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quarta-feira, 12 de julho de 2017

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345
franpelima@bol.com.br
Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
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É TAMBÉM POR CULPA SUA

*Rangel Alves da Costa

Sei que de muita coisa a gente não pode fugir. De um jeito ou de outro sempre acaba recebendo as consequências. Em muitas situações, inevitável que os ocorridos não acabem respingando em quem tem não tem nada a ver com a história.
Acaso pipoque uma guerra lá longe, mas que envolva países produtores de petróleo, então logo o aumento de preços. A neve em demasia ou a estiagem prolongada em países distantes, ainda assim provocam carestia em alimentos e pelo mundo inteiro.
No Brasil, a roubalheira política e governamental produzem consequências as mais danosas para toda a população. Os cofres públicos foram tão esvaziados que procuram preenchê-los com cortes de despesas essenciais, de políticas públicas e aumento de impostos, dentre outras artimanhas. Sobra para o povo.
Até o voto possui gravíssimas consequências. Votar em ladrão não há que se esperar regeneração, eleger corrupto não há como esperar que a boa virtude de repente recaia sobre a ratazana, dar poder ao imprestável não há como deseja conversão em meio à pocilga. Os maus políticos que se tornam apenas afloram o que já eram. E não há inocência no poder.
Mas quem pintou a zebra mesmo? Não tenho nada a ver com isso. Mas ela está pintada. Mas sou culpado quando me aproximo demais para observar seu desenho e logo recebo um coice de voar longe. Ora, se a cobra está quieta, enrolada numa moita, dormindo num tufo de mato, então é melhor deixar ela lá.
Muito estranho quando frutas da estação, que chegam aos montes, são comercializadas por preços que mais parecem de períodos de escassez. Mesmos os mercados cheios, as bancas cheias, ainda assim os preços não baixam de jeito nenhum. Assim sempre ocorre quando são muitas as melancias, as tangerinas, as pinhas. Então por que você compra?



É a sua compra que garante a manutenção elevada de preço. Acaso evite comprar, logo os vendedores serão forçados a baixar o preço. Mas não. Sempre ocorre o contrário. As frutas bonitas vistosas, douradas, olorosas, reluzentes, pois da estação, tornam-se como chamarizes. E então a gula da compra acaba fazendo o jogo da ambição comercial.
Você diz que não tem nada a ver com isso, mas tem. Você diz que o problema da cidade é para ser resolvido apenas pela gestão municipal, mas não é bem assim. Você diz que a feira no mercadinho está cada vez mais cara, mas também por culpa sua. Você diz que o outono nem parece outono e a primavera nem parece primavera, mas assim acontece também por culpa sua.
O que você tem feito de seu lixo? Você acha que os esgotos são entupidos por sacolas plásticas, garrafas pet, papelão e tudo mais, caídos das nuvens junto com as chuvas? Por acaso, o que fizeram de tanta mata antigamente existente, cuja derrubada provoca mudanças nas estações, no aumento do calor e no clima em geral? Por que o homem nunca se culpa pelos descasos e desmandos que a todos afetam?
Não tenho nada a ver que a girafa seja tão alta e outros seres sejam tão baixos, principalmente o homem. Não tenho nada a ver que somente se dê importância à vida depois da vida. Não tenho nada a ver que o pombo ora seja tido como símbolo da paz, do amor e da união, e no momento seguinte já esteja rejeitado por que transmite doenças. Não tenho nada a ver com o menino que dorme debaixo da marquise.
Ou tenho alguma coisa a ver? As pessoas acostumaram a olhar o mundo, a vida e tudo o que acontece, apenas pelo olhar. Não imaginam o valor da visão da alma, dos sentimentos, da sensibilidade. Apenas vendo através dos olhos, então tudo tanto faz se não diz respeito à própria pessoa. Daí que o sofrimento do mundo, a fome do mundo, a dor do mundo, será apenas do mundo.
E de repente tudo recai sobre si. Mas quem tem alguma coisa a ver com isso?

Escritor
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ELEIÇÕES PARA DIRETORIA DA ADUERN SERÃO REALIZADAS NO DIA 16 DE AGOSTO


As eleições para a Diretoria da ADUERN no biênio 2017-2019 serão realizadas no dia 16 de agosto. A comissão eleitoral esteve reunida na manhã de hoje (07) e divulgou o edital do pleito.

De acordo com o documento, o período de inscrição de chapas será entre os dias 18 e 19 de julho de 2017, no horário de 8h às 11h e 14h às 17h. O resultado dos registros será publicado em edital no dia 21. As demais regras da disputa obedecerão às disposições legais estatutárias e regimentais, além daquelas contidas nas normas específicas, emitidas pela Comissão eleitoral.

As urnas para votação estarão dispostas em Mossoró e nos Campi de Assu, Caicó, Patu, Pau dos Ferros e Natal, funcionando as mesas receptoras de votos nos seguintes locais: em Mossoró, na sede da ADUERN, em Patu, Assu, Caicó, Pau dos Ferros e Natal, nas respectivas unidades locais da UERN.

Confira o edital na íntegra:
Comissão Eleitoral

E D I T A L

A Comissão Eleitoral constituída na forma da Portaria n° 01/2017-ADUERN, de 04 de julho de 2017, faz saber que o processo para a eleição da nova Diretoria da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do  Rio Grande do Norte, para o biênio 2017/2019,  dar-se-á da seguinte forma:

I – DO REGISTRO

1 – O período de inscrição de chapas para eleição da nova Diretoria será nos dias 18 e 19 de julho de 2017;
2 – Os horários das inscrições serão: de 8 h às 11h e 14 h às 17 h;
3 – As inscrições serão feitas perante a Secretaria da Comissão, que funcionará na sede  da  ADUERN,  à  Rua  Prof.  Antônio  Campos,  06,  Bairro  Costa  e  Silva –  59625-620-Mossoró/RN;
4 – O registro de chapas obedecerá às disposições legais estatutárias e regimentais, além daquelas contidas nas normas específicas, emitidas pela Comissão eleitoral.
5- O resultado dos registros será publicado em edital no dia 21 de julho  de 2017.

II – DA ELEIÇÃO

A eleição de que trata este Edital será realizada no dia 16 de agosto de 2017, no horário das 8 h às 21:00 h, em Mossoró, e nos Campi Avançados de Assu, Caicó, Patu, Pau dos Ferros e Natal, funcionando as mesas receptoras de votos nos seguintes locais: em Mossoró, na sede da ADUERN, em Patu, Assu, Caicó, Pau dos Ferros e Natal, nos respectivos Campi Avançados.

Mossoró (RN), 07 de julho de 2017.
Prof. Paulo Caetano Davi
Presidente da Comissão Eleitoral

Jornalista
Cláudio Palheta Jr. 

Telefones Pessoais :
(84) 96147935

(84) 88703982 (preferencial)  
Telefones da ADUERN: 

ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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GRANDE ORIENTE DO BRASIL


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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EMBOSCADA NA LAGOA DOS NEGROS


Certa feita estava no QG das Volantes da cidade de Tucano, BA, dois comandantes, tenentes Abadias de Andrade e Geminiano José dos Santos, aquartelados com seus contingentes, quando chega ao conhecimento dos dois uma informação de que Lampião, Virgolino Ferreira da Silva, o “Rei dos Cangaceiros”, com sua caterva estavam a ponto de atacarem uma estância hidromineral, a Estância Hidromineral de Cipó. Automaticamente os oficiais se prontificam em irem dar uma ‘varrida’ naquela região.


Porém, sabiam que não podiam deixar a cidade desprotegida, pois poderia ser mais uma informação preparada, mentirosa, inventada, pelo chefe cangaceiro, para atacar a cidade de Tucano quando esses saíssem à sua procura, Lampião usou bastante dessa artimanha, ou tática de guerrilha, fazer saberem que estava em um local, quando na verdade se encontrava em outro, e resolveram ir um com sua tropa e o outro permaneceria guarnecendo a cidade.


O tenente Abdias conhecia mais as redondezas do que o colega Geminiano, no caso seria o indicado para executar a missão, no entanto, notando a vontade e disposição do colega, companheiro de farda, deixa-o ir, e aproveita, naquele meio tempo, para passar instruções a um novo contingente recém contratados.

O tenente Geminiano prepara sua tropa. Tendo como seu interlocutor o sargento José de Miranda Mattos, que passou as ordens aos quinze soldados, partem para o local onde estaria Lampião com seu bando.

Depois de caminharem três léguas, a volante chega ao sítio denominado Iracupá. Nesse local ficam sabendo que os cangaceiros estariam bem próximos. Seguem de estrada afora na trilha ‘informada’ e, após caminharem pelo restante do dia, chegam à cidade de Poço Redondo, SE, quando o manto negro da noite já tinha se estendido no vale sertanejo. Em Poço Redondo as informações colhidas são contrárias aquelas anteriormente recebidas. No meio da noite a coluna perde o rastro do bando, no entanto, prosseguem com o pé na estrada. Caminhando a esmo. Sem saberem a vereda correta que seguiram os bandidos, vão sair numa localidade denominada Mosquito, e nessa, já com o dia claro, são sabedores que o bando estava pra trás.


Através de um vaqueiro da fazenda Mandacaru, que era coiteiro de Lampião, o tenente é informado de que estão adiantados, que os cangaceiros não haviam passado por aquelas terras. Isso já fazia parte, essas informações desencontradas, da arapuca que o “Rei dos Cangaceiros” tinha preparado para a volante.

Há autores que relatam em suas obras que em vez de dizerem que não tinham passado, os coiteiros diziam que o bando havia passado e que tinham tomado determinado rumo. Em um ou outro caso, o certo é que o tenente Geminiano nem de longe percebeu a armadilha em que entreva e colocava seus homens. Assim, a cada passo que davam, os homens da volante comandada pelo tenente Geminiano José dos Santos, entravam por um caminho sem volta.

Lampião estrategicamente deixava vestígios da sua passagem bem visíveis. Não queria que a força perseguidora perdesse seus rastros, nem havia como, pois, daquele feita estavam indo a cavalo. Em certa altura do caminho, estrada, ordena que parte dos ‘cabras’ apeiem e que fiquem entocados, bem escondidos, onde também fica ordenando ainda que o restante prosseguisse pelo caminho e que, depois de um determinado espaço percorrido, apeassem e se preparassem para a luta, porém, que só voltassem e entrassem não combate após serem disparados os primeiros tiros.


O sol já estava alto quando a volante chega a uma localidade chamada Lagoa dos Negros. Lampião, escondido com parte de seus homens, esperam e vem todos passarem. Nesse momento escuta-se o primeiro disparo... Desse instante para frente o mundo pega fogo! Gritos, palavrões, pedidos de ajuda, som ensurdecedor dos disparos das armas de ambos os lados, mais a fumaça da pólvora queimada impendido dos que trocavam tiros ter uma boa visão.

Os soldados foram colhidos entre dois fogos e, não tendo alternativa, o jeito foi manobrarem suas armas e dispararem para os lados que estavam escutando os disparos. Os cangaceiros, escondidos atrás das árvores e pedras, ajoelhados, manobravam, levavam suas armas ao ombro, miravam e faziam fogo. O tenente e o sargento davam ordens que, naquele momento não serviam para quase nada, mesmo porque pouco se escutava devido a pipoqueira avassaladora da brigada.

De cara, a Força tem duas baixas quando os soldados Manoel Araújo e Manoel Fernandes tombam sem vida na senda da guerra. Em seguida a coisa piora quando o corpo do comandante, tenente Geminiano José dos Santos, vai de encontra ao solo seco do chão sertanejo sem vida. O comando passa imediatamente para o sargento Miranda, porém, esse é o próximo que parte para rever seus antepassados nas pradarias celestiais, ficando o restante da tropa sem comando. O fogo se intensifica e a cada momento um Praça perde sua vida no cumprimento do dever... Morrem os soldados André A. Souza, Manoel Aragão, Argemiro F. dos Reis e Arnaldo Cláudio de Souza... em fim, da volante que tinha um contingente de 15 homens, um sargento e um tenente, restam apenas cinco homens. Esses fogem, não sabem eles mesmos como conseguiram, e salvam suas vidas.


Segundo o pesquisador sergipano Kiko Monteiro, dentre todas as emboscadas feitas por Virgolino Ferreira da Silva, o ‘capitão Lampião’, contra as volantes da Força dos sete Estados aonde implantou seu reinado sangrento, essa fora a que melhor teve êxito.

Aqueles que conseguiram escapar da arapuca, emboscada, retornam pouco tempo depois a fim de ajudarem seus companheiros. Ao retornarem ao campo da batalha, defrontam-se com uma cena jamais imaginada por nenhum deles. Os corpos de seus companheiros foram profanados pelos cangaceiros.

“(...) a cabeça do tenente, retirada do corpo, não foi encontrada também nenhuma parte do corpo (que) escapou de ser esfaqueada...

O sargento Miranda Mattos teve seus olhos arrancados à ponta de punhal, enquanto a gordura do ventre do oficial abatido, assim como as vísceras, (servia) para engraxar o armamento dos cangaceiros. Não se pode imaginar ato mais brutal por parte de criatura humana!(...).” (lampiãoaceso.com)

Alguns autores acreditam, e nos dizem, através de seus livros, que essa carnificina praticada pelo bando de cangaceiros tenha sido uma represália ao que ocorreu com o corpo do cangaceiro Gavião, em dezembro de 1929. No entanto, Gavião fora morto e teve seu corpo enterrado por um vaqueiro, Domingos Enéas, o qual, depois de algum tempo, ele mesmo escava a cova onde tinha colocado o corpo do cangaceiro, retira o crânio e o leva à Secretária de Polícia, na Capital baiana em princípios de 1930, ano em que o tenente Geminiano é abatido em combate.


“Abatido o cangaceiro Gavião, em dezembro de 1929, o vaqueiro Domingos Enéas apresentou à Secretaria de Polícia, em Salvador, no início de 1930, um crânio já descarnado, indicando ser daquele que havia morto.

Se verdade, foi o primeiro crânio de cangaceiro do bando de Lampeão a chegar a Salvador .” ( cangaçonabahia.com)

Talvez pela repercussão, que com certeza a imprensa fizera, com a imagem do crânio do cangaceiro, porém, os militares nada tiveram com esse caso em particular.

Fonte/foto blogs citados
PS// FOTO DO TENENTE GEMINIANO JOSÉ DOS SANTOS COLORIZADA, DIGITALMENTE, PELO AMIGO PROFESSOR Rubens Antonio

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/permalink/862003147297136/

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VISITANDO POMBAL E SUA ZONA RURAL HISTÓRICA

Por Verneck Abrantes de Sousa

Estive em Pombal em junho de 2014, e na oportunidade visitei o sítio Lajes de Raimundo Formiga, depois a Granja de Sales de Biró. No outro dia estivemos no Santo Antônio, de Felemon Benigno Araujo Filho, também visitamos o seu vizinho,  José Roberto De Queiroga Gomes , ambos compraram parte da terra que foi de Dr. José Ferreira de Queiroga, e depois, pertenceu a Paulo Pereira, hoje, dividida com os assentados da reforma agrária. 


O que chama atenção na terra de Beto Queiroga, é uma desativada Estação de Monta para melhoramento genético do rebanho bovino da região, construída nos anos de 1930. Junto, uma cocheira e um silo vertical em alvenaria para armazenar milho, uma caixa d’ água com capacidade para mais de 100 mil litros, tudo abandonado. O que também chama atenção são os restos do que foi à casa de Dr. Queiroga, hoje, existem apenas resquícios do piso da Casa Grande. Para cada pavimento, identificamos um desenho de mosaico, importados do Rio de Janeiro, ressaltado que a casa era única na zona rural com esse tipo de piso. 

Dr. Queiroga, médico pombalense, se formou pela Escola de Medicina do Rio de Janeiro, no ano de 1910, ex-deputado estadual, ex-prefeito de Pombal, morreu no exercício de prefeito, no dia 30/11/1951. Hoje, ele dá nome à Praça do entorno do Bar Centenário.

Verneck Abrantes de Sousa

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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UM TRATAMENTO MUITO ESTRANHO COM O NOSSO SANTO DO NORDESTE PADRE CÍCERO

Por Antonio Corrêa Sobrinho

AMIGOS, vejam a forma como o jornal “O Estado de S. Paulo”, um dos maiores diários brasileiros, um século atrás, edição de 07/01/2015, tratou o padre Cícero Romão Batista, o nordestino que, mais cedo ou mais tarde, será considerado pela Igreja Católica, esta antiga, forte e tradicional instituição do mundo, um dos seus beatos, um dos seus santos. 

OS BANDIDOS DE PADRE CÍCERO


RECIFE, 6 (A) – O chefe de polícia recebeu comunicação do promotor público de Exu, de que o município foi invadido por fanáticos do padre Cícero, ali cometendo toda a sorte de banditismo.

Os assaltantes desceram a serra de Araripe, chefiados por José Pinheiro, praticando roubos e espancamentos, em todos os lugares por onde passaram.

O gado, principalmente, foi todo dizimado, e as autoridades ameaçadas, achando-se sem forças para reagir.

Logo após a comunicação desses atos o chefe de polícia expediu ordens para que as forças que se encontram em Salgueiro juntem-se às de Exu, dando combate aos bandidos.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS: ESTRADA DE FERRO MOSSORÓ - SOUSA


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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CAJUÍNA E OUTRAS DELÍCIAS

*Rangel Alves da Costa

Outro dia fui agraciado com uma cajuína. Não só ganhei o inesperado refrigerante como uma rapadura na palha. E tudo vindo de Juazeiro do Norte, na romaria que anualmente é feita por muitos na tentativa de alimentação da fé. Lembranças singelas e cativantes demais, e com significado especial.
Sei que a rapadura ainda pode ser encontrada em qualquer feira nordestina, mas certamente sem a simbologia de uma que chega embrulhada na palha e vinda diretamente das terras do Padre Padim Ciço, verdadeiro santo nordestino. E a cajuína merecedora de atenção especial, vez que esse tipo de refrigerante está rareando cada vez mais nas mercearias e botequins sertanejos.
Verdade que a cajuína de fabricação moderna, em garrafa pet e rótulo bonito. Contudo, me fez relembrar outras cajuínas ou tubaínas que tanto apreciei noutros doces e distantes momentos da vida. Estas eram de fabricação quase artesanal, engarrafadas em vidro, com tampa de alumínio. O preço era acessível a qualquer um, bastando escolher o sabor, geralmente entre o guaraná ou tutti-fruti.
Também conhecida como refrigerante de pobre, a cajuína não podia faltar nas prateleiras e geladeiras dos armazéns e bares interioranos. Num tempo ainda de raridade de geladeira pelos sertões, ainda assim a velha cajuína estava disponível para ser levada para o regabofe ou para ser servida ali mesmo no balcão, e como companhia inseparável do biscoito ou bolachão de pacote.
Quando não era a cajuína era a mariola fazendo companhia ao tareco, ao biscoito de prateleira, ao pão adormecido de muitas noites. A goiabada, prima rica da mariola, e que por muito tempo chegava enlatada às vendas, era iguaria com preço mais elevado, inacessível à maioria. E por isso mesmo consumida aos poucos, cuidadosamente. Uma delícia com um pedacinho de queijo. O doce era geralmente servido em pequenas fatias após o almoço, mas principalmente oferecido como sobremesa aos visitantes.


Hoje se tem como brega sobremesa de goiaba, porém duvido que alguém negue seu sabor ou rejeite uma fatia. Conheci pessoas que a apreciavam tanto a ponto de manter escondida uma lata dentro do armário e até devidamente embrulhada debaixo do colchão. Por isso mesmo que jamais perdeu seu status de gula socializadora. Naqueles idos, a primeira encomenda que um ricaço fazia ao chegar era um quarto de goiabada cascão com queijo derretido por cima. E comia de se acabar.
Qualquer novidade que surgisse na feira de antigamente fazia sucesso. Num tempo sem energia elétrica, com o gelado esquentando na mão de muita gente, chegar por aqueles rincões carregando barras de gelo encaixotadas e depois raspá-las miudinho para vender misturado ao ki-suco de diversos sabores, era coisa que não dava para tanta meninada em fila.
O picolé só apareceu depois, com a chegada da energia elétrica e das primeiras geladeiras. E era picolé de forma, segundo o sabor escolhido, com pessoas levando copos e perguntando pela janela se ainda havia picolé para vender. Mas nada comparado ao sucesso alcançado pelo famoso peito de véia, principalmente de coco. Colocava-se o leite ou ki-suco num saquinho e depois congelava para vender. Saía do congelador endurecido, mas depois de mordido num canto e colocado na boca começava a amolecer. Daí o nome peito de véia. E que ainda continua sendo chupado em diversas localidades interioranas.
O quebra-queixo era outra especialidade das feiras interioranas. Aquele tabuleiro com cocada dura, liguenta, pedaços trabalhosamente cortados e servidos em papel de seda, era verdadeira festa ao olhar de todo mundo. Contudo, a meninada preferia os pirulitos de mel em canudinhos e vendidos na tábua. Era doce de todo dia e que, ao lado da cocada e do arroz doce, podia ser encontrado nas janelas sertanejas.
Relembro com saudade e água na boca os pirulitos de Dona Luisinha e também a cocada de doce de frade de Dona Cecília. E com uma recordação especial ao arroz doce de Baíta. Todo mundo dizia que era aguado, mas ninguém resistia. Bastava chegar o entardecer e os copos com canela por cima chegavam aos apreciadores nas calçadas. Incomparável também a cocada branca de Dona Quininha, colocada ali na janela, com pano branco por cima, silenciosamente chamando para as delícias da vida.
Mas na minha meninice eu sempre aguardava ansioso por alguém que passasse oferecendo a mais deliciosa das frutas. Por onde anda araçá, por onde anda minha pequenina e doce fruta? Pelo sumiço do sertão, temo em não mais beijar sua boca.

Escritor
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FOTOGRAFIA E DEDICATÓRIA DATADAS DO ANO DE 1883 DE JERÔNIMO ROSADO AO MEIO-IRMÃO MENANDRO JOSÉ DA CRUZ.


Fotografia e dedicatória datadas do ano de 1883 de Jerônimo Rosado ao meio-irmão Menandro José da Cruz. Jerônimo Rosado, natural de Pombal/PB, é o patriarca da família numerada de Mossoró/RN. Menandro José da Cruz era pai de Lourenço Menandro da Cruz, José Menandro da Cruz, Jerônimo Menandro da Cruz, Romeu Menandro da Cruz, Joana Cruz, Pretinha Cruz, Mariinha Cruz e Francisca Martinha da Cruz Cardoso ( avó paterna de José Romero Araújo Cardoso).

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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FOTOGRAFIA DE MENANDRO JOSÉ DA CRUZ


Fotografia de Menandro José da Cruz, com dedicatória do ano de 1942, quando este já era falecido. A dedicatória foi feita pelo filho Lourenço Menandro da Cruz ao sogro João Jacinto da Costa, pai de Ismênia Costa Cruz. Menandro José da Cruz era o bisavô paterno de José Romero Araújo Cardoso.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero Araújo Cardoso

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PARA SEMPRE EXU ! POR:MANOEL SEVERO

Prefeito Raimundinho Saraiva, Alvenir Peixoto, Manoel Severo e Eliana Galdino

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço esteve neste último final de semana realizando uma última visita de trabalho antes do grande Cariri Cangaço Exu; entre os dias 20 e 23 de Julho de 2017. “Estamos mais uma vez em Exu, agora para checarmos os últimos detalhes; tanto de nossa Programação, que será intensa e muito rica, do tamanho da força e tradições de Exu e Serrita; como também definir os últimos detalhes relacionados à infraestrutura para o evento. Sem duvidas teremos um Cariri Cangaço Exu realmente especial” confirma Severo.

A visita envolveu principalmente os meios de hospedagens quando o Cariri Cangaço esteve nas principais pousadas da cidade que estarão recebendo os convidados de todo o Brasil. “O pessoal chega aqui e fica espantado porque todas as Pousadas estão lotadas com o pessoal que reservou para o Cariri Cangaço” confessa Milena Iria da ONG Parque Aza Branca que está com suas duas pousadas atendendo ao evento, que acontecerá simultaneamente com os festejos da espetacular Missa do Vaqueiro de Serrita,uma promoção da Fundação Padre João Câncio.

Francisca, Cleide, Manoel Severo, Milena, Praxedes, Lucimar e 
Evandro: Equipe Museu do Gonzagão recebe Cariri Cangaço.

“O que percebemos é que nunca houve um momento como este, ou seja, vamos ter entre os dias 20 a 23 de julho uma confluência de pesquisadores jamais vista; serão os apaixonados por cangaço, os apaixonados pela mística do vaqueiro, os apaixonados pela força de Bárbara de Alencar e o mais importante, os apaixonados pelo grande Rei do Baião, tudo isso em sua terra natal, daí o grande interesse que cerca o evento, nossa responsabilidade é muito grande” completa Manoel Severo.

 Alvanir Peixoto, Manoel Severo e sanfoneiro De Jesus
Manoel Severo e Eliana Galdino

Em um dos momentos mais importante da agenda em Exu, Manoel Severo foi recebido pelo casal de pesquisadores Givaldo Peixoto e Thereza Oldam de Alencar; ícones da memória de Exu; em sua residência no centro da cidade. Ali ao lado de Eliana Galdino, Alvenir Peixoto e familiares, o grupo recepcionou o prefeito municipal  de Exu, Raimundinho Saraiva. Na oportunidade o prefeito Raimundinho Saraiva e Manoel Severo alinharam os principais pontos da programação que terá como ponto alto a inauguração da estátua do Rei do Baião Luiz Gonzaga ao lado do parque Aza Branca.

Para o Prefeito Raimundinho Saraiva: “É uma honra para Exu receber mais uma vez o senhor Manoel Severo e ainda mais o Cariri Cangaço, esse evento conhecido e reconhecido em todo o Brasil, Exu estará de coração aberto para receber a todos e sem dúvidas faremos tudo o que  estiver a nosso alcance para o grande evento em julho, tendo a frente nosso secretário Rodrigo Honorato e toda a equipe da prefeitura”.

 Prefeito Raimundinho Saraiva, Manoel Severo e Thereza Oldam de Alencar
 Prefeito Raimundinho Saraiva, Givaldo Peixoto, Manoel Severo e Thereza Oldam 
 Givaldo Peixoto, Prefeito Raimundinho Saraiva, Alvenir Peixto e Manoel Severo

A pesquisadora e escritora Tereza Oldam revela: “Hoje foi um dia muito especial para nós, receber aqui em casa o Cariri Cangaço e Dr Severo com Alvenir, estamos todos muito felizes”. Tereza Oldam e Givaldo Peixoto estarão entre os conferencistas do evento no próximo mês de Julho. Para a gestora cultural e educadora Alvenir Peixoto: “Vivemos um momento mais que especial para Exu, o Cariri Cangaço vem só confirmar isso e toda a cidade está ansiosa pela chegada do dia 20, vamos sim fazer uma grande festa em Exu”.

Thereza Oldam de Alencar e o autografo para o curador do Cariri Cangaço
 Sob as bençãos do Barão de Exu...
Givaldo Peixoto passa a Manoel Severo cópia de registro da prisão de Dona Bárbara
Givaldo Peixoto, Raimundinho Saraiva, Manoel Severo e Thereza Oldam de Alencar

Manoel Severo ainda dentro do conjunto de visitas esteve em reunião com Joquinha Gonzaga, sobrinho e herdeiro do Rei do Baião. “Como era o único da família que tocava sanfona era mais que natural com o tempo eu acabar acompanhando tio Gonzaga e fiquei ao lado dele por 13 anos, até ele adoecer, foram anos de aprendizados maravilhosos e muitas histórias para contar”. Joquinha Gonzaga protagonizará um dos momentos mais preciosos do Cariri Cangaço Exu; estará ao lado de seu irmão “Piloto” em uma das mesas do evento falar de Luiz Gonzaga, quer dizer; do "Tio Gonzaga".

Joquinha e Sara Gonzaga recebem Manoel Severo em Exu

"Joquinha e Piloto chegam para fechar com chave de ouro esta verdadeira plêiade de gonzaguianos ilustres: Wilson Seraine, Reginaldo Silva, Paulo Vanderlei, José Nobre, Rafael Lima, Kydelmir Dantas, Múcio Procópio, Urbano Silva, Juliana Pereira, sem falar dos pequenos Pedro Feitosa e a linda Cecília do Acordeon, enfim... Teremos uma festa inesquecível a altura do Mestre Lua Gonzaga". 

Dona Salete, Pedro Lucas Feitosa, Manoel Severo e seu Antonio Feitosa em Dom Quintino
Antônio Feitosa e Manoel Severo
Manoel Severo e a pequena Isabela, a "pequena musa do museu"

No retorno de Exu, Manoel Severo, esteve mais uma vez visitando o Museu de Luiz Gonzaga de Dom Quintino na zona rural do Crato, comandado pelo pequeno Pedro Lucas Feitosa e sua família. "Aqui todo mundo faz um pouco, toma conta do museu e explica as coisas aos visitantes, meu vô, minha vó, todo o pessoal" confessa Pedro Lucas. Pedrinho, seus avós; Salete e Antonio Feitosa, estarão participando do esperado Cariri Cangaço Exu 2017 nesta que será uma das maiores festas da verdadeira alma nordestina.

Cariri Cangaço
Exu, Pernambuco 17 de Junho de 2017

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