Por Francisco de Paula Melo Aguiar
A humanidade
com paciência ou não sabe que há uma estação
para tudo na
vida: nascer, viver, morrer...é impossível fazê-la
diferente.
Quando eu era
pequeno ouvia meus pais dizerem que estavam
trabalhando
para no futuro garantir os meios necessários para educar os filhos
para terem
dias melhores do que eles.
O tempo foi
passando, todos foram alfabetizados e a maioria deles
chegara a
ingressar e a concluírem cursos de graduação e de pós-graduação:
especialização,
mestrado e doutorado.
Foi uma grande
aventura, perseverança e paciência por parte de
meus pais.
Eles viviam sonhando acordados com o futuro dos filhos. O tudo e o
todo para eles
eram os filhos e nada mais interessava. Para ambos os dois, em
primeiro lugar
a família deles.
Lá em casa
tinha hora para tudo, acordar, tomar banho, ir para a
escola,
brincar, chegar da escola, almoçar, fazer os deveres de casa e prestar
contas das
lições e deveres dados na escola à mamãe.
E assim se
passaram os meus verdes anos e de meus manos, e até
porque ainda
criança procurei brincar de professor fundando anexo à casa de
meus pais, uma
escola de alfabetização em 1964 que com o decorrer do
tempo, ela ganhou
adeptos e adversários também. Com paciência, o tempo
passou, o
menino concluiu a Educação Básica e fez universidade, assim como
seus irmãos.
Ninguém nasce
doutor.
Paciência, vá
estudar.
Com paciência,
nunca pensei em fracasso, porque a pessoa que
pensa em
fracasso, através de pensamentos moribundos, negativos de que
tudo
antecipadamente vai dar errado. Nunca vai calcar os graus visionários
futuros,
diante do fato de ter a mente ocupada com projeto de vida fracassada.
Para muitos
isso é um ponto de macumba que lhe fizeram, quando na
realidade o
fracasso não é nada disso, é sim, a falta de confiança própria
naquilo que
pretende conquistar e nada se conquista sem perseverança,
confiança,
esperança, paciência e planejamento estrutural em terra firme, não
existe sabido
sem estudo, intelectualmente falando.
Quem não quer
frequentar uma boa escola, da Educação Básica e
bem assim a
universidade? e fazer um curso universitário de proa e de grande
aceitação no
mundo dos negócios liberais e ou empresariais? Isso é fato,
porque toda
profissão leva necessariamente ao mundo dos negócios. Assim se
faz um curso
que não tem utilidade alguma, o fracasso tem inicio, antes,
durante e
depois de terminar o curso sem utilidade, porque em sendo assim,
nunca terá um
bom emprego e muito menos um bom salário. Confiar em si é
melhor do que
confiar no outro. Se conselho fosse bom não se dava, se vendia.
Vai ser sempre
assalariado e ou desempregado durante o período fértil laboral.
O sucesso não
é um presente é a recompensa da soma de tudo que foi feito
durante o
período anterior ao ingresso na vida do trabalho para se conquistar a
independência
pessoal em sentido amplo.
A paciência é
semelhante à sabedoria de que o ser humano deve ter
quando planta
uma semente e espera ela nascer, crescer e dar frutos. Sem
isso, o
fracasso é a sentença existencial decretada antecipadamente na mente
humana. A
semente precisa ser plantada, apodrecida naturalmente para puder
germinar,
crescer e dar frutos. Tudo em cada estação temporal e sequencial.
Meus pais
foram meus grandes professores e educadores da vida,
eles sempre me
diziam que cada ser humano, depois de completar trinta anos,
começavam a
adivinhar... ai eu perguntava: adivinhar o que? Ai eles caiam na
gargalhada...
e me diziam: meu filho, quem não conseguiu fazer poucas coisas
até completar
trinta anos, depois disso, fica difícil projetar e fazer muitas coisas,
tais como,
realizar grandes sonhos, tendo em vista o fracasso de ter deixado o
tempo anterior
aos trinta anos de plantar as sementes necessárias para
garantir as
colheitas futuras para se chegar aos quarenta... cinquenta...
sessenta...
anos de idade, de glória e vigor material e espiritual, porque depois
disso, o cabo
das tormentas existencial, que não é o Cabo das Tormentas
[localizado ao
sul da cidade do Cabo e a oeste da baía Falsa, na Província do
Cabo
Ocidental, na África do Sul, descoberto e designado cabo das Tormentas,
quando foi
dobrado pela primeira vez em 1488, pelo navegador português
Bartolomeu
Dias], já não terá o mesmo vigor físico e mental para muitos a partir
daí...
Isso envolve
paciência e paciência envolve tempo.
Assim sendo,
cada pessoa começa a confiar e ou desconfiar de si
mesma, ao
olhar para trás e ver suas realizações e ou ver seus fracassos,
onde nada e ou
quase nada dar certo e ou deu certo. Onde está o erro?
Todo ser
humano ou não tem vivido e sobrevivido pandemias, as
mais diversas
possíveis. Como doenças letais silenciosas, virais ou não ao
longo de sua
existência. Então o mesmo vai acontecer com a passagem do
surto viral
denominado Covid-19, mesmo sem que se saber como combater o
inimigo
invisível, porém, presente pela contaminação aos olhos da
humanidade.
Tudo isso porque a humanidade não pode plantar uma semente e
esperar
"in loco" que ela floresça no dia seguinte, assim são os
ciclos e/ou as
estações da
vida.
Quem viver,
verá...
Então, diante
disso todos os seres vivos, direta e indiretamente
atravessam
estações as mais diversas possíveis, pedras no caminho, algo
semelhante as
estações do ano: inverno, outono, primavera, verão.
Assim como na
natureza a estação da primavera nos dá e ou nos
apresentam
novas possibilidades, algo excitante e fresco.
Já na estação
do verão acontece a realização quase que plena, haja
vista que a
humanidade neste período se apresenta cheia de energia e muita
criatividade.
Força!
E durante o
outono vem o desencantamento da humanidade que
começa a
perder o interesse pelas coisas visíveis e invisíveis.
Impaciência!...
E por fim, vem
o inverno que provoca o descontentamento na
humanidade e
bem assim na natureza, diante do fato que nos sentimos vazios,
onde se tem
medo de ter perdido o entusiasmo pela própria vida.
Depressão!...
A humanidade
da estação de Covid-19 está no inverno estacional de
todos os
ciclos da vida animal, sem lenço e sem documento, quando a ciência
não tem vacina
e ou remédio para evitá-la e ou curá-la. Quem tem sobrevivido
é porque tem
uma boa imunidade e lutou com o vírus, se fazendo ganhar dele.
É um Deus nos
acuda para ricos, pobres e sem nada pelo mundo afora. Mortes
com força em
todos os continentes terrenos da contemporaneidade universal.
A pandemia de
COVID-19, assim como a Gripe Espanhola [1918-
1920], que por
estimativa matou 50 milhões de pessoas no mundo. Aqui no
Brasil, ela
matou 30 mil pessoas e inclusive o presidente da República
Francisco de
Paula Rodrigues Alves, em 1919, que havia sido eleito presidente
pela segunda
vez (não consecutiva). A peste bubônica [Peste Negra] entre
1343 e 1353 em
plena Idade Média, onde morreu um terço da população do
Continente
Europeu da época, segundo estimativa. A varíola, originária do
vírus
Orthopoxvirus variolae, transmitido de pessoa para pessoa pelas vias
respiratórias,
ela apresentou surtos diversos ao longo da história. Entre 1896 e
1980, cerca de
300 (trezentos) milhões de pessoas morreram no mundo por
causa da
doença. Somente em 1980, a varíola foi erradicada após uma forte
campanha de
vacinação. Os sintomas eram febre, dores no corpo e erupções
diversas na
pele. O tifo matou mais três milhões de pessoas no período pós
Primeira
Guerra Mundial [1918 e 1922], originária da bactéria bactéria
Rickettsia
prowazekii, e cujos sintomas eram: dor de cabeça e nas articulações,
febre alta,
delírios e erupções cutâneas hemorrágicas. Uma das vítimas do tifo
ainda no
século XIX, foi a princesa Leopoldina, com 23 anos de idade [irmã da
princesa
Isabel], em Viena na Itália, filha do Imperador Dom Pedro II do Brasil,
fato ocorrido
em 25 de maio de 1871 [BARMAN, 1999, p. 236; LYRA, 1977b,
pp.172, 174;
CARVALHO, 2007, pp. 144-145].
Ainda se tem o
cólera que segundo a Organização Mundial de Saúde
[OMS], cerca
de 28 a 142 mil pessoas ainda morrem todos os anos no mundo
por causa
desta doença e que tem como origem o consumo de água e ou
alimentos
contaminados, e é também conhecida como doença que afeta países
subdesenvolvidos
diante da precariedade e ou falta de sistemas de
saneamentos
básicos para a população de baixa renda.
Outra pandemia
que a humanidade conheceu e continua conhecendo
ainda em plena
século XXI é a tuberculose, para muitos conhecida como a
doença
provocada pela fome, que teve como período de surto entre 1850 e
1950,
portanto, 100 (cem) anos de duração. É bom lembrar de que apesar da
tuberculose
ser considerada controlada e não erradicada ou acabada, ainda
afeta inúmeras
regiões consideradas mais pobres do mundo, inclusive no
Brasil. A OMS
acredita que mais de 1 (hum) bilhão de pessoas morreram pela
doença e é
ainda a doença mais infecciosa do mundo e que mais mata na face
da terra ainda
nos dias atuais. Tem como origem o Bacilo de Koch, uma
simples
bactéria, e começou a ter tratamento após a descoberta da penicilina,
por Alexander
Fleming [1928]. Ele afeta o sistema respiratório e tem como
sintoma
mais grave e letal a insuficiência respiratória. Pessoas infectadas
apresentam
crises de tosse aguda com sangue e pus.
O vírus HIV, a
popular “aids”, que teve inicio na década de 80 do
século XX e
desde lá até o presente momento já matou por estimativa cerca de
20 (vinte)
milhões de pessoas por complicações da referida doença.
Recentemente o
mundo acordou em pânico com a Gripe Suína
[H1N1], a
popular “Influenza”, identificada preliminarmente em porcos em 2009
no México, in
loco espalhou-se pelo mundo e se tem noticia que matou mais de
18 (dezoito)
mil pessoas.
E mesmo assim
a humanidade com paciência, ainda vive aprendendo
a lidar com
tais vírus e bactérias letais, apesar dos prejuízos de toda ordem e
em todos os
países por onde passaram e ainda existem.
Sem sombra de
dúvidas, tais pandemias é um processo natural e que
todos os seres
vivos [humanos ou não] em cada época vivenciaram assim
como os
mortais atuais vivenciam a Covid-19, o medo maior acontece porque
mata, e ainda
tem gente que não acredita, essa cultura faz o isolamento não
ser praticado
em larga escala para evitar a disseminação viral entre a
população em
geral, isso significa dizer que parte do povo não estar
acostumado em
viver dissociado da natureza e por isso não se deixar perceber
o que
realmente estar acontecendo em cada estação dela e por analogia a vida
racional e
irracional, levando-se em consideração que o caso da covid-19 teve
origem
detectada em morcegos existentes na China.
É bom que
grande parte da população de cidades grandes e ou
pequenas,
tente permanecer sempre na estação do verão, sem recorrer assim
a
medicamentos, e sim ao isolamento domiciliar, lugar sagrado de distrações
diversificadas
via a mídia e ou redes sociais que existem para todos os gostos,
e ou outros
recursos que possam impedir em grande escala a volta
populacional
as ruas, praças e avenidas, etc., etc., evitando assim entrar
forçado no
inverno e no outono da vida, diante da pandemia atualmente
existente e
matando gente com força.
A humanidade
precisa se harmonizar com as estações da natureza e
bem assim com
as pandemias, porque não? Se isso não ocorrer jamais se tem
crescimento
mental e paciência suficiente para enfrentar cada crise e ou
pandemia. É
isso que se chama desenvolvimento pessoal da humanidade, sem
isso nada
feito.
A Covid-19 não
vai se acabar nunca, porque a gripe comum até hoje
nenhuma vacina
e ou medicamento acaba com ela, porque é cíclica é
transmitida
igualmente de ser para ser [animais em geral], diante do quadro de
imunidade de
cada ser vivo, portanto, ela não será a última de todos os vírus
que terão vir
depois dele, dai a necessidade do desvencilhamento grupal e
social da
velha cultura e costume do convívio fora do lar, diante das prioridades
circunstanciais
e preocupacionais, criadas pela humanidade que se chama
espaço para
aderir ao novo, ficar em isolamento, fique em casa. O isolamento
tem sido uma
questão de vida e morte para cada ser que é inevitavelmente um
portador,
condutor, transporte e/ou transportador para contaminar e ser
contaminado.
O inimigo é
invisível... Cuide-se!
A humanidade
sabe que assim como um jardineiro os ciclos e ou
estações da
natureza direta e indiretamente exige cautela, paciência.
A humanidade
com paciência ou não sabe que há uma estação para
tudo na vida:
nascer, viver, morrer...é impossível fazê-la diferente.
Por mais hábil
que seja a humanidade, os governantes e governados,
todos estão
debaixo das leis da natureza e segundo suas estações naturais e
pandêmicas,
porque jamais se pode puxar as folhas de uma planta qualquer e
ou abrir as
pétalas do botão como maneira de acelerar o desabrochar e ou
nascer de uma
flor. Tudo precisa de paciência, de tempo.
Cuide-se! Fica
em casa!
Ah! Não ficar
em casa é disseminar e ser disseminado pelo vírus da
COVID-19.
A COVID-19 é
invisível é não conhece razão para desistir de sua
finalidade
letal e mortal em desfavor da humanidade.
REFERÊNCIAS
Barman, Roderick
J. (1999). Citizen Emperor: Pedro II and the Making of Brazil,
1825–1891 (em
inglês). Stanford: Stanford University Press. ISBN 0-8047-
3510-7
CARVALHO, José
Murilo de (2007). D. Pedro II: ser ou não ser. São Paulo:
Companhia das
Letras. ISBN 978-85-359-0969-2
LYRA, Heitor
(1977b). História de Dom Pedro II (1825–1891): Fastígio
(1870–1880).
2. Belo Horizonte: Itatiaia
https://www.recantodasletras.com.br/artigos/6934386
Enviado por Francisco de paula Melo Aguiar
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