela, pois queria ver sua filha executando o instrumento, mas esse sonho foi interrompido, quando ela tinha apenas dez anos de idade, pois seu genitor havia falecido. 

RégiaeMarcelo Silva aí está Alzinete e o irmão Aderson ao seu lado, bem novinhos...

Na década de 60 aproveitou o embalo da Jovem Guarda, onde tocava e cantava Roberto Carlos, seu cantor preferido. Mais tarde, ingressou no grupo Os Bárbaros, onde passou muito tempo encantando as noites mossoroense, posteriormente montou seu próprio conjunto o “Anderson Musical”, onde estreou como vocalista no dia 10 de maio de 1977, numa matinê no Clube ACEU. Depois conheceu o promotor de eventos, Dorian Sérgio de Medeiros, seu futuro marido, com quem casou e engravidou de sua filha Daniele, sendo que foi obrigada a deixar o conjunto. Quase não aguentou essa separação, pois a música estava em seu sangue. Depois por muito tempo passou a fazer jingles publicitários e políticos. Um belo dia, o seu cunhado Raimundo Putin passou a fazer música ao vivo no “Cândidu’s Restaurante” e convidou Alzinete para cantar nos finais de semana, onde passaram três anos consecutivos.

Dr. Leonardo Nogueira

No ano de 2001, certo dia recebeu em sua residência a visita do Dr. Leonardo Nogueira e alguns componentes, na qual a convidou para fazer parte do Conjunto “Os Tremendões”, o convite foi aceito, onde permanece até os dias atuais, na função de vocalista.

Fonte: facebook
Página: Lindomarcos Faustino

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A CABEÇA DE CORISCO

Texto: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Em 25 de maio de 1940, Corisco e sua companheira Dadá foram surpreendidos e cercados pela Volante comandada pelo Tenente Zé Rufino na Fazenda Pacheco em Barra do Mendes/BA. Durante o confronto Corisco foi alvejado mortalmente e Dadá teve sua perna direita atingida por um tiro de fuzil, tendo que ser amputada posteriormente.

Era o fim do último grande cangaceiro.

O corpo de Corisco foi levado para a cidade de Djalma Dutra (Atual Miguel Calmon/BA) onde foi enterrado e após 12 dias seu corpo foi exumado e sua cabeça e braço direito foram retirados e conduzidos para Salvador/BA, onde permaneceram durante aproximadamente três décadas expostos a visitação pública no Museu do Instituto Dr. Nina Rodrigues.

Devido o corpo de Corisco ter permanecido enterrado por vários dias e em condições favoráveis ocorreu com a cabeça um fenômeno denominado SAPONIFICAÇÃO que transforma as substâncias gordas da matéria em uma espécie de sabão em tonalidade amarelo-escuro ocasionado pelo estágio de putrefação do cadáver, causando uma aparência flácida.

No fotograma abaixo podemos ver a cabeça mumificada de Corisco quando se encontrava no Museu do Instituto Dr. Nina Rodrigues em Salvador/BA.

Fotograma: Documentário “MEMÓRIAS DO CANGAÇO” de Paulo Gil Soares.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço

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