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domingo, 24 de dezembro de 2017

NAPOLEÃO E A ILHA DE SANTA HELENA

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.806

Lembrando-me da minha mãe, Helena Braga, veio à vontade de chegar até a Ilha de Santa Helena. E essa vontade veio desde os tempos de estudante, quando vimos na História à prisão de Napoleão Bonaparte. Vencido e acusado de ser o perturbador do mundo, o imperador e general francês foi preso e conduzido à ilha de Santa Helena. A ilha acha-se localizada no Atlântico Sul a cerca de 2000 km da costa africana. Possui uma área de 17 km de comprimento por 10 km de largura e pertence aos britânicos. É formada de montanhas rochosas de origens vulcânicas, não existe praia e é muito difícil uma fuga. Faz parte a ilha de Ascensão e um arquipélago chamado Tristão da Cunha. Atualmente sua população gira em torno de quatro mil pessoas que falam o inglês possui governo autônomo, constituição própria e tem como capital Jamestown. 

CASA DO EXÍLIO DE NAPOLEÃO. Foto: (Guia Geográfico).
Ali Napoleão foi confinado durante os últimos seis anos da sua vida, desde 15 de outubro de 1815. Ficou em uma casa de fazenda britânica, onde morreu em 1821. A história diz que o homem faleceu vítima de um câncer de estômago, porém, ainda existe suspeita de envenenamento lento causado por arsênio.
Vagando pelo mundo geográfico, vimos que a ilha que usa a moeda: “libra de Santa Helena”, a primeira vista parece feia com suas rochas escuras. Devido aos seus ventos perigosos, nenhuma companhia aérea teve condições de realizar voos para lá. Os movimentos são feitos através de transportes marítimos, mas em 2016, foi construído ali um aeroporto que custou uma fortuna. Ao ser concluído, recebeu imediata crítica de que era “o aeroporto mais inútil do mundo”. Somente um avião brasileiro da EMBRAER, o E190, consegue pousar com segurança naquele aeroporto. Devido à história de Napoleão, os britânicos querem desenvolver o turismo em Santa Helena.
Nem sempre nomes famosos despertam nossos desejos de visitantes, mas também a fotografia, o relato, o vídeo... No caso da ilha de Santa Helena, perdi inteiramente a vontade de conhecê-la em mar e rocha.
Deixemos Napoleão em paz.


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NINGUÉM VEIO ME VISITAR

*Rangel Alves da Costa

Não nego que gosto de solidão. A solidão é minha amiga, é minha confidente, é minha namorada. A solidão me completa. Mas não em todos os instantes da vida.
Faço da solidão um mundo que pode ser ajustado através do pensamento. Trago o que quero, busco o que desejo, transformo o que me for conveniente. Pinto paisagens e faço surgir retratos emoldurados daquilo que desejo.
Contudo, a solidão é mundo de instante. Até por que, forçosamente, a porte se abre para outras realidades. Então nos apartamos da solidão até a ele retornar num instante propício a vivenciá-la.
Outros instantes existem em que passamos a sentir falta de determinadas pessoas, de pessoas que nos chegam como bons encontros. Encontros e reencontros se tornam em instantes agradáveis e que sempre somam afetos aos sentimentos.
Por isso mesmo que de vez em quando também sinto falta de pessoas amigas. Gosto quando pessoas de minha estima entram pela porta trazendo sorrisos e boas palavras. É sempre bom conversar com quem a gente gosta.
Em períodos natalinos passados, por exemplo, alguns amigos chegavam para abraços de felicitações. Alguns poucos, apenas, mas suficiente para não me sentir tão esquecido num período tão nostálgico e melancólico como o de final de ano.
Este ano, contudo, até agora não recebi uma visita sequer. Hoje já é dia 24, data em que geralmente se comemora, sempre antecipadamente, a natividade maior, e até o presente momento permaneço esquecido pelos amigos.


Não sei se sinto falta ou estranheza. Também nenhum telefonema nem mensagem virtual. Nada. Que eu saiba, não deixei de ter amigos ou deles me afastei sem querer. Será que as transformações da vida estão transformando também as amizades?
Não sei. Não sei. Não mudei de endereço nem viajei até o presente momento. Não havia desaparecido para que soubessem que não me encontrariam. Não mandei nenhuma mensagem dizendo que evitassem me procurar.
Mas alguém haverá de indagar: Por que não vai até eles? Porque eles sempre estão aqui quando desejam e necessitam e possuem condução própria, o que muito facilita a locomoção. Já eu tenho de ir de taxi a qualquer lugar mais afastado do centro.
O que mais estranhei, contudo, foi a ausência total, plena, absoluta. Ninguém, absolutamente ninguém, veio me visitar. E neste domingo certamente ninguém mais aparecerá. Viajam, preferem estar ao lado da família, vão fazer compras de última hora.
Lembro-me agora daquela velha senhora que sempre esperava suas fiéis amigas para o chá das cinco. Somente ela restando em vida, ainda assim todo entardecer sentava ao redor de uma mesinha e mandava servir chá com bolinhos de chuva.
O tempo passava, a noite chegava e ela ali sentada, relembrando e relembrando, de olhos molhados e coração apertado. A solidão, apenas. Depois ali mesmo adormeceu para o sempre, deixando em cima da mesinha um singelo escrito:

O jardim e as flores já não existem mais
colibris e borboletas voaram para bem longe
talvez em busca de outros doces perfumes
e em mim a solidão que aflora em outono triste
uma estação que a tudo seca e tudo devora
e que agora me chama para também voar
e voando parto nas asas da solidão a esvoaçar.

E assim também noutras vidas, cuja solidão natalina é como um desfolhado outono. E só chega a ventania. E ninguém mais.

Escritor
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GENTE POR FORÇA DE DEUS

*Rangel Alves da Costa

Neste período que antecede o Natal, a data maior da natividade cristã, e onde grande parte das pessoas distorce seu significado para vivenciá-la como festividade comum, será preciso refletir sobre alguns outros importantes aspectos.
Como dito, grande número de pessoas se entregam aos festins, às compras, às comemorações, aos congraçamentos. Outra parte se esforça para preparar a ceia e ofertar à família ao menos um instante de comunhão. Alguns se humanizam mais, lembram que existem pessoas que necessitam ser visitadas, ajudadas, acolhidas. Outros, ainda que com vontade de ter ao menos o mínimo para festejar seu Natal, simplesmente encontram a tristeza e o sofrimento pelo pouco ou quase nada ter.
Na verdade, ainda que nem todos queiram reconhecer, não só no período natalino e no dia maior, muitas pessoas convivem com tamanha pobreza e carência sequer do mínimo à sobrevivência que a noção de sofrimento já se arraigou como raiz de uma desvalia sem fim. Nestas, ter apenas um frango ou um pedaço de carne como ceia, certamente que seria verdadeira dádiva na existência.
Que não se enganem: pessoas existem apenas pela feição humana, sem muito além disso, pois de sobrevivência tão difícil que somente adentrando sua porta para sentir a feição aterradora de um nada ter. Panelas vazias, fogo apagado, pratos guardados, crianças famintas, crianças doentes, crianças chorosas, famílias inteiras querendo um pão. Sim, de vez em quando alguém aparece com uma cesta de alimentos, com um pacote disso e daquilo, mas tudo tão sem nada que em pouco tempo nada mais restará.
E como vivem pessoas assim, famílias inteiras assim? Como conseguem viver e sobreviver pessoas que amanhecem e anoitecem sem ter café, almoço ou janta? Fato é que em se tratando de pobreza, as aparências nem sempre enganam. Não enganam mesmo. Passar diante de um barraco ou de uma casinha de feição empobrecida é, muitas vezes, apenas uma visão menos dolorosa do que aquilo que se possa encontrar lá dentro. Entre e vá ver, entre e vá sentir, entre e vá compartilhar ao menos por um instante dessa dor que nunca tem cura.


Indaguei: Como vive e sobrevive uma gente assim, na carência e na desvalia de quase tudo? E logo respondo: Na fé, na esperança, na perseverança, na expectativa de que o instante seguinte seja melhor. Igualmente o sertanejo que suporta na esperança de chuva todas as dores e sofrimentos, do mesmo modo aqueles que vivem nos vazios e desalentos de seus barracos, na secura da panela e da barriga. Estes, contudo, e não há que disso duvidar, possuem uma fé infinitamente maior que qualquer outro de mesa e colher.
Repito, pois, que há uma gente que só sobrevive como gente pela força de Deus. Há uma gente que só amanhece e anoitece pela força de Deus. Há uma g ente que só fala, sorri e encontra ânimo para lutar pela força de Deus. Há uma gente que só encontra razão pra viver pela força de Deus. Há uma gente que só continua existindo pela força de Deus. Há uma gente que somente suporta as agruras e as angústias do dia a dia pela força de Deus.
Há uma gente que somente se diz gente e vive como gente pela força de Deus. Pela força de Deus por que sobrevivendo pela incontida fé em Deus. Uma gente que é pobre, carente, sofrida, desvalida de tudo, mas de imensa riqueza na fé, na perseverança, na religiosidade, na comunhão com o sagrado, na esperança por dias melhores.
Não é fácil vive em contínuo desemprego. Não é fácil viver mendigando pelas ruas. Não é fácil acordar e deitar sem o pão para saciar a fome. Não é fácil estar doente e não ter remédio, não poder comprar um comprimido sequer. Não é fácil ouvir o filho chorando querendo comida. Não é fácil viver ameaçado em barraco de lona. Não é fácil viver nos escombros e ainda pensar que possui moradia. Não é fácil a roupa em frangalhos, os pés descalços, a imundície forçada. Não é fácil viver assim. Mas há muita gente que vive assim. E somente suporta viver assim por força da fé em Deus.
Neste Natal, então, lembre que há gente assim, uma gente que só sobrevive pela força de Deus. Vá lá, bata à sua porta, entre. Conheça essa gente e suas carências. Seja também um Deus em suas vidas. Ajude-a a sobreviver e a também ter esperança no sagrado humano.

Escritor
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PARA TODOS OS LEITORES DOS NOSSOS BLOGS


São os sinceros votos dos blogs:

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http://blogdodrlima.blogspot.com do Dr. Lima de Cruz Ceará

A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ALMINO AFONSO (CAIEIRA) FOI FUNDADA EM 30 DE SETEMBRO DE 1937 E DESATIVADA EM 1997.


Podemos citar alguns agentes que trabalharam nessa estação: João de Paiva, José Nilsson Olimpio de Oliveira, Manoel Félix da Silva, João Firmino da Silva e os Guardas: Luiz Anisio, Joaquim Cirino de Moura e João Marinho. 


A estação hoje encontra-se em ruínas. Recebemos informações de pessoas da cidade que a gestão municipal do Prefeito Valdenio Amorim tem interesse de reformá-la, tornando um local público a ser utilizado pela população Alminafonsense.
Vamos torcer para que a gestão municipal possa alcançar o objetivo de tornar a antiga estação Ferroviária de Almino Afonso em um patrimônio histórico bem preservado.












Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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MENTIRAS E MISTÉRIOS DE ANGICO


https://www.youtube.com/watch?v=ipD7Cy4DrQg

Publicado em 26 de mar de 2014

Depoimentos de pesquisadores e de remanescentes da época do cangaço a respeito do suposto Ezequiel, irmão de Lampião que apareceu em serra Talhada décadas depois que foi dado como morto. Tudo que diz respeito a historia merece ser investigado e debatido.
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LAMPIÃO E O COMBATE DA LAGOA DO MEL.

Por Geraldo Antônio de Souza Júnior

Vamos debater...

No dia 24 de abril de 1931 Lampião e seu bando atacaram uma Força Policial Volante baiana comandada pelo Tenente Arsênio Alves de Souza. Os soldados foram atacados de surpresa enquanto descansavam próximo a um tanque (Lagoa do Mel) localizado na Fazenda Tanque do Touro que atualmente está anexada ao município baiano de Paulo Afonso.

No combate da Lagoa do Mel (Fazenda Tanque do Touro) foram mortos pelos cangaceiros, 13 soldados no local e outros três posteriormente, totalizando 16 baixas no efetivo da Força. O massacre não teve efeitos ainda maiores graças à ação rápida e eficaz do Tenente Arsênio Alves, que em meio aos tiros disparados pelos cangaceiros, conseguiu alcançar e disparar uma rajada da Metralhadora (Hotchkiss) contra os inimigos, afugentando-os por alguns instantes, dando assim tempo suficiente para que pudessem fugir do local. Ao ser disparado os tiros da metralhadora, que era algo novo para a época, um dos projéteis atingiu mortalmente Ezequiel Ferreira (Ponto Fino), pondo fim a vida do último irmão cangaceiro de Lampião. O Tenente Arsênio Alves antes de fugir retira uma das peças da metralhadora, deixando-a inutilizável.

Desde então uma versão que afirma que Lampião e seus homens teriam se utilizado de chocalhos de bodes para confundir os soldados e se aproximarem do local onde descansavam e atacá-los de surpresa, vem sendo repassada em livros, filmes, entre outros trabalhos sobre o gênero.

Agora fica a pergunta:

Teria realmente Lampião e seus comandados utilizado essa artimanha (Chocalhos) para se aproximarem dos soldados sem serem percebidos, quando na verdade o silêncio e o fator surpresa seriam a tática correta?

Vamos debater o assunto.

Vocês não acham que a utilização de chocalhos por parte dos cangaceiros teria ou poderia surtir um efeito contrário despertando a atenção da soldadesca em direção ao som emanado?

O fator surpresa sempre foi utilizado por Lampião no decorrer de sua vida contra seus inimigos. Porque nesse caso ele arriscaria chegar próximo ao inimigo que se encontrava fortemente armado, despertando sua atenção?

Outro fato interessante é que o ex-cangaceiro Ângelo Roque o “Labareda” afirmou em depoimento ao doutor Estácio de Lima, que a época era diretor do Instituto Médico Legal Dr. Nina Rodrigues em Salvador/BA, que os cangaceiros não utilizaram chocalhos para se aproximarem do lajedo (Tanque) onde os soldados estavam descansando e que pouco antes do ataque se depararam com um rebanho de bodes e cabras correndo assustadas, ainda segundo Labareda, provavelmente por conta da presença dos soldados. Alguns possivelmente dirão que Labareda pode ter distorcido a história, assim como fez com tantas outras que contou, mas por qual motivo ele esconderia um fato que em nada mudaria os rumos da história e que certamente engrandeceria ainda mais o feito realizado por ele e seus companheiros de cangaço?

Tenho a plena convicção de que as respostas para esses e alguns questionamentos históricos jamais obteremos... Mas quando usamos o bom senso e a inteligência conseguimos ao menos nos aproximar um pouco mais da verdade dos fatos, nesse caso, envolvendo as histórias e os personagens do cangaço.

Fica a incógnita.

Geraldo Antônio de Souza Júnior


https://www.facebook.com/GeraldoJunior2017/posts/877485039082060?comment_id=877488252415072

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HOMENAGEM A EX-CANGACEIRA " DULCE "..93 anos de idade

 Por Martha Menezes
A escola estadual de Jordânia-MG, fez grande homenagem à minha mãe Dulce Menezes. Aguardem a filmagem e, melhores fotos.

Obrigada diretor e todos professores.
Por: Martha Anastácio Menezes /Tião Ruas

OBS: Como se vê nas fotos, a "boneca" do livro que conta a história da guerreira "DULCE ", me parece que já está pronta. 

(Adendo, Volta Seca) e, será publicado no primeiro semestre de 2018.

Confiram as FOTOS.







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