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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

GENTE DO MEU LUGAR (E DO MEU CORAÇÃO)

Por Rangel Alves da Costa*

Outro dia, a amiga Taysa Godoy lembrava-me de algo interessante. Sabedora que sempre gosto de visitar pessoas aparentemente esquecidas da atual sociedade poço-redondense, então ela perguntou se eu recordava de Neném de Rita.

Mas claro que sim, logo respondi. Quando meninote eu não saía dos arredores da casa de Dona Jovita, onde sempre me reunia com Antônio José, Aderaldo, Vadinho, Gérson, Juarez, Zelito (os dois) e tantos outros amigos, ora para brincar de futebol na calçada (com jogador feito de plástico levado ao fogo em tampinha de leite ninho) ou catando sacola velha de plástico para fazer rede de trave de futebol. Nosso campinho era bem ao fundo da casa. E todas as vezes que eu estava por ali sempre avistava Neném, eis que Dona Rita morava na vizinhança.

Hoje em dia a família não mora mais ali, mas já procurei saber onde poderei encontrá-lo, e logo após a ponte, na estrada depois da casa de Arnaldo e Lucinha, quase defronte à casa de comadre Conceição, onde vive num quartinho separado da residência de um parente. Não demora muito e o farei uma surpresa. Certamente pouco recordará dos tempos idos, mas jamais esquecerei o seu jeito terno de ser, um eterno menino num homem feito. Seu problema de demência ou algo parecido, jamais impediu de se manter sempre sorridente e cumprimentando quem o conhecia com aquela voz arrastada e cativante.

A história de Neném é o próprio enredo da negação de muitos conterrâneos para com seus irmãos. Além do ser humano maravilhoso que é, pertence a uma família das mais importantes de toda a região sertaneja. É gente de Zé de Julião, de Rita, de Anita e, desse modo, vindo de uma linhagem familiar de tradicional pujança e profunda e verdadeira raiz. Talvez poucos soubessem, mas Neném ainda pode ser encontrado a poucos passos do centro da cidade. A ele devo uma visita, várias, e a ele também devo o prazer do reencontro com os esquecidos da sociedade.


São simples gestos, assim como um cumprimento ou uma visitinha, que tantas vezes provocam grandes transformações nos sentimentos humanos. Gente há que vive tão desolada, esquecida, praticamente renegada aos desvãos da existência, que um pouco de atenção já desperta um verdadeiro renascimento. Atualmente, quem chegar à humilde residência de Dona Clotilde, lá pelas bandas da Praça de Eventos (a última casa pelo lado da serraria), logo será convidado por Neném a apreciar um retrato. Dois, melhor dizendo.

O primeiro, um santinho pelo falecimento de Alcino num porta-retratos, e outro maior, numa moldura de parede, onde são avistados a própria Neném, sua mãe Clotilde e eu. Ela sente imenso prazer em mostrar tais fotografias, principalmente a mais recente. Assim acontece porque, intimamente, se sente valorizada por alguém ter fotografado e a presenteado com tal recordação. Por isso mesmo que toda vez que chego por lá ela se ajeita toda no sofá para que meu lugar fique garantido junto a ela. É como se estivesse repetindo a pose do retrato logo adiante.

Também não faz muito tempo que a amiga Ana de Juvenal, igualmente a Taysa, recordou-me acerca de Argentina, irmã de Agostinho, aquele que de paixão perdeu o juízo e entre nós vivia em estado de humana e cordial loucura. Pois bem, segundo Ana, Argentina ainda vive, porém convive com o injusto esquecimento da população de Poço Redondo. Disse-me ainda o quanto ela se sentiria imensamente feliz com qualquer visitante que na sua moradia chegasse como uma surpresa boa.

Ana tem razão, e também Taysa. As pessoas precisam ser mais valorizadas, mais reconhecidas enquanto estão entre nós. Não adianta proclamar saudade, bondade ou reconhecimento, após a partida terrena. Além dos afazeres cotidianos, precisamos sempre encontrar um tempinho para visitas aos esquecidos, aos enfermos, aos idosos, àqueles que um dia foram tão importantes quanto supomos que agora somos.

Quem conhecerá o amanhã de nossos passos incertos? Mas desde já ninguém deseja ser esquecido.

Poeta e cronista
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FOTOGRAFIAS HISTÓRICAS...


Para começarmos o ano com o pé direito trago uma fotografia pouco conhecida do Padre Cícero Romão Batista do Juazeiro do Norte/CE e de Benjamin Abrahão, seu Secretário particular.

A fotografia foi registrada durante um passeio do Padre e do Secretário pelas ruas da cidade de Juazeiro do Norte/CE no ano de 1925.

No ano seguinte a esta fotografia Lampião surgiria na vida desses dois personagens... Mas aí já é outra história.

Fonte: Facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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SEU JOSÉ MARIA DE JEREMOABO-BA.


Jorge Roberto
Publicado em 3 de janeiro de 2016
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GONZAGUEANOS RECEBEM CERTIFICADO EM SIMPÓSIO SOBRE VIDA E OBRA DE LUIZ GONZAGA





Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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PRIMEIRO CARRO QUE CHEGOU NA CIDADE DE MOSSORÓ


Foi exatamente no dia 11 de maio de 1911 que chegava ao município o "Westinganse, veículo de fabricação alemã, comprado no Rio pela firma Tertuliano Fernandes e Cia, para estabelecer linha mais fácil de comunicação entre Mossoró e cidades do oeste", conforme descrevera Lauro da Escóssia, em O Mossoroense de 24 de dezembro de 1977.

O jornalista informou que quando da chegada do carro, o comércio fechou suas portas para que todos tivessem oportunidade de vê-lo. Acrescentou que muita gente se ajoelhou nas calçadas ao ver o veículo.

O carro "desembarcou no Porto de Santo Antônio, até ali trazido por navio de pequeno calado, em maré alta. Não veio funcionando por ter quebrado uma de suas peças ao desembarcar. Acompanhou um mecânico motorista do Rio, Cesário Martins, contratado pela firma para instruir alguém capaz de servir de motorista em sua substituição", descrevera Lauro da Escóssia, na seção "Mossoró no Passado".

Sobre a movimentação com a chegada do automóvel, ele assim escreveu: "Foi um deus-nos-acuda, sua entrada na cidade pela praça da cadeia, rua Ulrich Graff, praça da Redenção, ruas Almeida Castro até a praça do Coração de Jesus, onde ficou adaptado um prédio para servir de garagem, com porta larga, fosso de cimento para lavagem e reparos nos baixos da carroceria (pouco se falava em macaco para levantá-lo).


Fonte: facebook

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SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS


SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS - Onde nasceu Lampião - Os visitantes embrenham-se na zona-rural, deliciando a paisagem do sertão, mesmo cenário que viveram os cangaceiros no século passado, com o guia narrando histórias alusivos a Lampião.

A primeira parada nas PEDRAS onde aconteceu o primeiro confronto armado entre os irmãos Ferreiras (família de Lampião) e Zé Saturnino (primeiro inimigo).

Sem sair da trilha chega-se as ruínas da antiga casa-grande da fazenda Pedreira, pertencente a Zé Saturnino. Onde foi palco de um dos mais emocionantes capítulos da história do cangaço.

Um pouco mais adiante se pisa no Sítio Passagem das Pedras – onde está à casa de Dona Jacosa, avó materna de Virgolino, onde ele nasceu. É como se a família ainda estivesse lá, com sua avó, a Mulher Rendeira, cantando loas... Consta de um maravilhoso acervo em fotografias, utensílio e móveis, objetos e documentos que têm referência com os guerrilheiros do sertão e remete o visitante a um mergulho no mundo mágico do cangaço, por onde começou a saga do mito Virgolino Ferreira da Silva.

É o ponto de partida da vida daquele que por duas décadas percorreu a maior parte do nordeste brasileiro fazendo justiça com as próprias mãos, pondo em xeque o poderio dos coronéis.

No Sítio tem um passeio pela caatinga em visita ao Riacho de São Domingos, ao sopé da Serra Vermelha.

O Sítio Passagem das Pedras – onde nasceu Lampião – fica situado a 35 km. do centro de Serra Talhada, pela Rodovia Estadual Virgolino Ferreira da Silva (PE 390), na direção da cidade de Floresta.
Visitas agendadas:

Telefones (87) 3831 3860 e (87) 99938 6035
E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com.br

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