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terça-feira, 14 de junho de 2011

Antônio Silvino e o Coronel Santana em Missão Velha

Por: Bosco André


         O afamado cangaceiro Paraibano, Antonio Silvino, esteve também por estas bandas de Missão Velha, sob a proteção do Cel. Antonio Joaquim de Santana, juntamente com alguns dos seus irmãos.


          Um dos irmãos de Silvino, de nome Pedro Silvino, mantinha uma casa de comércio na Cidade, isso entre os anos de 1902 para 1904.

Coronel Antônio Joaquim de Santana

             Tendo um dos irmãos do cangaceiro Paraibano, andado metendo os pés pelas mãos em Missão Velha, um belo dia do mês de abril, Antonio Silvino recebeu um recado do Cel. Santana, convocando-o até o seu Quartel General na Serra do Mato. Antonio Silvino, imediatamente selou um animal e se pôs à viagem, ali chegando, já se encontrava à mesa para o jantar o Cel. Santana, que o convidou para sentar-se e jantar, Silvino atendeu ao convite, se sentando para jantar, mais com o seu rifle nas pernas.

             Terminado o jantar o Cel. Santana, usando o seu linguajar roceiro, disse-lhe:
          
          - Sim senhor Antonio Silvino, mandei lhe chamar aqui para lhe dizer que você não tem mais a minha proteção em Missão Velha; o lugar do seu rifle aqui na minha casa, era ali no canto daquela parede. Hoje você jantou na minha mesa com o rifle nas pernas.

Antonio Silvino
             
           Imediatamente Antonio Silvino se levantou e convidado pelo coronel Santana para tomar o café, que se estava sendo colocado na mesa, respondeu-lhe:

           - Na sua casa eu não tomo mais, nem água.  

              E de rifle em punho e já engatilhado, saiu de costas até o alpendre onde se encontrava o seu animal amarrado. E pulando de costas em cima do animal, cortou-lhe a corda que o amarrava na varanda e desceu a Serra rumo a Missão Velha, isso tudo já no escuro total, chovendo muito.

          Chegando em Missão Velha, já noite alta, foi acordar os irmãos e ordenou-lhes que deveriam deixar Missão Velha, antes do dia amanhecer, pois temia um ataque do Cel. Santana.

           O seu irmão que era comerciante, foi acordar os seus vizinhos para vender as mercadorias existentes na sua bodega. Os colegas de comércio, sabendo que os Irmãos Silvinos tinham que deixar Missão Velha às pressas, ficaram se amarrando para ficar com as mercadorias de graça. Foi quando Pedro Silvino, notando a matreirice dos seus colegas de comércio, começou a espalhar umas latas de gás dentro da sua mercearia e começou a furá-las a punhal.
             
            Perguntaram o que ele iria fazer, ao que ele respondeu-lhes:

            - Vocês acerem o que é de vocês, porque eu vou queimar o que é meu; “não vou deixar nada de graça prá ninguém”.

            - Neste instante, os comerciantes que eram seus vizinhos, resolveram a comprar as mercadorias de Pedro Silvino. Mas o que é certo que antes de amanhecer o dia seguinte, os irmãos Silvinos desocuparam Missão Velha e nunca mais voltaram aqui.

José Gonçalves de Lucena

                História que me foi contada pelo Sr. José Gonçalves de Lucena. O comércio de Pedro Silvino, ficava localizado, hoje, Rua Cel. José Dantas, onde hoje funciona atualmente o Café de Dona Didi Fideles.


Bosco André é Historiador e um dos palestrantes
do Cariri Cangaço.

Extraído do blog: "Lampião Aceso", do amigo Kiko Monteiro

"Os Últimos Cangaceiros": Filme foi lançado com grande sucesso.


Por: João de Sousa Lima


            O filme "Os Últimos Cangaceiros" foi lançado em Fortaleza com grande sucesso.

Theatro José de Alencar

           O belíssimo e portentoso Theatro José de Alencar foi o palco de lançamento do filme do cineasta Wolney Oliveira.

Wolney Oliveira

            Dos remanescentes do cangaço a único participação foi da cangaceira Aristeia Soares de Lima.

Na fotografia abaixo, da
esquerda para a direita:
     Dinho, Nely 
filhos de Moreno e Durvalina.

            João de Sousa Lima, Pedro Soares (filho de Aristeia), Damarys Soares (nora de Aristeia), Inacinho e João (filhos de Moreno e Durvinha. Sentada:  Aristeia Soares.
             Assistindo ao filme, além de uma grande lotação,  tivemos ainda a atriz Nicette Bruno e o ator Chico Dias.

Extraído do blog: João de Sousa Lima


UM POUCO SOBRE OS ATORES:
Nicette Bruno


           Nicette Bruno seu nome de batismo é Nicette Xavier Miessa. Nasceu no dia  7 de janeiro de 1933, no Estado do Rio de Janeiro. Seus avós, maternos e paternos eram descendentes de alemães e de franceses. Uma de suas avós era médica e a mãe era cantora, inclusive as irmãs da mãe. Os tios se dedicarm aO balé clássico no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Todos os seus familiares eram artistas.

O ator Chico Bruno

 

Lançado no Cine Ceará, "Os Últimos Cangaceiros".

Diretor Wolney Oliveira

           A programação da noite da última sexta-feira dia 10, do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, reuniu público, artistas, jornalistas e realizadores para a pré-estreia do longa-metragem de Wolney Oliveira, "Os Últimos Cangaceiros". Na plateia, o destaque foi a presença de dona Aristeia, de 98 anos, cangaceira que pertenceu ao bando de Lampião e foi amiga de Durvinha e Moreno, personagens centrais do sensível documentário de Wolney, que também é diretor executivo do Cine Ceará.
Manoel Severo, Aristeia e João de Sousa Lima

            Antes da exibição, Nicete Bruno foi homenageada com Troféu Eusélio Oliveira por sua profícua carreira no teatro, TV e cinema. Na quinta-feira, o público do Cine Ceará pôde assistir a atriz no curta Casa das Horas, do cearense Heraldo Cavalcanti, que participa da mostra competitiva representando o Estado. 

            "Os Últimos Cangaceiros" resgata a história do casal Durvinha e Moreno, que durante 66 anos esconderam suas identidades de ex-cangaceiros do grupo de Lampião. O sigilo do casal era absoluto - estendendo-se inclusive a seus filhos - para poder reconstruir suas vidas após o fim do grupo de Lampião e Maria Bonita. Somente aos 95 anos, Moreno decidiu revelar toda a verdade e buscar em seu passado lembranças e um filho deixado aos cuidados de um padre.

 
Moreno e Duvinha

             Recheado de depoimentos e imagens inéditas de arquivo, o longa retrata como o casal de cangaceiros chegou a Minas no final da década de 1930 fugindo dos ataques das forças federais que dizimou o grupo de Lampião - morto em 1938. Após quatro meses de fuga, margeando o Rio São Francisco, eles se estabeleceram na cidade de Augusto de Lima, na região central do Estado. Adotaram novas identidades e refizeram suas vidas. No final da década de 1960, o casal se mudou para Belo Horizonte.

            Considerado um dos últimos cangaceiros homem, e um dos últimos integrantes do bando de Virgulino Ferreira, Moreno morreu aos 100 anos em 2010. Sua mulher, Durvinha, faleceu em 2008, aos 93 anos.

FONTE:cinema.cineclick.uol.com.br
Flagrantes da Noite, cortesia confrade Afrânio Cisne

 
Tomaz, Raimundo, Vera Ferreira e Edilson Junior 
Edilson Junior, Ângelo Osmiro, Vera e Tomaz 
Carlos Elydio, Edilson Junior, Antônio Amaury e Tomaz Cisne
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               NOTA CARIRI CANGAÇO: O nosso abraço ao Diretor Wolney Oliveira pelo grande trabalho e aos queridos amigos Lili, Inacinho e João Souto, a meu irmão de coração João de Sousa Lima por fazerem parte dessa história. Os Últimos Cangaceiros, sem dúvidas é um dos grandes lançamentos de 2011.
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Extraído do blog: "Cariri Cangaço"