Por Veridiano Dias Clemente
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Por Veridiano Dias Clemente
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Acervo do Antônio dos Santos Lima.
Por José Mendes Pereira
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Por José G. Diniz
A vida é fantástica e
bela
Porém cheia de
ilusões
Muitos que possui
milhões
Compram até momentos
dela
Mas chegando ao
final, ela
Da matéria se despede
E quem comprou por
parcela
Deu a entrada, mas
perde
Deus tem a escala e
mede
A quem é bom ou ruim
E a cobrança ele só
pede
Quando chegar ao fim
Traiçoeiro foi Caim
Que matou o seu irmão
E o motivo, foi sim
Inveja e muita
ambição
Sinta pelo seu irmão
Carinho e humildade
Porque Deus te dá o
perdão
Mas não vem pela
metade
Deus é paz e a
verdade
Não existe outro
senhor
Ele é quem tem
piedade
É o sedar da minha
dor
Ele é meu professor
E me dá muita alegria
Por tudo que ele
criou
Tenho grande
simpatia.
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Por Katharina Gurgel.
Quem não
provou ainda as trufas de Paulo, pelo menos já o viu na sua cadeira de rodas,
andando, com passos curtinhos, pelas ruas de Mossoró, aqui no Rio Grande do
Norte. A trufa custa R$ 2,50 e pode ser paga em espécie ou através de pix, que
ele já tem o QRcode destacado na sua caixa térmica.
- Agora só
tenho nos sabores de limão, brigadeiro, maracujá e morango. - Quando o
encontrei já era meio da tarde e ele já estava com a caixa quase vazia.
- Me dê uma de
morango e outra de brigadeiro. Num dia bom você chega a vender quantas trufas,
Paulo?
- Umas 55, 60.
Passo o dia inteiro andando. Cada dia vou por um caminho diferente. Eu amo
venda e nada melhor do que trabalhar com o que se ama.
Paulo Frutuoso
Machado tem 26 anos. Teve paralisia cerebral no parto. Tem limitações motora e
na fala. Nada que o impeça de se comunicar muito bem.
- Todo mundo
tem que trabalhar, e eu não sou diferente de ninguém. Nós nascemos para ser
vencedores. - Ele fala, respeitando o seu tempo de respiração, e com muita
convicção de pensamento.
Paulo mora com
a mãe, o pai e uma irmã. Gosta de ler sobre política e tem o projeto de um dia
ser político.
- Eu acredito
na política para o povo. Preciso de acessibilidade, e sei o quanto as pessoas
com deficiência precisam de uma vida mais acessível. Eu sei que pode ser feito
muito mais.
Há 4 anos
trabalha vendendo suas trufas. Já foi assaltado algumas vezes, mas nada que o
intimide ou faça parar. Ao contrário, procura olhar sempre tudo pelo lado
positivo.
- você sabia
que eu sou o único ambulante que tem o seu próprio calendário personalizados?
Vendo o espaço da publicidade. Só não dou um agora, porque o último entreguei
há pouco tempo. Mas você consegue ver alguns clientes meus com meus calendários
no meu Instagram paulofrutuosomachado, tudo junto, já me segue?
- Não, não
sigo, mas já vou fazer isso agorinha mesmo. Paulo, vou ter que ir. Foi um
prazer ter conversado com você e ficar conhecendo um pouco mais da sua
história.
- Eu que
agradeço. Foi um prazer conversar com você. Posso deixar minha última mensagem?
- Claro, por
favor.
- Lute, vença
e conquiste. A vida é incrível!
Essa é a
história do Paulo!
ADENDO:
Se você encontrar o Paulo vendendo as suas trufas, compra uma, duas, três..., Deus agradece a você. Eu conheço Paulo. Ele merece muito ajuda de cada um de nós. Veja que em vez dele está pedindo a um a outro, está trabalhando como qualquer outro. - José Mendes Pereira
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Por José Mendes Pereira
Por José Mendes Pereira - (Crônica 77)
Espero que o amigo leitor, se caso decidir ler este meu simples trabalho (fictício) não use de forma alguma na literatura lampiônica, porque, é apenas uma brincadeirinha com o compadre Lampião. Se os poetas fazem seus trabalhos com ele e as pessoas sabem que não é verdade, não há problema eu expor o meu. Tem gente que gosta de ler até rótulo de caixa de fósforos...
Então, vamos brincar com o capitão Lampião sem nenhum tipo de humilhação.
Certo dia, Lampião e seu bando se encontravam arranchados bem próximos a um rio no Estado de Sergipe. E por ironia do destino, um senhor chamado Lauriano que andava procurando caças para alimentar os seus filhos, saiu no local onde se encontrava a perigosa malta. Logo os cangaceiros o rodearam e começaram as suas humilhações contra ele. Cuspiram e surraram o infeliz.
Lampião que descansava encostado ao um tronco de uma frondosa árvore, apenas observava as maldades dos cangaceiros contra o pobre infeliz caçador. E em seguida, levantou-se dizendo-lhes:
- Gente, é melhor executá-lo do que ficarem maltratando o homem que ainda nada fez contra nós.
E apoderando-se do seu maldito rifle que estava ao seu lado, ordenou-lhes que colocassem o marcado para morrer em posição de execução.
O homem ajoelhou-se ao pés do poderoso carrasco capitão Lampião, rogando-lhe que não o matasse:
- Senhor, pelo amor de Deus, não me mate! Eu deixei em casa três filhinhos pequenos para criar, e minha esposa é paralítica dentro de uma rede, sem condições de ralar para terminar de criá-los. Sem eu, cuidando deles, eles e a sua mãe vão morrer de fome, senhor!
Apesar de sanguinário, o capitão Lampião condoeu-se com aquele pedido do homem para não morrer. E olhando bem no fundo dos seus olhos, disse-lhe:
- Eu lhe faço um desafio, cabra! Se você tiver sorte na vida, não irá morrer, pelo menos, hoje...
E olhando em direção a um baixio bem próximo ao coito, onde lá repousa um rio milenar, perguntou-lhe com ignorância:
- Você está vendo aquela catingueira ali, seu peste?
- Estou, sim senhor! Estou! - Respondeu o pobre homem tremendo de medo.
- Você vai andando até a catingueira. Quando você se emparelhar com ela, corra. Corra que é a partir daí, é que eu começo a atirar. Não corra antes, porque eu atiro e você morre logo.
Pela proposta feita ao pobre infeliz, Lampião não tinha intenção de matá-lo, já que não havia motivo nenhum para executá-lo. O seu desejo era que ele escapasse das balas e fosse cuidar da esposa e criar os seus filhinhos.
O homem conhecia bem a região. Da catingueira até ao rio tinha uma ladeira. Mas quando ele se emparelhou com a catingueira, em vez de correr, deitou-se e saiu rolando em direção ao rio.
Lampião saiu correndo atrás dele, e atirando para cima.
Mas o homem medrosíssimo e querendo escapar da morte, caiu dentro da água, submergiu e adeus, Lampião!
- Mas que sujeitinho inteligente, gente! - O safado me pegou de cheio! Dizia o capitão Lampião para a sua cabroeira, sorrindo da astúcia do caçador.
Minhas Simples Histórias.
Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
Mais uma vez, não usa na literatura cangaceira, é apenas uma brincadeirinha com o capitão Lampião.
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http://josemendeshistoriador.blogspot.com
Por Hélio Xaxá
O amor perfeito é o
amor verdadeiro
Mesmo que a paixão
venha primeiro.
O amor sempre será o
mais profundo:
Amo a mulher mais
linda do mundo
Não importa se não
sou correspondido
A mulher que eu amo,
amo escondido.
Queria ter seu corpo
e sentir seu cheiro
Amo-a de longe, mas a
amo por inteiro.
Estou apaixonado
Mas tenho medo de
contar pra ela
Sei que é errado
Mas meu coração é só
dela...
Mergulhei na paixão
Oceano furioso, poço
sem fundo...
Mas doce é a ilusão:
Amo a mulher mais
linda do mundo.
Por Dr. Epitácio de Andrade
Esta incursão
poética do artista multimídia Gil Holanda é uma viagem histórica ao fascinante
universo paralelo do cangaço. Baseado numa pesquisa etnográfica sobre Liberato
Cavalcanti de Carvalho Nóbrega, o poeta resgata na linguagem do cordel a história
de um homem nomeado delegado que, por força da situação de injustiça social,
tornou-se cangaceiro.
Liberato
Nóbrega era membro da tradicional família sertaneja, sendo nomeado delegado de
Teixeira, cidade serrana da região de Patos, no sertão central paraibano por
influência de políticos poderosos da região que tinham interesse em combater o bando
dos Guabirabas, famosos cangaceiros da região de Flores no Pernambuco, onde eram
aliados de Batistão, pai do famigerado cangaceiro Antônio Silvino.
Com riqueza de
detalhes, Gil traz à tona uma época, situada historicamente na segunda metade
do século XIX, onde o cenário geo-histórico do sertão setentrional começa a ser
o território do cangaço, cujo chefe de bando mais afamado era Jesuíno Brilhante
(1844-1879), que a exemplo de Liberato, seu contemporâneo, ficou conhecido como
justiceiro.
Os versos de
Gil Holanda neste folheto “O delegado que virou cangaceiro” reproduzem o
compromisso da poesia com a beleza, transformando a trágica história do cangaço
num produto assimilável pelo povo, o cordel.
Epitácio de
Andrade filho – médico psiquiatra e pesquisador social
Publicado em
março de 2008
Enviado através de e-mail.
Dr. Epitácio de Andrade, o nosso blog fica à sua inteira disposição.
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Por José Mendes Pereira
Em 1920, Virgolino Ferreira da Silva, o filho de José ferreira dos Santos e de dona Maria Sulena da Purificação, ainda não era Lampião e nem tão pouco, capitão, só passou a ser alcunhado por este apelido, no ano de 1921, período em que ele já fazia parte do bando do famoso cangaceiro Sinhô Pereira. E capitão, só em 1926, quando saiu das caatingas em busca deste título, prometido pelo deputado federal Floro bartolomeu, e lhe foi entregue pelo religioso Padre Cícero Romão Batista, pároco da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Juazeiro do Norte, onde estão depositados seus restos mortais.
No ano de 1920, Virgolino junta-se ao cangaceiro Antônio Matilde e ataca por diversas vezes a fazenda "Pedreira", do seu maior inimigo Zé Saturnino. Dos cabras que os acompanhavam, o Antônio Ferreira seu irmão, Levino Ferreira (Vassoura) seu irmão, Antônio Rosa, Baião, Manoel Tubiba, Cajazeira, Baliza, Zé Benedito, Olímpio Benedito e Manoel Benedito. "Ze Saturnino" vendo prejuízos a seu gado e à sua fazenda, procurou seu tio, o famoso cangaceiro "Cassimiro Honório", que trouxe vários cabras para defesa da fazenda do sobrinho.
Lá, alguns combates com o bando de Virgolino Ferreira foram
travados. Entres os cabras de Ze Saturnino estavam Nego Tibúrcio, Zé
Guedes, Zé Caboclo, Vicente Moreira, Batoque e o famoso Marcula.
Segundo o pesquisador do cangaço Paulo George, em seu trabalho com o título "Lampião e Nego Tibúrcio" (link abaixo), siga-o:
Em janeiro de 1924, Lampião ataca seu inimigo "Nego Tibúrcio", cabra ligado diretamente a Zé Saturnino, pegando em armas junto ao seu amigo Zé Saturnino, contra Lampião (ainda Virgulino), junto com seus irmãos, Levino e Antonio. "Nego Tibúrcio" não podendo pegar Lampião, incendeia a casa de sua tia Maria José Lopes, deixando Lampião com mais ódio.
Lampião não se conforma em não ter pego o "Nego", quando vem a surpreendê-lo jogando cartas com seus homens em Santa Maria, (atual Tupanaci), e Lampião antes de ataca, pega as canoas e coloca dentro da igreja, pra não vir alguém socorrer Tibúrcio, e lá, acontece um tremendo tiroteio, em que "Nego Tibúrcio" perde um dos melhores cabras de imediato, o cabra José Valério.
Vendo que as balas eram inúteis contra uma fera experimentada, como aquela que estava enfrentando, Lampião coloca fogo na casa-trincheira do inimigo, obrigando Tibúrcio a saltar fora, já baleado, caindo no rio Pajeú, com o corpo em chamas.
Vendo seu inimigo tombar morto dentro d'água, grita:
"Acabou-se tua fama hoje, Nego Tibúrcio".
Lampião pega as canoas que estavam dentro da igreja, e manda os cabras resgatá-lo, com bebida e dança comemora a morte do seu grande inimigo.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2017/12/lampiao-e-nego-tiburcio.html
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Por Aderbal Nogueira
Autor: José Di Rosa Maria