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domingo, 30 de junho de 2013

O jornal A Tarde publicou em 24 de Dezembro de 1929


A passagem de Lampião às Queimadas deixou o povo desesperado, pois lá os cangaceiros fizeram o que bem entenderam, e ainda mataram 7 soldados, deixando vivo apenas o sargento Evaristo.

A seguir a matéria do jornal A Tarde

Enquanto isso, os cabras saqueavam o comércio, tendo se apoderado da importância de 20 contos de reis. 

Às 6 horas da tarde, resolveram fuzilar o destacamento e o fizeram fria e covardemente a porta da cadeia.


Foto do sargento Evaristo Carlos

Das oito praças, escapou apenas o sargento Evaristo, com uma concessão do bandido aos retirados pedidos dos presentes. 

Em seguida, o grupo sinistro mandou abrir o cinema, sendo passado um filme e assistido até o fim. 

Houve depois “baile” isto é sapateado e cachaçadas. 

(A TARDE, Salvador, p. 24 de dezembro 1929).


Clique no link abaixo para você saber porque Lampião não assassinou o sargento Evaristo Carlos


http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2013/06/o-caso-da-sargento-evaristo-carlos.html

O cangaceiro Moita Brava

Por: José Plínio de Oliveira

José Mendes, tive a oportunidade de conhecer na Várzea da Ema o Sr. Marcos Batista - irmão dos cangaceiros Moita Brava e Carrasco - e a Sra. Dona Eva, esposa de Seu Marcos, falecido no dia 19/06/2013. Ambos figuram como pessoas da minha mais elevada estima. 

José Mendes, a saga do cangaço na Várzea da Ema atormentou a muitas famílias, inclusive a do Sr. Marcos Batista. É uma longa história. Carrasco morreu logo no início da lida cangaceira, Moita Brava lutou e sobreviveu. 

A informação que eu tinha era de que depois das "entregas" Moita Brava sumiu no mundo e a família na Várzea da Ema nunca mais teve notícias. Se tens alguma informação sobre a história dele em São Paulo, gostaria de estudá-la. 

JOSÉ PLÍNIO DE OLIVEIRA - pdw28@hotmail.com (Serrinha - Bahia) 

Amigo José Plínio de Oliveira:

 Seu e-mail não está dando certo. Envie-nos contatos.

Estou lhe enviando material sobre o cangaceiro Moita Brava através do blog "Lampião Aceso", escrito pelo pesquisador Kiko Monteiro.

Clique no Link:

Caso não consiga abri o blog "Lampião Aceso" leve o link até ao google.

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2013/04/cangaceiros.html

Faça uma boa leitura!

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NOVO LIVRO DE JOÃO BARONE NA GLOBO NEWS

Publicado em 23/06/2013 por Rostand Medeiros

João Barone no programa Globo News Literatura.

João Barone no programa Globo News Literatura.

O novo livro do músico e pesquisador João Barone “1942-O Brasil e sua guerra quase desconhecida” foi esta semana um dos temas de uma interessante reportagem do programa Globo News Literatura.

Em seis minutos você pode conhecer mais sobre este livro e a pesquisa realizada. Para acessar é só clicar no link abaixo;

http://g1.globo.com/globo-news/literatura/videos/t/todos-os-videos/v/baterista-do-paralamas-do-sucesso-lanca-1942-o-brasil-e-sua-guerra-quase-desconhecida/2649309/

Durante a reportagem fiquei surpreso e ao mesmo tempo feliz, de ver que na escrivaninha do amigo João Barone está o nosso último livro “Eu não sou Herói-A história de Emil Petr”.

João Barone é mais conhecido pelo seu desempenho nas baquetas da banda Paralamas do Sucesso, mas há algum tempo vem trazendo para o grande público, através de seus documentários e livros, novas e interessantes informações sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Já tive a oportunidade expressar a João Barone minha opinião que ele é um dos maiores responsáveis pelos processos de popularização deste tema nos últimos anos aqui no Brasil. Esta popularização é extremamente necessária para que aqueles que lá foram não sejam esquecidos, ajuda a pesquisadores a ampliarem novos trabalhos sobre o tema e para que esta história não volte a se repetir.

1942-O Brasil e sua guerra quase desconhecida

Sei que novos trabalhos do João Barone estão chegando e com certeza com a marca da qualidade que lhe é peculiar.

Extraído blog Tok de História - do historiógrafo e pesquisador do cangaço: Rostand medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com

Dona Fideralina, a Matriarca de Lavras da Mangabeira

Dona Fideralina Augusto Lima

Num universo dominado pelo patriarcalismo, há que se ressaltar a figura de Fideralina Augusto Lima, nascida em Lavras da Mangabeira no ano de 1832, filha de um poderoso latifundiário e chefe político local. Com a morte do pai, dona Fideralina deu continuidade a sua atividade político-partidária. De atitudes enérgicas tornou-se figura expressiva entre o coronelismo da região.

Dona Fideralina casara-se muito jovem, aos 15 anos, com um filho de Raimundo Duarte Bezerra (Papai Raimundo, fundador de Várzea Alegre). E enviuvara aos 44, sendo mãe de doze filhos.
 
O poder herdado do pai, e mais tarde do marido, foi habilmente mantido. Fideralina conseguia sempre estar bem com os governos: de monarquista converteu-se em republicana, contanto que dominasse a região de Lavras da Mangabeira. 

Nunca quis cargo político mas os ocupava com os familiares e amigos próximos. Os mais próximos chamavam-na de Dindinha, os mais distantes chamavam-na de Fidera do Tatu.

Casa do Sitio do Tatu, onde viveu Fideralina  - (imagem: http://blogdosanharol.blogspot.com.br)

O apelido devia-se ao fato de, apesar de ser proprietária de vastas terras, vivia no sitio do Tatu, próximo à cidade. Ali mantinha engenho, casa de farinha e bolandeira de beneficiar algodão. Era também proprietária de muitos escravos, onde se destacava um grupo de negras que eram usadas  como parideiras de moleques, que após algum tempo eram vendidas. Fideralina impunha respeito, e despertava medo e curiosidade das pessoas.

Foto do final dos anos 1930/início da década de 1940. Antiga Rua da Praia, depois Rua Santos Dumont e hoje Wilson Sá. Ao fundo a Rua da Beira do Rio, destruída pela enchente de 1947. (imagem: http://lavrasdamangabeirace.blogspot.com.br)

Entre os negros do sitio do Tatu, quatro deles, dos mais fortes, deviam estar sempre prontos para carregar a liteira de Dona Fideralina, nas suas idas à cidade. Corpulenta, medidas avantajadas, quadris largos, rosto cheio, Fideralina era baixa e gorda, sisuda, falava alto, cheirava rapé e bebia zinebra. Tempos depois trocou a liteira pelo cabriolé – uma espécie de charrete – e, depois de velha, estranhamente, começou a andar a cavalo, inspirando uma crônica do juiz Álvaro Dias Martins, assustado com a vitalidade da velha cavaleira.

 Estação ferroviária de Iguatu, em 1957 (foto do site estações ferroviárias)

Temida pelo povo, não era só medo que ela despertava nas pessoas. Quando viajava de Lavras para Iguatu, onde tomava o trem para Fortaleza, e se hospedava na casa do chefe político da cidade, despertava imensa curiosidade. O povo ia à casa do coronel para vê-la, corria às calçadas a fim de lhe assistir a passagem e, na hora do embarque, uma multidão se comprimia na plataforma da estação ferroviária para ver aquela mulher perigosa, valente, cheia de coragem, que mandava matar os inimigos.

Igreja Matriz de Lavras da Mangabeira (foto: O globo)

Essas viagens faziam parte de seu relacionamento com o Presidente da Província. Mas Fideralina abusava às vezes dessas boas relações. Chegou a exigir em carta ao Presidente que nomeasse um amigo analfabeto para o posto de professor de grego do Liceu de Fortaleza. Provavelmente era ela mesma quem escrevia as próprias cartas. Tinha uma bela letra e assinava Federalina, com a letra E no lugar do I, como era conhecida.

Graças a seu poder político e econômico, Dona Fideralina podia manter certos hábitos interditos à mulher. Falava o que lhe viesse a cabeça, dizia palavrões em qualquer oportunidade, alteava a voz com os homens. Tinha um grupo de "cabras" capazes das maiores crueldades para proteger a propriedade e garantir a família. Ela própria andava sempre com um bacamarte ao alcance da mão.

Rezava o rosário diariamente em companhia da família e das escravas – o folclórico dizia que o rosário era confeccionado de orelhas dos inimigos. 

Localização de Lavras da Mangabeira, no mapa do Ceará

Fideralina faleceu em 1919, o que não encerrou o domínio da família Augusto. Apenas na década de 70, pela primeira vez, os Augustos não conseguiram eleger o prefeito de Lavras. 

Pesquisa:
História do Ceará, de Airton de Farias
site estações ferroviárias 
Jornal Diário do Nordeste

Tv Assembleia do Ceará