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sábado, 8 de abril de 2023

R E V E R S O

Por Veridiano Dias Clemente

És pra mim musa dos versos
Esse teu jeito me dar tédio
Mas és o meu melhor remédio
Com esse teu jeito demorado
És a luz da minha escuridão
Que causa meu retrocesso
És inspiração de progresso
Que fazes parar meu coração
És meu amor da ilusão
És o retorno na ida
És essa linda atrevida
Que contraria a gravidade
És o avião lá no rio
És no ar esse navio
Que me traz liberdade
Mas prá me dar felicidade
Tu me levas ao reverso
Começo da estaca zero
Não sei porque te quero
Mas sempre sou o Anverso
Do papel ou no abraço
Mas quando te jogo o laço
Tú serás sempre meu " VERSO '
Poeta VERÍ
Do país de Caruaru-PE

https://www.facebook.com/veridianodiasclemente.clemente

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MARINÊS E SUA GENTE - TOPIC

 Acervo do Antônio dos Santos Lima.

https://www.youtube.com/watch?v=ww6ElkhIC28&ab_channel=Marin%C3%AAsESuaGente-Topic

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MINHA FAMÍLIA

 Por José Mendes Pereira


Da esquerda para a direita: 

Jaconias Mendes meu sobrinho, que aos 14 anos, resolveu colocar um ponto final na sua vida. José Mendes Pereira eu. Luzia Mendes Pereira - minha irmã. e minha mãe Antônia Mendes Pereira.

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A VIDA É...

Por José G. Diniz



A vida é fantástica e bela

Porém cheia de ilusões

Muitos que possui milhões

Compram até momentos dela


Mas chegando ao final, ela

Da matéria se despede

E quem comprou por parcela

Deu a entrada, mas perde


Deus tem a escala e mede

A quem é bom ou ruim

E a cobrança ele só pede

Quando chegar ao fim


Traiçoeiro foi Caim

Que matou o seu irmão

E o motivo, foi sim

Inveja e muita ambição


Sinta pelo seu irmão

Carinho e humildade

Porque Deus te dá o perdão

Mas não vem pela metade


Deus é paz e a verdade

Não existe outro senhor

Ele é quem tem piedade

É o sedar da minha dor


Ele é meu professor

E me dá muita alegria

Por tudo que ele criou

Tenho grande simpatia.


https://www.facebook.com/josegomesd

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AS TRUFAS DE PAULO

 Por Katharina Gurgel.

Quem não provou ainda as trufas de Paulo, pelo menos já o viu na sua cadeira de rodas, andando, com passos curtinhos, pelas ruas de Mossoró, aqui no Rio Grande do Norte. A trufa custa R$ 2,50 e pode ser paga em espécie ou através de pix, que ele já tem o QRcode destacado na sua caixa térmica.

- Agora só tenho nos sabores de limão, brigadeiro, maracujá e morango. - Quando o encontrei já era meio da tarde e ele já estava com a caixa quase vazia.

- Me dê uma de morango e outra de brigadeiro. Num dia bom você chega a vender quantas trufas, Paulo?

- Umas 55, 60. Passo o dia inteiro andando. Cada dia vou por um caminho diferente. Eu amo venda e nada melhor do que trabalhar com o que se ama.

Paulo Frutuoso Machado tem 26 anos. Teve paralisia cerebral no parto. Tem limitações motora e na fala. Nada que o impeça de se comunicar muito bem.

- Todo mundo tem que trabalhar, e eu não sou diferente de ninguém. Nós nascemos para ser vencedores. - Ele fala, respeitando o seu tempo de respiração, e com muita convicção de pensamento.

Paulo mora com a mãe, o pai e uma irmã. Gosta de ler sobre política e tem o projeto de um dia ser político.

- Eu acredito na política para o povo. Preciso de acessibilidade, e sei o quanto as pessoas com deficiência precisam de uma vida mais acessível. Eu sei que pode ser feito muito mais.

Há 4 anos trabalha vendendo suas trufas. Já foi assaltado algumas vezes, mas nada que o intimide ou faça parar. Ao contrário, procura olhar sempre tudo pelo lado positivo.

- você sabia que eu sou o único ambulante que tem o seu próprio calendário personalizados? Vendo o espaço da publicidade. Só não dou um agora, porque o último entreguei há pouco tempo. Mas você consegue ver alguns clientes meus com meus calendários no meu Instagram paulofrutuosomachado, tudo junto, já me segue?

- Não, não sigo, mas já vou fazer isso agorinha mesmo. Paulo, vou ter que ir. Foi um prazer ter conversado com você e ficar conhecendo um pouco mais da sua história.

- Eu que agradeço. Foi um prazer conversar com você. Posso deixar minha última mensagem?

- Claro, por favor.

- Lute, vença e conquiste. A vida é incrível!

Essa é a história do Paulo!

ADENDO:

Se você encontrar o Paulo vendendo as suas trufas, compra uma, duas, três..., Deus agradece a você. Eu conheço Paulo. Ele merece muito ajuda de cada um de nós. Veja que em vez dele está pedindo a um a outro, está trabalhando como qualquer outro. - José Mendes Pereira

https://www.facebook.com/groups/4678520748858463

MEU, SEU, NOSSO ESTADUAL

 Por José Mendes Pereira


Por que "O Estadual" e não "A Estadual"? Simplesmente porque esta escola já foi "Colégio Estadual de Mossoró", esta é a razão de todos a chamarem de "O Estadual".

Será que existem pessoas adultas ou bem adultas de Mossoró que ainda não conhecem o Estadual? É quase certeza que não. Quem aqui nasceu sabe muito bem chegar na maior Escola pública de Mossoró. E quem aqui nasceu e nela estudou conheceu e conhece todas as dependências dela, e até teve, muito embora pequeno e passageiro, um romance amoroso nas suas dependências, nos seus corredores, na cantina, na área de lazer, no auditório do teatro, na quadra de esporte, na rampa e que tenha sido em qualquer uma delas, enfim, "O Estadual" sempre foi e será um guardador de segredos que viu nas sua dependências casais de alunos e até mesmo professores se amando.


A Escola Estadual Jerônimo Rosado está localizada em Mossoró no bairro Santo Antonio, à Rua Ferreira Itajubá S/N, e foi fundada no ano de 1959, por Dinarte de Medeiros Mariz, que governou o Rio Grande do Norte entre 1956 e 1961.

Nas últimas seis décadas esta repartição já educou uma grande parte do povo mossoroense, inclusive pessoas de outras cidades que se matriculam nela, e é conhecida em toda região por "O Estadual", sendo de tradição. É a maior escola pública de Mossoró, com pouco mais de 20 salas de aula, e todas são grandes, com auditório, quadra de esporte, e duas rampas para ter acesso às classes.

Acadêmicos de matemática na recepção aos visitantes - http://pibidmatematicauern.blogspot.com.br/2013/06/salao-de-jogos-matematicos-movimentam.html

As alunas eram as pétalas que desabrochavam em suas flores para florirem aquela escola, e que sempre foram as personalidades que não deviam faltar naquelas dependências. Um olhar e um riso apaixonado de cada uma delas dentro daquele ambiente educacional fazia a escola continuar educando e formando com muito prazer, obrigado!

Quem viveu o Estadual sabe muito bem como era divertido estudar nele, e com certeza, orgulhou-se ou orgulha-se muito, por estudar em uma das mais tradicionais escolas de Mossoró, com bons mestres e responsáveis funcionários.

Aquelas estudantes que vestiam as suas fardas do magistério eram  e ainda são muito bem lembradas em qualquer lugar de Mossoró, porque, a cor do uniforme embelezava mais ainda as estudantes.

http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com/2014/08/escola-estadual-jeronimo-rosado.html

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ADEUS, CAPITÃO LAMPIÃO!

 Por José Mendes Pereira - (Crônica 77)

Espero que o amigo leitor,  se caso decidir ler este meu simples trabalho (fictício) não use de forma alguma na literatura lampiônica, porque, é apenas uma brincadeirinha com o compadre Lampião. Se os poetas fazem seus trabalhos com ele e as pessoas sabem que não é verdade, não há problema eu expor o meu. Tem gente que gosta de ler até rótulo de caixa de fósforos... 

Então, vamos brincar com o capitão Lampião sem nenhum tipo de humilhação.

Certo dia, Lampião e seu bando se encontravam arranchados bem próximos a um rio no Estado de Sergipe. E por ironia do destino, um senhor chamado Lauriano que andava procurando caças para alimentar os seus filhos, saiu no local onde se encontrava a perigosa malta. Logo os cangaceiros o rodearam e começaram as suas humilhações contra ele. Cuspiram e surraram o infeliz.

Lampião que descansava encostado ao um tronco de uma frondosa árvore, apenas observava as maldades dos cangaceiros contra o pobre infeliz caçador. E em seguida, levantou-se dizendo-lhes:

- Gente, é melhor executá-lo do que ficarem  maltratando o homem que ainda nada fez contra nós.

E apoderando-se do seu maldito rifle que estava ao seu lado, ordenou-lhes que colocassem o marcado para morrer   em posição de execução.

O homem ajoelhou-se  ao pés do poderoso carrasco capitão Lampião, rogando-lhe que não o matasse:

- Senhor, pelo amor de Deus, não me mate! Eu deixei em casa três filhinhos pequenos para criar, e minha esposa é paralítica dentro de uma rede, sem condições de ralar para terminar de criá-los. Sem eu, cuidando deles, eles e a sua mãe vão morrer de fome, senhor!

Apesar de sanguinário, o capitão Lampião condoeu-se com aquele pedido do homem para não morrer. E olhando bem no fundo dos seus olhos, disse-lhe: 

- Eu lhe faço um desafio, cabra! Se você tiver sorte na vida, não irá morrer, pelo menos, hoje...        

E olhando em direção a um baixio bem próximo ao coito, onde lá repousa  um rio milenar, perguntou-lhe com ignorância:

- Você está vendo aquela catingueira ali, seu peste? 

- Estou, sim senhor! Estou! - Respondeu o pobre homem tremendo de medo.

- Você vai andando até a catingueira. Quando você se emparelhar com ela, corra. Corra que é a partir daí, é que eu começo a atirar. Não corra antes, porque eu atiro e você morre logo.  

Pela proposta feita ao pobre infeliz, Lampião não tinha intenção de matá-lo, já que não havia motivo nenhum para executá-lo. O seu desejo era que ele escapasse das balas e fosse cuidar da esposa e criar os seus  filhinhos.                 

O homem conhecia bem a região. Da catingueira até ao rio tinha uma ladeira. Mas quando ele se emparelhou com a catingueira, em vez de correr, deitou-se e saiu rolando em direção ao rio.

Lampião saiu correndo atrás dele, e atirando para cima.

Mas o homem medrosíssimo e  querendo escapar da morte, caiu dentro da água, submergiu e adeus, Lampião! 

- Mas que sujeitinho inteligente, gente! -  O safado me pegou de cheio! Dizia o capitão Lampião para a sua cabroeira, sorrindo da astúcia do caçador. 

Minhas Simples Histórias.

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

Mais uma vez, não usa na literatura cangaceira, é apenas uma brincadeirinha com o capitão Lampião.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://josemendeshistoriador.blogspot.com

 

À MULHER MAIS LINDA DO MUNDO

Por Hélio Xaxá


O amor perfeito é o amor verdadeiro

Mesmo que a paixão venha primeiro.

O amor sempre será o mais profundo:

Amo a mulher mais linda do mundo


Não importa se não sou correspondido

A mulher que eu amo, amo escondido.

Queria ter seu corpo e sentir seu cheiro

Amo-a de longe, mas a amo por inteiro.


Estou apaixonado

Mas tenho medo de contar pra ela

Sei que é errado

Mas meu coração é só dela...


Mergulhei na paixão

Oceano furioso, poço sem fundo...

Mas doce é a ilusão:

Amo a mulher mais linda do mundo.


https://www.facebook.com/helio.xaxa

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O CANGAÇO E O CORDEL

 Por Dr. Epitácio de Andrade

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/romance-de-mema-rias-e-causos/340285

Esta incursão poética do artista multimídia Gil Holanda é uma viagem histórica ao fascinante universo paralelo do cangaço. Baseado numa pesquisa etnográfica sobre Liberato Cavalcanti de Carvalho Nóbrega, o poeta resgata na linguagem do cordel a história de um homem nomeado delegado que, por força da situação de injustiça social, tornou-se cangaceiro.

Liberato Nóbrega era membro da tradicional família sertaneja, sendo nomeado delegado de Teixeira, cidade serrana da região de Patos, no sertão central paraibano por influência de políticos poderosos da região que tinham interesse em combater o bando dos Guabirabas, famosos cangaceiros da região de Flores no Pernambuco, onde eram aliados de Batistão, pai do famigerado cangaceiro Antônio Silvino.

Com riqueza de detalhes, Gil traz à tona uma época, situada historicamente na segunda metade do século XIX, onde o cenário geo-histórico do sertão setentrional começa a ser o território do cangaço, cujo chefe de bando mais afamado era Jesuíno Brilhante (1844-1879), que a exemplo de Liberato, seu contemporâneo, ficou conhecido como justiceiro.

Os versos de Gil Holanda neste folheto “O delegado que virou cangaceiro” reproduzem o compromisso da poesia com a beleza, transformando a trágica história do cangaço num produto assimilável pelo povo, o cordel.

Epitácio de Andrade filho – médico psiquiatra e pesquisador social

Publicado em março de 2008

Enviado através de e-mail.

Dr. Epitácio de Andrade, o nosso blog fica à sua inteira disposição. 

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FAZENDA PEDREIRAFOI ATACADA POR DIVERSAS VEZES PELA MALTA DE VIRGOLINO FERREIRA DA SILVA.

 Por José Mendes Pereira

https://tokdehistoria.com.br/tag/pai-de-lampiao/

Em 1920, Virgolino Ferreira da Silva, o filho de José ferreira dos Santos e de dona Maria Sulena da Purificação, ainda não era Lampião e nem tão pouco, capitão, só passou a ser alcunhado por este apelido, no ano de 1921, período em que ele já fazia parte do bando do famoso cangaceiro Sinhô Pereira. E capitão, só em 1926, quando saiu das caatingas em busca deste título, prometido pelo deputado federal Floro bartolomeu, e lhe foi entregue pelo religioso Padre Cícero Romão Batista, pároco da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Juazeiro do Norte, onde estão depositados seus restos mortais.

O ex-cangaceiro Sinhô Pereira

No ano de 1920, Virgolino junta-se ao cangaceiro Antônio Matilde e ataca por diversas vezes a fazenda "Pedreira", do seu maior inimigo Zé Saturnino. Dos cabras que os acompanhavam, o Antônio Ferreira seu irmão, Levino Ferreira (Vassoura) seu irmão, Antônio Rosa, Baião, Manoel Tubiba, Cajazeira, Baliza, Zé Benedito, Olímpio Benedito e Manoel Benedito. "Ze Saturnino" vendo prejuízos a seu gado e à sua fazenda, procurou seu tio, o famoso cangaceiro "Cassimiro Honório", que trouxe vários cabras para defesa da fazenda do sobrinho. 

Lá, alguns combates com o bando de Virgolino Ferreira foram travados. Entres os cabras de Ze Saturnino estavam Nego Tibúrcio, Zé Guedes, Zé Caboclo, Vicente Moreira, Batoque e o famoso Marcula. 

Segundo o pesquisador do cangaço Paulo George, em seu trabalho com o título "Lampião e Nego Tibúrcio" (link abaixo), siga-o: 

Em janeiro de 1924, Lampião ataca seu inimigo "Nego Tibúrcio", cabra ligado diretamente a Zé Saturnino, pegando em armas junto ao seu amigo Zé Saturnino, contra Lampião (ainda Virgulino), junto com seus irmãos, Levino e Antonio. "Nego Tibúrcio" não podendo pegar Lampião, incendeia a casa de sua tia Maria José Lopes, deixando Lampião com mais ódio.

Lampião não se conforma em não ter pego o "Nego", quando vem a surpreendê-lo jogando cartas com seus homens em Santa Maria, (atual Tupanaci), e Lampião antes de ataca, pega as canoas e coloca dentro da igreja, pra não vir alguém socorrer Tibúrcio, e lá, acontece um tremendo tiroteio, em que "Nego Tibúrcio" perde um dos melhores cabras de imediato, o cabra José Valério.

Vendo que as balas eram inúteis contra uma fera experimentada, como aquela que estava enfrentando, Lampião coloca fogo na casa-trincheira do inimigo, obrigando Tibúrcio a saltar fora, já baleado, caindo no rio Pajeú, com o corpo em chamas.

Vendo seu inimigo tombar morto dentro d'água, grita:

"Acabou-se tua fama hoje, Nego Tibúrcio".

Lampião pega as canoas que estavam dentro da igreja, e manda os cabras resgatá-lo, com bebida e dança comemora a morte do seu grande inimigo.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2017/12/lampiao-e-nego-tiburcio.html

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ELIAS EM ANGICO (SOM CORRIGIDO).

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=NDXSwRdMgRY&t=177s&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Sargento Elias fala sobre Angico e a morte de Adrião.

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SARGENTO ELIAS E O EX-COITEIRO PEDRO DE TERCILA FALAM DE LAMPIÃO

Por Aderbal Nogueira
 https://www.youtube.com/watch?v=4BW8DTOse5U&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Sargento Elias e o ex-coiteiro Pedro de Tercila falam sobre o contato com Lampião. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @aderbalnogueirac...  

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IDOSO

Autor: José Di Rosa Maria

1
Sem ajuda essencial
Padeci como ninguém;
Trabalhei comendo mal
Pra vocês comerem bem,
De recompensa me vem
O que me deixa infeliz,
Confesso que nunca quis
Ser visto como um encosto,
Sendo pago com desgosto
Por tudo de bom que fiz.
2
Magoado e indefeso
Recebo como prelúdio,
De cada filho, desprezo,
De toda nora repúdio;
Sentindo a dor do tripúdio
Desferir meu coração,
Percebo a ingratidão
Desfazer o que foi feito
Pela falta de respeito,
Amor e compreensão.
3
Não me botem no abrigo
Com vocês quero ficar;
Eu não mereço o castigo
De ser expulso do lar,
Sofri para sustentar
Vocês, encarando a lida,
De reputação ferida
Vejo-me sem alegrias,
Quero terminar meus dias
Com quem convivi na vida.
4
A velhice cobra caro
Os erros da juventude,
Sonegação de amparo
É falta de atitude;
Eu quando jovem não pude
Me divertir como tantos,
Nas garras dos desencantos
Narro meu próprio dilema,
Na extensão do poema
Feito da dor dos meus prantos.
5
Lamento ser um decano
Sem o cuidado devido,
Apesar de ser humano
Ser pelos meus, esquecido;
Com o meu peito ferido
Pelo desprezo mesquinho,
Padeço por ser velhinho,
Sem um beijo ou um abraço,
Despejado num espaço
Para quem se vê sozinho.
6
O homem que se abdica
Pela família que ama,
Depois que idoso fica
Sua vida vira um drama;
Quando doente se acama
Sente o prestígio fugir,
O desespero surgir,
A decepção doer
E o receio bater...
De que vai ter que partir.
7
Enquanto meus passos beiram
O abismo do meu fim,
Suponho que vocês queiram
Ficarem livres de mim,
Não era pra ser assim
O que presencio agora;
Triste de quem ignora
O valor dos meus esforços,
Vocês sentirão remorsos,
Depois que eu for embora.
(Sugestão do professor José Mendes)

https://www.facebook.com/jose.ribamar.3939

https://www.youtube.com/watch?v=vhGGybWIjf4&ab_channel=GasparC%C3%A9sarCesar

Quando eu fiquei velha, fiquei invisível para os meus filhos, parentes e amigos...

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