Por Cangaço em Foco
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Por: Valdir José Nogueira
Na foto: em
Bom Nome, distrito de São José do Belmonte, Sinhô Pereira (de óculos) com seus
primos José Napo, Antônio e Jacinto Napo, filhos do Sr. Napoleão Alves de
Araújo e dona Verdelina Pereira Valões, que era sobrinha de Né Pereira (Né
Dadu). (fevereiro de 1971).
Os infindáveis
conflitos entre Pereiras e Carvalhos surgidos na época imperial atravessaram o
século 19 e se estenderam ao período republicano. Na primeira década do século
20, Luis Padre (primo de Sinhô Pereira) tem seu pai assassinado em um dos
confrontos. O irmão de Sinhô Pereira, Né Pereira (Né Dadu), começou a liderar
um grupo da família promovendo a vingança em intermináveis conflitos que
seguiam sem parecer ter fim.
Ora, certa
ocasião, Né Pereira recrutou Zé Grande, cuja alcunha era “Palmeira” para seu
bando. Zé Grande era ex-jagunço dos Carvalhos. Passou um tempo preso e após
fugir, foi pedir guarida aos Pereiras. Talvez Né Pereira acreditasse que
ganharia um grande trunfo, já que o jagunço conhecia detalhes dos seus antigos
patrões. No entanto, a história foi outra: Né Pereira tirava um cochilo, quando
Zé Grande, aproveitando a oportunidade, o assassinou. Conta-se que ainda levou
o chapéu e o punhal de Né Pereira para mostrar aos Carvalhos, na Fazenda
Umburanas.
Foi o estopim.
Ocasionando na entrada, de vez, de Sinhô Pereira e Luis Padre no Cangaço. Com
fúria e revolta pela impunidade, montaram um bando numeroso e com muita sede de
vingança. A partir de então os conflitos ganharam proporções muito mais
intensas.
Foi nesse
cenário que Sinhô Pereira recebeu a visita de Virgulino Ferreira e seus irmãos.
No entanto, em 1922, após uma série de escaramuças Sinhô Pereira resolveu por
fim ao seu legado no Cangaço, tendo passado então o comando do bando a Lampião,
ordenando ao mesmo, porém, que ninguém da família Pereira seria jamais
incomodada por cangaceiros. Virgulino prometeu e cumpriu.
Financiados
por Isidoro Conrado e Né da Carnaúba, Sinhô Pereira e Luis Padre viajaram para
Goiás, com a chance de recomeçarem a vida. E, sem explicar detalhes, Sinhô
Pereira afirmou que não foi nada fácil.
Os anos se
passaram e cada um seguiu seu rumo. Luis Padre manteve-se em Goiás. Sinhô
Pereira foi para Minas Gerais, onde viveu até cumprir seu ciclo. Morreu em
dezembro de 1979. Antes, em fevereiro de 1971, esteve, após 49 anos, no Pajeú,
seu torrão natal. Cercado de lembranças e emoções boas e ruins visitou Serra
Talhada, antiga Vila Bela, São José do Belmonte e Bom Nome.
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Pré lançamento dia 05/11 às 10h
na Livraria do Luiz - Galeria Augusto dos Anjos, João Pessoa e lançamento no
Cariri Cangaço Serra Talhada. De 11 a 15 de novembro de 2022. Convite aberto a
todos!
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Clerisvaldo B. Chagas, 26/27 de outubro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.790
Final do mês
de outubro, um mês que marcou a nossa região com chuvas inesperadas e presença
de ventos que antecipam o mês de novembro no sertão. O Sol que se escondeu,
praticamente por seis meses, finalmente nessa última metade de outubro chega
com céu limpo e já inicia na região com um pouco de calor que estava
desaparecido. Mesmo assim ainda não vimos nenhum movimento de carro-pipa, na
área amplamente bafejada pelo inverno antecipado e prolongado. Nenhuma
choradeira foi captada no período nos vários segmentos econômicos, salvo a
carestia generalizada que tomou conta desta nação. No campo, fim de safra,
estoque e venda. No Comércio, entrada de verba do agronegócio. E, a aproximação
do Natal em dois meses, reforça a ideia otimista de bons negócios para o estado
das Alagoas.
Não temos como
não falar em chuvas, novamente. É que, com inverno ou sem ele, as denominadas
trovoadas costumam acontecer a partir de novembro com esperanças até o mês de
fevereiro. Mesmo assim, sem esperar por nova leva de nuvens cinzas, as flores
das árvores e as cactáceas da caatinga já iniciaram a prévia de enfeites do
Natal. Algumas espécies deixam para mais próximo os ornamentos, mas o geral
está sendo realizado mesmo nos quintais e nas avenidas em árvore que bota flor.
As árvores são moças que se preparam com antecedência para o baile. São
seguidas pelas casas comerciais que enfeitam as prateleiras de motivos
natalinos e atrai os olhares dos transeuntes.
A política do segundo turno pareceu desviar o foco de muitíssimos outros acontecimentos. Entretanto, a expectativa não é vã porque o destino de segmentos diversos depende de um bom administrador nos cargos chaves do País. Mesmo assim, esse mês atípico estar chegando ao final e com ele o chamego oficial e benéfico da democracia. E não tendo no momento um dia chamativo para o setor econômico, em breve a política sairá de cena com o brilho imorredouro e prévio do período natalino. Ótima quadra para uma visita turística dos “praianos” ao Sertão de Alagoas e ao Sertão do São Francisco para surfarem no clima, na história, na geografia e na culinária típica nordestina. Vamos?
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Por Manoel Severo
O Cariri Cangaço Serra Talhada - Calumbi - Bom Nome , se aproxima. Uma agenda intensa de visitas técnicas que nos proporcionarão conhecer uma gênese importante do coronelismo e cangaço de nosso nordeste. A cidade de Calumbi nos recebe para o segundo dia de programação. Depois da Serra Grande vamos até a Fazenda Tamboril, palco importante e dramático deste mesmo combate da Serra Grande; no antes e no depois... Vem conosco para conhecer.
"Aqui em Tamboril, Severo, foi justamente onde Lampião dormiu com seus cabras na véspera do combate, dormiu num engenho do outro lado da estrada de onde estamos e aqui nesta casa, chegaram ao amanhecer, as tropas volantes; por pouco não pegaram os cangaceiros aqui mesmo, daqui saíram no encalço do grupo e no final do dia, para esse alpendre, trouxeram os 14 soldados baleados no fogo da Serra Grande, foi um desmantelo..." Comenda Louro Teles, pesquisador e escritor, Conselheiro do Cariri Cangaço.